Planos e mais planos

3599 Palavras
O dia amanheceu ensolarado, uma claridade até desconhecida pela Ilha, m*l e Evie já estavam em pé e agradeceu pelas cortinas grossas. Estavam prontas já, com as roupas “mais leves” que tinham da Ilha. Estava só no aguardo de alguém aparecer. Quando houve batidas, foi Evie a atender, Doug estava ali, com os meninos e uma menina. - Ah, é... Oi – ele gaguejou um pouco e pareceu se envergonhar disso. - Finalmente – m*l falou passando por ele e cumprimentando os meninos. - Hey, Doug – Evie o cumprimentou, houve alguns segundos até o garoto voltar para a realidade. - Hey, essa aqui é a Jane – ele apresentou a menina baixa que parecia estar com receio deles. - Filha da Fada Madrinha – Carlos destacou, m*l achou interessante aquela informação, até o momento a garota não havia falado. Eles seguiram caminho com apresentações da escola, as salas de aulas, a direção, os campos de jogos e treinos, como tourney e esgrima, os vestiários e Jane apresentou a proposta de líder de torcida do qual interessou Evie. A biblioteca era grandiosa para uma escola, era muito diferente de Dragon Hall, era com paredes de vidros deixando a claridade natural iluminar o cômodo. Quando os meninos se separaram por um instante, m*l arriscou alguma informação. - Então, Jane, né? – a garota confirmou. – Você é uma fada ou algo do tipo? – a garota pareceu corar. - Não exatamente – o suspiro foi alto. – Tenho conhecido de como funciona e a forma, mas não sou uma fada e nem tenho... a magia em si... – ela pareceu triste e m*l compreendeu, porém aquilo a fez temer, se Jane, a filha da Fada Madrinha, a mais poderosa dos bonzinho, não herdou a magia da mãe, o que poderia acontecer se fosse o mesmo com m*l? Mal não quis pensar mais nisso, mas por outro lado, Jane foi a única a arriscar dizer algo. - Apesar de ter ouvido falar de vocês, é um pouco... estranho de falar com filhos de vilões... você sabe, por conta das histórias, alguns de nós ouvimos mais do que gostaríamos. Evie encarou m*l por um instante e m*l devolveu o olhar. - E como tem tanta certeza de que não somos iguais aos nossos pais? – foi Evie a perguntar. Jane pareceu c******r, falou ainda mais baixo, quase inaudível. - Nem os descendentes dos heróis são iguais aos pais... Mal sorriu de maneira maléfica encarando Evie, era evidente que houvesse pequenos vilões na corte real, afinal, só uma fase, só o espírito adolescente, já em outros casos, só jogar na Ilha e esquecer. Os meninos voltaram. Doug entregou cartões para elas, os meninos estavam já com os deles, e explicou como funcionava e o dinheiro que tinha e que seria depositado mensalmente para fins escolares e para o que precisasse. Evie pareceu gostar, Carlos não se importou muito, por outro lado m*l e Jay se incomodaram um pouco, sempre se viraram para isso, não seria necessária essa ajuda de Auradon. Antes de pegarem o carro rumo ao vilarejo próximo, eles foram até o museu de história cultural. - Saídas só final de semana e com autorização, somente para o museu, e para o vilarejo teriam que pedir com mais antecedência a autorização, para ambas os lugares teriam que ter alguém para acompanhar. O museu continha uma variedades de itens mágicos ou importante para a história. - São os originais? – Evie perguntou. - Ah, sim, todos eles sãos os originais, após Fada Madrinha e a corte real decidir a exclusão da magia, decidiram que pelo menos nós tivesse consciência dessa parte da história, obviamente a segurança em volta de cada item. - Até do sapato de cristal da Cinderela? – Por qual razão sistema de segurança em um sapato??? - Se convivesse com minha mãe, entenderia – Carlos soltou a informação. - Mais por importância histórica – foi a vez de Jane falar, e eles lembraram que ela estava ainda com eles. Eles passaram por cada sala, até a mais desejada por m*l, a sala que a varinha da Fada Madrinha flutuava em meio a uma pequena barreira, ela reluzia e parecia encantar m*l. Os dedos roçaram para