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Meu namorado é um Mafioso!

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Blurb

Diana Peterson é uma jovem estudante que sempre viveu uma vida complicada, e carregada de emoções fortes. Ela sofre abusos físicos e psicológicos dentro da sua própria casa. Porém, isso pode estar perto de acabar, pois ela está no fim do ensino médio com seu melhor amigo, Stefano Ferraz. E, ele está disposto a ajudar. A garota nutre sentimentos além da amizade por Stefano, porém tem medo de se declarar, devido ao seu passado, e segredos familiares. Já Stefano sente mesmo por Diana, e por isso ao descobrir a real situação da garota tentar salvá-la de novos abusos, Stefano pede a ela para passar um tempo em sua casa junto com ele, Diana então aceita sem pensar duas vezes; mas esse tempo, só serviu para deixá-los mais próximos um do outro, onde o amor deles continuou crescendo. Porém, a vida daria um jeito de separá-los, e assim aconteceu; Stefano foi obrigado a deixar sua amada para trás para se juntar a uma organização criminosa, como toda a sua família, mas isso só intensificou seu ódio pelo pai. Após um certo tempo separados, o destino, ou o acaso, coloca Diana e Stefano frente a frente outra vez; mas agora ele teme que não será aceito pela Diana, após ter se tornado um mafioso temido e respeitado em toda Itália. Um amor verdadeiro poderá sobreviver em meio a um passado e um presente cheio de mentiras?

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O início de tudo.
O meu inferno pessoal. Diana: Stefano e eu somos melhores amigos, porém ambos vemos mais que uma simples amizade; e embora ele deixe claro o que sente; eu ainda tenho medo dos meus próprios sentimentos. Ele me chamou para um passeio de fim de tarde; o parque que estamos tem uma vista linda, e eu infelizmente acabei de saber que ele vai se mudar; meu coração está muito apertado. Eu queria muito me abrir com ele, mas não consigo, toda vez que tento, as palavras fogem de mim, e eu me apavoro muito fácil, mas agora, sinto muito medo de ficar sozinha de novo. - Para onde vão te levar? - Pergunto. - Espero que não seja para muito longe. - Minha voz sai carregada de tristeza. - Ei! Não ouse usar esse tom de voz comigo mocinha, eu vou, mas logo voltarei para tirar você daqui. - As palavras dele saem com uma voz tão calma, como se não ligasse para a ideia dos seus pais. Ele sabe quase tudo sobre mim, o curioso é que eu não sei de quase nada sobre ele e sua família, vai saber o que eles fazem para ser tão ricos assim, não é? - Você é a única coisa de valor que eu tenho e agora, vou te perder também. - Falo com medo. Dá para perceber que ele ainda está confuso sobre essa viagem. - A única coisa que eu quero... É que você se livre das correntes que te prendem aqui, não preciso ser mais especifico, não é? - Stefano tem razão, mas no fundo, eu só quero que minha mãe veja o monstro que meu irmão é. - E eu faço 18 anos ainda esse ano minha linda, você não vai se livrar de mim tão fácil. - Eu ganho um chocolate se disser que vou me esforçar para cumprir essa tarefa difícil senhor Ferraz? - Pergunto sorridente enquanto cruzo os braços. - Senhor? Vai fazendo piadas vai! Sua boba. No meio de toda conversa começamos a trocar olhares e acabei caindo em sua teia outra vez, é incrível com consigo perder a pose perto desse homem, se só com um olhar ele consegue o que quer de mim, imagina se tivéssemos algo sério... Fico estática vendo-o se aproximar, tento me afastar de todo jeito, mas nada adianta. Há um magnetismo entre nós que é impossível explicar e sem que eu perceba, sempre acabo em seus braços. O pensamento de perdê-lo me apavora, sinto meu estômago doer, mas não sei se é o medo de ficar sem ele, ou se é pelo tempo que não consigo tocar na comida. Sempre o vi como um amigo, nunca imaginei que teríamos algo sério, embora trocássemos algumas carícias eventualmente. Eu tenho a impressão de que tudo é diferente na visão dele e que se fosse aberta, certamente já estaríamos namorando. Não que, eu não o visse como um bom partido, ele é um cara incrível, mas meus medos e traumas me impedem de ir