Eu não sei quem é você

3336 Palavras
Na manhã que sucedeu ao evento de Vivi Ferrari, a protagonista da festa acordou muitas horas depois, após ter sido deixada em seu flat por Emma. Ela ainda estava sóbria, e não conseguia dormir por tanto remoer o que havia acabado de acontecer. Ela tinha f.o.d.i.d.o com outro cara que não o seu namorado, no meio de um evento. O seu evento, para falar com maior franqueza. A única alternativa que encontrou para aquilo, foi detonar quase uma garrafa inteira de vinho - tinha uma de whisky fechada, que Alan esqueceu em seu apartamento no aniversário dele, mas como Vivi odiava o gosto amargo da bebida, ela continuava ali, intocada-. Como o esperado, o efeito funcionou. Vivi começou a ficar sonolenta, e dormiu por cima dos travesseiros de sua cama. No outro dia, acordou com a cabeça quase explodindo. Ela gemeu, insatisfeita com aquele m*l-estar. Precisaria de um café bem forte para enfrentar a realidade. Rezou para que não tivesse saído nas páginas de fofoca nada que pudesse comprometê-la, e também, para que se sentisse melhor no almoço que teria na casa de sua sogra, apenas para conhecê-la um dia antes do aniversário dela. Alan queria que tivessem a oportunidade de conversar mais i.n.t.i.m.a.m.e.n.t.e, sem que tivesse uma horda de convidados para atrapalha-los. Levantou-se da cama com muito esforço, quase praguejando quando ouviu a campainha tocar. Cruzou a ampla sala de estar contra a sua vontade, conferindo o olho mágico para saber de quem se tratava. Algum dia ainda pediria para demitirem o porteiro, que nunca estava em seu devido lugar para avisar sobre as visitas - principalmente as indesejadas-. Ela quase teve uma síncope ao encontrar Alan do outro lado da porta. Ainda não estava pronta para encará-lo depois de tudo. Mais uma vez, a campainha tocou. Vivi não tinha outra alternativa, a não ser girar a maçaneta e falar com Alan. Precisava se manter firme, e não deixá-lo saber do que aconteceu na noite anterior. - Meu amor… Ainda está assim.- Comentou Alan, preocupado, analisando sua namorada. A garota continuava com uma camisa larga na qual usava para dormir. Os olhos estavam marcados com resto de maquiagem, e os cabelos todos desgrenhados. Estava mais do que claro que ela havia acabado de acordar. - Ah, meu amor, a festa foi muito intensa. Eram tantas pessoas, não imaginei que minha marca pudesse fazer tanto sucesso. Acabou tarde, sabe? Daí, tive que ser a última a sair, a festa era minha.- Falou Vivi, explicando tudo um pouco rápido demais, e em seguida, segurou uma das mãos de Alan, para puxá-lo para dentro de seu apartamento. - Sim, sim, eu entendo. A minha namorada é um sucesso, ainda tenho que aprender a lidar com isso.- O rapaz, aproveitando a aproximação, usou suas duas mãos para segurar a cintura da jovem, e trazê-la para si. Ele pousou os seus lábios contra os lábios dela, com suavidade, estranhando perceber uma certa tensão vindo da garota.- Tudo bem?- - Sim, tudo bem. Só estou processando.- Vivi devolveu o beijo, achando também uma forma excelente de calar a boca dele.- Por que não se senta um pouco? Vou tomar um banho de cabeça, tomar um café p.r.e.t.o, e acordar para a vida.- - E demorar metade do dia para arrumar o cabelo e escolher uma roupa.- Falou Alan, com um tom de resmungo. - Eu prometo que em duas horas, no máximo, estarei pronta.- Vivi tocou no tórax dele com o seu indicador, executando círculos em seu p.e.i.t.o.r.a.l, enquanto falava. Assim que terminou de comunicá-lo daquela notícia difícil, beijou o seu namorado, mais uma vez, rapidamente, antes de caminhar em direção ao banheiro. Antes que a garota dobrasse no final do corredor, parou, ao ouvir o chamado de Alan: - Vai me contar as novidades da festa, não vai?- Perguntou, sem nenhuma segunda intenção. - N-novidade? Qual novidade?