não avançar, Jay e Carlos estavam discutindo algo, em um pequeno empurrão, Carlos quase encostou na luz azul que rodeava o artefato. - Cuidado, Carlos! – Jane conseguiu o segurar. - Se encostasse, não somente iria alertar o segurança lá do térreo, como avisaria o castelo real – Doug o alertou novamente, m*l franziu o cenho. Eles saíram dali e seguiram em busca do necessário para o dia seguinte escolar. O vilarejo era muito lindo, e para o desespero de Jane e Doug que estavam como responsável, eles se separaram. As lojas e as casas pareciam muitas vezes unidas em um só, pelos livros indicava ser o que a Bela viveram, a forma deles falarem era diferente, uma pronúncia que estavam em dúvida entre o agradavel e o doido. Mal entrou em uma papelaria, e um jovem senhor a atendeu, simpático o suficiente para a deixar com um pé atrás em r*****o a ele. Mal pegou o necessário e de seu gosto que havia na lista, e após isso, começou pegar itens de artes, como lápis coloridos, papeis diferentes, pegou o possível para caso não pudesse voltar ali novamente. O senhor deu uma ajuda, mostrando os melhores matérias e suas diferenças de um para o outro. Ao chegar para pagar, m*l lhe deu o cartão entregue por Doug. - Ah, m*l – falando no filho do anão... Mal tentou não revirar os olhos, mas usou ao seu favor ao mandar ele levar as sacolas para o carro em que vieram. O senhor devolveu o cartão. - Mal... – Ele pronunciou parecendo pensar sobre. – Intercambista eu diria? – ele queria confirmar. Mal o fez com a cabeça. - Parece que sim – arriscou a dizer. - Tem uma encomenda para você – ele pareceu mais animado ainda. Sumiu aos seus olhos, indo até uma porta restrita e voltando com uma caixa. Logo entregou. - Um presente eu diria, normalmente não trago a venda esse tipo de coisa para alunos, por conta das restrições do colégio, mas para uma artista excepcional, fazemos uma brecha – ele dizia de uma forma aventureira – Use com sabedoria e não diga como conseguiu – ele sorriu. Mal confusa sobre o tal presente, abriu a caixa, contento uma variedade de cores em tinta spray. - Wow, valeu – m*l desviou o seu olhar da caixa para o senhor – Quem mandou? – por um momento não quis aceitar, não vindo de Ben. - Digamos que não posso falar – ele a olhou nos olhos, algo surpreendente. - Foi o príncipe herdeiro? – ela jogou as palavras. Ele pareceu pensar. – Benjamin – ela completou. - Oh, não, foi outra pessoa – ele voltou a animação. m*l revirou os olhos, descobriria depois. - Valeu – disse saindo da loja, encontrou Doug novamente da porta. E entregou a caixa. - Sabe onde está o pessoal? - Carlos e Jay estão na loja de tecnologia e Evie no ateliê com Jane. Mal confirmou com a cabeça e foi procurar eles. Passou pela loja onde viu Evie e Jane pela parede de vidro, Evie estava comprando vários tecidos, e logo enxergou Jay e Carlos na tecnologia. Carlos parecia estar experimentando fones de ouvindo e capinhas de celular, Jay analisando os jogos de vídeo game e parecia enrolar o jovem rapaz que o estava atendendo para roubar, passou ao lado o cutucando, ele riu. - Relaxa, m*l – ainda rindo, ele sabia que não deveria fazer besteiras assim. Ao sair de lá, m*l foi até a biblioteca próxima sozinha, enquanto os amigos e os “guias” estava na papelaria. Ao abrir a porta da loja, um sino tocou, um senhor bem... velho? Ergueu a cabeça lentamente e arrumou os óculos, ele saia de trás das pilhas de livros, estava meio curvado pela idade e andava lentamente. - Procurando algo em específico, minha jovem? – sua voz era diferente dos demais, a pronúncia era mais difícil de entender. - Nada ainda – m*l observou as prateleiras diversas. - É uma das alunas de Auradon? – ele perguntou com um pequeno sorriso. - Algo assim, intercambio – m*l repetiu a mesma informação recebida. Ele arrumou novamente os óculos e a olhou. - Algum tema específico? – Ele estava disposto a ajudar. m*l torceu os lábios e deu de ombros. – Os jovens de hoje em dia não querem ler – ele