Agatha
Eu já estava ficando impaciente esperando a nossa depoente chegar, a mãe da vítima ficou de vir a delegacia hoje pela manhã para conversar comigo e já são 9h30 e até agora nada. Rafael me observava tamborilar os dedos sobre a mesa, com um olhar divertido.
― Calma, amor, ela já deve estar chegando. - disse checando a hora no relógio de pulso.
― Ela ficou de vir agora pela manhã, não foi o que o Rodrigo disse? - perguntei.
― Sim, foi o que ele disse. Talvez tenha surgido algum imprevisto que justifique o atraso.
― Será, Rafa? - nesse momento, ouvimos uma batida na porta e Rodrigo entra:
― Com licença. - disse ele.
― Hoje vai cair um toró. - brincou Rafael - Você bateu na porta antes de entrar e ainda pediu licença. - ele ri.
― Tá cheio de graça hoje, hein delegado. - respondeu