- Perguntou Vivi, não disfarçando bem o nervosismo. Sua voz falhou, deixando nítido que algo a incomodava. - Algum problema? Aconteceu alguma coisa que você não quer me contar?- - Não, claro que não. Não teve nada demais.- Respondeu Vivi, conseguindo se tranquilizar a tempo. - Então não entendi o porquê dessa sua reação.- Falou Alan, ainda desconfiado. Estreitou os olhos, tentando encontrar qualquer sinal que a comprometesse. Queria identificar algum gesto vacilante nos olhos, ou a voz enrolar enquanto ela falava. - Não teve novidade nenhuma. Não entendi o porquê de sua pergunta, parecia que queria insinuar algo.- - E o que eu poderia ter para insinuar?- Rebateu Alan, fazendo uma nova pergunta. Se tinha algo que ele era muito bom, era em interrogatórios. Não é a toa que era um dos melhores advogados penais do país. - Não sei. Nós que trabalhamos com o mundo digital sofremos por várias especulações e insinuações maldosas. Tenho medo disso acabar afetando o nosso relacionamento. Lembra assim que começamos? Estavam me acusando de ter um caso com aquele empresário que é casado…- Vivi estalou os dedos, tentando lembrar o nome dele.- Marcos Toscano. Ah, foi um horror. Qualquer homem que eu me aproximava…- - Não precisa ficar atormentada com isso, meu amor. Eu sei como as pessoas são maldosas, não me deixarei envenenar. Vai tomar seu banho.- Falou Alan, logo em seguida, conferindo o relógio de pulso para enfatizar que estavam em cima da hora. A garota aquiesceu, tornando a se encaminhar para o banheiro. Alan continuou observando-a, até mesmo quando a porta foi fechada, ele continuou encarando o lugar. Ainda não tinha engolido a reação de Vivi com a pergunta. Vivi levou aproximadamente o tempo que tinha calculado para ficar pronta. Já estava vestida, com os cabelos devidamente secos, e uma maquiagem leve cobrindo os poros do rosto. Precisou também de uma xícara de café p.r.e.t.o, bem forte, além de alguns analgésicos para o resquício de dor de cabeça que ameaçava ficar mais incômodo. Chegou na casa de sua sogra com um pouco de atraso, mas que foi devidamente justificado devido ao compromisso da noite anterior. Prontamente o casal foi recebido pela própria Ada, que estava ansiosa para a chegada de seu filho mais velho com a namorada. - Magnifique! Finalmente pude conhecer a minha nora. Minha única nora, já que o Rafael não para quieto com mulher, e o Miguelzinho ainda é muito novo para isso.- Disse Ada, logo após dar dois beijinhos no rosto de Vivi. A jovem teve a sensação de sentir todo o ácido de seu estômago indo para a garganta ao ouvi-la mencionar o nome “ Rafael”. Por mais que não tivesse nada a ver com o rapaz da noite anterior, Vivi nunca mais voltaria a escutar aquele nome, sem lembrar do que aconteceu no dia de seu evento. - “ Miguelzinho” puff…- Falou Alan, com ares de sarcasmo.- O Miguel já tem vinte e dois anos, mãe. Ele deve colecionar mulheres por aí, igual ao Rafael.- - Para mim será sempre o meu bebê, é o meu caçula… Bom, depois da Emily, filha do meu segundo casamento. Nós mães somos assim, Vivi, entenderá quando tiver os seus próprios filho.- Ada se voltou para a moça, antes de, mais uma vez, se virar para o seu filho.- Rafael saiu nesse instante, parece que foi almoçar com uns amigos da época de faculdade. Bom, pedi para que ficasse conosco, mas ele já havia marcado esse encontro. Estive com a cabeça tão cheia com os preparativos de minha festa, que acabei esquecendo de mencionar a respeito do almoço.- - Melhor assim, não é?- Falou Alan, não parecendo muito satisfeito com o retorno de seu irmão. - Ah, querido. Achei que essa sua implicância com o seu irmão já tinha ficado para trás.- - Mãe, eu só fui buscá-lo no aeroporto porque a senhora pediu. O meu pai nem sabe disso, se quer saber.