No hotel

1197 Palavras
Jungkook°• Acordei com uma dor de cabeça horrível, em um quarto completamente desconhecido e estava nu... - Aish! Tentei me lembrar o que aconteceu... Jungkook, você bebeu além da conta, dançou com o cara de máscara, depois ele te levou a um hotel e vocês... - Não! Impossível! Me levantei rapidamente da cama e fui ao banheiro. Quando abri a porta vi que tinha alguém tomando banho, o box estava fechado, não consegui distinguir quem era pois o vidro estava embaçado. - Quer se juntar a mim? – perguntou e eu engoli seco. - Ah... Não! Eu só- por que estou gaguejando? Se recompõe! – Por que estamos aqui? – vi então fechar a água, e pegar a toalha. Quando saiu do box, tinha a toalha enrolada na cintura e a máscara. - O que foi, achou que deixaria ver o meu rosto? – perguntou com um sorriso nos lábios. Se aproximou de mim e levantou minimamente o meu queixo – Ficou chateado? Por que não conseguia me afastar? O mesmo se aproximava cada vez mais do meu rosto, até colar nossos lábios. Sentia suas mãos em meu corpo e a cada toque queria mais, acabei deixando um gemido escapar entre o beijo quando apertou minha nádega, e ele ainda sorriu. - Vir até aqui desse jeito, que maldade. Quer continuar na cama? – estava para me beijar novamente e foi então que me dei conta de que estava sem roupa. Corri do banheiro e voltei para o quarto onde peguei os lençóis para me cobrir. Logo veio ele sacudindo os fios molhados e parou a minha frente. - Por que estamos aqui? – perguntei e olhou confuso. - O que as pessoas fazem em um hotel? – soou óbvio. Mas não podia ser, eu e ele não teríamos... - O que você fez comigo? - Nada demais. Nós bebemos, dançamos e depois disso você vomitou, se sujou todinho e logo apagou. Eu não sabia onde você morava então te trouxe para cá, tirei suas roupas e pedi para que lavassem elas... Inclusive a camareira já deve trazer. - Só isso? – é isso que você diz? Eu passei vergonha com ele, isso sim! - E queria mais? – riu soprado. – Eu não sou do tipo de cara que deita com os outros assim, tenho ética. É mesmo? Então o que foi aquilo no banheiro? Por que ele me beijou? Não. A pergunta certa seria por que eu deixei ele fazer aquilo? - Ei! – me chamou fazendo com que eu saísse dos meus pensamentos – Está tudo bem? Eu juro que não fiz nada com você garoto. - Para de me chamar assim! Eu não sou um garoto! – protestei. Aish! – Poderia me informar as horas? - Já passam das 9. - O quê? Estou fodido! - Não é virgem? - Sim! Não! Eu preciso ir embora, meus pais já devem estar em casa. Cadê as minhas roupas? - Pedirei para traze-las. – e foi o que fez, usou o telefone e ligou para recepção – Já irão trazer, não se preocupe. – falou e se sentou na cama, me distanciei de si afinal não queria me aproximar muito, vai que ele muda de ideia e tenta alguma coisa. - Obrigado. - Olha, você sabe essa palavra. – como eu não saberia? – Eu não irei fazer nada, a menos que queira. - Estou muito bem! - Mas estou curioso, por que parece preocupado demais para chegar em casa? - Por causa dos meus pais. - E não era você o adulto? - Tsc! Você não entenderia... - Por que não tenta? – não sabia o porquê, mas sentia que podia contar a ele mesmo com essa situação toda. - Meu pais estão para se divorciar, e com isso eles tem brigado muito ultimamente. Saí na intenção de me distrair um pouco, mas acabei passando dos limites... Quando eu voltar, provavelmente me encherão de perguntas e novamente irão brigar. Pode ser uma coisinha simples, usarão como desculpa para discutir e eu não quero ser esse motivo. – quando dei por mim, as lágrimas estavam rolando pelas minhas bochechas – Por que estou chorando? – funguei e logo senti a mão do outro sobre meu rosto, tentava enxugar as lágrimas e então olhei para ele. - Está tudo bem chorar, tudo bem colocar tudo para fora. Até nós adultos choramos, então não precisa bancar o durão todo momento. – estava me sentindo bem, acolhido por ele, e cada vez mais ficava curioso. Quem era? – Até que você é fofo, sabia? - Como? – fofo? Ele me chamou de fofo? – Que cara gostaria de escutar isso de um homem? – afastei sua mão e ele riu. - Então porque não me evitou quando te beijei ontem? E quase agora no banheiro – - Cala boca! Eu sou hétero! Não gosto de relações homoafetivas. - Claro, claro. A camareira chegou com as minhas roupas e eu me aprecei para colocá-las, precisava sair dali o quanto antes. O intitulado "T" também se vestiu. - Eu te levo em casa, se está mesmo com pressa pelo menos de carro chegará mais rápido. – assenti, afinal ele tinha razão. ... Quando cheguei em casa estava acontecendo exatamente o que eu esperava, meus pais estavam discutindo. Todo final de semana é assim, e se eu tentar intervir é ainda pior... - Onde esteve? – perguntou minha mãe. - Provavelmente devia estar se perdendo por aí, já que a mãe não soube cuidar do filho direito. - Pai... - Olha só quem fala, nunca esteve presente na vida dele direito e quer jogar a culpa 'pra cima de mim? Quem foi que deu a luz foi eu, mas a responsabilidade de cuidar dele não é só minha! – aumentou seu tom de voz, eu simplesmente passei pelos dois e fui correndo para o quarto, e eles ficaram na sala do mesmo jeito. Me joguei na cama, e tentei ao máximo evitar de escutar os gritos o que como sempre nunca adiantava. Música no máximo, televisão no último volume... - Estou cheio disso tudo. De alguma forma acabei conseguindo dormir e pareciam ter parado. Provavelmente meu pai deve ter saído para beber. Mandei mensagem para Jimin, acabei esquecendo completamente de dizer como eu estava e onde eu estava, recebi várias ligações e mensagens dele. Apenas disse que fui embora pois estava me sentindo m*l, não iria contar o que realmente aconteceu, nem o que estava acontecendo. Se tem uma coisa que mais me deixa chateado, é preocupar alguém. - Jungkook – minha mãe entrou no quarto – Faça suas malas. - Por quê? - Eu irei deixar você na casa dos seus tios por um tempo. – era nítido pela sua voz que estava cansada e seus rosto estava inchado, sinal de que havia chorado. - Mãe, me desculpa... - Jungkook, me desculpa. Eu não estou fazendo isso por estar brava com você, eu só não quero que fique presenciando nossas brigas isso não faz bem à você. Será só por um tempo, pelo menos até eu e o seu pai nos resolvermos, tudo bem? - Sim, eu entendo.
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