Abri os olhos e senti o aroma delicioso que vinha do andar de baixo. Era o aroma de café fresco e bolo de milho tirado neste exato momento do forno. Levantei preguiçosamente e sob meus pés, havia um tapete macio e aconchegante. Coloquei as pantufas que estavam ao lado da cama e caminhei até a porta. Parei por um instante. Não era o quarto que eu conhecia, tampouco a garota que refletia no espelho era eu, mas eu estava dentro do corpo miúdo daquela garotinha que aparentava seus dez anos de idade, com seu pijama de bolinhas em tom de rosa bebê, cabelos bagunçados e cara inchada de sono. Ignorei o reflexo, abri a porta e desci as escadas, indo direto para a cozinha. A cena que eu me deparei, era muito real. Eva preparava o café da manhã e usava um meio avental vermelho com peque