Capítulo 1 - Jeito certo de terminar o dia

3427 Palavras
Uma mão com unhas pintadas de preto metálico bateu no celular tentando desligar o despertador estridente, sons de passarinhos cantando muito alto, deveria trocar o som do despertador urgente. Se lembrando que deveria arrastar o ícone para baixo, arrastou seu dedo indicador até o final da tela finalmente desligando o despertador. Os olhos castanhos abriram lentamente, a vista embaçada implorando para ser limpa para não causar mais irritação do que está. Suspirando forte, ela saiu da cama calçando suas pantufas de coelho preto. Seu cabelo preto bagunçado em um coque malfeito balançando um pouco com mínimos movimentos. Agarrou seu celular e caminhou até o banheiro que consistia em um chuveiro, pia, prateleiras, tapetes e uma banheira. Tirando seu pijama preto com mangas que tinha uma frase escrita na frente 'me acorde e irei te esfolar vivo', quem não compraria uma camisa assim? Botou seu celular em cima da pia e entrou no chuveiro, passando xampu vegano e condicionador, infelizmente seu cabelo não aguenta produtos com sal. Limpou a pele morena, depois de alguns minutos longos, saiu do chuveiro secando seu cabelo longo que chegava até metade das costas. *Blink* Em um segundo sua mão agarrou o celular, ignorou as gotas de água que caiu na tela de vidro. Agora totalmente acordado percebeu o horário, 7:40 da manhã, checou o dia da semana, sábado. Ela ficou parada por um momento, quem diabos botou um despertador para tocar 7:20 da manhã? Oh, foi ela mesma. Esfregando a testa irritada, correu para as mensagens se tinha algum evento hoje, por que ela tem memória curta para coisas menos importantes?! Evento: Festa no café, chegar às 8:30. Droga. Bolo. Caramba. A vida. Caranguejo. Demorava uma hora e meia para chegar no café onde trabalha, tinha pouco tempo para se arrumar. Pegou um pente de madeira que estava na gaveta da pia, começou a pentear o cabelo enquanto deixava seu corpo se secar sozinho, o que não dá muito certo e demora. Espera, de onde saiu o caranguejo? Esquece, ninguém quer saber. Correndo de volta para o quarto secando tudo, quase tropeçou nas suas próprias pantufas. Agarrou uma blusa preta com mangas, calça jeans azul escuro com joelhos rasgados, meias pretas para botar junto com um par de botas marrom escura novas. Passou a mão no cabelo fazendo uma franja, pegou uma pequena mochila de couro cor vinho da cadeira, ainda não sabe como durou sete anos ou até mais. Voltando para o banheiro, pegou máscara de creme para passar no rosto, depois passou batom de cacau para não deixar seus lábios finos ressecados. Se olhando no espelho, cabelo estava pronto, roupas simples e combinando, tudo certo. Desligou as luzes, pegou sua mochila correndo para fora do seu apartamento, claramente trancando a porta. Têm 20 minutos para chegar a cafeteria sem atrasos, olhou para todos os lados procurando por um taxi ou uma carona, se não tem que sair correndo, dando 10 minutos de atraso. Bufando irritada, começou a correr no meio da multidão de pessoas matinais ou ainda sonolentas. Diminuiu os passos quando passou por uma certa loja específica, diminuiu a respiração que estava rápida demais, belas lâminas estavam na vitrine. Depois de alguns segundos desviou a atenção voltando para a correria, infelizmente não podia dar uma olhada dentro da loja, teria também que esperar pelo próximo pagamento. 