Capítulo 5

1177 Mots
  "Você não tem coração! Em vez de se desculpar, ainda insulta minha casa e minhas memórias?"   Catalina puxou os cabelos de Wesley com força brutal. Mesmo fazendo uma careta de dor, o homem conseguiu se manter em pé. Suas mãos não hesitaram em agarrar os pulsos da garota, contendo o ataque.   "Me desculpar pelo quê? Não fiz nada."   A garota soltou uma risada amarga.   "Inocente? E você acha que eu vou acreditar nisso? Não foi você quem me ameaçou? Já esqueceu?", protestou Catalina, tentando se soltar.   "Foi só um modo de falar. Não fui eu quem destruiu sua casa."   Catalina começou a se debater, tentando se libertar, mas o CEO mantinha seus pulsos firmemente presos.   "Me solta! Não quero ser tocada por um crápula como você!"   "Você me chamou de crápula?"   Wesley girou o corpo de Catalina e a imobilizou por trás. Com os braços cruzados sobre o peito, ela não podia fazer nada além de continuar se debatendo. Mesmo que sua cabeça atingisse o queixo do homem várias vezes e a tontura turvasse ainda mais sua visão, ela persistia na luta.   "Me solta!"   "Chega!" Wesley começava a perder a paciência.   "Me solta!"   O CEO não aguentava mais. Com sua força superior, ele arrastou a garota até a cama, imobilizando-a como um policial subjugando um criminoso.   "Ai!", gritou Catalina quando uma onda de náusea violentou seu estômago.   "Hueek... hueek..."   Os olhos de Wesley se arregalaram instantaneamente. "Você vai vomitar?"   "Hueek..."   "Aqui não!"   Wesley rapidamente levou sua convidada até o banheiro. Ele estremeceu ao ver Catalina vomitar no vaso sanitário.   "Foi certo dar só dois copos pra ela", murmurou para si mesmo.   Depois de enxaguar a boca na pia, Catalina baixou a cabeça, recuperando o fôlego por um momento. Então se virou, revelando lábios pálidos e bochechas avermelhadas. Nenhuma palavra saiu de sua boca.   "Quer me atacar de novo?" Wesley desafiou, enquanto Catalina cambaleava em sua direção.   Milagrosamente, a garota balançou a cabeça e passou direto por ele.   "Hm? Será que a poção da verdade finalmente fez efeito?"   Wesley seguiu Catalina e segurou seu braço. "Ei, o que você realmente quer?"   Com as pálpebras semicerradas, a garita olhou para Wesley.   "Casa."   "Ah, quer uma mansão? Uma bem sofisticada? Calma. Mas me diga... quem mandou você atrapalhar o projeto da NexaCore?"   Catalina balançou a cabeça levemente e repetiu: "Casa."   A testa de Wesley se franziu. "O que isso significa?"   "Casa."   Um segundo depois, as pernas de Catalina fraquejaram. Se o CEO não a tivesse segurado, ela teria caído no chão.   "Devia ter dado só um copo pra essa garota", lamentou Wesley enquanto a carregava e deitava na cama.   Em pé, coçando o queixo, o homem observou a aparência de Catalina. Cabelos despenteados, lábios pálidos, vestido amassado. A garota estava completamente desarrumada.   "Qual é o verdadeiro propósito dela?", questionou o CEO, considerando uma nova perspectiva.   "Será possível que ela seja realmente inocente?"   Um segundo depois, Wesley balançou a cabeça, descartando o pensamento.   "Até uma inocente pode ser manipulada. A Igni Company ou a Luminorix podem tê-la usado para sabotar o projeto. Devem saber que ela é... peculiar."   O CEO se aproximou e observou cada detalhe do rosto de Catalina.   "Dormindo assim, até que ela é bonita." O homem nem percebeu que engoliu em seco.   De repente, o celular na mesa tocou. Wesley o pegou e viu a notificação.   "Número desconhecido?" Seus olhos se moveram, verificando os arredores. "Será que é outra ameaça?"   Sem perder tempo, leu a mensagem:   "Deixe-me adivinhar! Você deu a poção da verdade para a mulher e agora ela está dormindo."   