adiante, por enquanto, esse é o limite que consigo me sentir segura. - Não me negue por favor! Eu sei que você também sente algo por mim. - Afirma ele. Eu não consigo afastá-lo e quando me dou conta, estou presa em seus braços. Estamos tão próximos, posso sentir que ele é parte de mim, é uma sensação de finalmente estar completa, protegida e amada... - Não faça isso! Eu... Eu sinto algo forte por você sim, não posso negar. Mas... Não posso seguir com isso, pelo menos não agora. Me entenda por favor. - Peço me esforçando para não me desmanchar em lágrimas. Fui covarde e por um medo idiota escondi dele tudo que sofro calada nas mãos do meu irmão desde muito pequena. - Pelo menos, me deixe ficar do seu lado, você é a única razão que tenho para continuar. O calor dos seus braços é uma coisa tão boa, não sei explicar o que sinto só de poder ficar assim com ele... Vimos o pôr do Sol agarrados um ao outro e pela primeira vez na vida, eu não consigo acreditar no que ouvi... Eu não sou nada demais e ele me diz que sou a razão para ele continuar, não sei se acredito ou não, mas mesmo que essas palavras me deixem feliz por agora, sei que assim que eu chegar em casa voltarei a me sentir um lixo, aparecer com um rosto mais alegre na frente da minha mãe é motivo para brigar. Alguns dias depois... Aquele nosso encontro me deu esperanças de uma vida melhor e eu quero Stefano, comigo. Eu infelizmente, sei que o pai dele não o deixará mudar de ideia se o motivo da viagem for tão importante quanto ele afirma. Estamos no último ano do colegial e com o ano perto de acabar, ele faz questão de me incentivar a procurar uma faculdade, assim com a cabeça ocupada eu não tenho tempo para pensar em besteiras. Ele sabe que meu relacionamento com a minha mãe é difícil, mas infelizmente, eu nunca mencionei que a culpa disso é do meu irmão, afinal, não tenho ideia de como posso contar para o meu melhor amigo que meu irmão é um verme abusad0r. Stefano, insistiu tanto para eu decidir logo o que fazer da minha vida que acabamos até discutindo. Já disse repetidas vezes que estou indecisa sobre psicologia, artes ou astronomia, mas na verdade, só quero que ele pare de ser mandão, ficar repetindo sem parar que eu preciso me decidir não vai mudar a minha cabeça. Depois de muito discutir, decidimos conhecer as faculdades da cidade vizinha, ele acredita que se eu for até lá, poderei encontrar um curso que realmente me agrade. Mesmo com as nossas brigas por coisas bobas, ficar ao lado do Stefano me ajuda muito a esquecer de todos os problemas e com isso a necessidade de estar sempre com ele aumenta junto com tudo que sinto. Embora eu tenha sentimentos fortes por ele, sou tímida demais para admitir, porém, eu o quero do meu lado sempre! Eu sei disso, mas não tenho coragem de falar com ele a respeito, sua presença faz o meu rosto corar com facilidade. O que mais me deixa com raiva, é o Stefano, saber da minha timidez e se aproveitar disso, segundo ele, a imagem do meu rosto corado é fofa demais para não ser vista. Chegamos na cidade e depois de passear por diversos lugares, concordamos em dar uma pausa para almoçar. Procuramos um restaurante perto da faculdade, mas para o meu azar fomos surpreendidos por Thomas, meu irmão e Yonne, minha mãe, que por um “acaso” também estão almoçando no mesmo restaurante... O pensamento de que isso é coisa do meu irmão, passa pela minha cabeça. Me impressiona ao ver seu poder de manipulação sobre as pessoas, nem minha própria mãe consegue perceber a aberração ela criou. Thomas é maquiavélico desde criança, sempre me controlando, sempre fazendo eu me sentir inferior a ele, detesta ser contrariado e eu não duvidaria se ele chegasse a matar alguém por ir contra seus pensamentos doentios, eu sei que isso nunca vai mudar. Eu estou me esforçando para manter um sorriso falso no rosto, mas com essas "coisas" no mesmo lugar que eu, fica difícil fingir alguma coisa. Por um momento, pego-me imaginando os motivos para estarem aqui, já que minha mãe se negou a vir comigo dizendo que estaria trabalhando, mas com o meu irmão ela quis vir. Eu tinha esperança de que algo realmente importante tivesse acontecido, assim