Helena exigia explicações, e não pretendia arredar da sala de estar, ou deixar ninguém passar, enquanto não as tivesse. - E então? No vão se designar a me falar nada?- A mulher cruzou os braços, parada no meio da sala de estar. De frente para o lugar que Betina e Arthur estavam, lado a lado, havia um espelho grande. A jovem olhou para o próprio reflexo, antes de encarar a mulher. Não estava visivelmente tão nervosa, mas sim, tensa. Com o tempo, Betina aprendeu a não deixar suas emoções transparecerem tanto. - Não é nada, mãe. A Betina apenas veio me pedir um favor.- Explicou Arthur, mas a mulher não parecia acreditar. Ela ergueu uma das sobrancelhas, questionando. - Que espécie de favor?- Insistiu Helena. - Por Deus, é algo pessoal. É uma coisa que diz respeito a Betina…- - Como