Prólogo

3051 Words
Nem sempre os monstros são os outros as vezes você é seu próprio monstro, basta agora saber como você vai lidar com isso Ela lidava todos os dias com seus próprios demônios, ela era seu próprio demônio e tentava o aprisionar, mas nem sempre era o que conseguia e quando ele era liberado um rastro de destruição fica pra trás. Seus olhos eram a escuridão, ela tinha os demônios em seus olhos e nada podia mudar isso ◇◇◇◇◇ - Vamos lá Mia pode ser legal Olha pra Isabella achando aquilo tudo uma palhaçada ela estava tentando me animar com a ideia de que teríamos que ir para Forks cidade onde meu pai morava. Teríamos que nos mudar depois de tantas coisas que aconteceram por aqui grande parte por minha culpa - Isabella você odeia aquela cidade tanto quanto eu e além de tudo não acho justo você ter que pagar pelos meus pecados e ir morar comigo naquele fim de mundo Eu amaria passar um tempo com o meu pai mas eu não gostava daquela cidade, odiava coisas pequenas onde todos sabiam da vida de todo mundo e sempre olhavam e falavam algo, eu estava indo pra lá pra me manter calma mais talvez acabasse presa por agressão - Ei maninha lembra sempre juntas, eu vou ficar bem não precisa se preoucupar, além disso sem mim você pode acabar com aquela cidade em dois dias Dou um sorriso de lado e nego, Isabella era muito louca por achar que alguém podia me controlar quando eu queria fazer algo, prefiro ficar quieta e coloco minhas malas no carro. Mamãe vem até nós e segura a bolsa que está na mão da minha irmã, ela estava odiando tudo aquilo - Minhas meninas vocês não precisam fazer isso podemos dar um jeito nisso Olho pra ela e vejo lágrimas em seu rosto, nao gostava de vê-la assim, Renée era o tupo de pessoa que estava sempre feliz, fazia coisas malucas e só chorava em ocasiões raras, era completamento o oposto de mim e minha irmã Suspiro e falo em um tom de voz baixo e o mais carinhoso que eu podia - Mamãe eu não posso ficar aqui não é seguro você sabe disso, mas quanto a Isabella eu já tentei fazer ela ficar Aquilo era verdade eu tinha feito de tudo para que ela ficasse com Renée, achava até melhor ficar somente eu e papai, eles dois não tinha muito tato um com o outro e a forma anti-social da minha gêmea poderia ser muito ruim a ela, mas ela era uma Swan e os Swan era teimosos quando decidiam por algo - Eu vou com ela alguém precisa cuidar pra que o bom povo de Forks não seja atropelada se dirijerem o olhar a Mia, Reviro os olhos, eh acabava aquilo tudo um exagero, eu não era tudo isso, minha mãe ri e Isabella continua - Vamos ficar bem mamãe assim como você, aliás vamos conversar todos os dias e vamos vir te visitar nas férias Eu duvidava disso, gostava de falar com a pessoa frente a frente, não tinha muita paciência pra atender telefones, ou então sempre estavam no silencioso, além disso eu gostaria de nunca mais pisar meus pés em Phoenix - Mamãe eu não posso ficar aqui não é seguro você sabe disso, mas quanto a Isabella eu já tentei fazer ela ficar - Eu vou com ela alguém precisa cuidar dela, vamos ficar bem mamãe assim como você, aliás vamos conversar todos os dias e vamos vir te visitar nas férias Elas se abraçam e eu entro no carro, não gostava disso já bastava eu com os meus problemas agora eu ainda arrastava minha família. Elas se abraçam e eu entro no carro antes que Renée decidisse que queria me abraça e também, as olho vendo Isabella limpar o rosto molhado de Renée não gostava disso já bastava eu com os meus problemas agora eu ainda arrastava minha família. Elas se soltam e Isabella entra no carro e da a partida, pelo retrovisor posso vê Renée e Phil acenando, era como se eu os estivesse vendo pela última vez Tínhamos decidido ir sozinhas pro aeroporto e deixar o carro para ser enviado quando embarcassemos, ele teria que chegar em um ou dois dias depois que chegássemos lá, minha moto tinha sido enviada a três dias atrás e tinha recebido uma mensagem do meu pai comunicando sobre a sua chegada mais cedo Olho para o aeroporto que estava lotado, havia muitas pessoas se despedindo e chorando, aquilo parecia mais como uma cena em que as pessoas