sentiria menos o desprezo dela, mas eu sou inocente demais para pensar isso... Não demorou muito para eu ter certeza que meu "desprezível irmãozinho" planejou tudo isso. - Mas olha só! O que os pássaros trouxeram até aqui!! - No momento em que ouço sua voz, sinto um aperto insuportável no estômago, que me deixou muito enjoada. - Eu lamento atrapalhar o "papo" de vocês, mas eu preciso muito falar com você maninha. "Atrapalhar o papo???? Ah, como eu quero chutar isso que você chama de bolas..." Mesmo querendo voar no pescoço dele, não me deixei levar pela provocação, porém, essa situação é de deixar qualquer um incomodado. Imagina a mim, que só de vê-lo se aproximando, sinto nojo. Nojo dele, nojo de mim e até... da minha mãe. Como ela pode não perceber o que ele faz comigo? Nunca lhe faltou provas, mudança no meu comportamento, marcas roxas no meu corpo, fugia do contato com as pessoas, chorava muito fácil, quando fiquei mais velha, mostrei sintomas de ansiedade e depressão, sem contar a maneira que tudo se intensificou. Até hoje eu não consigo entender o que Thomas fez a ela, para deixá-la assim, tão cega. As paranoias constantes de Thomas, ficam piores a cada dia e o fazem crer fielmente que, o que ele faz comigo é o começo de uma linda história de amor. Sim, ele acredita cegamente que eu o amo e que o desejo como homem. Para piorar, ele repete todas as malditas vezes que eu nunca serei de outro homem e que só ele me fará feliz para sempre. Mal sabe ele que única felicidade que ele realmente me causa é quando está longe dos meus olhos. Ele é meu irmão, mas eu o odeio a ponto de querer desistir da minha própria vida para nunca mais ter que vê-lo novamente. Planejei tantas vezes por um fim a isso tudo, eu tentei tantas vezes, implorei ajuda, mas todos a minha volta me tratam como uma histérica alucinada. Eu quero odiar minha mãe por isso, e por muitas eu a odeio, mas... Eu também quero ser amada, protegida e mimada por ela, assim como ela faz com ele ou eu queria pelo menos imaginar que um dia a possibilidade de acontecer será possível. Thomas, se levanta e agarra meu braço com força, querendo me puxar para fora do restaurante. As náuseas que sinto, se intensificaram no instante em que ele me toca e nesse momento estou me esforçando muito para não vomitar aqui, ao mesmo tempo sinto vergonha por essa situação estar acontecendo... Embora, eu queira contar toda a verdade à Stefano e implorar que ele me ajude a sair dessa maldita vida, mas eu sinto vergonha e muito medo. Vergonha por imaginar que ele já saiba e que talvez, ache que eu queira tudo isso. Medo de que ele se sinta tão enojado a ponto de nunca mais querer me ver. Se isso acontecer, eu não tenho mais motivos para seguir em frente. - Perdão, mas quem é você? - Pergunta Stefano, me segurando pelo outro braço, interrompendo a saída de Thomas. - Sou Thomas, o irmão dela e você quem é? - Sou um amigo. Desculpe, não sabia que eram irmãos. - Stefano, mudou o semblante e soltou meu braço. Eles apertaram as mãos e percebi Thomas medindo Stefano de dos pés à cabeça, que mania ridícula... - Vá com ele, mas não vá muito longe por favor, a hora da nossa visita na faculdade tá chegando. - Disse me olhando com receio por eu nunca ter mencionado que tinha um irmão. Mesmo em meio a tudo dando errado, eu ainda consigo notar os olhares da minha mãe para o Stefano. Não é para menos, ele é perfeito, aplicado, decidido, de tirar o fôlego de qualquer mulher com aquele corpão. A única coisa que o deixa furioso, é ter sua vida toda já planejada pelos seus pais. Eu não consigo evitar, penso em inúmeras besteiras que podem acontecer para tudo descer pelo ralo de vez. Não basta só abus4r de mim Thomas, agora me perseguir também? Eu faço até o impossível para não ter que vê-lo em casa e se continuar assim, nem na rua vou poder sair. Ele me leva para um beco ao lado do restaurante, minha mente me alerta a todo momento, "Ele vai te machucar de novo, grita!", "Não faz isso, ele vai te manipular outra vez, fuja ", mas infelizmente, eu não tenho forças e nem coragem para isso, longe do Stefano, eu não sei como agir. Para variar, as coisas estão todas a favor