Safira bebericava o café que estava em sua xícara, quando Daniel a cobriu com o seu paletó. Estava encolhida, como um animal ferido, mas os olhos esverdeados e intensos do homem, de certa forma, a aqueciam. Ele também segurava uma xícara de café, em solidariedade a ela. Foi um bom ouvinte durante toda a noite, escutando Safira desabafar e a aconselhando da maneira que conseguia. A tempestade ainda estava forte, e Safira começava a ficar sonolenta. Ela se aninhou por entre os braços de Daniel e mergulhou em um sono profundo. Daniel se acomodou melhor no sofá, com a garota adormecida em seu colo. Ele enfiou os dedos por entre os fios escuros dos cabelos de Safira, e a aconchegou mais contra si. Depois de certo tempo, Daniel também apagou. No outro dia, ambos acordaram com barulhos na porta d