As mãos de Wesley se cerraram. Com um suspiro pesado, fitou o rosto inocente de Catalina.   "Ela era mesmo uma mensageira? Tsc..."   O celular tocou novamente.   "Então, divirta-se! Mas cuidado! Não deixe a garota engravidar. Não só o nome dos Myers vai por água abaixo, mas você perde a posição de CEO."   Wesley bufou irritado.   "O que quer dizer com 'divirta-se'? Essa pessoa me acha um i****a?"   Depois de colocar o celular sobre a mesa, o CEO se voltou para a bolsa de Catalina no chão.   "Por que está tão quente esta noite? E eu que acabei de tomar banho", resmungou enquanto despejava o conteúdo da bolsa.   Cadernos, carteira, celular e partituras musicais foram os quatro itens que chamaram sua atenção.   "Ela é musicista? Ou está só fingindo?"   Wesley jogou as partituras de volta na bolsa.   "O que é isso? A letra dela é horrível", comentou ao abrir o caderno.   "A mulher precisa praticar caligrafia. Ou talvez não foi ela quem escreveu isto."   Sem hesitar, jogou o caderno na pilha de coisas inúteis. Após piscar os olhos, abriu a carteira da garota.   "Parece que está precisando de dinheiro. Coitada."   Seus dedos já seguravam o documento de identidade de Catalina.   "Então o aniversário dela é no mês que vem. Tsc, não é tão jovem quanto parece. O rosto realmente engana."   Depois de devolver o documento, fechou a carteira e pegou o celular.   "Senha?"   Com um sorriso nos lábios, Wesley voltou até Catalina e pressionou o polegar dela no sensor.   "i****a!", murmurou com satisfação. Sentou na beira da cama e começou a verificar todos os arquivos.   Mensagens, histórico de chamadas, contatos, até galerias de fotos e vídeos. Seus olhos se arregalaram ao ver a quantidade de vídeos.   "São relatórios diários?", perguntou a si mesmo, ainda desconfiado.   Sem hesitar, clicou no vídeo mais recente. Um doce sorriso da garota surgiu na tela.   "Oi, mãe. Hoje participei de uma competição. É só a primeira fase, mas preciso estar bonita, né?"   A garota se levantou e recuou até que seu corpo inteiro coubesse na tela.   "Queria muito usar este vestido. Mas é muito ousado. Tem muitos homens trabalhando lá fora. Tenho medo que provoque reações desagradáveis."   Catalina pegou outro vestido da cama.   "Então a segunda opção é este vestido longo. Parece mais comportado, né? Quer me ver usando?"   Um segundo depois, a garota se virou e começou a tirar o vestido que estava usando. O sangue de Wesley ferveu instantaneamente. Mesmo quando Catalina terminou de vestir o segundo vestido, seus olhos permaneciam grudados na tela.   "Como estou, mãe? Este é mais elegante, né?"   Depois de checar sua aparência de vários ângulos, aproximou-se da câmera.   "Reza por mim, mãe. Não vou te decepcionar. Vou ganhar essa."   O doce sorriso de Catalina encerrou o vídeo.   Engolindo em seco, Wesley virou a cabeça para a garota adormecida ao seu lado. Sem uma palavra, colocou o celular na mesa e começou a observar o corpo de Catalina com interesse renovado.   Quando recuperou a consciência, percebeu que sua mão estava acariciando uma curva suave da garota. Com a rapidez de um raio, afastou a mão e saiu da cama.   "Caramba! O que eu estava pensando?"   Enquanto andava de um lado para o outro, sacudia a cabeça tentando se recompor. Em vez de diminuir, o desejo dentro dele só aumentava. Seu corpo pulsava de desconforto.   "O que há de errado comigo?"   De repente, o celular de Wesley tocou novamente. Num instante, leu a mensagem:   "É o estimulante mais potente. Nem tente resistir! Seu coração não vai aguentar."
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