Capítulo 5

3287 Palavras
Observo meu celular, um novo número no visor com um nome bastante explícito "Português bonitão", era como o contato se identificava. Acabo rindo da tamanha soberba que havia em Anthony. — Algo divertido? — Miguel pergunta, olhando para mim e movo a cabeça em discordância ,sorrindo de lado. — Você deveria entrar, está frio. — Fala, levantando-se e estendendo a mão para que eu lhe entregue a xícara. — Ah sim, claro. Obrigada pelo chá. — Agradeço, e Miguel arqueia as sobrancelhas ao ver que não havia bebido o líquido. — Desculpe, não sou muito fã de chá. — Confesso um tanto envergonhada. Eu só queria ser exatamente o que ele esperava de mim. — Boa noite, Giovanna. — Diz de forma seca e me despeço em silêncio, caminhando em direção a casa de meus avós. Ouço a porta do celeiro se fechar e meu coração de repente arde, assim como minha pele por conta do frio. — Estava flertando com o fazendeiro bonitão? — Catarina pergunta, ao me ver entrar pela porta do quarto. Ela está deitada em sua cama lendo um livro de fantasia. — Não acho que "flertar" seria a palavra certa. — Respondo, me jogando na cama e cobrindo meu corpo com o Edredom estampado por flores coloridas. — Você precisa arrumar um namorado, só assim vai aproveitar sua estadia aqui em Portugal. Este é um país para os amantes. — Fantasia e reviro os olhos. — Está animada para o show? Eu estou em cólicas!! — Comemora dando batidinhas com os pés sobre o colchão. — A mensagem! — Me lembro e abro o celular, rindo ao ver o que estava escrito. "Ei Giiovana, o que está fazendo?" — Não era você quem não mandava mensagens a noite, como um adolescente? — Acabo pensando alto demais e quando vejo já existe um parasita em minha cama. — Catarina, o que faz aqui? — Quem é? O Anthony está falando do show? Ah meu Deus, deu tudo errado com os ingressos? — Choraminga e a empurro para fora de minha cama, ela cai no chão e segue emburrada para seu ninho. "Português bonitão". Nada tenho feito há meia noite e você?" — Indago sentindo uma certa ansiedade por sua resposta. "Ahh vejo que concordou com meu adjetivo. Não tenho feito nada também, além de procurar uma assistente. Você trabalha, Giiovana?" Sua mensagem me surpreende e confesso não saber exatamente o que responder. Toda aquela situação desde o dia que conheci Anthony estava beirando ao absurdo, eram coincidências demais. Agora, o que aconteceria? Um relacionamento entre a personagem principal e o CEO? — Nossa, como é emocionada. Não está pensando que vai rolar algo entre vocês só porque ele lhe chamou para fazer um trabalho, certo? — Catarina está agora ajoelhada ao meu lado. Me levanto assustada, como essa garota era capaz de se teletransportar tão facilmente? — Não estou pensando em nada, além de que não irei trabalhar com ele. Posso arrumar outra coisa, uma loja talvez. — Espero que consiga mesmo, afinal, os nossos avós não andam muito bem das canetas. Agora, que será difícil encontrar alguém que contrate uma estrangeira sem nenhum estudo, isso vai ser. — Como assim? Eu sou formada em Filosofia! — Mostro indignação. Haviam sido anos me aprimorando para...para...ainda não sei como usar o curso, mas me formei. — Ah claro, me desculpe. Pode ficar na praça declamando poemas então. — Zomba, se deitando. Cara, isso foi tão preconceituoso. — Vou dormir e vê se aceita logo esse trabalho. Quero ter descontos em shows. — Diz por fim, se ajeitando na cama e apagando seu abajur ao lado. "Não gostaria de trabalhar aqui? No momento estou precisando de pessoas em que posso confiar" Vejo sua última mensagem e me pergunto: por que eu seria a pessoa certa para isso? Nos conhecíamos há apenas dois dias, como Anthony podia ter tanta