Capítulo 1 - Cristina e Frederico 1

3316 Words
Cristina e Frederico Frederico era um famoso e renomado advogado de Palmas-TO, era um solteirão convicto de 28 anos e adorava a vida noturna da cidade. Morava sozinho e levava uma vida bem confortável financeiramente, prestava serviços como advogado para a elite da capital e ainda trabalhava na parte financeira da empresa de sua família que era do ramo de hotéis. Estava na boate Dark era uma agitada sexta á noite. Junto com o inseparável amigo João, um psicólogo famoso que também era filho de uma família tradicional. Eles adoravam aquela vida de farra e mulherada...nunca tinham dificuldade para encontrar uma parceira de cama e as vezes mais de uma, o dinheiro e a beleza deles atraiam todas. João - E aí, hoje vai se contentar com talzinha da Andréa? Perguntou João, essa moça era uma das patricinhas com quem Frederico dormiu mais de uma vez, o que era raridade se tratando dele. Frederico - Se eu não encontrar carne fresca por lá...me contento com ela. Diz Frederico virando o copo de Whisky e sorrindo para o amigo. Aquela festa estava agitada, mas naquela noite Frederico parecia estranho...não havia se interessado por nenhuma mulher e isso era algo totalmente fora do comum se tratando dele. "Aquilo parecia não me deixar mais feliz como antes, será que o velho Frederico está se cansando dessa vida de noitadas?" Depois de dançar com muitas garotas, mas sem nada mais íntimo Andréia aproveitou a solidão de Frederico e se aproximou. Dançaram de rosto colado e ela o beijou...depois de o estimular a noite inteira mesmo que ele não estivesse tão interessado como em outras vezes, eles acabaram indo juntos para o apartamento dele e Frederico havia exagerado na bebida. Fizeram sexo como sempre e por puro prazer. Amanhece e ele acorda com uma baita dor de cabeça depois da farra e vê Andréia ao seu lado e a moça acorda aparentemente de ressaca e cambaleando. Andréia - Bom dia gato, Fred quando vai assumir nosso namoro? Frederico - Que namoro? Andréia - O nosso ora...já transamos algumas vezes e só te falta oficializar. Frederico cai na gargalhada, ele era muito direto que apesar de jamais ter dado qualquer esperança a ela ainda nutria essa esperança tão absurda. Frederico - Não vamos namorar, sou livre e vou continuar assim por um bom tempo! Ela desfere um tapa na cara dele com tudo. Andréia - Idiota...desgraçado. Um dia ainda vai se cansar dessa vida de vira lata e sabe de uma coisa, nenhuma mulher dessa cidade vai querer te reciclar...seu lixo! Diz ela vestindo rápido a roupa, pegando sua bolsa e batendo forte a porta do apartamento dele. Frederico - Maluca!!! Ai minha cabeça...ressaca dos infernos. Frederico toma um banho e dá uma ligada na TV, não ia trabalhar naquele dia...papai era o dono da empresa e ele havia se dado o dia de folga apesar dela funcionar aos sábados de manhã. No noticiário local comunicavam sobre um assassinato na cidade de Paraíso do Tocantins, que fica a 60 km da capital Palmas. Uma moça de 21 anos havia assassinado o pai com várias facadas e toda a cidade estava em choque com aquele crime tão terrível. Em entrevista uma vizinha dizia que a família era normal e a moça era muito boa, assim como os pais e ninguém entendia a motivação daquele crime horrível...o homem assassinado tinha 56 anos e trabalhava como feirante a mãe em depoimento declarou que a filha odiava o pai. A jovem Cristina foi presa em flagrante com a roupa banhada em sangue. Na televisão passavam exatamente o momento em que a colocavam na viatura, toda suja chorando e assustada enquanto a população gritava: assassina! Frederico liga na mesma hora para João. Frederico - Ei cara...está assistindo o jornal? João - Sim eu vi...e sei que também achou a "Carrie" linda...! Fazendo