do Thomas, pois eu posso contar nos dedos as pessoas que estão passando nessa rua e meu amigo jamais desconfiaria do meu próprio irmão. - Espero que você não esteja brava comigo, mas eu tive que vir. Senti sua falta em casa e agora, te encontro junto de um qualquer. - Diz passando essa mão nojenta em meu rosto. Sinto minhas pernas tremendo, como uma vara verde sendo balançada ao vento, mas isso muda graças ao tom de voz escroto dele ao falar do Stefano, ele pode fazer o que quiser comigo, não vou ligar, mas eu não admito que essa boca imunda diga uma só palavra contra meu melhor amigo. Não consigo me conter e com isso cavo a minha própria cova. - Quem você acha que é para falar dele desse jeito? - Pergunto dando um tapa em sua mão para tirá-la do meu rosto. A expressão de Thomas muda drasticamente. Transtornado e cego de raiva, me segura pelo pescoço contra a parede e em poucos segundos, faço de tudo para que meus pés encontrem o chão novamente. - Acha mesmo que vou deixar uma v4dia feito você falar comigo desse jeito? ENTENDA: VOCÊ É SÓ MINHA! MINHA PROPRIEDADE E NUNCA VAI FUGIR DE MIM SUA V4CA! Eu não consigo gritar, apenas cuspo no rosto dele usando o pouco fôlego que ainda me resta, e ele continuou: - Aí de você se eu descobrir que foi para a cama com aquele cara! Eu juro, que farei você desejar que a morte te encontre mais cedo. “Ah Deus! Como pode se achar tão esperto? Eu desejo a morte sempre que o vejo ou até mesmo escuto sua voz.” Percebendo que está chamando atenção demais para si, ele decide me soltar e nesse beco, é a primeira vez que o vejo chorar depois do que me fez. - Lágrimas? Sério? Admita: Você só não me matou até hoje para não destruir a imagem que a mamãezinha fez de você! Ao invés disso preferiu abus4r de mim durante anos, me manipulando e tirando tudo de mim, inclusive o amor da minha mãe, você não tem ideia de como te odeio! - Sem me conter, despejo sobre ele tudo o que está engasgado dentro de mim há anos. Percebo que ele estava pronto para responder e provavelmente vai me agredir de novo, mas de repente, é jogado ao chão por Stefano, que aparentemente, ouviu boa parte daquela conversa. Quando me dei conta do que realmente está acontecendo e toda a desgraça que pode acontecer a partir disso, caio no chão sem forças, humilhada, desesperada e sem esperanças. "Eu sou propriedade dele?" Eu me pergunto. Só quero saber em que momento da minha vida eu errei tanto para chegar ao ponto de ouvir isso do meu próprio irmão, até onde me dou por gente, não fiz nada para merecer essa cruz que eu tenho de carregar... Sem demora, a mamãe chega acompanhada dos seguranças do restaurante para resgatar a bonequinha de porcelana. - Vamos tirem ele de cima do meu filho! - Ordena como se fosse a dona do mundo. Acho que, do ponto de vista da minha mãe, eu seja culpada mesmo, não é? Talvez eu com apenas 7 anos estivesse me insinuando para o meu irmão mais velho e a culpa de toda essa merda acontecer, realmente seja minha. Tudo que eu queria era ter uma infância normal e o que recebi em troca foram abus0s tanto físicos quanto psicológicos. Foi assim, que infelizmente eu aprendi desde cedo que querer não é poder... - SE ENCOSTAR NELA OUTRA VEZ EU JURO QUE VOCÊ MORRE TA ME OUVINDO!? VOCÊ É UM HOMEM MORTO! - Grita Stefano me assustando. Leva alguns longos minutos para que os seguranças o tirem de cima de Thomas que não aguenta e desmaia devido à falta de ar. Eu me concentrava em parar de chorar e não sei dizer ao certo, quanto tempo eles ficaram brigando. Finalmente, mais calma, levanto a cabeça e vejo minha mãe em pânico, preciso reunir forças para não cair na risada diante de tamanha ironia. Ela me implora para chamar uma ambulância, porém, o Stefano se levanta e não permite. Ele me pega pelo braço e me leva para o carro, é nítido a raiva que o domina, nunca o vi tão nervoso, mas para que não aconteça nenhuma desgraça ainda maior, imploro a todos os santinhos conhecidos, por favor, nos tire daqui! - Ouvir daquele verme que você implorava para ser tratada como lixo me embrulhou o estômago. Por quê? Por quê Diana? Me explica! Por que você escondeu isso de mim!? - Ele fala alto e irritado