Até a casa de campo

1321 Palavras
— Hum… Delicioso!— Suspirou Claire, enquanto comia um pedaço do delicioso bolo de milho preparado pela empregada da casa. Tanto Ellie quanto Odete arquearam a sobrancelha. — Está falando do bolo ou do tal homem que você conheceu na festa da uva em SunFlowers do Sul?— Provocou Ellie. — Acho que a aventura do final de semana me abriu o apetite.— Claire abafou a risada com uma das mãos. — Bom, você ainda não me contou os detalhes.— Observou Odete. Ellie não opinou. Não tinha certeza se queria saber tanto. Já Claire parecia bem empolgada para contar tudo. — Como eu já disse, nos conhecemos na festa da uva. Esse homem tem uma exportadora de vinhos e comprou recentemente uma vinicultura lá em SunFlowers do Sul. — Conta a parte que vocês se conheceram.— Pediu Odete, curiosa. Claire mordeu os lábios, relembrando nitidamente da noite em que o conheceu. Alex tinha os seus trinta e dois anos e trabalhava naquele ramo desde os vinte e cinco. Tudo relacionado ao vinho chamava a atenção do Alex, e foi exatamente o que aconteceu quando Oliver, seu amigo de infância, o convidou para a tradicional festa da uva em SunFlowers do Sul. Quando os dois homens chegaram, tocava a conhecida tarantela italiana, com os casais sapateando nas uvas. Entre eles estava Claire, que se divertia com um amigo. Ela paralisou assim que viu Alex chegar. Alex a percebeu logo depois, também ficou admirado com a beleza da menina. A garota estendeu a mão na direção dele, Alex aceitou, subindo no balde das uvas. Os dois dançaram juntos, em sintonia. Claire sentiu o tempo parar no instante em que os olhos do Alex encontraram os dela. No final da festa, os dois foram para uma das adegas que tinha pela vinicultora, nas terras do Alex. Ele estava sobre ela, os dois deitados no chão. Talvez estivesse frio, mas devido a quantidade de vinho que beberam, os dois corpos pareciam pegar fogo. Quando se encostaram sem roupa, praticamente entraram em combustão. Alex tateou e beijou cada ponto sensível do corpo dela. Primeiro, a barriga magra. Depois, pousou no meio dos s.eios femininos, antes de envolver um deles com a boca. Claire pressionou as pontas dos dedos nas costas dele, enquanto se contorcia por debaixo de seu corpo grande. Do lado de fora da adega, a chuva era torrencial. Alex habilmente se movia por cima da garota, o seu quadril chocava contra o dela a medida que o seu m****o grande e rígido adentrava a carne macia dela. Ele tapou os próprios gemidos e também os de Claire com um beijo longo. Passaram muitas horas ali, e alcançaram o ápice mais de uma vez. Claire ainda lembrava de cada detalhe do acontecido. De cada beijo que ele deixou por seu corpo, de cada toque, de todos os minutos que ele a fez explodir. Ainda contando para as suas ouvintes, Claire sentia as bochechas arderem novamente. — Você é maluca, Claire.— Ellie levou a mão a boca, ainda pasma.— Rolar com um homem que nem conhece, em uma adega. — Não me julgue. Eu me apaixonei no momento em que coloquei os olhos nele e não me arrependo de nada do que fiz.— Claire suspirou, em seguida.— Eu só espero poder encontrar com ele novamente. No outro dia, ao acordarmos, ele se despediu e foi para outro lugar, não faço ideia onde. — Tudo bem, não vou te julgar. Mas ao menos se protegeu? — Claro. Acha que sou alguma irresponsável?— Rebateu a outra, irritada. — Meninas, por favor.— Odete achou melhor interferir.