Narrado por Ana Luiza
- Amor. Amor, acorda, aí. - eu sacudia o terror e ele só resmungava.
- Oque tu quer, Luiza? deixa eu dormir mano, amanhã eu tenho trampo cedo.
- Acorda aí, terror. Eu tô com desejo. - falei já com raiva.
- É de madrugada, Ana Luiza. Eu não vou achar nada essa hora, c*****o. Vai dormir amanhã eu compro. - ele fala e eu me levanto p**a de raiva.
- Eu quero bolo que coco com Nutella, e não tem nem os ingredientes aqui pra mim fazer. Que raiva. - reclamei já na cozinha. Andei até a porta de casa, e logo senti o friozinho da noite. Fiz sinal para um vapor que estava no outro lado da rua , e logo ele veio.
- Oque deseja, patroa.
- tenta achar um bolo de coco para mim, por favor. E compra Nutela, também.
- Pode deixar, patroa. Tô indo agora mesmo. - ele fala e sai . Eu me sento na calçada, e fico olhando a rua. O céu está bem estrelado, e as luzes da favela estão tão lindas. A favela está um silêncio, já que são três horas da madrugada. Porém Sempre passa alguns caras de moto, e eu vejo alguns vapores fazendo rondas também.
- Tá maluca de ficar aqui fora, Luiza? bora, vem, entra. - terror fala da porta.
- Pode ir dormir, terror. Eu estou esperando minha comida. - falei sem olhar pra ele. E então sinto ele se aproximar e se senta ao meu lado.
- Amor, aqui fora tá frio, e é perigoso. Me desculpa por não ir comprar tuas paradas. Mais na boca tá tudo corrido e hoje eu havia tirado um dia pra nois. Porém amanhã volta tudo de novo. A correria.
- Tá tudo bem, terror. Pode ir dormir. - falei e senti ele me encarando.
- Poxa, amor. Entende aí, minha linda. Tô cansado. - ele fala e então eu o olho.
- Tá bom, Thomas. Pode ir dormir, por aqui está tudo certo, tá. O rapaz já foi comprar oque eu quero comer. Pode ficar tranquilo. Eu estava p**a com você antes, mais agora tô te compreendendo. - falei e ele contínua me olhando sério.
- Para de graça, Ana luiza. Tô pedindo desculpa. - ele fala e então eu coloco minha mão na lateral do seu rosto.
- Thomas, eu não estou com raiva, meu amor. Eu estou compreendendo o seu lado. Entendo que você tem muito trabalho. Não precisa se preocupar, eu não estou com raiva. Antes eu estava, mais já passou. - falei e dei um selinho nele.
- Vamos entrar. Quando o cara chegar ela bate na porta. - ele fala e eu assinto. Entramos dentro de casa e eu me sento no sofá, enquanto vejo o Terror seguir para o quarto. Assim que ele vê, que eu não estou indo atrás dele, ele volta e fica parado em minha frente.
- Você não vai vim pro quarto, negaa?- ele pergunta esfregando os olhos.
- vou ficar por aqui. - falei e peguei meu celular. Logo o Terror se aproxima e se deita no sofá deixando sua cabeça em minhas pernas.
Poxa! meu gato tá cheio de problemas, mais sempre tá aqui do meu lado. Não tem nem como ficar com raiva dele. - fiquei pensando enquanto fazia carinho em seu coro cabeludo. Logo eu começo a pensar nos nossos momentos e quando tento me imaginar sem ele, eu sinto um aperto no peito.
- Eu....eu sinto que .....- inrrolo pra falar.
- Tá sentindo oque, amor? Quer que eu saia daqui? - pergunta com os olhos fechado e com a voz arrastada por conta do sono.
- Não, amor. Não é nada, pode ficar aí. - desisto de falar, e foco somente no meu lindo que está aqui.
(.....)
Depois que o menino chegou com o meu bolo e com a minha Nutella, eu me acabei de comer. E adivinha oque veio depois? se você pensou enjoou, acertou!
Vomitei igual uma condenada, e nisso o terror veio cuidar de mim. Quando eu já estava melhor, fomos deitar, e o terror já se alinhou a mim e dormiu novamente.
Cinco dias depois
sexta feira
- Alice tá chegando aí, amor. - terror fala pegando sua peça e colocando na cintura-. Vou buscar ela lá na entrada e deixar no barraco que arrumei pra ela. Minha veia vai fazer um jantar para nois lá na casa dela, e assim tu conhece ela.- ele fala vindo me dá um beijo e eu fico séria. - oque tu tem agora, Ana Luiza? - ele pergunta revirando os olhos.
- Não sei! mais acho que não vou me dá bem com essa mulher. - falei e vejo ele olhar para baixo e passar a mão em seu cabelo.
-Por que tu acha isso, gata?
- Thomas, me fala a verdade. Tu já teve algo com essa mulher, no já?- eu pergunto e percebo que ele tá com um pé atrás de responder e naquela hora eu saquei a resposta.
- Já sim. - responde sem olhar pra mim.
- aí tu vai ficar, buscando e ficando de conversinha com ela é? - perguntei e ele me olha.
- Só estou indo buscar ela e mostrar onde ela vai ficar. E só isso mulher. - ele fala e eu assinto.
- Vai lá então. - falei e fui pro quarto. Logo me sento na cama, e começo a conversar com a minha filha, e depois de um tempo ele entra no quarto.
- vai ficar nessa, Luiza?
- mano, vai buscar tua prima lá, e deixa eu aqui, conversando com a minha filha por favor.
- Ela é minha filha também. - ele fala e eu nem olho para ele. - ou não é? -ele pergunta, e por mais que eu esteja com raiva, eu respondi a verdade.
- claro que é.Mais deixa nois aqui, por favor. - falei.
- Amor, deixa pra tu sentir raiva dela, quando você a conhecer. Meu lance com ela é coisa do passado. Tu é meu presente, pow .Deixa com essas idéias tortas aí.
- tá certo. - falei e ele se aproxima beijando minha barriga. - Voce não vai buscar ela? - perguntei e ele n**a.
- Tô querendo distância de briga com você. Mandei o Kako ir lá. Eu que não tô afim de dormir no sofá e longe das duas mulher da minha vida. - ele fala me fazendo sorrir.
- Você é uma graça sabia? você sabe das consequências das coisas e isso facilita muito. - falei e ele vem subindo até ficar frente a frente com o meu rosto e me beija.
- Eu te amo. - ele fala, e seu celular toca. Na tela tinha o nome de ALICE. p**a que pariu! não conheço essa mulher mais sinto vontad€ de esganar ela.
Públicado dia 17/07/22 as 21:50