Capítulo 7

1128 Mots
  Ponto de Vista de TYLER   Um enorme e irritante "F" em vermelho estampava minha prova de Matemática. Gemi internamente e encarei meu professor, Sr. Clark. Ele não parecia nem um pouco satisfeito.   Nunca tive problemas com ele — na verdade, era um dos professores mais legais da escola. Mas às vezes agia como se estivesse ensinando crianças pequenas, com aquelas atividades de colorir números ou jogos de perguntas e respostas onde uma bola era passada pela sala. Até usava sua vareta de madeira para escolher alunos. Meu Deus!   Ainda assim, era melhor que a maioria dos professores.   "Nem sei o que dizer, Tyler." Ele franziu a testa, os óculos escorregando pelo nariz arrebitado. Sempre quis sugerir lentes de contato, mas a vida era dele, né? "É a terceira vez seguida que tira nota vermelha. Algum problema?" Além do fato óbvio de que eu era péssimo em Matemática.   "Estou tentando." Mentira. Não estava me esforçando. Matemática era uma daquelas matérias que você ama ou odeia, e eu odiava. "Mas o senhor sabe como é, estou ocupado com os treinos de futebol. Estamos nos preparando para o jogo contra o—"   "Isso não é desculpa!" O Sr. Clark me interrompeu. "E esse seu 'estou tentando' não me convence." Suspirou e cruzou os braços. "E não recebi sua lição de casa na última semana! Qual a desculpa agora?" Droga, tínhamos lição de casa? Devo ter esquecido entre sair com Maxine e as festas.   Pra ser sincero, lição de casa é perda de tempo — todo mundo só copia as respostas do Google mesmo.   "Desculpe, professor, é que o futebol—"   "Sua educação ficou menos importante?" Essa doeu. "Ou está ocupado demais com a namorada e não tem tempo para estudar?" Ele suspirou e apoiou-se na minha mesa. "Olha, Tyler. Sei que este ano tem sido difícil com as inscrições para a faculdade, mas preciso que você se concentre. Sempre fui flexível, mas este é o ano em que precisa melhorar essas notas."   "Vou tentar, professor. Prometo." Dei de ombros e empurrei a prova sobre a mesa.   O Sr. Clark soltou um suspiro pesado. "Tenho sessões de estudo após as aulas às quartas e sextas. Pode aparecer em uma."   "Desculpe, mas tenho treino de futebol nesses dias." Mentira — na verdade, tinha encontro com Maxine.   "E uma sessão individual na terça de manhã?" De manhã? Ah, pelo amor de Deus!   "Não posso. Meu pai joga golfe nas terças no clube e me ensina." Boa desculpa.   O Sr. Clark suspirou pela centésima vez e esfregou a testa. Sabia que ele queria me ajudar, mas meu caso era perdido. Eu simplesmente não queria ajuda — quem diabos quer passar o tempo livre aprendendo Matemática?   "Já pensou em contratar um tutor?"   "Um tutor?" Nem pensar!   "Tenho vários alunos na aula de Álgebra que fazem tutorias. Me diga seus horários que organizamos." Ele disse com esperança no rosto.   Até que era uma ideia, mas ainda assim, não.   "Agradeço a oferta, Sr. Clark. De verdade." Levantei e passei os dedos pelo cabelo. "Mas consigo me virar sozinho."   O Sr. Clark lançou um olhar de descrédito, franzindo a testa. "Só estou preocupado com você, Tyler. Você é bonito, rico, atlético. Mas suas notas estão caindo."   Suspirei. "Estou bem. Vejo o senhor na próxima aula!" Saí da sala ouvindo-o me chamar, mas não me importei. Odeio Matemática, e quanto mais tempo passava ali, mais estressado ficava.   Caminhando pelo corredor, peguei meu celular. Maxine tinha me ligado. Malditos professores! Resmunguei e guardei o aparelho.   Maxine e eu éramos vizinhos. Ela chamou minha atenção no ano passado, quando a vi dançando no quarto pela janela. Estava de pijama fofo, movendo-se no ritmo da música. Fiquei encantado e gravei um vídeo — depois disso, não conseguia tirá-la da cabeça.   Até que um dia, ela me pegou fotografando-a enquanto pulava na cama de forma engraçada. Em vez de ficar brava, fez poses fofas e mandou beijinhos. Confessei meus sentimentos, e ela me aceitou na hora, tornando-se minha namorada.   Ela era uma dançarina incrível e líder de torcida do time de futebol. Ela era minha rainha, e eu, seu rei. Depois de cada treino, passávamos tempo juntos, na casa dela ou na minha.   A vi me esperando no corredor e sorriu ao me ver. "Vamos almoçar?"   "Claro..." Sorri de volta e passei o braço sobre seus ombros. O aroma de morango de seu cabelo invadiu minhas narinas enquanto beijava sua testa.   Estávamos na mesa do meio da cantina quando ouvi uma agitação no canto. Revirei os olhos ao ver Mark e seus amigos importunando um garoto nerd de óculos grossos. E uma garota de cabelo cacheado e pele pálida ajudando-o a levantar-se quando Harry derramou suco de laranja em sua cabeça.   Mas que droga!   Levantei-me, mas Maxine me segurou pelo pulso. "Não ligue para eles, querido. Eles só estão se divertindo." Disse, continuando a comer seu hambúrguer.   Cerrei os dentes ao reconhecê-la. Stella Hemmings, a garota nerd que eu costumava provocar, mas agora... agora eu gostava de defendê-la.   Tudo começou quando a vi procurando seu nome na lista de populares. Tipo, o que ela esperava? Ser incluída naquela lista i****a vestida daquele jeito? Como uma...   Bem, não que ela fosse feia. No momento em que nossos olhos se encontraram, não soube explicar, mas havia algo em seus olhos verdes que me fascinou. Sim, eu via seus olhos oceânicos perfeitos através daqueles óculos, mesmo que ela tentasse escondê-los.   Também percebi que seu cabelo não era naturalmente preto — mechas ruivas escapavam dos cachos bagunçados. Tipo, que droga? Ela é ruiva ou morena?   Quando a vi no mural, só queria provocá-la, mas achei seu rosto fofo e ao mesmo tempo engraçado. Então, em vez de dizer "Viu seu nome na lista? Tente na próxima", soltei: "Vai sonhando, nerd!"   Fiquei surpreso quando ela apenas me encarou — e até me cortou, se não me engano. Qualquer outra garota no campus riria e me daria o número na hora. Por que não? Eu era popular, bonito e tudo mais.   Então, sempre que a via passando, eu a fazia tropeçar ou a chamava de nomes só para irritá-la e chamar sua atenção. Achava-a fofa e adorável. E queria que só eu a provocasse, não os outros.   "Preciso ir ao banheiro, linda." Disse a Maxine, levantei e fui até meu armário pegar meu uniforme de futebol.   Corri até a porta do telhado e esperei que Stella e seu amigo aparecessem. Sim, eu sempre soube onde ela passava o tempo livre — se não era na biblioteca, era no telhado. Sorri ao vê-la sorrindo, nem ligando para o bullying anterior. Ela é realmente durona.   Joguei minha camisa em seu rosto quando se aproximaram. "Troca por isso, nerd!" Disse, virei-me com um sorriso nos lábios e voltei para a cantina.
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