- Falou Alan, contrariado. - O Marcelo continua com essa besteira de não querer que o menino coloque os pés na casa de vocês, não é? Que absurdo. Ele errou, eu sei, mas era muito jovem. E de qualquer forma, Rafael não vai deixar de ser filho do Marcelo nunca, não deveria romper laços com ele assim por causa de uma mulher. E se quer saber, estou muito magoada com o fato de Miguel e você tomarem as dores do seu pai. Vocês não têm nada a ver com isso.- - Não foi besteira, e você sabe muito bem. Foi uma traição inescrupulosa, a p.i.o.r de todas.- Alan se voltou para Vivi, que continuava calada, apenas ouvindo os comentários de ambos os lados.- Rafael é o tipo de homem que encara as mulheres como um mero desafio. Não importa quem vai magoar, não importa por quem tiver que passar por cima…- - Pare com isso, Alan. Que impressão sua namorada vai ter do seu irmão? Não é assim, Vivi.- - É assim, sim. O pai fez muito bem de não ter aceito aquele estorvo na nossa casa. Que ele fique na sua, já que a senhora faz tanta questão de defender. “ Não é assim”.- Resmungou Alan, imitando o tom de voz de sua mãe.- Não tem outro motivo para ele ter ido para a cama com a ex mulher do nosso pai.- Continuou, sem se importar que Vivi estivesse ouvindo.- Por isso não quero nenhum vínculo com aquele mau caráter. Tenho certeza que ele se atiraria para cima de você. Mas claro, confio muito na minha namorada, sei que jamais você me trairia, ainda mais com o canalha do meu irmão.- Alan a envolveu em um abraço acolhedor, e por pouco não sentiu a forma que Vivi tremeu diante daquele comentário. De fato, ela jamais se aproximaria do tal Rafael, ainda mais com aquela fama que tinha. Nunca aceitaria ser mais um brinquedo nas mãos dele. Também, não voltaria a trair Alan, ele não merecia algo como aquilo. A partir desse momento, Vivi voltaria a ser uma mulher fiel. … - Ao recomeço!- Disse Rafael, após ter bebido a quarta ou quinta dose de uísque, erguendo o seu copo no ar. O homem havia esquecido que o líquido estava quase transbordando, e quase respingou no desconhecido que estava a poucos metros de distância. Ian também ergueu o seu copo, brindando em solidariedade com o amigo. Sempre havia se dado bem com Rafael, desde a época de faculdade, e embora não fossem melhores amigos, sempre gostaram de sair para beber e curtir a noite. Algumas coisas mudaram agora, já que Ian era um homem casado e não estava disposto a colocar sua felicidade em risco por tão pouco. Quando Rafael mandou uma mensagem no aplicativo de conversa convidando-o para tomar alguns drinques, Ian decidiu renovar o contrato da velha amizade. Embora o seu calcanhar de Aquiles fosse as mulheres, Ian nunca teve motivos para duvidar do caráter de seu amigo. A tarde já estava bem avançada, já no final, e Rafael precisou chegar mais cedo, já que inventou a desculpa para a mãe de que iria almoçar com os amigos. A verdade, é que tinha marcado aquele encontro para o início da noite, mas como não estava disposto a aturar mais das indiretas e provocações do Alan, seu irmão mais velho, ele decidiu se adiantar ao ir para o bar. Almoçaria por lá, e conversaria com o dono do estabelecimento até que os seus acompanhantes chegassem. - Ao recomeço.- Ele repetiu as palavras do outro.- Mas, tente não cruzar o caminho da nova mulher de seu pai.- Rafael fez uma careta, deixando claro que não queria relembrar de seus dramas familiares. - Vai ser difícil encarar o recomeço com um jantar de família amanhã.- Confessou Rafael. - Ainda mais depois das aventuras que você teve ontem com a Vivi.