estão indo pra guerra e tudo só se tornava mais estranho tudo pra mim, Isso era meio estranho pra mim eu cresci em uma família que sempre me deu atenção mas por obra do destino acabei me perdendo o caminho e não conseguia gostar ou transmitir aqueles sentimentos as poucas vezes que eu disse eu te amo a alguém poderia ser contato em uma mão e contato físico me dava agunia Nosso vôo é anunciado e caminhamos para o portão de embarque, eu não tinha presa e fiz tudo com calma, passei pelo corredor que ligava ao avião e fiquei olhando tudo ao meu redor, entramos e nos sentamos, nossos assentos eram juntos o meu o da janela e de Isabella o do corredor As pessoas entravam e se organizavam fazendo barulho, eu não me incomodava com aquilo gostava de me conectar com qualquer coisa a não ser a mim mesma Quando todos já estão em seus lugares a aeromoça faz umas instruções que não do a mínima pra escutar, se o avião caísse não tinha salvação, quando tudo acaba esperamos mais alguns segundo e o avião decola Pego meu celular e os meus fones antes de sentir o aperto de Isabella em minha mão a olho e vejo como ela me olhava tentando transmitir calma e conforto, mesmo eu estando muito tranquila - Vai dar tudo certo, lembra sempre juntas Devolvo seu aperto um pouco desajeitada e concordo, coloco meus fones e me volto pra janela vendo algumas vezes entre as nuvem o mundo lá em baixo Eu daria conta, sempre dei ◇ Chegamos ao aeroporto de Seattle nosso último embarque, agora iríamos por duas horas de carro até a pequena cidade de Forks com papai em sua viatura Olho ao redor e proucuro por ele o encontro mais próximo a entrada do lugar, caminhamos até ele e me sentir feliz por o ter por perto, ele também parecia está assim finalmete passaríamos muito mais do que alguns meses com ele, no caso de Isabella as férias de verão Quando nos aproximamos Isabella era a que estava mais perto e quem recebeu os cumprimentos dele a abraçando - Oi minha meninas estava com saudade Eu estava com muita saudade, ele se separa e caminha até mim me olha nos olhos e deixa um beijo em minha testa bagunçando meus cabelos, Charlie era o único que me fazia eu me sentir segura com o toque mesmo que em poucos gestos, ele conseguia me fazer sorri e me sentir feliz - Oi papai - Oi querida, eu sinto muito mas saiba que está tudo bem e eu acredito em você Mordo meus lábios com força e concordo eu não podia ter pessoa melhor como pai do que ele, guardamos nossas malas e entramos na viatura, Isabella na frente e eu atrás. Durante todo o caminho fico calada somente escutando a conversa de Charlie e Isabella, era bom escutar as vozes deles me concentrar em qualquer coisa e tentar não surtar. Eu tinha uma voz na minha cabeça que eu estava a todo momento tentando esquecer que existia, passava grande parte do meu tempo me ligando a coisas que me fissezem me manter no mundo real e não surtar pelos sussurros da voz que sempre me levavam a partes sombrias demais pra qualquer pessoa Como estimado depois de duas horas dentro daquele carro passamos pela placa de bem-vindos a Forks, e parecia que uma melancolia caia sobre os meus ombros, eu gostava de chuva, mas eu era simplesmente apaixonada pelo sol, ele tinha luz própria e sempre me ajudava a me manter na superfície do grande mar escuro que eu tinha dentro de mim E também tinha as minhas noites mais tranquilas quando eu olhava pro lado de fora e podia ver a lua ali, ela era como uma onda de serenidade,mas naquela cidade a única coisa que eu podia ve era o tempo nublado. Suspiro esse era o preço que eu teria que pagar por tudo o que eu já tinha feito, perderia uma das coisas mais perfeitas do planeta, um zumbido passa na minha cabeça antes que aquela voz sempre sarcástica e maldosa fosse ouvida Não precisamos ficar, você não precisa eu estou onde você está podemos ir embora Mordo meus lábios com força tentando fazer com que tudo aquilo subisse da minha cabeça, eu odiava a ter que escutar, não me lembro de quando ela se tornou uma constante na minha vida, mas lembro de um dia está sonhando e a escutar durante muito tempo em sonhos em que eu sempre estava com sangue