Profundo

1334 Palavras
Às 8hs pontualmente, Ithan chegou na frente da minha casa, hoje com os cabelos presos, como há dias eu não via. Bermuda, regata e chinelos, bem casual e fácil de tirar. Pensamentos maldosos já passavam pela minha cabeça. Dei uma mordida no canto da minha boca enquanto várias ideias de formavam em minha mente. Ele desceu da caminhonete, me deu um beijo gostoso e cumprimentou minha mãe: - Prometo que devolverei sua filha amanhã, às 20hs, senhora Clearwater! – falou, todo responsável. - Confio na minha filha e se ela confia em você, então está tudo certo! – minha mãe respondeu. Nos despedimos da mamãe e fomos. A estrada para a cabanha era curta, cerca de 5 km. Ela ficava à beira da estrada, com um estacionamento na frente. Nos fundos, geminada com a cabanha, ficava a casa do velho Jeff. Formavam uma construção única, imponente, misturando madeira de cedro e pedras. Durante o caminho, fomos em silêncio. Deitei minha cabeça em seu ombro e fui acariciando sua mão direita, enquanto alguma música qualquer tocava no som do carro. Ao estacionar a caminhonete ao lado da casa, pude ver a enorme floresta da reserva que se estendia aos fundos. Conhecia bem ela. Nas noites que fiz ronda durante essa semana passava por ali, só pra sentir a presença do meu quileute de longe. Ele desceu primeiro do carro, como sempre e foi abrir a porta pra mim.Tomei toda a coragem que eu tinha e disparei: - Preciso te mostrar uma coisa! – falei, disfarçando meu nervosismo. Um frio na barriga chegava a me provocar arrepios. - O que é? – Olhou para mim, sem entender. - Quero que você me acompanhe! – falei, descendo. Estava com a minha bolsa nas costas, puxei-o pela mão e fui em direção a floresta. Ele me acompanhou em silêncio. Adentramos uns 200 metros pela mata, o suficiente para que ninguém nos visse. Paramos próximo a um córrego que passava por trás de algumas sequoias. - Fique aqui, que eu já volto! – falei, saindo em direção a uns arbustos que haviam atrás dele. Tirei minhas roupas e me transformei. Era agora! Não tinha como voltar. Saí de trás dos arbustos e ele estava no mesmo lugar, imóvel. Andei lentamente, dando a volta pela sua direita, parando em sua frente, meu rosto a poucos centímetros dele. Seus olhos encararam profundamente os meus. Sabia que era eu, a sua garota-lobo como havia brincado comigo uma vez. Ele não havia se assustado, ao contrário, estava me admirando, talvez incrédulo pelo que seus olhos viam. Eu estava apreensiva, ele estava me medindo da cabeça às patas com seus olhos. Lentamente, estendeu a mão direita em minha direção, depositando-a na lateral do meu pescoço, abaixo da minha orelha, fazendo um carinho. Dei uma leve inclinada na cabeça, na direção desse carinho. - Você está incrível! – foram as únicas palavras que ele proferiu. Ele não se assustou, me me rejeitou, não correu. Ele só me acariciou. Queria falar com ele, saber o que ele tinha achado, afinal, não é qualquer um que descobre que sua namorada é uma loba cinzenta gigante! Não tinha mais medo, nem receio nenhum! Ele era meu e sabia agora tudo o que eu era. Dei um pulinho rápido, levantando as patas da frente e ficando apenas sobre as patas traseiras e voltei a forma humana, ficando em pé, nua, a dois passos de distância. Ele continuava me olhando profundamente nos olhos. - Agora você sabe o que eu sou! – falei, serena. Ele deu dois passos, aproximando-se, colocou suas mãos no meu rosto, como se quisesse sentir que eu era real. - Eu não tenho palavras para descrever o que eu estou sentindo. Só sei que nesse momento, só consigo dizer que te amo e você é a criatura mais linda e intrigante que eu conheço. Agora eu compreendo o que minha mãe me dizia, que os espíritos sabem o que fazem! E eu tenho certeza que eles me enviaram para cá, para que eu encontrasse a quileute mais fabulosa que