certeza de que eu era uma boa pessoa, se nem mesmo eu concordava com isso. Decido não responder, os primeiros dias em Portugal me trouxeram emoções o bastante para toda uma vida no Brasil. Ao acordar no dia seguinte decido que procuraria um trabalho, não deveria ser tão difícil. Afinal, eu era fluente em inglês e em português brasileiro, o que não parecia fazer tanta diferença ali. Mas, podemos contar que estudei em uma faculdade renomada no Rio de Janeiro e um curso bastante elegante. — Lo siento pero no estamos contratando. — Três das lojas que entrei me disseram isso, as outras duas falaram coisas que não devem ser reproduzidas ainda tão cedo. Adentro uma padaria simples e peço pão com manteiga e café preto, me olham sem entender e anseio chorar de forma desesperadora. Não pensei que seria tão difícil pedir pão em Portugal. — Senhor Anthony!! — O padeiro grita, acenando. Me viro e sinto meu rosto queimar. Pronto, estou desolada, esfomeada e agora envergonhada. — Manoel, como estás? Aquele brasileiro de sempre, por favor! — Acena rindo e se sentando em uma banqueta. Tento esconder meu rosto com as mãos, mas sem sucesso. Ele parecia farejar meu cheiro a quilômetros. — Giiovana... — Sussurra e sorrio entre os dentes. — Por que essa cara f**a? Está com fome? — Questiona e discordo com a cabeça, mas minha barriga ronca e Anthony gargalha. — Manoel, traz dois. Minha amiga está faminta. — Fala e o senhor de bigode comprido concorda sorridente. — Ah que vergonha. — Suspiro e Anthony se levanta de sua banqueta, vindo em minha direção. Estou sentada em uma mesa de madeira escura com cadeiras frágeis. — Posso me sentar contigo? — Pergunta e concordo sem ter muita opção. Ele se põe a minha frente e me observa. — Gostei da roupa, é eclética. — Aponta para minha camiseta larga com insígnias e jeans de lavagem clara. — Então deve ser isso que me impediu arrumar um emprego. — Murmuro e Anthony aguarda mais informações. — Passei toda manhã procurando trabalho, mas ninguém quis me dar uma chance. Acha que ando desarrumada? — Bom, eu não diria desarrumada. Só parece não ter encontrado seu estilo ainda. — Diz e recebemos nosso pão francês e café. Agradecemos e volto a olha-lo. — Estilo é uma coisa muito pessoal, mas pelo que vi nesses dois dias você tem se intercalado bastante entre eles. — Não acha que me observou demais? — Indago e Anthony sorri levemente, bebendo o café, enquanto o pão permanece sobre o prato branco. — Não ache que sou canastrão ou algo do tipo, mas costumo olhar as mulheres que me deixam intrigados. — Diz e tento não dar tanta importância para o que ele havia dito, mas sua voz parecia deixar qualquer asneira que saia pela sua boca, extremamente atrativo. "Ele é um bom vendedor, deve ser isso" — Talvez eu realmente não tenha encontrado meu estilo, estive bastante ocupada resolvendo outras questões. — Revelo e sinto que havia falado demais para uma conversa de padaria. — Trabalhe comigo, Giiovana. Você precisa de um trabalho e eu de uma nova assistente. Afinal, a que eu tinha me entregou para o meu pai. — Como assim, lhe entregou? Cometeu algum crime grave que não sei? — Pergunto assustada e ele ri, como se estivesse preparando uma piada. — Só se amar demais for o meu crime. — Move as sobrancelhas para cima e para baixo, lhe olho sem entender e Anthony continua. — Minha assistente contou ao meu pai, que eu estava namorando uma garota branca. — É o que? Espere, essa garota branca seria eu? — Interrogo sem compreender toda aquela situação e Anthony toma o restante do café. — Por que bebe todo café antes de comer o pão? Vai morrer sufocado! — Exclamo irritada sem motivo algum. — Por que está rindo? — Pergunto o observando