um trocadilho infeliz com o vestido ensanguentado da moça, João não perdia seu humor negro nunca e mesmo que isso lhe custasse algumas amizades. Frederico - Não sei como você brinca com uma coisas dessas? Mas aquela garota é....linda demais para ter feito aquilo sem um bom motivo. - Frederico não conseguia esquecer. João - Gente má não usa nenhum crachá meu amigo, acredite. João conhecia bem os tipos de pessoas pois trabalhava com a mente de muitas, rostos doces podiam ás vezes esconder almas perversas. Federico - Vou a Paraíso hoje mesmo. Federico João - Vai ter alguma farra por lá? Frederico - Vou até a delegacia conversar com ela João. João - Ficou doido? Vai pegar o caso assim do nada? Frederico - Vou sim e você como psicólogo vai comigo também! João - Deixa de ser tonto e inconsequente, lá não tem cadeia feminina devem trazê-la para cá daqui uns dias. Até por que, a cidade inteira está contra ela e podem depredar o local. Frederico - Eu vou sim, ela é jovem e linda. Podem querer fazer mal a ela e está sozinha naquele lugar, nem sabemos se tem algum defensor público disposto a ajudá-la. "Aquela garota havia tocado o meu coração e eu não conseguiria negar a mim mesmo a chance de entender suas motivações para cometer aquele crime." João - Frederico sei que quando coloca alguma coisa na cabeça não tira por nada sei que não vai sossegar...vou tomar banho e vamos. Frederico - Certo, te espero em meia hora aqui. "Não sei o que me espera, que tipo de pessoa ela é...mas seus olhos...eles não mentem e jamais havia visto tanta doçura." Eles desligam e 30 minutos depois partem para Paraíso do Tocantins conversando dentro daquele carro de luxo que tantas vezes os levou para diversões vazias. João - Se eu te conheço Frederico, está interessado por ela não só como advogado! Frederico - Ela é bonita demais e aquele crime não combina com ela. João - Cuidado para não criar falsas expectativas com ela Frederico, ela é ré confessa. Não há dúvidas sobre a autoria. Frederico tinha ficado tão hipnotizado pela beleza dela, que nem tinha escutado aquilo no jornal. Frederico - Quero ouvir dela... Frederico estava disposto a mergulhar fundo naquela história. Eles chegam e falam com o delegado Júlio. Frederico - Me chamo Frederico Sanches, sou advogado e este é João e ele é psicólogo. Viemos da capital e precisamos conversar com Cristina. Delegado - Ela já tem um defensor público! Frederico - Delegado eu entendo sua postura, mas por favor o senhor e eu sabemos o quanto é importante o direito a defesa e não quero desmerecer o trabalho de meu colega de profissão...mas quero oferecer a ela meus serviços. Frederico era implacável quando queria algo e logo percebeu que aquele delegado estava tomado pela opinião pública e não era nada imparcial em relação aquele crime. O delegado por mais duro que tivesse que ser em sua função também era humano e sentiu empatia por ela apesar de ouvir tantas pessoas pedindo para que a punissem de maneira exemplar. Delegado - Selton, por favor leve os dois até a cela onde está Cristina. Pediu o delegado e Frederico agradeceu. Selton - Visita para você boneca! Diz ele abrindo a cela para os dois, ela estava assustada sentada na cama dura daquele lugar. Usava um vestido curto e estampado e apesar de tanto sofrimento sua beleza era inegável. Frederico - Mais respeito! Pediu Frederico, percebendo que a postura daqueles homens colocavam-na em risco. Selton - Desculpe doutor! Pediu o carcereiro fechando a cela e saindo para deixá-los a sós com ela. Cristina - Se forem repórteres eu não tenho nada para dizer! Por favor me deixem sozinha...ou melhor digam a todos aí fora que já estou pagando e muito muito caro pelo que fiz" Cristina estava com olhos inchados e muito abatida. Frederico - Sou advogado, me chamo Frederico e esse é João. Ele é psicólogo...viemos te oferecer ajuda e saber por que fez isso? Cristina - Eu não posso aceitar! Ela deixa as lágrimas rolarem pelo seu rosto branco. "Ela estava arrependida, seu coração era bom...se fez isso, algum forte motivo ela teve e eu não descanso até tirar isso dela." João - Por que não? É direito seu! Cristina - Por que eu sou uma assassina e tenho que pagar pelo que fiz! É mais seguro que eu fique aqui. Frederico - Todos tem direito a defesa Cristina, assassinos ou inocentes! Frederico tentava consolar o coração dela, mas havia muito a descobrir e ela precisava se abrir para eles. Cristina - Mas eu não quero sair daqui...eu não posso, todos lá fora querem acabar comigo e já não sei se conseguiria andar pelas ruas sabendo que tirei uma vida! João - Estamos aqui para entender os seus motivos sem julgamentos, diga por que fez isso? não iremos te recriminar. Pediu João usando seu dom para fazê-la se abrir. Cristina - Meu pai desde que eu era criança tinha mania de fazer alguns carinhos que eu não gostava e eu sabia que não eram certos...e minha mãe sabia de tudo, mas não fazia nada! Ele dizia coisas horríveis para que eu não saísse nunca de casa, que se um dia eu tivesse um namorado ele me mataria...por que naquela casa ele era o touro e nós as suas fêmeas. Ela estava sufocada com tudo aquilo. "Deus, que crápula maldito, mereceu a morte que teve e muito mais." Os dois se olham e Frederico sentiu desde o primeiro momento que ela não era a vilã daquela história e precisava de ajuda. Frederico - Vamos te ajudar...eu vou te tirar da cadeia. Frederico havia feito daquilo uma meta e iria até o fim. Cristina - Eu te disse que não posso sair moço, mesmo que eu quisesse! Frederico - Vão te transferir para Palmas, não vai ficar aqui por que essa cadeia é masculina e não está segura. João - Como estão te tratando aqui? Pelo comentário daquele infeliz eu já posso imaginar. Cristina -Eles ficam rindo e falando coisas sobre mim. Responde ela fechando os olhos. Frederico - Que tipo de coisas? algum deles tocou em você? Cristina - Me envergonha dizer e não posso. João - Olha para mim Cristina, meu amigo e eu somos de famílias importantes e estamos no seu caso. Ninguém vai se atrever a nada com você. Pode dizer sem medo algum! Cristina - Esse homem que saiu daqui, disse que eu tinha que obedecer a ele como obedeci o meu pai e se eu chegasse lá e contasse a alguém eu iria me dar mal. Debocham de mim...! Ela chorava só de pensar em todas as coisas horríveis que passou com o pai e que poderia passar agora na cadeia com homens cruéis como aquele. Frederico - Que filhos da mãe! Frederico esmurrou a grade. João - Calma Frederico! Cristina vamos tirar você agora mesmo daqui, não precisa ter medo apenas acredite em mim e no meu amigo. Acredita? Cristina - Sim... eu preciso acreditar. Ela limpava as lágrimas. Frederico - Fique aqui com ela João. Vou falar com o delegado e pedir para que acelerem a transferência. - Frederico sai. Frederico - Delegado quero que acelerem a transferência de Cristina, ela não pode ficar aqui nem mais um dia. Delegado - Ela está bem aqui e o juiz não vê como prioridade mandá-la para a capital. Frederico - Ela é uma mulher! E essa cadeia é masculina, se não autorizarem a transferência dela hoje mesmo eu irei abrir uma ação na corregedoria do estado contra todos vocês...incluindo o juiz! Frederico volta minutos depois. Frederico - Graças a minhas ameaças o delegado pediu para agilizarem a transferência e dentro de 1 hora estará a caminho de Palmas. Frederico se sentia leve por dar a ela uma boa notícia. "Não era bem o que eu queria dizer a ela, mas pelo menos a tiraria dos olhares daqueles animais." Cristina -Mas na cadeia de