Casados por Contrato

O Jantar

Já eram quase sete da noite quando Babi estava terminando de por sua sandália de salto altíssimo. A única coisa que ela pegou foi sua pequena bolsa de mão.

Logo que saiu do quarto, a campainha tocou, Ana revisou seu visual, retocou o batom e foi abrir a porta.

— Boa noite, Barbara — Babi olhou para Leonardo, de queixo caído. "Como ele pode ficar ainda mais lindo, do que já ? " pensou ela.

— Boa noite, Léo. Entre por favor . — Ele sorri e entra no apartamento da mesma. — Antes de qualquer coisa, você está deslubrante. — Barbara cora. Leonardo se aproxima da mesma e beija o rosto.

— Obrigada pelo elogio, senhor Carvalho. O senhor também não está nada m*l. Está lindo. Quer beber alguma coisa ? — Ela diz e ele n**a.

— Não, obrigado. Vamos ? Estamos quase atrasados, e conhecendo dona Silvania se chegarmos atrasados, ela é capaz de fazer picadinho da gente. — Ele diz rindo, fazendo Babi rir junto.

Barbara apaga todas as luzes de casa, e sai. Leonardo a enlança pela cintura e ela faz o mesmo. Entram no elevador, conversando coisas completamente aleatórias, que nem notam que o elevador chega no térreo.

Eles descem, de mãos dadas. Quem visse de longe, pensavam que eles eram um casal. De fato eram, mas não de verdade.

Já no carro, Leonardo brincava com os dedos pequenos e delicados de Barbara enquanto ela o admirava. André olhava para os dois pelo retrovisor e sorria. Ele sabia que Leonardo estava completamente apaixonado por Babi desde o dia que eles conheceram, há dois anos atrás, porém, o conhecendo como André conhece, Leonardo vai esconder até não conseguir mais.

Quando chegaram na casa dos Carvalho, Babi ficou abismada. Ela já tinha visto a casa dos pais de Leonardo pelas colunas sociais, lógico, mas hoje era a primeira vez que via de perto. Ela não podia negar. A casa era linda. Magnifíca. Perfeita para um Carvalho

Desceram do carro, ainda de mãos dadas, quando foram atendidos pela empregada da casa, que não tirava os olhos do Carvalho deixando Babi ssessa.

— Boa noite, senhor Carvalho. — Falou a baixinha de tranças no cabelo, cheia de sorrisinhos.

— Boa noite, Soraia quero que conheça a minha noiva, Barabara. Amor, essa é a Soaraia, funcionária dos meus pais. — Babi sorri pra loirinha, que retribui forçadamente e sai.

— Leonardo, meu fiho. Que bom, que você chegou.

— Oi mãe. — Ele diz a abraçando.

— Quem é essa moça tão linda que está com você ? — Silvania pergunta, sorrindo.

— Mãe, essa é minha noiva Barbara. Linda, essa é minha mãe Silvania Dias Carvalho

— Muito prazer senhora Dias. — Diz Babi, estendendo sua mão para a mulher á sua frente.

— Oh minha querida, o prazer é todo meu. E nada de senhora, me chame de Silvania. — Sorri. Leonardo sai para falar com o pai, e com Caio seu irmão.

— Então, o que os tablóides estão dizendo, é verdade. Vai casar ? — Pergunta Caio. Leonardo sorri e afirma.

— O irmão do meio, vai casar primeiro que o mais velho. É, Caião... parece que tenho mais juízo que você. — Eles riem e voltam para a sala. Leonardo, se senta ao lado de Babi, e apoia sua mão na coxa da noiva.

— Vejo que vocês se deram muito bem, não é dona Silvania?

— Sua noiva é divertidissima, Leonardo. Como vocês se conheceram ? — Pergunta a mais velha.

— Nos conhecemos numa cafeteria. Eu estava saindo e acabamos nos esbarrando. Pedimos desculpas e acabamos tomando um café juntos. — Leonardo começa.

— Léo me levou até em casa, trocamos números de telefone, começamos a conversar. Era difícil nos encontrarmos. Depois de uns cinco meses, nos fomos jantar, e ele me pediu em namoro. Nem eu e nem Leonardo queríamos que nosso relacionamento fosse exposto. Léo é perseguido por jornalistas e paparazzi's por todo Rio de Janeiro então decidimos revelar nosso relacionamento depois do noivado, que foi ontem. — Babi e Léo trocaram olhares, o que fez Silvania suspirar.

— Bom, ontem, Camila disse que hoje teríamos que vir, porquê iria ter jantar e ela queria conhecer a Babi mas cadê ela ? — Pergunta Leonardo.

— TÔ AQUI, JÁ ESTOU DESCENDO. — Ela grita.

— Camila vai fingir que nem me conhece e nunca me viu na empresa, não é ? — Babi pergunta bem baixinho no ouvido de Leonardo que confirma.

