Capítulo 1- O Começo

1183 Palavras
Liana Acordo com sol batendo em meu rosto, e antes que eu possa me sentar na cama, escuto baterem à porta. — Entra — digo, meio sonolenta, enquanto me sento na cama devagar. — Bom dia, querida — diz Ana, sorrindo, abrindo as cortinas e a luz forte vem em meus olhos. Ana é minha babá desde que nasci, apesar de eu não precisar mais de uma babá, ela me ajuda muito e me dá tantos conselhos. Acabou se tornando uma segunda mãe para mim — Bom dia, Ana — digo, levantando-me. Ana começa a mexer em meu guarda-roupa, retirando um vestido branco florido. Felizmente, nós da realeza não precisamos mais usar vestidos longos como tempos atrás, mas minha mãe insiste que mesmo nos tempos atuais eu deveria me vestir adequadamente sem me exibir muito, então quase sempre uso. Vestido e saias. — Prontinho, está linda como sempre uma verdadeira princesa — diz Ana, olhando-me terminando de pentear meu cabelo. — Assim você me deixa convencida — digo, sorrindo. — Bom, agora desça seu pai não gosta que demorem — aconselha, colocando a escova sobre a penteadeira. Levanto-me e caminho para fora, enquanto Ana fica arrumando minha cama desço as escadas e sigo para a sala de estar, meus pais já estão sentados. — Bom dia. — Cumprimento, sentando-me. — Bom dia, filha — diz, dando-me um beijo na bochecha. — Filha, já vou indo porque tenho uma reunião muito importante tenham um ótimo café da manhã. — Tudo bem, boa reunião — digo, enquanto ele dá um selinho em minha mãe. — Tchau, querido — diz minha mãe. Meu pai vai até à sala e pega sua maleta, saindo porta afora e escuto o barulho do carro partindo. — Então, filha, tudo bem? — Sim, mãe, o que houve com o papai? Ele parecia nervoso. Ela fica um pouco nervosa e demonstra estar apreensiva e me olha, pousando sua xícara sobre a mesa. — Filha, a França está enfraquecendo estamos à beira de uma crise, temos que arranjar um jeito para que isso não continue, neste exato momento seu pai está falando com o parlamento para resolver isto, mas não se preocupe com isso, tudo irá ficar bem — diz, colocando a mão sobre a minha. — Espero muito que isso se resolva logo, mãe, e se precisarem de minha ajuda estou aqui — comento, tristemente. — Não se preocupe, certo? Seu dia de governar este país chegará, até lá fique tranquila — mamãe me acalma, dando-me um beijo — agora vou cuidar das rosas do jardim até mais, querida. Minha mãe adora aquele jardim, ela o cultiva desde que veio morar aqui, meu pai sempre comenta isso. Assim que ela sai, fico pensando no que ela disse e espero que tudo se resolva logo, mas tenho certeza que o papai vai resolver isso o mais breve possível. Depois que termino o café da manhã vou para o bosque sem que ninguém perceba minha saída, porque vou me despedir de Alex, pois ele vai para a casa de seus tios. Passo correndo pelo campo cheio de flores e um gramado verdinho, chego ao bosque que é cheio de árvores coloridas e cheias de flores belas, há um riacho pequeno o qual uma água cristalina passa, não fica tão longe de minha casa, o dia está lindo com o sol radiante no céu. Não vejo Alex quando chego e fico o esperando, até que sinto mãos cobrirem meus olhos, sorrio me virando e vejo Alex com aqueles lindos olhos azuis — Oi, meu pequeno anjo. — Cumprimenta, dando-me um selinho. — Oi, estava com saudades — confidencio, abraçando-o. — Também estava, em pensar que ficarei uma semana sem te ver, já fico triste — comenta, apertando-me em seu peito e posso sentir seu perfume delicioso. — Também fico triste, mas logo nos veremos de novo — digo, levantando a cabeça para cima, olhando-o com um leve sorriso. — Você sabe como é a minha família, tenho que comparecer. — Tenho que ir agora, antes que deem falta de mim. — Por mim, ficaria aqui com você a vida toda — brinca, beijando-me. — Eu também, mas agora preciso ir — digo, dando-lhe outro beijo. — Tchau, meu anjo — diz, acenando para mim enquanto caminho para casa. Já está escurecendo quando chego em casa, as horas com Alex sempre passam tão rápido, vou para meu quarto. Tomo um banho e me visto, decido jantar em meu quarto e fico deitada lendo um livro, adoro livros principalmente os romances, eu imagino o amor verdadeiro, até que sou interrompida quando batem na porta. — Entre — digo, colocando o livro sobre a cama. — Querida, seus pais estão te esperando no escritório, pediram para você ir até lá — avisa Ana. — Diga que já vou — digo, levantando-me ajeitando minha roupa. Assim que Ana sai do quarto, arrumo meu cabelo e vou para o escritório que fica logo ao lado das escadas que desço todos os dias, chego e bato à porta. — Licença — digo, abrindo um pouco da porta. — Filha, entre, por favor e feche a porta — meu pai instrui, entro fechando a porta indo até eles e me sento. — Então, filha, lembra do que te disse hoje mais cedo sobre a França? — meu pai pergunta. — Sim, por quê? Algum problema? — Filha, o parlamento e eu conversamos sobre a situação do país e parece que o único jeito de salvar a França é se nos unirmos com outro país que no caso será a Inglaterra, pois assim evitaremos gastar dinheiro e poderemos fazer uma aliança com eles e nem precisaremos chamar atenção da população. E para que isso aconteça você terá que casar com Gustavo, o filho do rei Philip, ele logo será rei assim como você e juntos poderão enriquecer ainda mais nossos países. Quando meu pai termina a frase e diz "você terá que casar com o Gustavo, o filho do rei Philip", eu acho que isso só pode ser um pesadelo, penso ignorando todo o resto que ele disse. — Como assim casar? Deve ter outra solução — protesto, levantando-me. — Infelizmente não há, querida, sinto muito, mas é o nosso país que está em jogo e toda a população. — Eu entendo isso, no entanto, a minha vida também está, não vou me casar — digo, alterada. — Acalme-se já, você não tem outra escolha já está decidido você irá casar e ponto, amanhã iremos para a Inglaterra para oficializar o casamento, então arrume suas malas. — Mãe, você não irá fazer nada? — pergunto, já sentindo as lágrimas quase escaparem. — Desculpe, filha, porém, isso é para o seu bem e pelo bem da França. — Saibam que nunca irei perdoar vocês por isso, vocês acabaram de destruir minha vida — brado, com água nos olhos e saio batendo a porta correndo para meu quarto. Como eles puderam fazer isso comigo, não posso me casar eu amo o Alex o que irei fazer? Deito-me na cama e fico chorando até adormecer.
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