lá também terão outros carcereiros... Ela ficou pensativa achando que lá também poderia ser assediada da mesma maneira, em toda a sua vida só havia conhecido esse tipo de crápulas. Frederico -Não...a cadeia de lá é feminina e só tem mulheres em todas as funções justamente para evitar isso. Fique calma que tudo agora será diferente e você não vai mais sofrer por isso. Responde Frederico e ela fica aliviada. João - Pode ficar tranquila Cristina, sairemos dessa cela apenas quando você for e seguiremos de carro acompanhando até lá. Diz João e Cristina sorri de emoção por pelo menos ficar em segurança. Cristina - Deus vai pagar aos dois por tudo que fizeram por mim. Cristina corre até João beija as mãos dele e depois abraça forte Frederico, que se derrete nos braços dela e quase não a solta. "Aquela pele tão suave e seu perfume doce fez despertar em mim um instinto que eu jamais havia tido de querer cuidar dela, proteger de todas aquelas pessoas que a fizeram chorar." Um tempo depois Cristina é transferida para Palmas e como o prometido Frederico e João acompanham a viatura com seu carro até chegar a penitenciária feminina. Lá os dois conversam com a diretora, se apresentam como defensores do caso dela acertando os horários de visita e outras coisas importantes. Frederico - Por favor preciso que a senhora a deixe em uma cela separada das outras, pois o caso teve grande comoção e podem querer fazer mal a ela. João - E como psicólogo precisamos ter consultas periódicas, além das visitas de Frederico como advogado do caso. Ela apresenta sinais de depressão e alguns traumas de infância que eu posso tratar. João era esperto e sabia que assim ganhariam mais tempo com ela. Mantendo-a em segurança. Diretora - Certo...já que não vejo motivos para fazer o contrário vou acatar suas imposições doutores. A diretora era uma mulher firme dura, mas como não haviam pedido nada fora do comum e se tratando de dois profissionais da elite ela aceitou. Frederico - Podemos falar com ela um momento, antes de irmos embora? Diretora - Já é tarde da noite doutor...mas tudo bem. Uma carcereira os levou até Cristina, como eles pediram a moça estava sozinha e assim era mais seguro apesar de triste. Frederico - Já estamos indo embora Cristina, mas amanhã eu volto para te ver bem cedo. Diz Frederico encostado na cela. Ela se aproxima e olha para os dois, parecia que estava se despedindo de ambos. Imaginava que não voltariam mais, porém o que haviam feito por ela havia sido muito e ela estava grata de todo o coração. Cristina - Muito obrigada por tudo, tudo mesmo...vou ficar esperando que venham me ver algum dia. Responde ela forçando um leve sorriso. Frederico - Claro, claro que vou voltar! "Partia meu coração deixar ela ali, me olhando por dentro daquelas grades. Eu queria poder ficar ao lado dela...não sei descrever o que senti indo embora daquele lugar, não sei que parte de mim ficou com presa. por certo o coração!" Os dois saem e antes de irem embora de vez. Frederico -Pegue. - Diz Frederico metendo a mão e tirando um bolo de dinheiro para a carcereira. João - Frederico ficou maluco? Diz João olhando para os lados com medo de que alguém visse aquilo. Frederico - Te darei muito mais, quero que cuide de Cristina que esteja sempre por perto. E não deixe que ninguém faça mal a ela...entendeu? Carcereira - Sim senhor. Ela guardou o dinheiro feliz por ter aquela missão tão simples e bem paga. Os dois vão embora e ainda no carro. João - Frederico não tem medo dessa mulher abrir a boca? Frederico - Ela não vai abrir a boca, gosta de dinheiro e o que pedi é algo simples. "Era bom ao menos Cristina tivesse a proteção daquela mulher, as regras da cadeia eram severas e eu não podia arriscar seu bem estar." João - Está se apaixonando