enquanto soca o volante do carro. - Eu tentei... Tentei te dizer tantas vezes que nem posso contar. Eu só... Não conseguia... Não conseguia nem se quer formar as palavras para te pedir socorro. - Minha voz é quase um sussurro. - Me recuso te deixar na mesma casa que aquele animal! Darei um jeito para que você fique um tempo comigo, na minha casa, pouco me importam os meios. Você não vai voltar para aquela casa! - Ei! - Grito tomando sua atenção. - Ainda não completamos a maior idade, não somos donos do nosso nariz. Eu não posso simplesmente ir para sua casa. - Que se f0da! Eu vou te levar para minha casa, farei o que for preciso para que você nunca mais saia de perto de mim. “Deus! Como eu queria ficar do seu lado pelo resto da vida!” - Talvez... Um tempo com você... Quer dizer, um tempo na sua casa não vai ser problema. Minha mãe não se importa se estou viva ou morta mesmo... Uns dias não vão fazer diferença. - Mesmo depois de eu ter concordado com seu pedido, noto que ele ainda está receoso que talvez eu possa voltar atrás. - Então vamos, está ficando difícil para mim respirar o mesmo ar que aquele verme. Partimos então, para sua casa, faz muito tempo que eu não vejo seus pais e até me esqueci totalmente de como é a casa deles. Lembro-me das vezes que minha mãe me deixava ir lá depois da escola, Willian e Eliza, os pais de Stefano, me tratavam como se eu fosse filha deles, por muitas vezes desejei ser. Assim que passo dos portões, fico de boca aberta, a casa é muito maior do que eu me recordo... Me toquei que não estou “apresentável” para rever os pais dele que são tão elegantes, me sinto muito envergonhada. - Não quero entrar. - Dou um passo para trás e abaixo a cabeça. - O que? Por que? Meu pai não morde e tenho certeza que vai adorar rever você. - Estou com vergonha, só isso, vou te esperar aqui. - Sem pensar duas vezes ele pega minha mão e me leva para dentro. - Está tudo bem senhor? - Pergunta o mordomo enquanto pega os nossos casacos. - Meu pai está? Preciso muito vê-lo. - Antes mesmo de receber a resposta, Willian aparece mexendo em seu celular. - Mas que surpresa agradável! Há quanto tempo Diana! - Chegou me abraçando e dando um beijo em minha mão, eu sem saber o que falar apenas sorri sem jeito. - E você meu garoto, o que aconteceu? Eu te mandei inúmeras mensagens. - Pai preciso falar... - Stefano, tivemos um problema sério na empresa e nos querem lá ainda essa semana, vá arrumar suas malas, nós temos que ir. - Falou Willian, interrompendo o filho. Fiquei tão sem graça, mas quando olho para Stefano fico assustada, ele está mais pálido do que já é, e parece estar com dificuldades para respirar. - Eu não vou! - Ele acabou de contrariar o pai... Essa também é a primeira vez que o vejo fazer isso. Tento sair da sala de fininho, mas Stefano, percebe e me gruda ao seu corpo para que eu pare de fugir. - O motivo é importante pai, me escuta por favor. - Implora ao pai. Sinceramente, eu apenas estou esperando a bomba estourar para o meu lado. Além dessa situação desconfortável, eu estou muito mal, meu corpo está implorando por qualquer tipo de comida, não consigo segurar nada no estômago há dias... - Queríamos te fazer uma surpresa e agora que seu irmão voltou, você desiste assim. Calma, irmão? Eu realmente não sei nada mesmo sobre essa família... Agora entendi porque ele não me questionou por esconder que tenho um irmão, ele também tem, embora nunca o mencionou. Logo que saímos daquele restaurante, lembrei que o Stefano reclamava de uma falta de ar que infelizmente piorou bastante, ele precisou ser deitado no sofá a força para tentar descansar. Que menino teimoso... Não para de dizer que não quer mais sair da cidade e ser a causa do problema, me deixou ainda pior. A febre alta o fez desmaiar. Essa situação fugiu totalmente do controle e a bobona aqui, sempre acha que não pode ficar pior. Vê-lo doente assim, me fez ignorar tudo que estou sentindo e put4 merda... Eu quero arrancar as minhas tripas, só para amenizar tudo que estou sentindo, estou toda dolorida, mas por ele, só por ele, eu vou suportar o que for preciso! - Posso ir pegar um copo de água? - Peço toda sem graça