Em algum momento, a conversa na sala de jantar perdeu o controle. Bruno já deveria estar acostumado, aquilo acontecia com bastante frequência. As pessoas da família não sabiam ouvir, não sabiam se colocar no lugar das outras pessoas, para eles a palavra " empatia" não existia e também não tinham o menor respeito com quem pensasse diferente. Cansado em dar murro em ponta de faca, Bruno deixou as crianças brincando no andar debaixo e foi para um dos quartos de hospedes da casa, se isolar. Sofia chegou lá alguns poucos minutos depois. — Você não pode estar falando sério, Bruno.— disse a jovem, assim que irrompeu o ambiente. Bruno se arrependeu amargamente por não ter fechado a porta. — Sofia, o que eu preciso fazer para você me deixar em paz? Ainda não percebeu que eu não quero os seus