Capítulo 3- Se Conhecendo Melhor

1049 Palavras
Liana Acordo logo cedo e levanto ainda meio sonolenta, vou até o banheiro que há em meu quarto, tomo um banho, me arrumo e desço as escadas. Quando chego à sala do café da manhã, todos estão à mesa; menos Gustavo. Não sei o porquê, mas me lembro dele, a sala é enorme. Há uma grande mesa com várias cadeiras, lustres no teto, e móveis de madeira perfeitamente conservados. — Bom dia — digo a todos, indo me sentar ao lado de minha mãe. — Bom dia — todos dizem juntos. — Como foi sua primeira noite aqui? — pergunta Marcela, ao pegar uma xícara e levando até sua boca. — Boa — digo com um sorriso. — Gostou do quarto? — pergunta Chloe. — Sim, muito bonito. — Querida, amanhã anunciaremos seu noivado com Gustavo. — Faremos um baile para meu filho pedir sua mão oficialmente — anuncia Philip, sorrindo. — Que bom! Teremos uma festa finalmente, Liana, posso te ajudar com o vestido se quiser — diz Chloe, toda animada. — Claro — digo, tentando parecer o mais feliz possível para não deixá-la chateada. — Que bom que estão se dando bem — diz Philip. — Também acho! Finalmente tenho uma amiga, somos amigas certo? — pergunta, encarando-me. — Claro — digo, sorrindo, ela me parece muito simpática. — Bom, eu e Luís vamos resolver umas coisas, voltamos à noite — informa Philip, levantando-se. — Até mais, bom café a todos — diz meu pai, saindo também. Assim que meu pai e Philip saem, todos ficamos quietos. Até que minha mãe resolve falar: — Bom, eu e a Marcela vamos sair para ver alguns preparativos do baile, logo estaremos de volta, até mais, garotas. — Bom, vou para minha aula de violino, tchau, Liana — diz Chloe, vindo me abraçar. — Até mais Assim que todos saem fico sozinha naquela enorme sala, não tem nada pra fazer aqui, então decido dar uma volta pelo castelo, pois ainda não conheço muita coisa aqui, afinal cheguei ontem! Saio andando pelos grandes corredores. Observando os quadros pelas paredes, fotos da família, móveis, vasos todos com flores, e não posso deixar de reparar em uma grande porta bem alta, curiosa então abro e entro, é uma biblioteca bem grande com muitos livros, há grandes prateleiras por toda a parte, dois pequenos sofás com uma mesa no meio. Eu amo ler, pelo menos tenho algo para fazer agora, sento-me em uma cadeira e pego um livro, o nome era: "Tudo tem um porquê". Acho interessante, então começo a ler, até ser interrompida por uma voz atrás de mim. — Esse é um dos meus livros favoritos. Com o susto que tomei, deixo cair o livro e ao me virar vejo Gustavo parado me encarando. — Desculpe não queria assustá-la — diz, pegando o livro e me entregando olhando em meus olhos. — Então você gosta de ler? — digo, tentando desviar o olhar. — Sim. Quando tenho um tempo sempre venho aqui, e você gosta de ler? — Sim, é uma das minhas paixões. — Então quer dizer que ler não é sua única paixão? — pergunta com um belo sorriso. — Gosto de ler, de escrever, de cuidar do jardim como minha mãe, entre várias outras coisas —digo, sorrindo. — Vejo que você não fica parada — brinca, olhando-me. — Não — digo sem graça. — Então, como veio parar aqui? — Todos saíram, e eu fiquei sozinha, então resolvi conhecer um pouco mais do castelo, é tão grande. — Bom, tenho a manhã livre, se quiser posso te fazer companhia e mostrar o castelo todo — revela com um lindo sorriso. — Tudo bem, não tenho nada para fazer. — Ótimo — diz, sorrindo. — Assim nos conhecemos mais, vamos — comenta, esticando a mão para mim. — Vamos — digo, pegando sua mão. Enquanto Gustavo me mostra o castelo e conta sobre cada cômodo, vejo que ele sempre sorri, mas apesar de sua simpatia não consigo ignorar o fato de que ele aceitou este casamento. Então resolvo finalmente perguntar — Por que você aceitou nosso casamento? — pergunto, parando no corredor. Ele para de andar, me olha surpreso e então diz: — E por que não aceitaria? — Porque não estamos apaixonados, não nos conhecemos, entre muitas outras razões. — Sabe esse casamento irá ajudar muito nosso país, e além do mais podemos nos conhecer e nos apaixonar com o tempo — acrescenta, tranquilamente. — Olha, eu não quero esse casamento e nem sei o porquê ainda estou falando com você, saiba que esse casamento será uma farsa — brado, saindo, mas ele segura meu pulso. — Sabe, eu até gostei de você e quem sabe um dia nosso casamento não vire algo verdadeiro —diz com aquele sorriso lindo dele. Solto-me dele e saio correndo dali, ele é tão arrogante não sei como suportarei ficar perto dele, como pode aceitar esse casamento? Quer dizer essa farsa. Chego em meu quarto e me deito na cama, fico pensando em como minha vida está arruinada! Não aguento e começo a chorar, como queria estar com o Alex agora, em pensar que nunca ficaremos juntos, ouço baterem na porta e me levanto secando as lágrimas. — Entra — Oi! Trouxe alguns vestidos para você experimentar, para o baile de amanhã — anuncia Chloe, entrando com vários vestidos no braço. — Obrigada, depois eu vejo todos — digo com um sorriso fraco. — Estava chorando, por quê? Pode me contar somos amigas agora, lembra. — É só que...não queria me casar com seu irmão — digo, finalmente. — Eu sei, mas ele não é uma pessoa r**m e, na verdade, ele tem um ótimo coração, você não precisa se relacionar com ele, podem ser apenas amigos — diz, sentando-se ao meu lado colocando os vestidos sobre a cama. — Não foi o que me pareceu hoje. — Como assim, vocês passaram algum tempo juntos? Conto a ela tudo que aconteceu e ela continua insistindo que ele não é uma pessoa grossa como pareceu, mas não acredito e depois que terminamos de conversar ela sai do quarto, tomo banho coloco uma camisola simples de seda branca que trouxe na mala, vou me deitar, pois não quero descer para jantar então acabo dormindo.
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