nas roupas e acorda assustada e de repente eu não precisava mais está dormindo eu tinha sempre uma segunda pessoa em um corpo sussurrando tudo o que eu não queria fazer e desencadeando dores de cabeça Coloco minhas mãos na testa em uma massagem pra relaxar e apoio minha cabeça no encosto do banco fechando os olhos Somete sair daquele estado meditativo quando chegamos, desço do carro e olho pra casa onde eu viveria, ela era de dois andares de um tom de branco meio bege e um pouco desbotado, o telhado era azul, ficava no fim da rua depois da casa tudo se resumia a uma enorme floresta Abro o porta malas pego minhas duas malas e entro, subo as escadas e vejo quatro portas, uma delas estava pintada em um tom bem claro de cinza o diferenciando de todas as outras e deixando bem claro de quem o pertencia, na porta da frente era o quarto de Isabella e de Charlie no fim do corredor, o banheiro ficava ao lado do quarto de Isabella Entro e vejo o quarto que era meu desde pequena, tinha sido decorado ao meu gosto, as paredes eram em um tom médio de cinza, tinha um guarda-roupa grande branco, uma escrivaninha e uma cama de casal que ficava no centro do quarto, tinha a colcha em um preto intenso a janela oucupava toda uma parede e levava até uma pequena sacada aquilo tinha sido pedido meu antes que eu me mudasse novamente pra cá conseguia vê toda a floresta dali Deixei minhas malas no canto e caminhei até ela as abri e olhei a sacada tinha duas poltronas e uma mesinha de centro, fiquei ali olhando pro nada sentindo o vento frio bater no meu corpo até que eu voltasse a realidade e voltei pro quarto peguei meu fones os conectei junto ao celular deixei no aleatório e dei início a arrumação das minhas coisas Ja era bem tarde quando dei por concluído toda a arrumação. Mas cedo meu pai tinha vindo me chamar pra comer ele tinha pedido pizza, desci somente pra fazer companhia e conversar sobre coisas não muito relevantes enquanto Isabella já tinha ido deitar, fiquei somente com um copo de refrigerante e depois subi. Retirei meus fones e peguei uma toalha caminhando pro banheiro, entrei no chuveiro e deixei que a temperatura ficasse o mais gelado possível, nos primeiros segundos eu perdi o fôlego meu corpo se arrepiou e tive que segurar nas paredes para não sai dali, depois me corpo começou a se acostumar até que eu conseguisse me higienizar Sai do banheiro e tentei não deixar o caminho molhado, entro no quarto e peguei uma blusa quente e grande do guarda roupa ela chegava as minhas coxas e era de manga, coloquei meias e um short fininho, deixei a toalha enrolada na cabeça Deitei na cama e fechei os olhos, por um segundo eu quase me imaginei tendo algumas horas de sono, mas a demônia parecia um morcego que trocava o dia pelo noite, virei na cama proucurando diversas posições que me deixassem no mínimo confortável mas era impossível Joguei o coberto longe e me levantei em busca dos meus fones, os coloquei e depois peguei todo o tipo de matéria que podia e me coloquei desenhando ou escrevendo qualquer coisa que me mantivesse em paz, passei toda a minha madrugada daquele jeito, eu a música e o lápis ◇ Olhei pra escravaninha exatamente para onde se encontrava o relógio, eles marcavam 6:15 da manhã, era hora de acorda, desci e fui preparar o café, enquanto isso escutei passos no andar de cima antes de vê meu pai vindo até a cozinha - Oi garota já está de pé? - É ansiosa para o primeiro dia de aula, café? Se ao menos aquilo fosse verdade, meus pais sabiam que eu sofria de insônia, a alguns anos eu tinha ido ao médico e ele me receitou um remédio pro sono, mas com o passar dos anos meu corpo se acustumos com o remédio e ele não tinha mais efeito então não fazia sentido e os tomar, porém pros dois eu ainda os tomava e sempre dormia todas as noites Termino de preparar o café e subo faço minhas higienes, vou pro quarto e opto por uma calça preta larga de tecido leve, uma blusa branca, tênis da mesma cor e um sobretudo preto, eu devia me adequar ao frio de Forks nada melhor do que senti na pele e me acostumar até não precisar de roupas pesadas Organizo minhas coisas que precisaria