7 minutos restantes, parou vendo o sinal vermelho. Recuperou o fôlego de novo ignorando os olhares estranhos lançados a ela, pegou o celular depois de sentir vibrar na mochila. A melhor amiga do mundo: Cara, cadê você? Temos que ter nossa organizadora principal! Revirou os olhos, podiam muito bem fazer isso sozinhos. Era só botar os enfeites nos lugares certos, não parece difícil. Independente: Me dê mais alguns minutos, por enquanto verifique se têm tudo em ordem quando eu chegar. O sinal ficou verde, dessa vez começou a dar passos rápidos e longos, ficando incomodada com o calor no pescoço, pegou um elástico no bolsa da frente da sua calça e amarrou seu cabelo em um r**o de cavalo. Já via a rua que ficava a cafeteria em que trabalhava, 2 minutos restante, tirou o nervosismo da mente, não faria m*l chegar alguns minutos atrasada, seria no máximo 3 minutos atrasados. Tinha um pouco de suor na pele, agradeceu ao clima que estava frio, se não ela estaria quente e coberta de suor indesejável. Botando uma expressão neutro no rosto, chegou em frente da cafeteria. Um prédio de dois andares, paredes cor creme e branco, madeiras escuras nos telhados, uma placa escrita ‘Café e confeitaria’, metal pintado de ouro grudada nas letras e madeira dando pequenos detalhes de desenhos. Pode parecer um nome comum, mas era bastante conhecida pelas suas comidas, doces, decorações diferentes, principalmente os bolos encomendados. Quem era a cabeça da imaginação? Ela, Scarlet Johansson, a pessoa que chegou atrasada por 3 minutos. Uma mulher de vida mediana, tem comportamento estranho, mas amigável, para quem não a conhece muito pode intua-la de maluca, mas para quem a conhecer de dentro para fora, é uma humana mais simpática e entendedora possível sobre sentimentos. - Scarlet! Chegou bem na hora, precisamos da sua ajuda para deixar tudo impecável! - Um homem saiu da cozinha, cabelo castanho raspado de um lado, olhos azuis, pele beijada pelo sol, um corpo construído deixando-o em boa forma. Infelizmente para as mulheres, ele era gay. Já recebeu vários preconceitos por causa de ser um, mas os amigos estavam ao lado dele, protegendo-o de qualquer coisa. Também era casado, os dois são donos desse café famoso e maravilhoso. - Poderiam ter feito sozinhos...- Scarlet resmungou limpando as botas no tapete. - Em dez minutos tudo estará pronto - botou sua mochila em uma das mesas livres, os outros estavam sendo limpos ou tinham enfeites em cima. Olhou em volta primeiro, onde deve começar para começar a pegar ideias. Seus olhos bateram na parede e depois para os pôsteres de estilo arte moderna, um bom começo. Agarrou os quadros com ajuda da sua melhor amiga, Stella, uma mulher de cabelo curto loiro pálido, olhos escuros, pele clara com algumas sardinhas no nariz, tem 30 anos, mais velha que Scarlet, mas ninguém liga, são melhores amigas e ponto final. - Uhmm... Por que está usando muitos anéis? - Stella questionou finalmente percebendo a mão de Scarlet quase brilhando com a quantidade de anéis em cada dedo. - Não sei, sinto que vou precisar deles mais tarde. - Scarlet encolheu os ombros colando um quadro na parede com fita dupla face. - Melhor tirar agora, não vai precisar disso aqui. - Stella sugeriu recolhendo as fitas vazias que estavam no chão, jogou no lixo mais próximo que tinha. - Ok. - Scarlet murmurou tirando todos os anéis e botá-los no bolso da sua mochila. Indo para próxima mesa onde tinha flores falsas azuis e amarelas montadas em um vaso de plástico pequeno em formato de um retângulo em pé, ao lado tinha toalhas de mesa pretas, jogou três para Stella que pegou sem problemas, quatro para Josh, outro amigo que estava ajudando no segundo andar. Josh é um homem alto, cabelo castanho espetado, olhos verdes, pele escura, corpo magro não com muito músculo. Bem simpático e inteligente, visita os amigos quando não está ocupado no laboratório químico, trabalha em tempo livre na cafeteria. Claramente uma pessoa que gosta de trabalhar. Scarlet botou as flores nas mesas deixando um cubo transparente acrílico em cima, o tema da festa era moderno, então tudo tinha que estar seguindo de acordo. Os uniformes já foram escolhidos, todos estão empolgados para ver o