e acabo não me segurando e rindo também. — Desculpa, só achei engraçado você dizendo "E eu sou essa garota branca?!", realmente me encantou. — Responde e movo a cabeça envergonhada. — Se quiser trabalhar comigo, vá amanhã em meu escritório, vou te colocar para conversar com o gerente. — Fala e se levanta, retira algumas cédulas do bolso e coloca sobre a mesa. — Tudo bem se eu pagar? — É o mínimo por todo estresse. — Faço piada e ele ri, acenando para o padeiro e seguindo á sua agência. O caminho de volta a casa de meus avós se tornara uma oportunidade para que eu pudesse pensar em tudo que fiz até este momento. Olhando para os vinte anos que vivi, não me pareceu haver nada que encantasse ou me tornasse necessária, eu realmente estava vivendo a crise dos vinte e ela tinha total propriedade em existir. Quanto mais longe da cidade, menor era os ruídos e meus pensamentos pareciam ficar ainda mais altos, estive todos os dias desde que cheguei aqui me escondendo do lavatório, claro que a água gelada influenciava mas o medo de sucumbir aos meus temores e minhas inseguranças eram o principal motivo. Minha psicóloga havia dito que, quando eu pensasse em agir de forma reativa, deveria respirar fundo e pensar em coisas boas, buscar me lembrar do que estava dando certo. Mas, analisando essa estrada desconhecida, em um país nunca visitado antes por mim, eu me questiono...o que tem dado certo? — Não sei mais o que vamos fazer, não tem chovido já faz alguns meses, nossa fazenda conseguirá enfrentar todas essas adversidades? — Ahh querido, eu nem sei o que dizer. Podemos falar com Joseph e pedir ajuda. — Minha avó diz, buscando uma solução para o problema em questão. — Não, Cassandra! — Meu avô rebate, ele se levanta da cadeira de madeira onde esteve sentado anteriormente e respira fundo, encostando com as mãos sobre a mesa. — Não quero preocupar o Joseph, ele já tem uma filha problemática. — Fala e um estalo surge logo em seguida, pois para minha sorte eu nasci desastrada. — Me desculpem, eu não queria... — Me agacho, tentando juntar os cacos de uma xícara que derrubara ao me encostar na cristaleira próxima a porta de entrada. — Não toque, vai acabar se machucando. — Cassandra fala e escondo minha mão, que já estava cortada pelo vidro afiado. — Eu estou bem, vou buscar uma vassoura. — Digo, me levantando. Meu avô se aproxima e segura minha mão. — Querida, busque um curativo. — Ele pede e tento afastar-me, porém o senhor de cabelos grisalhos ainda segura minha mão. — Se sente aqui, Giovana. — Pede e me coloco sobre a mesma cadeira que ele estava. Martim puxa uma das cadeiras e também se senta á minha frente, observando minha mão. — Estão com dificuldades financeiras? — Pergunto, buscando fugir daquele silêncio doloroso. — Não precisa se preocupar. Você e Catarina devem apenas viverem suas vidas, como os jovens fazem. — Diz e movo a cabeça em discordância. — Já sou adulta, não pretendo ficar aqui presa às costas de vocês. Irei arrumar um trabalho e ajudar até meus pais decidirem que devo voltar. — Não se preocupe em voltar, sempre será bem vinda aqui e pode ficar o tempo que for preciso. — Minha avó diz, entregando alguns lenços para meu avô. Ele limpa o corte levemente e enrola gases ao redor da palma de minha mão. — O senhor parece ter bastante jeito com curativos. — Falo e ele ri. Cassandra concorda, caminhando até um armário e pegando dali um álbum com fotos. — Veja, esse é o Martim. Ele era um enfermeiro muito importante no hospital de nossa cidade. — Mostra com orgulho e tomo o álbum, observando várias fotos de meu avô ainda jovem com outros médicos e enfermeiras. — Mas, estes eram outros tempos. Agora, o único curativo que faço são