O Garoto Do Vulcão

1379 Palavras
- Mil perdões. Rebeca: Seu i****a! - Rebeca diz, observando sua roupa coberta por um liquido pastoso e vermelho. - Desculpa mesmo, estava andando e esbarrou em mim. Rebeca: Eu, esbarrei em você? Essa blusa, custou os "olhos da cara"! - Se quiser, lhe dou os meus. Rebeca: Os seus? Como assim? - Meus olhos, não quero que esbarre em mim novamente. Rebeca: Seu... - Diz ao levantar os olhos, vendo o quão lindo era o jovem em sua frente. Um rapaz de aparentemente dezoito anos, olhos cobertos por um azul quase cinza...que transmitiam paz, mas ao mesmo tempo uma profunda tristeza...Seu corpo era esguio, definido perfeitamente sem nenhum exagero sequer, os cabelos dourados combinavam perfeitamente com sua face tão clara que chegava à beirar o albinismo. - Mais uma vez, peço desculpas. Rebeca: O que é isso? - Aponta para sua blusa vermelha. - Massa de tomate, feira de ciências, estou criando um... Rebeca: Vulcão. - Sim, como sabe? - Pergunta sorrindo, admirado pela dedução de Rebeca. Rebeca: Já fiz, na escola. - Entendi, sou o... - Estende sua mão para cumprimenta-la. Agatha: Isaque? Isaque: Pastora, a paz do Senhor! Agatha: Amem, o que faz aqui? Rebeca: Mãe, vocês se conhecem? Agatha: Sim, Jesus Cristo! O que aconteceu, com tua roupa, menina? - Pergunta, seguindo com seus olhos para roupa de sua filha. Isaque: Acabei derramando, massa de tomate...Mas foi sem querer! Agatha: Ah, não tem problema! Rebeca ama tomate. - Fala animada e Isaque sorri de lado, era um dos seus charmes...Mesmo que ele não soubesse, disto. Rebeca: Mãeee!! Isaque: Rebeca? - Acaba sorrindo, mais animado do que esperava. Agatha: Sim, minha filhota! Isaque: A senhora não mentiu, quando disse que ela era linda. Rebeca: Só que não! Isaque: Não entendi... Agatha: Não ligue, Rebeca está em um momento "rejeição". Isaque: Sei como é. Rebeca: Não sabe, mãe...conseguiu fazer a matricula? Agatha: Sim, graças à Deus! Isaque: Irá estudar aqui? Agatha: Sim, quero falar com a Débora...para ajuda-la conhecer tudo por aqui. Isaque: Ela vai adorar, minha irmã é otima como guia turística. Rafaela: Za, você não vem?! - Exclama puxando Isaque, pela mão e o mesmo se desequilibra. Isaque: Tenho que ir, paz do Senhor dona Agatha...Tchau Rebeca! - Diz sendo puxado pela garota, de um metro e cinquenta e cabelos azuis. Rebeca: É a irmã dele? Agatha: Não, a irmã dele é bonita...Vamos! - Fala e seguem as duas para o veículo, fora das dependências escolares. Rebeca: Para casa? Agatha: Restaurante, estou com fome! Rebeca: Ah mãe, estou horrível...Já basta minha aparência, agora essa roupa suja. Agatha: Não quero fazer comida! Rebeca: Não estou com fome. Agatha: Vamos no restaurante de uns amigos, pedimos uma marmita. Rebeca: Esta bem, mãe...Por que o Isaque sorriu quando disse meu nome? Agatha: Lerda, pense um pouco...O que tem a vê Rebeca e Isaque? Rebeca: Hum...Ah meu Deus, nada a vê! - Exclama sorrindo e sua mãe faz o mesmo. Agatha: Será? - Indaga sorrindo, enquanto dirige. Rebeca: Não dou água, para camelos. Agatha: Adivinha, o nome da mãe dele. Rebeca: Qual? Agatha: Sara hahaha!! Rebeca: Boba mesmo! - As duas seguiram, até o restaurante dos Albuquerques...amigos e irmãos da igreja, onde Agatha congregava. Agatha: Volto já. - Diz seguindo para fora do carro, enquanto Rebeca tenta limpar sua blusa. - Ei, Rebeca? - Dizem batendo na janela e Rebeca se surpreende ao ver quem era. Rebeca: Isaque? Oi... Isaque: Tudo bem, Rebeca? Débora: Rebeca? Que demais, haha!! - Débora também ri, após saber o nome da menina. Isaque: Essa, é a louca da minha irmã. - Isaque diz, apontando para uma garota de dezesseis anos ao seu lado, que media um metro e sessenta e tinha longos cabelos loiros...que combinavam com suas curvas. Débora: Oiiii!! Rebeca: Olá. Isaque: Oque faz, por aqui? Rebeca: Minha mãe, ela veio comprar comida. Isaque: Entra aí. Rebeca: Ah não, estou toda suja. Débora: O que, aconteceu? Rebeca: Seu irmão, derramou molho em mim. Débora: Nossa, que mancada. - Débora diz revirando os olhos, para seu irmão. Isaque: Já disse, dou meus olhos para pagar a conta. Débora: Como assim? Isaque: Ela disse que, a blusa custou os olhos da cara! Débora: Hahaha, essa