pra aula, coloco em uma mochila que tinha trago e saio do quarto no mesmo momento em que Isabella saia do banheiro de toalha - Bom dia, como durmiu? Ela me deu um sorriso um pouco forçado tentando se manter animada, estava tentando mais eu sabia que toda aquela empolgação era fingida ela queria sair dali e nunca mais voltar, também finji está tudo bem - Como um bebê, vou te esperar lá em baixo Desço e largo a mochila no chão, pego uma tigela e coloco granola e um pouco de iogurte, me sento e como lentamente enqunto ouvia Isabella no andar de cima parecendo se matar, quando termino ela chega na cozinha, estava afobada e estava quase por comer com presa - Senta e come eu fiz torrada e tem sua geleia de morango pedi pro papai comprar e tem leite Eu odiava quando alguém comia com presa, também odiava quando elas comiam qualquer coisa, não era aptar a passar o tempo todo comendo mais quando o fazia o fazia com calma e comia tudo o que podia, sempre acabava saciada por todo o dia - Mia temos que ir mas cedo pra escola Sua afobação me deixava irritada, ela andava por toda a cozinha me deixando tonta, a comida iria acabar revirando no meu estômago - Não sairemos até você comer tudo o que eu disse e com calma agora senta Ela não seria louca de me contraria, tínhamos tempo de sobra e se não tivéssemos a escola não sairia do lugar, a vejo larga a mochila em uma cadeira se senta e fazer como eu disse, olha pros lados antes e me perguntar - Onde está papai? - Saiu enquanto eu tomava banho ele precisava resolver algumas coisas mais cedo Papai era o xerife da cidade, cidade essa que era muito tranquila ele nunca era realmente chamado pra algo, as únicas ocorrências eram quando havia algum acidente de trânsito por perto, do contrário ele respondia algumas coisas que eu não fazia ideia e ficava na delegacia com outros dois policiais jogando cartas ou assistindo algum tipo de esporte Termino meu café me levanto vou até a pia e lavo minha vasilha, subo ate o banheiro indo escovar os dentes. Passo novamente no meu quarto e pego meu perfume, arrumo minha cama e depois desço e encontro outra vez uma Isabella afobada, ela já tinha terminado o café e agora corria pro andar de cima pra se limpa - Não corre você vai acabar passando mal Seus passos diminuem, guardo todo o café o coloco a louça de Isabella na pia, pego um copo de água e abro minha mochila retiro uma das minhas várias cartelas de comprimidos pra insônia pra dores de cabeça e engulo cinco de cada, eles me deixavam ao menos cansadas demais pra não conseguir pensar, mas não ao ponto de durmi Conseguia passar no mínimo uma manhã completa sem me estressar e me liberava daquela coisinha que parecia amar acabar com a minha cabeça a deixando como se estivesse em uma guerra que a todo momento estourava uma bomba Engulo tudo e sinto novamente como se estivesse sendo a primeira vez que eu tomava comprimidos, eu parecia sentir eles passarem por toda a minha laringe se demorarem um pouco e depois sumirem quando eu bebia a agua, senti um pouco de dor entre as sobrancelhas e fechos os olhos contando até dez - MIA VAMOS EMBORA Abro os olhos no mesmo momento em que Isabella desce as escadas trupicando no último degral e quase caindo - Eu estou bem Ela diz me olhando meio envergonhada, nunca tinha visto pessoa mais desengonçada pra caminhar me lembrei da incontáveis vezes que ela já tinha caído e como sua cabeça devia está cheia de rachaduras, neguei com a cabeça Peguei minha mochila e minhas chaves que estava perto da porta, saimos e eu tranquie a porta, me virei para o canto da casa e bem ali estava ela uma Triumph Daytona 675, eu amava aquela moto, tinha sido presente de Charlie e Renée, que depois de tanto me escutando dizer sobre ela me deram de aniversário de 16 anos, mesmo eu achando muito cômico Charlie sempre dizer que odiava motos e me deu uma de presente Me aproximei e retirei o saco protetor de cima dela Coloco o capacete e entrego o outro a Isabella, subimos na moto e vamos em direção a nossa próxima tortura na terra, adolescente de cidade pequena no ensino médio
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