que era. Marcando os 10 minutos, tudo ficou pronto. Tiraram os lixos espalhados rapidamente. - Certo, gente! - O dono da cafeteria chamou atenção de todos. Era o homem que tinha pedido ajuda de Scarlet, seu nome é Brian Jones, marido de Anthony Jones, segundo dono ou gerente da cafeteria. - Os clientes vão começar a chegar daqui vinte minutos, os uniformes já estão nos vestiários. - Avisou alegre. - Qualquer problema é só me chamar ou chamar Sarah. - Anthony disse calmo. Sarah Jones, uma adolescente de 15 anos. Cabelo ruivo escuro ondulado, pele morena, olhos castanhos, uma marca de nascença no lado direito do pescoço. Poderia dizer que é igual aos pais, Anthony tem cabelo ruivo claro e pele pálida, Brian tem a pele beijada pelo sol. Os dois amaram a criança assim que botaram os olhos nela quando foram a um orfanato, sempre sonharam em ter uma filha, e aqui está eles juntos como uma família unida. - Vamos! - Stella pulou animada, arrastou Scarlet para o vestiário feminino. - Como Scarlet a aguenta tão animada? - Um homem jovem perguntou a Josh que tinha um olhar divertido. - Se conhecem desde o ensino médio, Scarlet tem um talento para aguentar pessoas como ela. - Josh respondeu antes de ir ao vestiário masculino. . . - Isso... isso são ternos! - Stella gaguejou maravilhada. - Meu Deus, nunca vi uma coisa tão linda e refinada, bem que eu queria levar para casa. - Fez beicinho enquanto tirava a blusa que estava usando. São ternos de 3 peças completas sem gravata, tecido preto macio, mas para outros eram cores diferentes mudando para azul marinho, branco e cinza. - Por que recebi um de cor vinho? - Scarlet perguntou a Sarah quando percebeu que era a única com essa cor. - Não sei, pai disse que você tentaria alguma coisa diferente. O que ele não está errado. - Sarah respondeu dando de ombros. - Sim, ele não está errado. - Scarlet sorriu maliciosamente, um plano maligno surgindo em sua mente. Sarah levantou uma sobrancelha sabendo que aquele sorriso pode significar algo r**m ou bom, deu meia volta voltando para cozinha ver seus pais ou ajudar a preparar alguma coisa simples de lanche para os funcionários. Ninguém funciona sem comida, ainda por cima ficar m*l-humorado, não precisam assustar mais um cliente mais uma vez por causa disso. Agarrou dois rolos de gaze, Scarlet endireitou as costas e esticou os braços, passou em volta do peito. Tirou o elástico do seu cabelo deixando-o solto, pegou duas presilhas pretas para não aparecer, puxou o lado esquerdo deixando o cabelo pendurado de um lado. Pegou a camisa social preta com um desenho de dragão chines dourado na manga esquerda, tem nos outros também, só que em lugares diferentes. Tirou sua calça jeans azul e trocou por uma calça social vinho, colocando um sinto preto simples que estava usando. Estava confortável e justo em seu corpo, tinha que concordar com Stella, seria legal levar para casa. Pegou o colete com correntes douradas e tecido vinho, passou nos braços encaixando perfeitamente no corpo, fechou os botões prateados até o peito agora plano. Buscando pela sua mochila velha que parece nova, pegou um anel preto com formato de estrela, colocou no dedo indicador. Se olhou no espelho verificando se tem alguma coisa faltando, Scarlet se parecia com um homem agora, elegante e independente. Dobrou o paletó que teria que usar, mas decidiu não, botou gentilmente de volta ao armário. Estava pronta para trabalhar e talvez enganar algumas pessoas com sua aparência. - Uau... Você fez um bom trabalho...