em flores desajeitadas. — Sorri para mim e retribuo. Meu avô se levanta, beija a testa de minha avó e segue para a área externa da casa. — Desculpe, não quero ser intrometida. Mas, ele pareceu triste quando o assunto do hospital veio a tona. — Digo, olhando o quintal a nossa frente. A porta de madeira e janela estava aberta, começara a entardecer próximo ao pôr do sol. — Sim, ele foi demitido do hospital de forma injusta. Não sei muito bem o que aconteceu, mas desde então Martim sofre todas às vezes que o assunto vem a tona. — Existem dois tipos de momentos em nossas vidas, aqueles que causam saudade e os que trazem dor. — Falo e respiro fundo, minha avó sorri levemente e me entrega um pedaço de bolo. — Deveria comer um pouco, foi feito com fubá, receita do seu pai Joseph. — Ela fala e pego um garfo, cortando um pedaço do bolo e o comendo. — E então? — Delicioso, vovó. — Respondo e Cassandra sorri animada. — Não se preocupem, vou ajudá-los com as contas da casa e a escola da Catarina. Não quero que tenham dores de cabeça e possam aproveitar cada segundo de suas vidas. — Obrigada flor de Lótus, você é uma preciosidade. Agora coma tudo. — Sorri de lado e segue em busca de seu esposo. Ele está observando o milharal, ela se põe ao seu lado e deita sua cabeça sobre seu ombro caído e os dois suspiram e sorriem um para o outro. Deixo o bolo de lado, pois meu estômago revira. Naquela noite não fui capaz de dormir muito bem, além de Catarina rir parte da madrugada inteira em seu celular com amigas de escola também me perguntava o que poderia fazer para ajudar meus avós, nada passou em minha cabeça além da terrível ideia de trabalhar como assistente de Anthony. Pela manhã eu me levantei, retirei minhas roupas e entrei em baixo do chuveiro e deixei que a água caísse pelo meu corpo e minha mão ferida ainda ardia. Não fiquei muito tempo ali por conta do sistema de abastecimento, mas antes de me enrolar na toalha eu me vi olhar para o meu corpo pela primeira vez depois de tanto tempo. Eu chorei e me pedi perdão por ter lhe feito tão m*l por anos. Nunca irei diminuir a dor que sentia naquele tempo, era real e realmente machucava como qualquer outra. Sophia e Bianca nunca me trataram diferente por não termos o mesmo padrão de corpo, afinal elas viviam guerras íntimas assim como eu. Sophia estava coberta por dúvidas de um passado e Bianca presa pelos estigmas de sua mãe. Foram trinta quilos perdidos e inúmeras deficiências de cálcio, ferro e outros. Me canso facilmente, não posso ingerir nem mesmo um gole de bebida alcoólica ou perco a sanidade e alimentos fortes ainda me fazem vomitar. A comida não me faz feliz, ela me mágoa e essa foi a pior consequência para mim, pois eu amava comer. Coloco uma calça jeans escura, camisa social branca e allstar preto. Queria demonstrar uma certa maturidade para minha entrevista, apesar de não estar completamente certa de minha decisão ver meus avós passarem por dificuldades e não ajudá-los era impossível de suportar para mim, já que eles deram seu lar e seus cuidados para mim, simplesmente pelo amor que sentiam por Joseph. Ao me preparar para sair, meu celular vibra e um sorriso surge em meu rosto, eu as amava tanto e sentia saudades. Super Poderosas Sophia: Giiiiiiiiio!!! Bianca: A gente te amaaaaa!!! Natacha: Nos envie pãezinhos!!! Giovanna: Com certeza enviarei, pelos correios. Pode ser? Sophia: Quando chegar aqui será a pura farinha Panco. Sophia diz, mandando um gif com carinha emburrada. Sorrio e desço as escadas encontrando minha avó na cozinha, dando uma xícara de café para Miguel. — Gio, oi... — Ele sorri sem graça e retribuo da mesma forma. — Você está linda. — Fala e agradeço com a cabeça. Minha