— Eu acho melhor mudarmos de assunto. — Não me leve a m*l, Claire. Eu só me preocupo com você. — Deveria se preocupar mais consigo mesma. Já parou para pensar que pode deixar de estar vivendo um grande amor por estar mais preocupada em implicar com Peter Fernsby? Ellie piscou os olhos, confusa. — O que Fernsby tem a ver com essa conversa? — Tem tudo a ver. Esse homem mexe com você, Ellie, e não é de hoje. Eleanor ficou de pé com um pulo, lançando o seu melhor olhar fuzilador para a outra. — Não fale do que não sabe. E por favor, o nome de Fernsby é proibido aos meus ouvidos no café da manhã. Não quero ter uma indigestão.— Ellie deixou a sala de café da manhã. — Ela está em negação.— disse Claire para Odete. Ellie aproveitou a deixar para dar uma volta de carro. Aquele dia deveria ser o seu dia de descanso, já que estava de folga, mas a sua cabeça não parava um minuto. Por que Claire e Odete insistiam que ela tinha algum sentimento por Peter? Suas mãos suavam frio, ela sequer conseguia controlar o volante, quando um carro repentinamente se colocou em sua frente, para cortá-la. Ellie não conseguiu parar a tempo. A garota deixou o carro, nervosa. Com certeza a outra pessoa gritaria sem misericórdia. — Claro! Tinha que ser você!— Exclamou Peter, furioso ao descer do carro. — Seu cretino! Foi você quem me cortou. — Se você não fosse uma barbeira… Indignada, Ellie caminhou na direção dele como se cuspisse fogo. — Você é um irresponsável. Não sei como conseguiu tirar a carta de habilitação. — Você entende mais de vacas do que de carro.— Retrucou Peter. — Eu retorno essa afirmativa para você.— Ellie cruzou os braços, o desafiando a falar outra coisa. Peter não perdeu a oportunidade de esboçar o seu melhor sorriso insinuante. — Se estiver se referindo a minha saída com Sasha, vou achar que está com ciúmes. Ellie riu com desdém. — Você é ridículo e muito pretensioso. Se enxerga, Fernsby. Peter deu mais um passo para a frente, no intuito de encurralá-la. Ellie tentou se desvencilhar, mas acabou chocando as costas contra a frente do seu carro. Peter se divertia sempre que a via sem jeito. — Você parece muito estranha ultimamente, Ellie. Alguma coisa te incomoda? — Você me incomoda.— ela projetou o rosto para a frente, passando por cima do próprio desconforto. — E já se perguntou o porquê de eu te incomodar tanto assim? Ellie franziu o cenho, não entendeu onde ele queria chegar com aquela pergunta. Nem o próprio Peter saberia responder. Apenas a sensação de vencer um pleito com Ellie lhe era suficiente. — O que isso significa? — Só foi uma pergunta, Eleanor. — Não vou perder o meu tempo discutindo com você. Chame o reboque e acertaremos o prejuízo do acidente. Peter fez o que ela pediu. — Quanto eu te devo? — Uma carona me basta. Afinal de contas, a sua lataria foi apenas amassada.— Respondeu Peter. Ellie revirou os olhos, não tinha como se livrar disso. Os dois entraram juntos no carro. — E isso porque eu saí de casa porque pretendia ter paz.— Resmungou Ellie. — Talvez uma caminhada te fizesse melhor, não é? Pelo visto você não é muito hábil no trânsito para dirigir de cabeça cheia. Ellie pisou no freio com força ao ver o sinal vermelho e não evitou se divertir com o solavanco que Peter deu para frente. Embora os fios loiros tenham ficado totalmente desalinhados, Peter não se mostrou afetado. — Onde quer que eu te deixe? — Eu estava indo até a minha casa de campo. Ela arregalou os olhos. Não era como se Londres fosse uma cidadezinha do interior onde tudo era muito próximo. — Você só pode estar de brincadeira.— ela resmungou. — Bom, eu teria ido por mim mesmo, se não tivessem batido no meu carro.— ele a lançou um olhar lateral. Ellie bufou, irritada. — É melhor começar a dirigir, Eleanor, daqui para lá é estrada.— Provocou. Ellie não tinha opção. Precisaria acompanhar Peter Fernsby em sua trajetória até a casa de campo.
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