08° Resolvendo

1093 Palavras
NARRADO POR LUÍZA Eu não posso acreditar. Ele não pode ir! Eu andei tão ocupada essa última semana que esqueci de falar com o chefe dele. Eu não me imagino andando por aí com outro segurança. Eu gosto do Hayd perto de mim. Mesmo com aquela cara amarrada e a chatice dele, a gente se entende. - A culpa é minha, Hayd. Me desculpa. Eu não...- Ele me corta. - Já passou. Tenho certeza que vão arrumar alguém bem capacitado e de confiança, não precisa se preocupar. - Decidi mudar de assunto por que eu mesmo irei resolver isso, e não é com o Hayd. - Que dia eu vou poder ir pra casa? - Amanhã. Você precisará ficar de repouso durante sessenta dias. A Hellen vai ficar na empresa, tenho certeza que vai fazer tudo como você faria. - não tenho dúvidas. Minha família sabe que estou aqui? - Eu não avisei, Luiza. - Que bom! Muito obrigado. - Só estou fazendo o meu trabalho! - Ele fala e eu engulo seco com o seu tom de voz. (....) Hoje faz dois dias que estou em casa. A dor do corpo aumentou muito mais , eu não consigo nem dormir direito e isso é um saco! A Helen está vindo me visitar pelo o menos três vezes durante o dia e eu agradeço a Deus, por ter me dado uma amiga tão incrível. Conversei com a empresa de segurança bem capacitado e consegui com que Hayd fique comigo até a segunda ordem. O problema é que eu ainda não conversei com ele, não sei se vai querer continuar comigo ou prefere ir embora, pois eu sempre dei muito trabalho a ele. Porém oque eu mais quero é que ele renova o nosso contrato. Hayd, foi até a portaria pega algumas encomendas e agora que está de volta, estou vendo ele cozinhar o nosso jantar. Eu achava que não tinha como ele ficar mais lindo, porém estou vendo que me enganei. Estou sentada em um dos bancos do balcão e estou pra morrer de dor, mais eu preciso conversar com o Hayd. Ele está tão distante dês do hospital. Eu odeio isso. - A gente pode conversar? - Você é quem manda aqui! - ele responde sem me dirigir o olhar e contínua a cortar as suas verduras. - Eu odeio isso, Hayd. Odeio ficar assim com você. No começo era um prazer brigar com você, mais agora não. A gente é amigos e também ...... - Você é a minha patroa e eu sou seu segurança. Estou aqui pra te proteger! - Eu quero saber se você quer continuar trabalhando comigo.- Falei por fim, matando toda a ansiedade que estava guardada dentro de mim. - Eu quero ter você aqui! quero vê essa sua cara todos os dias e quero ter você implicando por tudo que faço. Eu quero renovar o nosso acordo. Quero fazer um novo contrato se você também quiser. Sem pressão nenhuma. - Falei e fico observando ele parado enquanto olha para suas verduras cortadas sobre a tábua. Passa segundos, minutos e nada dele me olhar ou falar algo. - Vou deixar você pensar tá bom?- falei descendo do branco, xingando mil e um palavrões pela a dor. - Vou tomar um banho. - falei me retirando da cozinha e andando até o quarto. Ele não vai ficar. Eu estou sentindo isso. Oque ele faria aqui? tá cansado de mim! eu fui i****a em ter falado com a empresa antes de conversar com Hayd. Que boba eu sou. Pensei somente em mim, nos meus sentimentos e não no que ele possivelmente queria. Eu sou uma boba. Entrei no banheiro já sentindo a falta que ele fará daqui a dois dias. Eu quero tanto uma resposta dele. (...) Depois do banho eu escolhi ficar aqui no quarto pensando um pouco sobre as últimas coisas que me aconteceu. Meu pai, o Presidente Verly, está em uma viagem, minha mãe está morando em uma de suas casas e meus irmãos devem está lambendo o chão da empresa. Ninguém me manda uma única mensagem e as que eu mandei foram ignoradas. Que família. Batidas na porta fazem eu sair do transe e logo vejo a cabeça do Hayd aparecer um pouco. - Já está tudo pronto. - Já estou indo. - Quer ajudar? - concordei com a cabeça e vejo ele entrar de vem em meu quarto. Uma de suas mãos vão para a minha costa e me ajuda a sentar do coxão, me deixando agora sentada. Tomamos cuidado e me levanto de vez. - Obrigado. - Agradeci e seguimos para a cozinha. Nós sentamos, colocamos a nossa comida e ficamos em silêncio por um bom tempo. Quando estava saindo da mesa a voz dele chega em meus ouvidos como um sussurro. - Não acho que seja uma boa ideia. - Oque? - Não acho que seja uma boa ideia renovar o contrato. - Você está cansado de mim, né?- ele abaixa a cabeça e nega.- Então por que? foi por que eu saí sozinha e aconteceu a agressão? - Sentimentos. Os sentimentos atrapalham o meu trabalho. - Você gosta de mim! - Eu afirmo e vejo ele passar a mão em seu cabelo. - Eu também gosto de você, Hayd. Isso não devia ser complicado. - Estou aqui para a sua segurança. - Para de ficar repetindo isso! Já passamos dessa fase e você sabe. - Dês de quando? - ele pergunta e eu fico confusa. - dês de quando oque? - Dês de quando gosta de mim? - dês da viagem que fizemos para Boston. - Mais isso foi logo quando eu comecei a trabalhar. - Foi exatamente seis meses, depois da sua contratação. - falei olhando para os meus pés um pouco envergonhada. - A gente não pode, Luiza. - Por que? - Por que isso tudo é complicado e não temos nada haver um com o outro. - Então você vai embora? por causa disso? - A gente não pode, Luiza. Eu não sou homem pra você e você vai perceber isso. -Entao você realmente vai embora?- Eu me odiei por fazer aquela pergunta, por que senti meu coração se partir em mil pedaços quando ele concordou com a cabeça.- Não sei que m***a eu estava pensando quando decidi vim falar com você sobre isso. - Resmunguei. - Se é isso que você quer, tudo bem. Obrigado pelo o jantar, a comida estava ótima. Tenha uma boa noite. - falei e me retirei daquela sala de jantar. Que d***a!
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