Bruno Martins — O que faz aqui tão sorridente? — Indago irritado com a alegria de Isaque logo pela manhã. — Por que não estaria feliz? Olhe para o dia, esse sol que o Senhor Deus nos deu, a grama verde! — Se espreguiça, sentando-se em uma cadeira logo a frente da minha mesa. — E um monte de gente pedindo atestado. Sabe, eu me pergunto o que fiz para merecer isso. Sou um médico de respeito, como podem achar que só sei dar atestado? — Mostro-me furioso e Isaque gargalha. Ele tinha contentamento demais, para se importar com minha triste sina. Quando me casei com Melissa, mamãe entendeu que eu a amava, mas não aconteceu o mesmo com meu pai. Tudo ficou ainda pior, quando decidi sair dos seus hospitais e abrir um ambulatório em São Paulo. Sim, eu realmente fui deserdado e por isso tenho