quando noto que Willian estava me encarando. Ele assentiu, mas logo veio atrás de mim, deixando Stefano sob cuidados de uma senhora que aparenta ser uma enfermeira. - Eu só conheço um motivo presente nesse mundo para ter feito o cabeça dura do meu filho mudar de ideia, não é mesmo, senhorita Diana? Quer me contar o que aconteceu? Ou o que há entre vocês dois? - Eu tomava água não por ter sede e sim para tentar esconder meu rosto todo vermelho. - Peço desculpas pelo incômodo Sr. Willian, não quero lhe causar problemas para o senhor, é só que... Estou com problemas em casa e o Stefano queria me ajudar. - Respondo sem jeito. “Pelo amor de Deus! Atrapalhar a vida de outras pessoas pelo martírio da minha, é a única coisa que eu nunca quis fazer.” - Não vá me dizer que está grávida? - Pergunta com uma voz curiosa. - O que... Não, não é nada disso. É só desentendimento mesmo. - Explico. Que vergonha! - Bom, nesse caso... Se precisar de ajuda, por favor, não hesite em nos pedir. - Muito obrigada. - Agradeço e retorno à sala para ficar com Stefano. Já estava quase decidindo ir embora quando ele começou a dar sinais de vida, a cor do rosto está voltando aos poucos, mas a febre ainda está muito alta e ele não para de tremer. - Diana por favor leve ele ao hospital, a mãe dele estará esperando por vocês lá. Como você pode ver, eu não posso ir. - Willian me pede mostrando a papelada em seu escritório que precisa de toda sua atenção. - Claro que levo. - Digo sorridente. Só de poder ficar mais tempo com o Stefano já me deixa animada. Pelo menos, o hospital é perto da casa deles e graças a Deus ele está bem melhor, está até conversando, quando chegamos fomos recebidos por sua mãe, Eliza. - Meu Deus Diana! A quanto tempo não te vejo menina! - Disse surpresa enquanto me abraça feito um urso morto de fome. - Realmente faz muito tempo. - Digo retribuindo o abraço dela. - E quanto a você meu filho, vai me contar o que houve? Quando vi aquele monte de mensagens do seu pai pensei que você tivesse tido outro ataque de asma. - Pergunta ao Stefano assim que me solta. “Asma, também? Eu sei que ele sofre de ansiedade, mas não que também tinha asma...” Estou curiosa para saber do irmão misterioso, mas como ele não tocou no assunto, resolvi deixar para lá, por hora nós precisamos descansar. - Eu perdi o controle de novo e quando me dei conta já não conseguia mais respirar. Mãe, por favor! Antes que comece a me examinar, eu preciso da sua ajuda. - A postura rígida dela se dissipou rápido ao ver que o filho está com problemas. Ela nos levou até uma sala para cuidar dele, mas eu precisei sair para pegar um ar, as dores que eu estou sentindo pioraram muito, mas dessa vez vieram acompanhadas de tonturas, náuseas e uma dor insuportável que faz meu corpo inteiro tremer, minha visão está escurecendo aos poucos, e eu não vou chegar muito longe nesse estado. Me encosto na parede do corredor e meu corpo escorrega até cair de bund4 no chão... - Porr4! Onde os irresponsáveis dos pais estão!? Deus! Nem da própria filha souberam cuidar. - Sou tirada de meus pensamentos quando a ouço se queixando sobre minha família, estou quase desmaiando e o som deles está ficando cada vez mais longe, nem consigo distinguir de quem são as vozes. - Por favor explique ao... - As vozes estão ecoando na minha cabeça e o barulho fica cada vez mais alto a cada palavra dita. É como se estivesse ouvindo de dentro de um salão onde só eu estivesse dentro dele e pudesse ouvir os batimentos do meu coração. [...] - Eu não me perdoaria se algo acontecesse a... - Os meus olhos estão ficando cada vez mais pesados. - Claro querido... [...] - Não somos iguais aos pais dela... Não aguento mais, eu estou exausta, muito fraca, com dor e sem nenhuma esperança. Os abus0s frequentes estão fazendo da minha vida um inferno, não consigo mais reagir diante de certas coisas, me sinto suja, culpada, sem vontade de viver... Eu perdi completamente a vontade de me alimentar, mas como diz o ditado... “Saco vazio, não para em pé”. As vozes começaram a se distanciaram ainda mais de mim e a minha visão se escureceu totalmente...

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