avó me olha, como se aguardasse que eu usasse as palavras. — Obrigada Miguel, pelo elogio. — Respondo e vovó sorri satisfeita, entregando-me uma xícara de café. — Estou de estômago vazio, não posso tomar café, vovó. — Coma! — Me entrega um pedaço de bolo e movo a cabeça em discordância. — Giovanna, está muito magricela, coma! — Ordena e me sento a mesa, pegando o tal pedaço de bolo e beliscando. — Acho que ela ficou feliz, por dizer que está magricela. Sempre foi seu sonho, não é Giovana? — Miguel indaga e o olho sem entender aquele comentário. — Estou indo vovó. — Me levanto e caminho para a saída, sendo seguida por ele. — Gio, ficou brava comigo pelo comentário que fiz? — Pergunta, segurando meu braço para que eu parasse. — Não Miguel, está tudo bem. — Digo, seguindo em direção ao Jipe que vovó havia me permitido usar para andar pela cidade. — Então por que está emburrada? Não era seu sonho ser magra como todas as outras garotas? Olha ai, você conseguiu! Deveria estar feliz. — Diz e sinto meus olhos arderem. Por que de repente ele estava tão distante dos meus sentimentos ao ponto de não entende-los? — Como eu posso estar feliz, Miguel? Olhe tudo que passei por essa ânsia em me tornar o padrão perfeito da sociedade. Não é algo para se comemorar, mas para sentir angústia. — Me desculpe, não tinha como eu saber que ainda sentia dor por isso. — Responde envergonhado e adentro o carro, me preparando para dirigir. — Gio, por que não me diz mais o que sente? — Porque antes de tudo acontecer, você me entendia sem eu precisar dizer. — Digo por fim, dirigindo rapidamente. Meus olhos ficam marejados e preciso parar o carro para limpa-los ou me causaria um acidente. Se eu pudesse escolher o fim entre Miguel e eu, gostaria que tivesse sido algo trágico, que ele houvesse me traído ou me machucado, pois saber que nunca daria certo dói menos do que a dúvida de nunca ter vivido. Passei todos estes anos em que estivemos longe um do outro, imaginando como seria ama-lo e viver ao seu lado, eu criei memórias e até mesmo me empanturrei delas de forma exagerada como fazia com a comida, adoeci meu coração e agora vivo lutando para jogar para fora cada uma delas. Passo pela porta de entrada do prédio empresarial, sigo até o elevador e subo pelos andares. A porta se abre e ainda não estou na agência onde Anthony era o dono, um senhor bem vestido se põe ao meu lado. Ele é n***o de cabelos grisalhos, muito alto e usa um terno cinza chumbo. — Para onde vai moça? — Pergunta e olho para cima, me sentindo uma formiga. — Vou a agência de publicidades, tenho uma entrevista lá. — Digo, abraçada a uma pasta. Eu havia trazido currículos e alguns documentos, como diploma da faculdade e de cursinhos que havia feito, um deles administração e quarenta horas de comunicação interpessoal. — Sabe, não é algo que eu queira, mas preciso do trabalho para ajudar os meus avós. — Falo e ele me olha, ajeitando os óculos. — Por que não iria querer trabalhar na agência de publicidade deste prédio? Não acha um bom negócio? — Na verdade, o dono que é insuportável. Ele é extremamente arrogante, se acha a última bolacha do pacote e só porque é bonito pensa que pode mandar em todo mundo. — Confesso e o homem move a cabeça em desaprovação. A porta se abre e Anthony está a frente bebendo café em um refil e nos observa com os olhos arregalados. — Pai, o que faz aqui? — Indaga o homem e meus olhos também se arregalam, olhando para a grande burrada que eu havia acabado de cometer. Talvez eu não seja contratada dessa vez.
Leitura gratuita para novos usuários
Digitalize para baixar o aplicativo
Facebookexpand_more
  • author-avatar
    Escritor
  • chap_listÍndice
  • likeADICIONAR