Quarenta e Sete

1127 Palavras

    Ouço vozes e sinto apenas minhas pálpebras pesadas sobre meus olhos. Não sinto meu corpo, e é como se eu fosse somente um pensamento perdido no esquecimento.        "Eu morri?" - Pergunto a mim mesma, e pela primeira vez eu sinto medo.        Aos poucos me recordo dos momentos anteriores.        "Meu filho."        Forço minhas pálpebras se abrirem e lentamente começo a sentir algumas partes do meu corpo. Por fim, venci o peso delas e abro os olhos. Está tudo embaçado, mas vejo a silhueta de alguém vindo ao meu encontro.        - Lily, filha. Como se sente? - Era a voz de Eva.        - Onde... está o meu... filho? - Minha voz quase não quer sair, me deixando com a sensação de impotência.        - Querida, não fique agitada. Não irá fazer bem para você. - Ela tenta me acal

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