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Nada além de amante

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Blurb

Aquele relacionamento perdurava por dez meses. Não era um namoro. Era apenas um caso descompromissado, carnal e intenso. Amber Giles, inevitavelmente se apaixonou por Maximus Grant, acreditando que um dia poderia ter seu sentimento retribuído. Mas quando tem a certeza de que aquele relacionamento era unilateral e que, ao contrário do que esperava, não havia exclusividade, Amber entendeu que talvez fosse o momento de soltar as amarras que a prendiam a ele e tentar ser feliz. Afinal, como ele mesmo disse, ela não era nada além de sua amante.

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Capítulo 1
Mais uma vez eu tentei sair da cama, escorregando lentamente nos lençóis macios na intenção de escapar dos braços de Max. Ele, que até então estava profundamente adormecido se remexeu na cama e me puxou novamente, estreitando ainda mais os braços à minha volta. —Pare com isso, Max. Desse jeito vamos chegar atrasados. Ele abriu lentamente os incríveis olhos verdes, o que fez meu coração disparar como sempre acontecia quando ele me olhava. Maximus Grant era sem sombra de dúvida o homem mais bonito que já vi na vida. Cabelos castanhos com um algumas nuances douradas, olhos verdes, pele levemente bronzeada e um espetacular corpo de um metro e noventa e seis, muito bem trabalhado pelo tempo como atleta profissional de natação. Há onze meses ele passou a integrar o quadro de funcionários da Life Style, onde eu também trabalhava como produtora de moda. Sendo o editor-chefe, isso significava que eu respondia diretamente a ele, o que na verdade não chegava a ser um problema por vários motivos. O primeiro deles sem dúvida era o fato de que a dona da Life Style, a toda poderosa Maisy Turner não se importava com relacionamento entre funcionários, desde, é claro, que isso não atrapalhasse no andamento do trabalho. E também porque Max era um excelente profissional, e nunca, nesses meses todos em que nos relacionamos, eu fui favorecida ou desmerecida por estar  envolvida com ele. A atração entre nós foi explosiva desde o primeiro dia. Desde o momento em que Max foi apresentado aos demais funcionários, seu olhar parou em mim e senti todo meu corpo em brasas. Ainda assim demoramos um mês até nos envolvermos. —Não vamos. Eu sei que temos tempo ainda. Você sempre diz isso. Ele voltou a fechar os olhos, ignorando meu apelo. Eu me remexi novamente e ele resmungou irritado, girando o corpo inesperadamente e se posicionando sobre mim. —Já sei que é isso que você quer, sua insaciável. —Não seja convencido. Só quero evitar chegar atrasada. Não queremos irritar a Maisy, não é? —Não queremos. Mas queremos fazer amor. E é isso que faremos. Eu não tive forças para recusar quando sua mão deslizou pela lateral do meu corpo, passando à frente no ponto que começava a acender com suas carícias. *** Eu queria desesperadamente meu apartamento, minha banheira e minha cama. Tudo nessa ordem. Não sentia fome, apenas um extremo cansaço e a vontade de abandonar tudo e ir para casa. Mas eu, evidentemente não faria isso, a menos que quisesse perder meu emprego. Mas os últimos três dias correndo de cidade em cidade, procurando marca por marca até reunir todas as peças que seriam fotografadas para a próxima edição me deixaram em frangalhos. Eu mal consegui dormir entre um voo e outro e ao chegar à Life Style vim direto para minha sala, começando a separar as peças com a ajuda de Melina e Eleanor. —Isso está um caos hoje, Amber. Você deu foi muita sorte por estar ausente. —Eu não chamaria de sorte. —Maximus está num humor do cão. Ninguém pode sequer olhar para ele sem arriscar ganhar um rosnado. —Sério? — Falei, com a ponta da caneta na boca, enquanto analisava o vestido em minha mão. — Aconteceu alguma coisa? —Não sei. Alguns dizem que foi a reunião com Damarion Bradley que o deixou assim. —Duvido. Max sabe levar Damarion muito bem. A verdade é que todos estamos em um ritmo louco por causa do fechamento da edição. E Max é perfeccionista demais. —Isso é verdade. Mas é verdade também que ele quase nunca perde as estribeiras. Pode escrever que alguma coisa está errada. Eu falei com Max há dois dias e ele não me pareceu aborrecido, muito menos estressado. A não ser que Melina tivesse razão e Damarion tenha feito algo que o desagradou. Isso, aliás, não era novidade. O homem era intragável e apenas Max e Maisy tinham estômago para suportá-lo. Talvez a paciência de Max tenha se esgotado. —Bom, eu ainda não falei com ele. Assim que terminar isso