— Claro. Ela deu a idéia, então, ela vai fingir que nunca te viu . — Babi balança a cabeça e Camila desce. Claro que a caçula dos Grey, fingiu que não conhecia Ana e a mesma agradeceu aos céus por isso.

— Ai meu Deus. Você existe ? — Elas se abraçam.

— Existo. Você deve ser a Camila, estou certa. ?

— Certinha. Quando Leonardo me disse que finalmente iríamos te conhecer, jamais imaginei que você seria tão carismática e tão gata. Irmãozinho, tá de parabéns. — Camila finaliza. Leonardo puxa Babi pra si e beija sua cabeça.

Eles se reunem na mesa de jantar e começam a conversar, até Daniel surgir, já que o mesmo estava no escritório.

— Léo, meu filho. Quando sua mãe me disse que viria, eu não acreditei. — Daniel abraça o filho, que retribui sorrindo.

— Acredite, meu pai. Eu vim e vim acompanhado. Quero que conheça a mulher que roubou meu coração, Barbara. Babi, meu amor, esse é meu pai, Daniel Carvalho. — Babi cumprimenta o pai de Leonardo que fica mais que feliz, em saber que o filho havia conhecido alguém.

— Que prazer conhecer o senhor, senhor Carvalho.

— O prazer é meu, em conhecer a minha nora, não é, querida ? — Ele se vira para Silvania ue assente sorrindo.

Babi e Leonardo e sentam um ao lado do outro e respectivamente de frente á Silavnia e Camila.

O jantar transcorreu em altas conversas, e claro com a implicância de Caio com Leonardo. Eram adultos que pareciam duas crianças, mas ainda sim, eram unidos e cúmplices um do outro.

Jantar finalizado, todos foram para a sala de estar, para conversar, até que Silvania se dirige á Babi:

— Babi, minha querida. Desculpa a pergunta, mas e seus pais ? — Babi engole em seco, olha para Leonardo que pega a mão dela e a beija, dando-a força. Ana respira e fala:

— Meus pais morreram num acidente de carro, alguns anos atrás. Fui criada pelos meus padrinhos, Magda e Paulo Rogério, em São Paulo.

— Ah, querida. Eu sinto muito. — Babi sorri e diz:

— Águas passadas. Sinto falta deles, mas eu sei que infelizmente era a hora deles. — Ela diz, e Leonardo beija seu ombro, em sinal de conforto.

— Agora você ganhou uma outra família. A familia do seu noivo. — diz Daniel com um sorriso. Babi concorda, pega a mão de Leonardo beija.

— Mãe, olha o diamante na aliança da Babi. — Fala Camila

— Eu disse á ele que poderia ser algo menos chamativo, mas o seu irmão, não me ouve, Camila. Eu gostaria de pedir um pequeno favor.

— Qual ?

— Eu vou começar á organizar o casamento ainda essa semana, como eu não tenho minha mãe aqui, gostaria de saber se minha sogra e minha cunhada, poderiam me ajudar ? — Silvania responde:

—Será um prazer, Babi. Converse direitinho com Leonardo, e depois a gente organiza tudo, do jeito que os noivos querem. — Eles sorriram

— Bom, mãe e pai. Babi e eu estamos indo. Está tarde.

— Apareçam mais vezes. E, Babi temos que torrar o cartão do seu noivo. — Camila diz, tirando risada de todos.

— Cunhadinha, a gente pode torrar o meu. Sem problema nenhum. — Ambas sorriram e se abraçaram

Os "noivos" se despediram da familia de Leonardo e sairam acompanhados por André.

— Meus pais, Caio e Camila gostaram de você. Bom, Mila gosta de você desde quando te conheceu.

— Camila é adorável. Caio para ser irmão mais velho brinca demais, e seus pais são incríveis. — Fala Babi.

— Eu devo tudo á eles. São minhas referências de vida.

— Eu sei que são. — Ali acaba o assunto e Babi acaba deitando a cabeça no ombro de Leonardo.

Como estava muito tarde, Leonardo decidiu levar Babi para sua casa. Ele já tinha dito á André comprar roupas para Babi e colocar no closet ao lado do dele.

Barbara havia dormido, e Leonardo decidiu pegar sua noiva no colo e levá-la para cama. E assim ele fez. Com ajuda de sua governanta, Ângela, ele tirou a roupa de Babi, colocando nela, somente sua camisa branca. Tirou seus saltos, colocando-os num canto, cobriu a mesma e fechou as janelas.

Já ele, tirou sua roupa, entrou no banho e demorou pouco. Vestiu, sua cueca boxer preta, uma calça confortável, passou um perfume de leve, somente no pescoço e deitou-se ao lado de Babi, cobrindo-se em seguida. Antes de pegar no sono, Leonardo deixou um beijo no pescoço de Babi, abrançando-a pela cintura e acabou dormindo. Os dois, de conchinha.

O cansaço havia dominado os dois, e assim dormiram, colados um ao outro.