- Rafael franziu a testa, fitando Ian com intriga. Não havia entendido a associação do aniversário de sua mãe com a influenciadora digital que teve um s.e.x.o casual na noite anterior. Bom, precisou admitir que, embora Vivi Ferrari havia sido de fato um s.e.x.o casual, a conexão que sentiu com a garota a partir do momento em que pousou os olhos nela foi indiscritível. Se tratava de pele, de desejo, e de tudo o que representasse a lascívia afrodisíaca que um homem poderia sentir por uma mulher. - O que a Vivi tem a ver com o jantar de aniversário da minha mãe?- Rafael deixou escapar uma risada desdenhosa, imaginando que aquilo pudesse ser o efeito do álcool no sistema sanguíneo de Ian. - Como o que tem a ver? A bebida te deixou com amnésia, ou o que?- - Cara, seja direto. Realmente não faço ideia do que está falando.- - Como não faz ideia do que estou falando?- Ian encarou Rafael como se ele tivesse enlouquecido.- Vivi Ferrari é a namorada do seu irmão.- Por um momento, Rafael não soube se engasgou com o resto de bebida que tinha em sua boca, ou com sua própria saliva. Tossiu por muitas vezes, precisando da ajuda de Ian, que acertou dois fortes tapas nas costas do mesmo para desentala-lo. Rafael recuperou o fôlego aos poucos, imaginando que a sua audição poderia tê-lo traído. - A Vivi? A Vivi é a…- Não conseguiu completar a frase. De repente, sentiu a bile queimar na garganta. - Você não sabia?- Ian piscou os olhos algumas vezes, confuso.- Não existe a possibilidade de você não saber. Vivi Ferrari é uma febre na América Latina, e é a namorada do seu irmão.- - Por que não me disse isso antes?- Rafael esfregou as têmporas, quase tendo uma síncope de nervosismo. - E como eu poderia? Quando te vi lá no evento, você já estava dando o bote na garota.- - Eu passei dois anos em Nova York, dois anos. Não tive contato com ninguém da minha família durante esse tempo além da minha mãe. Eu sabia por alto que o Alan tinha uma namorada, mas não foi nem ele quem me disse, foi a minha mãe, quando estava falando dos convidados para a sua festa, e não entrou em detalhes sobre a identidade da moça. Não fazia a menor ideia de que a namorada dele poderia ser a Vivi.- Rafael trincou os dentes, disferindo um soco contra o balcão. - É, acho que o destino quer que você t.r.e.p.e com as mulheres de todos os seus familiares. Ainda bem que não sou sua irmã, ou seu primo.- Ian fez uma careta. Rafael olhou de cara f.e.i.a para o seu amigo. - É mesmo? Quer que eu te relembre quantas namoradas do seu primo Felipe você já levou para cama?- - O assunto aqui é você.- Ian esticou o indicador na direção do mesmo. - Que m.e.r.d.a.- Rafael bufou, enfiando os dedos por entre os fios loiros.- Eu não posso faltar o jantar da minha mãe por inúmeras razões. Primeiro, porque seria uma grande falta de consideração, até mesmo se eu inventar uma mentira para justificar. Segundo, porque poderiam acabar desconfiando de algo.- - Desconfiando do que? Não tem como ninguém deduzir isso.- Ian refletiu mais um pouco.- Bom, a menos que vocês dois dêem alguma bandeira.- - Não quero nem imaginar a cara da Vivi quando descobrir quem sou eu.- - Pelo visto não só começaram a beber sem mim, mas também com as conversas interessantes. Do que estão falando?- Perguntou Caíque, o melhor amigo de Rafael, aproximando-se do balcão no qual os outros estavam apoiados. - A noite do nosso amigo foi um tanto inusitada.- Respondeu Ian, dando tapinhas amigáveis no ombro de Rafael.- Mas e você? Por que não compareceu no evento da Vivi Ferrari ontem?- Caique olhou rapidamente para o lado, parecendo um pouco desconfortável com a pergunta. - Fiquei preso com o trabalho. Eram inúmeras contas para fechar, e o meu chefe queria tudo para amanhã…- Caique tentou justificar. - O seu chefe é o seu pai.- Ian arqueou uma das sobrancelhas, desconfiando da desculpa m*l elaborada do outro homem. - E é por isso que ele é ainda mais exigente comigo.- Rebateu Caique, voltando-se para Rafael.- E como foi conhecer a sua cunhada?