aqui vou até ele. —Sério que chegou há quatro horas e ainda não o viu? Deve ser por isso que ele está tão atacado. Eu apenas rolei meus olhos ante as palavras de Eleanor. Max não era tão passional e muito menos do tipo que se aborrecia por causa de longas ausências. Não tínhamos esse tipo de envolvimento. Suspirei um tanto desgostosa ao pensar nisso. Porém, essa era a verdade. Nosso relacionamento se resumia basicamente a sexo e amizade. Não vou dizer que não esteja apaixonada por ele. Isso aconteceu e não houve nada que eu pudesse fazer para evitar. Mas eu sabia que o mesmo não acontecia com Max. Aliás, ele foi completamente honesto quando nos envolvemos, afirmando que não queria um relacionamento sério. Não queria amarras. Logo que chegou à Life Style, várias vezes eu o vi irritado ao atender algumas ligações, até que chegou o dia em que mudou o número de seu celular, assim como restringiu ligações pessoais. Eu bem que tentei abordar o assunto, mas ele desconversou, então acabei desistindo. Claro que eu sentia  algo de estranho. E não sou uma sonsa a ponto de não chegar ao resultado da equação. Houve alguém em seu passado. Alguém que, de alguma forma ele queria evitar. Eram quase seis da tarde quando finalmente eu atravessei o corredor que me levaria até a sala de Max. Eu bati levemente à porta e aguardei até que ele permitisse minha entrada. Ele digitava algo em seu notebook e não ergueu os olhos quando entrei. E eu sei que ele estava bem ciente de que era eu ali à sua frente. —Muito trabalho? —Um pouco. Assim como você. Estreitei meus olhos ao perceber um leve tom de censura em sua voz. —Aconteceu alguma coisa, Max? —Deveria? —Não, mas estão comentando que você anda meio estressado. Ele então se dignou a parar de digitar e me encarar, apoiando o cotovelo na mesa e o queixo sobre a mão. —Oh então pelo jeito você não tinha muito trabalho, já que teve tempo de ficar ouvindo fofocas. —O que diabos deu em você? —Eu explodi e ele arregalou os olhos. — Por que está falando assim comigo? Eu sei que o peguei de surpresa, afinal eu raramente erguia minha voz, principalmente para ele. É, eu sei que geralmente me comportava como uma gatinha ronronante na cama e como uma séria funcionária na empresa. Nesse momento eu mais parecia uma amante ardorosa. —Desculpe. Eu não tive a intenção de gritar com você. Ele me olhou por segundos e se levantou abruptamente, empurrando a cadeira e parando a minha frente, me puxando para os seus braços. —Eu quem devo pedir desculpas. Estou cansado e estressado e acabei descontando em você. Pode me desculpar? Perguntou deslizando o dedo pela minha bochecha. Eu o abracei pela cintura e me ergui na ponta dos pés, deixando um beijo em seus lábios. Geralmente não fazíamos isso na empresa, mas acho que nesse momento ambos precisávamos disso. —Claro que desculpo. Acho que estamos todos meio esgotados. —Você já terminou? O que acha de irmos para casa? —Estou sonhando com isso desde que cheguei. Ele sorriu e me deu um beijo de leve antes de se afastar e começar a desligar o notebook. —Enquanto isso vou até minha sala pegar minhas coisas. —Tudo bem. Eu não vou demorar. Dez minutos depois seguíamos para o estacionamento. —Por que não vamos no meu carro? Você sabe que é seguro deixar o seu aqui. —Admito que não sinto a menor vontade de dirigir. Sorrindo, Max abriu a porta do carro para mim. Assim que me sentei, fechei meus olhos, apreciando a maciez do banco do carro. —Deu tudo certo? —Sim. Estou exausta, mas valeu a pena. Consegui peças incríveis. —Você sempre consegue. Eu sorri e voltei a fechar meus olhos. Max nunca poupava elogios à equipe, mas também era duro quando preciso. Ele ficou em silêncio e pouco depois a música preferida dele começou a tocar. Ele a ouvia praticamente todos os dias e parecia nunca se cansar, acompanhando a melodia com sua voz sexy. Quando voltei a abrir novamente meus olhos, ele me encarava com um sorriso divertido. —Eu não sabia que você roncava. —Mentiroso. —Dei um tapa em seu braço e me ajeitei no banco. — Ei... por que estamos aqui? —Sei lá. Quando dei por mim, já estava aqui. Alguma objeção? —Não, mas... eu não tenho nenhuma roupa aqui comigo. —Você não vai precisar delas. Deu um sorriso torto e desceu do carro, pegando sua pasta e dando a volta para abrir a porta para mim. Desde que nos conhecemos, só estive em seu apartamento duas veze. Geralmente nos encontrávamos em meu apartamento e eu até preferia. Não costumo dormir muito bem em outra cama que não seja a minha. Mas por Max, eu poderia abrir uma exceção. Ou várias exceções.

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