foi boa em! Vamos entrar, está muito calor dentro desse carro. Rebeca: Vocês irão almoçar aí? Isaque: Sim, vem conosco. Agatha: Filha, a Sara nos chamou para almoçar aqui. Rebeca: Mãe, minha roupa! Agatha: Será dentro de casa, vem logo menina! Rebeca: Espera, a dona Sara é a mãe de vocês? Débora: Sim. Paz do Senhor, pastora! Agatha: Amem, você viu minha filhota? Débora: Sim, ela é mito bonita. Rebeca: Você que é. - Rebeca fala um pouco mais animada e Débora sorri, agradecendo. Agatha: Quer ajuda? Rebeca: Não, eu consigo. Agatha: Vou entrando. - Agatha segue para dentro do restaurante, Rebeca desce do carro, sorrindo um pouco sem graça. Débora: Irá estudar conosco? Rebeca: Sim. Débora: Se quiser, posso lhe mostrar tudo! Isaque: Foi, o que eu disse. Débora: Disse o que? - Débora pergunta e Rebeca, se encosta na porta por sentir uma leve tontura. Isaque: Rebeca, tudo bem? Rebeca: Sim, foi apenas uma tontura. Débora: Za, ajude ela. Rebeca: Não precisa, estou bem. Isaque: Vem comigo. - Fala, pondo o braço da jovem ao redor de seu pescoço e lhe ajudando caminhar. Agatha: Filha, tudo bem? - Agatha pergunta, preocupada, ao ver sua filha passar pela porta da cozinha com um olhar cansado. Isaque: Ela sentiu uma tontura. Agatha: Quer ir embora? Nós vamos. Rebeca: Não, só preciso descansar um pouco. Sara: Sente-se no sofá. Débora, um copo com água para a jovem. - A senhora gordinha dos cabelos escuros e olhos pequenos, diz ajudando Rebeca se sentir confortável. Débora: O que ela tem? Rebeca: Mãe, não... Agatha: Ela não gosta, que eu fale. Sara: Quando Débora descobriu a anorexia...Também se sentia da mesma forma, mas, olhe quão linda está agora. Isaque: Anorexia? Mas, ela é tão bonita...nem percebi que estava doente. Rebeca: Mentiroso. Débora: O Za fez voto, para não mentir. Rebeca: Acabou de quebrar! - Exclama e todos riem, tirando Isaque que tinha consciência de estar falando a verdade. Sara: Tenho algumas receitas, de sucos e vitaminas fortalecedoras...lhe dou para fazer Agatha. Agatha: Obrigada, Sara. O almoço foi servido, algo bem leve...Pois todos ali, não queriam extrapolar tanto no regime como nos problemas de saúde. Sara preparou um "quiche de tomate seco e rúcula", e como sobremesa: gelatina de baunilha e café. {...} Agatha: Estava uma delícia! Sara: Voltem quando quiser, as portas estarão sempre abertas. Rebeca: O próximo almoço, será lá em casa. - Diz e todos lhe observam, deixando a jovem constrangida. Agatha: Isso mesmo, iremos tentar preparar algo à altura de vocês. Isaque: Com certeza, nós vamos...Nada melhor, do que comer! Sara: Sim, Agatha...irei preparar o suco nutritivo do Za, se quiser um pouco para Rebeca. Agatha: Claro, por que o Isaque está tomando...suco nutritivo? Sara: É...Quero que, ele engorde um pouco. Agatha: Haha, entendi...Mas ele parece, ótimo! Isaque: E...Estou, mãe cadê o suco? - Questiona e Sara entrega, um suco de mamão e agrião para os dois jovens Isaque e Rebeca. Rebeca seguiu, para fora da casa dos Albuquerques...enquanto Agatha se despedia dos pais de Isaque e Débora. Débora: Quando quiser vir aqui...buscamos você. Rebeca: Seu irmão tem carro? Isaque: Uso da minha mãe. - Responde, se envolvendo na conversa das garotas. Rebeca: Ela deixa? Isaque: Sou o preferido, da mamãe. Débora: Benefícios do... Isaque: Do maior, em idade. - Fala fuzilando Débora com os olhos, como se escondesse algo...porém Rebeca não percebera. Agatha: Filha, podemos ir. Rebeca: Tchau Débora, falamos depois! - Fala abraçando forte a jovem. Débora: Sim, pode me chamar de Dedé! Rebeca: Pode me chamar, de Beca! - Diz entrando no carro, sendo puxada em seguida. Isaque: Não vai me dizer, tchau? Rebeca: Tchau, Isaque. Agatha: Filha, abraça ele também. - Agatha fala, engatando a marcha do carro. Rebeca: Mãe... - Murmura envergonhada. Isaque: Não é necessário, tchau Rebeca...nos vemos logo. - Susurra, beijando levemente a bochecha de Rebeca...lhe deixando corada, no mesmo instante. Seguiram para casa, Rebeca tomou um banho e foi descansar...Já sua mãe, preparou a roupa de Gabriel para o culto e também tomou um banho...sentando sobre sua cama, para ler a Bíblia...
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