Enrique

520 Palavras
Meu nome é Enrique Madero, tenho 39 anos e sou o chefe do maior cartel de armas mexicano do país. Alguns até tentam imitar o meu negócio, mas não passam de uns perdedores idiotas como o Pablo Ferraz, por exemplo, aquele porco insiste em manter um cartel que faz rivalidade com o meu do outro lado da cidade de Guadalajara. Ele que se cuide, pois estou de olho nele e não pretendo que mais ninguém mantenha esse tipo de negócio no México, mesmo que eu tenha que acabar com sua vida e a de quem estiver em meu caminho. Seus passos estão sendo vigiados e em pouco tempo, o rei será deposto. Venho de uma geração de chefes do tráfico de armas, meu avô era e meu pai também era. Ambos acabaram mortos pelas mãos dos inimigos, mas eu não pretendo que o mesmo aconteça comigo, sendo filho único, essa geração acabará comigo, caso eu não tenha filhos, o que por enquanto não me preocupa. Não penso em me casar, não quero ter ninguém que dependa de mim, que se preocupe comigo, pois a vida que eu levo, pode acontecer de tudo e eu não quero ter essa preocupação na cabeça. Por isso, vivo livre e tenho a mulher que quiser na minha cama, quando eu bem entender, quantas eu bem entender. Moro isolado em uma fortaleza construída pela minha família há mais de 80 anos, difícil de entrar, impossível de sair. Meu homens e meu braço direito, Alejandro, vivem comigo aqui, fora alguns funcionários que ajudam na manutenção da casa, como cozinheiras, faxineiras e jardineiros. Alguns podem pensar que minha vida é solitária, mas eu vivo como eu quero, não preciso de ninguém, porque eu me basto, aprendi desde muito cedo que esperar algo de alguém, é a pior escolha que você pode fazer em sua vida, por isso não espero nada de ninguém, a não ser, o pior. - Chefe, temos um problema. - disse, Alejandro adentrando minha sala. - O que foi dessa vez? - O cartel do Ferraz tentou roubar nossa carga hoje de manhã, mas nossos homens conseguiram impedir. - Me diga que estão todos mortos. - Estão sim. - Ótimo. Aquele infeliz do Pablo está cada vez mais ousado, mas ele que me aguarde, porque quando eu colocar minhas mãos nele, ele será um homem morto. - digo, batendo com o punho sobre a mesa. - Tudo certo para amanhã? - Tudo. Nossos clientes nos encontrarão perto da ponte no horário combinado. - Avisou que só trabalhamos com dinheiro vivo? - Eles já estão cientes, Chefe. - Por favor, reforce a segurança para essa operação. Estaremos fazendo uma negociação muito alta e não podemos correr o risco de acontecer um novo atentado por parte daquele cartel de merda do Ferraz. - Já providenciei isso, Chefe, está tudo certo. - Perfeito Alex, é por isso que você é o meu braço direito. - Sempre poderá confiar em mim, Kike. - disse, me chamando pelo apelido. - Sei disso, Alex, confio em você de olhos fechados. Qualquer coisa, me avise por favor, estarei em meu escritório.
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