por essa garota, nunca te vi assim tão impressionado com alguém e disposto a tudo! João sabia que o amigo estava envolvido. Frederico deixa João em casa em fim vai para seu apartamento, fica pensando em Cristina a noite inteira contando as horas para visitá-la. Amanhece Frederico toma um banho e antes de ir para penitenciária compra produtos de higiene, um lanche e leva uns lençóis para a moça, pois ele viu bem como eram as instalações daquele local. Chegou e foi direto para lá. Carcereira - Seu advogado Cristina. Diz a carcereira, a moça se sentou na cama e ele ao seu lado com uma sacola enorme de coisas que haviam passado antes por uma rigorosa inspeção antes de serem liberadas para entrar. Frederico - Bom dia. Eu trouxe para você e espero que goste. Diz ele entregando para ela. Cristina - Obrigada doutor Frederico. Eu nem sei como agradecer tudo que você e João tem feito por mim! Frederico - Me chame apenas de Frederico e sorria Cristina, sei que em breve vai ter sua liberdade de novo! Diz ele sorrindo timidamente e se sentando ao lado dela. Ela abre uma das sacolas e a entrega um bolo, Cristina come e Frederico fica apenas admirando a cena. Ela suja o canto da boca de cobertura, e ele limpa delicadamente com o polegar...Cristina chora e o abraça forte, ele retribui. Assim que ela se acalma os dois se afastam. Frederico - Cristina, disse que sua mãe sabia do que seu pai fazia. Por que ela não depõe e te tira desse lugar...? basta que ela diga a verdade e você fica livre, pois foi em legítima defesa. Cristina - Ela não me ama Frederico, minha mãe nunca gostou de mim. Ela tinha raiva e ciúme dele comigo ao mesmo tempo que aceitava que ele agisse daquela forma, quando eu tinha 11 anos ele começou a passar a mão em mim...e assim foi por anos. Eu vivia mais na rua do que em casa, queria ficar longe dele todo o tempo que podia. Cresci em meio a esse inferno e já tinha começado a trabalhar em uma loja. E no dia que tudo aconteceu...eu disse que ia sair enfim daquela casa para morar com uma amiga do trabalho por que íamos dividir um aluguel barato, me arrumei e ele viu a mala. Disse que eu não ia para lugar nenhum, que ele era meu pai e tinha direito de... Ela cai em prantos e abraça Frederico mais uma vez, que a aperta forte contra seu corpo alisando seus cabelos. Frederico - Fique calma princesa...e termine de contar. Cristina - Ele disse que tinha direito de ser meu homem assim como todos os pais tinham. Aquilo me deu tanto nojo, ele me agarrou forte e lutamos muito...até que acabamos na cozinha e eu em meio ao desespero encontrei aquela faca e...você já sabe o resto. Frederico - Foi claramente legítima defesa Cristina...e sua mãe onde estava na hora que aconteceu tudo? Cristina - No quarto deles, ouvindo tudo e sem fazer nada por mim como sempre. Só saiu quando ouviu os gritos dele...entrei em meu quarto e tranquei a porta por dentro, eu mesma liguei para polícia e falei tudo que eu tinha feito. Sabia que além da vida dele eu havia acabado com a minha. Frederico - Você disse durante a ligação exatamente o que tinha acontecido? Cristina - Sim...eu disse que ele tinha tentado me violentar e eu havia matado ele por que fiquei apavorada. Quando eu cresci, entendi muitas coisas...ele banhava na minha frente desde que eu tinha 10 anos, estava me preparando para quando pudesse fazer tudo que quisesse. Me beijava na boca e eu tinha tanto nojo, Deus! Frederico - Que monstro! "De todos os horrores que Cristina me contava, pelo menos seu relato durante aquela ligação poderia ser usado em sua defesa na alegação que faria em julgamento." Ao ouvir isso Frederico respirou fundo, sabia que a quebra de sigilo telefônico podia ajudar muito em sua situação
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