existe! – falou, baixinho, num tom que aqueceu meu coração e me fez perder de vez a razão. Ele desceu suas mãos para a minha cintura e me puxou contra seu corpo, iniciando um beijo suave, amoroso. Ao seu toque, senti todos os meus pelos se eriçarem. Logo, nosso beijo transmitia desejo, vontade de concretizar nossa total entrega um pelo outro. Minhas mãos que estavam em seu peitoral desceram até a barra da regata que ele vestia. Puxei rapidamente, tirando ela para que pudesse sentir a minha pele encostada na sua. Baixei as mãos novamente empuxei sua bermuda para baixo, junto com sua boxer! Ele completou o movimento para tirá-las. Eu já estava inundada de desejo, t***o. Aquele fogo dentro de mim ardia cada vez mais...Eu Ele desceu suas mãos até minhas coxas e as segurou, me levantando e envolvendo minhas pernas em sua cintura. Me segurou firme e deu dois passos para trás, encostando-se numa árvore e escorregando até sentar-se no chão e me acomodar em seu colo. Sua boca soltou a minha e seguiu para o meu pescoço, dando beijos e mordidas. Desceu mais um pouco e chegou no meu colo, parou por um instante e olhou nos meu olhos, exalando puro desejo. Ithan novamente voltou sua atenção para meus s***s, mordiscando de leve meus m*****s. Ah, isso me derreteu completamente! Ele esticou seu braço esquerdo e alcançou o bolso da sua bermuda que estava jogada ao nosso lado, de onde retirou uma camisinha. Sem parar de me beijar e acariciar, a colocou. Me ajeitei no seu colo e nos encaixamos lentamente. Fui escorregando sobre suas pernas até chegar ao mais profundo que conseguiríamos. Ah, era como se fosse minha primeira vez, como se jamais eu tivesse sentido isso. Era extasiante! A sensação dele se conectando a mim era extremamente prazeirosa e eu sabia o motivo disso, era por causa do nosso amor! Arqueei minhas costas e joguei minha cabeça para trás, enquanto ele abocanhava meu seio esquerdo, eu estava com minhas mãos na sua cintura, então dei uma leve inclinada a direita. Ele entendeu! Me segurou firme e me girou, sem desencaixarmos, me deitando sobre o chão levemente molhado da floresta e se colocou sobre mim, começando a estocar em movimentos suaves e profundos enquanto voltou a beijar meu pescoço. Me entreguei ao prazer que nunca havia sentido na vida e não consegui mais silenciar, soltei um gemido baixo e senti seus lábios sorrirem encostados na minha pele. As estocadas ficaram mais fortes. Suas mãos desceram até minhas pernas e as puxaram, de forma que eu as coloquei sobre suas costas, o apertando e aí, nessa posição, ele foi até o mais profundo do meu ser. Não estava mais conseguindo me controlar, o prazer estava transbordando de mim. Os gemidos saíam involuntariamente, minhas mãos apertavam a pele de suas costas, eu jogava minha cabeça para trás enquanto sentia seus lábios percorrerem o meu corpo. A velocidade de seus movimentos aumentou ainda mais e os gemidos se tornaram gritos. Não sei quanto tempo ficamos ali, mas foi o tempo suficiente para eu sentir cada vez mais prazer do que no segundo anterior. Agora eu era sua por completo. Cada centímetro do meu corpo era seu, por que a minha alma, essa eu tenho certeza que pertencia a ele desde muito antes de eu nascer! Nossas respirações ofegantes foram se acalmando! Agora era tudo paz, calmaria de novo. Ele deitou ao meu lado, passando seu braço esquerdo por de baixo de minha cabeça. Eu me ajeitei e deitei sobre seu peitoral. Com meu dedo indicador da mão esquerda, fazia leves círculos sobre sua barriga, enquanto ele brincava com algumas mechas desarrumadas no meu cabelo. Era como se nenhuma palavra precisasse ser dita. Éramos só nós dois e mais nada ali, em meio a natureza, ouvindo o som do movimento da brisa suave sobre as folhas das árvores centenárias e o canto dos pássaros nos embalando.
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