começou a reclamar enquanto andava entre os livros. m*l achou... graça. – Quase ninguém do colégio Auradon vem aqui – ele coçou as costas, ou pelo menos tentou. – Deve conhecer os que vem até aqui, certo? Vencida pelo cansaço, m*l resolveu só ir até os amigos aparecerem. - Quem seria? – m*l começou a ver os livros, pareciam antigos o suficiente para não conhecer tanto. A loja parecia antiga, como se o velho tivesse apego em trabalhar ali. - A jovem Jane gosta de fantasias, as que Auradon não permite na biblioteca – ele riu e logo tossiu. - Audrey ama os de romance de época, nesse sentido ela sempre puxou Aurora – ele falava com carinho da princesa. - E Benjamin vem totalmente sorrateiro – Vem e vai como o vento, e sempre o mesmo livro de poesias que ele nunca me deixa pegar ou folhear, aonde ele encontra, ele devolve e ele não me diz! – O velho senhor pareceu zangado e voltou resmungando para sua cadeira, meio que esquecendo completamente a garota ali. Mal riu e foi explorar os livros. Subiu uma das escadas, tendo acesso aos livros que chegava a quase tocar o teto, a poeira indicava que o velho não limpava ali fazia alguns anos, m*l deslizou as escada sem medo de cair, até que algo travou, quase a derrubando, a escada parou numa estaca que parecia ter sido encaixada ali. Curioso, como um arsenal do m*l, será uma passagem secreta ali? Mas ao puxar, um livro fino foi encontrado. Ela pegou e desceu para ver melhor, mas era apenas um livro de poesias de Shakespeare, m*l ouviu o sino fazer barulho e a voz dos amigos, fazendo o livro cair, e nisso, soube a razão do livro estar escondido. Ela abaixou pegando o livro, viu as marcações em azul, aquele era o livro que Benjamin pegava as escondidas? Decidiu levar o livro e ver se tinha mais algo além das marcações nas outras páginas, não poderia fazer ali com os amigos, pela razão de ver o senhor brigar com Jay. Mal saiu do corredor e foi até os amigos com um sorriso perverso. - Um momento – foi até o senhor, mostrando o livro, ele pareceu chocado pelo achado, tentou pegar, mas m*l não deixou – Esse eu vou levar – Ele bufou raivoso e foi registrar o livro. - Traga até o mês que vem – ele avisou. O g***o logo saiu da biblioteca e voltaram para o carro, Evie tagarelava sobre os tecidos, Carlos falava sobre Evie personalizar seu fone, Jay se aproveitava para explorar o carro ali, Jane parecia tranquila observando a vista pela janela, mas as vezes encarava Jay testando todos os botões, pela centésima vez? Ele apenas aparentava estar irritando o motorista, Doug engatou em assuntos com Evie, ele parecia adorar ouvir e Evie falar, m*l ainda segurava o livro, e seus pensamentos se dividia entre a varinha e o príncipe. - Perfeito – m*l sussurrou. Tomou o aparelho da mão do amigo e o colocou na mesa. Já era tarde da noite quando eles se juntaram no quarto dos meninos para falar a respeito dos desejos e ordens de seus pais. - Jay – Evie o chamou, que resmungando abandonou o jogo. Carlos indicava o que descobriu mais sobre as redes sociais. - Não fiz buscas perigosas na web – Confessou Carlos – Não sei ainda se eles podem ter acesso ao meu laptop – Ele parecia triste, mas disposto a descobrir mais, talvez uma versão dark da web? - Auradon é uma bomba de tecnologia – Carlos destacou – Por mais que seja um país “segurou”, duvido que não tenha sinalizadores para pegar qualquer invasor, como o museu cheio de artefatos mágicos. Mal suspirou fundo e se jogou na cama mais próxima. - Então vamos aguardar até quando? – Ela estava irritada, eles sentiam a vibração, e sabiam perfeitamente que não era por causa da varinha mágica. - Precisaria não somente ter acesso as câmeras, mas aos alarmes, e não sei aonde toda as câmeras estão – Carlos estava receoso. Assim que subimos aquela primeira escada, tem uma câmera em frente – Jay destacou. - E em frente a porta principal obviamente – Evie alertou. - Precisaríamos saber se tem mais de um, se ficam andando em volta ou somente nas câmeras – m*l se sentou na cama. - E se... – Carlos se levantou, chamando a atenção de todos – Desligarmos a energia de tudo? Sem câmeras e sem provas, escuro que estamos0 acostumados, passagem livre! - E a magia? – m*l o olhou. - Não teria como alertar, nenhum sinal tocaria, poderia impedir de tocar a varinha, mas não despertar o alarme – Evie destacou. - Parece um bom plano, vale arriscar – Jay se debruçou sobre a mesa. - Não estamos com opções de tentar – m*l o lembrou – Ou fazemos e dar certo, ou podemos ser exportados de volta! Quando o breu atingiu os céus e o silêncio dominou, foi a vez de Carlos agir primeiro, andou nos cantos das paredes, onde a câmera não aparentava pegar. E desejou que estivesse certo. Passou por tantos corredores e portas, que tentou não entrar em pânico sobre estar perdidos e algo desse errado. Evie o seguia quando acharam finalmente a porta, Carlos se escondeu no escuro, Evie foi a abrir a porta. O segurança olhava atentamente as câmeras, Evie se aproximou, cutucando seus ombros, ele falava por um aparelho como cambio com outro segurança que rodeava os arredores da escola, Carlos ouviu os pontos atentamente. Evie falou se ele poderia ajudar, pois viu algo suspeito da janela de seu quarto, ela usava um capuz que cobria a cor de seus cabelos, e tentava outras voz. Ele prontamente se dispôs a ajudar, pensando se tratar de uma Auradoniana real. O cara que Evie acusou de suspeito, era justamente o outro guarda, quando fosse para ser esclarecido, ela sumiria e Carlos apagaria qualquer possível de registro. Carlos entrou, trancando a porta atrás de si e tentou descobrir o mais rápido possível até desativar a energia do colégio, apagar as filmagens e desativar todas as câmeras, logo saiu correndo dali, m*l e Jay já estava a uma distância esperando. Carlos chegou e logo Evie, que sumiu assim que a luz apagou. Carlos carregava os fios no bolso, não teria como ligar as câmeras sem eles. Faltava só a parte do museu. Quebrar as câmeras não era uma opção muito boa. Resolveram arriscar e ir pelos cantos, na porta principal, um segurança dormia em frente as câmeras, Jay abriu a porta usando uma técnica sorrateira da Ilha. Todo o silêncio para não acordar o segurança, m*l e Evie subiram enquanto Carlos tentava apagar as gravações, desligar as câmeras juntamente da energia. Jay ficou na porta de vigia. Mal e Evie passaram por uma sala que não havia notado, com estatuas de cera iguais seus pais, porém com uma aparência mais joviais. Evie paralisou por um instante, m*l não notou pela escuridão, então seguiu. A imagem de sua mãe, mesmo no escuro, parecia alertar a garota, durante anos foram um branco me sua memória, não se recordava de muita coisa, além das ordens de sua mãe sobre como ser uma dama perfeita, não que Evie odiasse a forma de se vestir ou de se maquiar.... mas a pressão não era boa de nenhuma forma, sempre ligada nas regras, e agora, mesmo fora da Ilha, as regras de sua mãe aparentava estar cada vez mais presente a sufocando. Ela saiu de lá, procurando por m*l. A filha da Malévola estava já na sala da varinha, um azul claro indicava a varinha ali presente. Era uma forma arriscada e loucura, mas precisava testar a sorte, seus dedos se esticaram atravessando o brilho azul, por fim, seus dedos seguraram a varinha. O sorriso foi vitorioso, apesar da escuridão, seus olhos brilharam num verde intenso, iluminando a visão que alguém poderia ver. Puxou para tirar a varinha, mas ela não saiu do círculo azul, por mais que tentasse, ela batia como se estivesse numa cúpula. À medida que tentava, a luz se fortalecia, e com isso, a luz pareceu voltar e o alarme tocar, as câmeras continuava caídas, sem chances de coletar provar, por outro lado o alarme era ensurdecedor. Praguejou, largando a varinha e saindo correndo, passou pelos corredores e encontrou Evie a esperando, desceram as escadas correndo confiando para não cair. O alarme insistia em tocar. Jay vendo a presença das meninas alertou Carlos – Vamos logo! - Mas Carlos tentava a todo custo resolver, por fim, o alarme parou. - Não sei o que deu errado e nem como parou – O De Vil se sentiu novamente como uma criança na Ilha, com pânico, medo e tudo que tinha direito. Durante os pensamentos, o telefone tocou e Carlos atendeu por impulso. Os quatros congelaram, encarando um aos outro, Carlos tentou fingir normalidade. - Deu defeito no chip 1LM174 do circuito protótipo – arriscou algo, acreditando que a pessoa do outro lado não entendia de tecnologia de ponta para o questionar de algum erro. – Beijos nas criança – finalizou desligando. - Vamos! – m*l ordenou. Jay foi na frente, Evie e depois Carlos, m*l ficou por último. Na virada da última escada do museu, ela se esbarrou em alguém, caindo sentada na escada, o segurança apontou a lanterna em seu rosto, ela suspirou fundo em um ódio que poderia certamente trazer um corvo petrificado de volta a vida. - É sério isso? – a voz era de Ben, ele desligou a lanterna, m*l com a claridade do museu conseguiu ver o seu rosto. – Tiveram sorte que fui eu a atender o chamado – ele parecia triste. - Como? – m*l ainda estava sem reação - O alarme notific- - ele desistiu de explicar por pura segurança. – O que estava fazendo? Mal bufou e se levantou. – Só vim andar, vossa alteza – houve deboche ali. – Gosto do horário noturno. - E precisava encostar na varinha? – m*l pensou se os alarmes eram diferentes, como ele poderia saber o artefato em específico. - Não sabia que não podia- - m*l! – Ele quase gritou, o tom foi alto os suficiente para ela dar um pulo inesperado. Ele apertou a deda com as pontas dos dedos – A voz do telefone, era a de Carlos, não era? Ele desativou apenas, o gerador demora um pouco para ativar novamente, mesmo sem esse acesso – ele tentou ser agradavel, mas não estava conseguindo. Respirava fundo, tentando não explodir. - Vou perguntar novamente- Mal começou a se enfurecer. - Só esqueça isso – ela ordenou. - Esse é o meu país! – ele enfatizou. – Não posso colocar a vida das pessoas do meu povo se vocês estão contra – ele se virou de costas, passando a mão na nuca tenso, voltou a olhar para ela, nos olhos novamente – Foi Malévola que ordenou? Seus pais os mandaram com a condição do roubo da varinha? – m*l não respondeu, apenas o encarava. – Foi o que pensei... – ele falou quase inaudível, decepcionado. – Você realmente chegou a me amar de verdade ou foi tudo um plano também?! - Agora você quer falar sobre isso? – Ele tentou falar, mas ela o impediu. – Eu fui na festa – ela admitiu, aceitei o convide como nossa conversa, mas ela – m*l enfatizou – ela, Audrey é seu destino, ela é o que Auradon e o seu povo merece! Ben pareceu c******r por um momento. - Você dançava com ela, e ali soube que não poderia mudar a história e nem fazer parte dos heróis. - Mal... – ele tentou se aproximar e ela deu um passo atrás, caindo no degrau novamente. Bufou em raiva e logo se levantou, notou de relance os amigos esperando-a, por qualquer sinal, seja para se aproximar, esperar ou irem. - Depois podemos conversar?... – ele sussurrou. – Vai, eu cuido disso... não se preocupe com- - Faça o que quiser Benjamin, tome a maldita atitude que seu povo quer e esperar, sempre foi assim não? – ela o olhou no fundo dos olhos, e eles brilharam em um verde escuro dessa vez. – Não preciso de sua boa ação, nenhum de nós precisa e nem pedimos por isso – ela saiu, passando por ele o empurrando levemente. O quarteto seguiu o caminho em silêncio, em toda sua vida, aquele foi a madrugada com atitudes de um plano mais burro que já fizeram. Se separam nos corredores, seguindo seus respectivos quartos, m*l ao entrar, tirou a jaqueta e jogou em um canto qualquer, deitou na cama e apoiou os braços em seu rosto, e chorou, como o maldita dia em que ele foi embora, o dia que o conto quebrou, como a carta rasgada na fúria e queimada na tristeza, maldito Benjamin que cruzava o seu caminho.
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