- Rafael gemeu em desaprovação. Se ainda tinha dúvidas quanto a identidade da namorada de Alan, agora já não existiam mais. - Mais três doses, por favor.- Ian se virou para o atendente, gesticulando com uma das mãos.- A história vai ser longa.- Caíque olhou de um para o outro, desnorteado com tanto suspense. - Eu não sabia que a namorada do Alan era a Vivi Ferrari.- Disse Rafael, secamente. - Não? Eu pensei que você soubesse, afinal de contas, não se trata de uma desconhecida.- Caíque coçou a cabeça, refletindo como era possível Rafael não está a par daquilo. - Não, eu não sabia. E foi por causa disso que aconteceu uma tragédia.- Explodiu Rafael, já não aguentando tanto suspense. - Digam logo o que foi.- Falou Caíque, com impaciência. Rafael e Ian se entreolharam, um querendo passar a responsabilidade para o outro. - O Rafael f.o.d.e.u com a namorada do Alan.- Disse Ian, sem mais rodeios. - Poderia não usar esse linguajar?- Rafael o repreendeu. - Virou um pudico agora?- Rebateu Ian, o provocando. Caíque ainda estava boquiaberto e com os olhos arregalados, sem saber como reagir á polêmica. - Você t.r.a.n.s.o.u com a sua cunhada.- Caíque repetiu aquilo em voz alta, despertando a atenção dos olhares bêbados e curiosos.- Parece uma cena de filme.- - Sim, de filme de terror.- Rosnou Rafael. - Ah, aposto que não pensou nisso quando estava no meio das pernas dela.- Ian deu mais um leve tapinha nas costas de Rafael, que o lançou um olhar gélido, como se fosse capaz de mordê-lo. - O que eu vou fazer?- Perguntou Rafael em voz alta, mais para si mesmo, do que para os outros. - É, meu amigo. A sua situação é bastante complicada.- Caique comentou o óbvio. - Você não sabia, ao menos não foi intencional.- Ian tentou consolá-lo. - Muitas pessoas conhecidas viram vocês?- Perguntou Caique. - Acho que só a tal da Emma, uma amiga da Vivi.- Respondeu Rafael. - A Emma?- Caique engoliu em seco, sentindo os pêlos de seu corpo arrepiarem. - O que foi agora?- Rafael percebeu de prima a reação angustiada de seu amigo, deitando o corpo por cima do balcão, como se o objeto pudesse engoli-lo e tirá-lo dali, ajudando-o a fugir daquela situação desesperadora. - Lembra da garota que eu comecei a namorar?- Caíque mordeu os próprios lábios, com medo de que seu amigo explodisse com tanta informação. - Vocês deveriam começar a falar nome e sobrenome das mulheres que se relacionam.- - A minha esposa se chama Jade DiFiori Espósito, diretora da revista Boa Forma. Bom, de qualquer forma confio nela. Sei que não seria uma das suas vítimas.- Brincou Ian. - Até mesmo porque ela já foi a sua vítima.- Retrucou Rafael. - Se foi só a Emma que te viu, você está seguro. Ela é uma garota discreta e jamais trairia a confiança da amiga.- Disse Caíque. - É… Agora eu só tenho que me preparar para encontrar com a Vivi amanhã, no jantar da minha mãe. Acho que o p.i.o.r de tudo vai ser olhar na cara do Alan depois disso. A minha relação com o meu irmão já não é lá muito boa.- - Imagina só quando a Vivi estiver cara a cara com você. Até mentalizei a cena. Ela chegando na casa da sua mãe com o Alan, vocês dois sendo apresentados como cunhado, e ela prestes a cuspir o coração pela boca.- Disse Caíque, fazendo gestos teatrais com as mãos. - Eu não sabia que você era tão dramático.- Ian fez uma careta, voltando o olhar para Rafael.- Se quer um conselho de um homem experiente… Acho que deveria procurar a Vivi e preveni-la de tudo. Acredite, sua vida será bem simples se conseguir evitar esse encontro no aniversário de sua mãe.- Rafael engoliu em seco, atordoado. Não fazia ideia como conseguiria o contato de Vivi Ferrari. Não fazia ideia de como alertá-la a respeito da catástrofe que estava prestes a acontecer.
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