- Stella elogiou impressionada quando sua melhor amiga saiu do vestiário, Scarlet parecia aqueles homens de revistas de moda. - Qualquer um que não te conhece vai pensar que é um homem. - Acrescentou. Josh assobiou vendo sua amiga bem-preparada. - Eu deveria ter trazido meu celular para gravar, vai enganar muitas pessoas assim. - Suspirou triste, seu celular ficou no vestiário. - É só depois ver as câmeras de segurança, se não tiver nenhum problema. - Scarlet olhou para Anthony. - Não tem, eu também vou ver depois. - Anthony fez um gesto desleixado com a mão dizendo que está bem. - Pai, pode virar a placa? - Sarah perguntou vendo clientes esperando para entrar. - Claro, se preparem. Scarlet, não queremos mais um cliente assustado. - Anthony avisou fulminando a mulher que fez uma expressão inocente. - Não prometo nada. - Scarlet fez um sinal de paz fazendo todos suspirarem. - Bem-vindos. - Sarah abriu a porta de madeira com vidro personalizado. - Só seguir um dos garçons que irá levar a uma mesa. - Instruiu aos novos visitantes. - Bom dia, mesa para dois? - Stella pegou seus primeiros clientes. - Sim. - O casal confirmou. - Certo, é só me seguirem. - Stella deu um sorriso gentil antes de guiar eles dentro da cafeteria. A cafeteria começou a encher, afinal era um evento espero a semanas. O primeiro andar já está cheio, então começaram a levar os clientes para o segundo andar, lá em cima cinco funcionários cuidavam para não deixar o andar de baixo vazio, sete funcionários cuidavam do primeiro andar em troca por ser mais movimentado. - Estão prontos para fazer os pedidos? - Scarlet perguntou educadamente a uma família que trouxera duas crianças. Algumas mulheres coraram com pela aparência do garçom, ah se elas soubessem. - Como pode ser tão bonito? - Um garoto perguntou maravilhado, a garota ao lado dele também estava. Tinham por volta dos 8 a 9 anos. - Desculpe amiguinho, eu mesmo não sei a resposta. - Scarlet sorriu bagunçando o cabelo do garoto que fez uma careta. - Seria um bom pai. - Uma mulher sussurrou. - Perfeito. - Outra concordou. Scarlet ignorou os sussurros hilários e anotou os pedidos, foi até a cozinha botar o papel no lugar de pedidos, tinha 5 cozinheiros trabalhando intensamente, isso inclui Anthony e Brian cozinhando e Sarah decorando os doces feitos. Depois foi para uma tela que tinha ao lado para anotar os pedidos e juntar quanto tudo vai custar no final, Josh estava fazendo o mesmo na outra tela. - Pode cuidar de um cliente que está causando cena? Não aguento fazer isso. - Josh perguntou cansado, andar para o lado e outro, lembrar de pedidos cansa rápido. - Claro. - Scarlet assentiu terminado de anotar no sistema, fechou a tela e seguiu para área onde ouviu uma gritaria, todos estão silencio vendo um homem reclamando em plenos pulmões como se o mundo fosse o ouvir. - Senhor? Qual é o problema? - Scarlet perguntou com um sorriso sem emoção, Stella e outros funcionários se afastaram rapidamente sabendo que aquele sorriso significava perigo. - Não vou pagar cem dólares por uma coisa que pedi! Isso é roubo! - O homem deu um grito cheio de raiva para ela achando que vai assustá-lo. - Me deixe ver a nota. - Scarlet estendeu uma mão, em vez de entregar, quase caiu no chão quando a nota foi empurrada com força. O sorriso desapareceu imediatamente, os olhos leram as palavras escritas digitalmente. - Senhor, você pediu a moda da casa que é um conjunto de quinze sanduiches personalizados do seu gosto, isso custa cinquenta dólares. Depois pediu três xicaras de café importado acrescentando mais vinte dólares, cheesecake, dezenove dólares mais os serviços que escolheu completando cem dólares no total. - Scarlet deu uma resumida, um sorriso maligno apareceu no rosto deixando o cliente tenso. - Não pense que eu não sei sobre você, já apareceu nas redes sociais fazendo cena em outros lugares. Pague agora ou vou chamar a polícia. - Scarlet disse severamente. - Isso é uma ameaça? - Ele questionou nervoso, as mãos tremendo levemente. - Não, uma promessa. - Scarlet apontou para o caixa enquanto o fulminava com seu olhar dizendo ‘vai logo ou vou bater em você.’ O homem correu para o caixa, a funcionário trabalhou lentamente gostando de ver a situação como fosse um dos vídeos do Youtube. - Vou te acompanhar até a saída. - Scarlet se ofereceu deixando-o mais nervoso que está. Quando ele botou os pés para fora, correu para longe. - Nunca mais volte! - Acenou entusiasmada. - Não deveria ser ao contrário? - Pulou surpresa não esperando alguém falar ao lado dela. Olhou para baixo encontrando uma criança de 14 anos, cabelo levemente preto com prateado, olhos azuis, pele clara. As roupas indicavam que pertencia a uma família rica, Scarlet franziu a testa quando percebeu uma marca roxa no pulso. - Por que está sozinho na rua? - Perguntou olhando para todos os lados não vendo nenhum casal ou responsável procurando desesperadamente atrás de uma criança gritando ‘filho! Cadê você?!’. - Estava fugindo. - O garoto olhou para os pés. Scarlet suspirou, não vai obter uma resposta concreta tão cedo. - Venha, vamos cuidar desse machucado. - Estendeu uma mão para ele pegar. A criança olhou por um tempo desconfiado, relutante pegou a mão ‘dele’. Scarlet o levou para dentro, foram para sala de descanso. - O que gosta de comer? - Scarlet perguntou enquanto procurava um kit de primeiros socorros. - Por quê? - O garoto questionou com uma carranca no rosto. - Para você comer, duh. - Scarlet revirou os olhos, finalmente achou o kit de primeiros socorros em uma gaveta. Pegou o garoto de baixo dos braços botando-o em cima do sofá, tirou um rolo de gaze e um lápis que guardou no bolso. - Seu pulso. - Pediu. Ele estendeu o braço, estremeceu de dor com um pequeno movimento. Ela botou o lápis pequeno de baixo do pulso e começou a enrolar a gaze para manter firme. Não se sabe se está quebrado ou só torceu muito f**o, é melhor remediar do que sofrer as consequências mais tarde. - Bem, vou trazer um sanduiche para você. Qualquer coisa tem um banheiro ali. - Scarlet disse levantando-se, saiu deixando a criança sozinha. - Estranho... - Garoto murmurou ligeiramente confuso. - Onde esteve?! Pensei que foi sequestrada depois daquele homem estranho foi embora! - Stella balançou sua amiga para frente e para trás. - Encontrei uma criança sozinha na rua, deixei ele na sala de descanso. - Scarlet respondeu pegando um sanduiche embalado da geladeira, reservado para funcionários. - Coitado... - - Stella! - Ouviu Josh a chamando. - Tenho que voltar, chefe disse que você pode ter um descanso. - Stella avisou antes de sair apressada. Scarlet balançou a cabeça com um sorriso divertido nos lábios, voltou para sala de descanso encontrando a criança estranha olhando em volta. - Então, poderia me dizer por que estava fugindo? - Questionou entregando um sanduiche para ele, recebeu um aceno dizendo não. - Pode confiar em mim, não farei nada de errado. - Scarlet prometeu dando um olhar sincero. - ... Pessoas malvados tentaram me s********r quando estava junto com meu pai, fomos atacados e fui separado dele. Corri até perder o caminho de volta... - Ele respondeu abrindo a embalagem lentamente. - Vou te levar os policiais...- - Não! Sem policiais! - Garoto exclamou. - Ok, sem policiais. - Scarlet levantou os braços em rendição. - Vou terminar de trabalhar e te levo para meu apartamento, na manhã seguinte te levo para sua casa. Combinado? - Propôs um plano. - Ok, senhor. - A criança concordou depois de pensar. - Além disso, sou uma mulher. - Scarlet disse fazendo os olhos azuis da criança arregalaram comicamente. - O quê!? Como... possível...- Ele gaguejou perplexo. - No mesmo jeito que acredito em fantasmas. - Scarlet riu saindo de perto dele. - Te vejo mais tarde, garoto. - Despediu indo terminar seu trabalho. . . - Bom trabalho pessoal. - Brian parabenizou todos pelo trabalho duro, só estavam arrumando a bagunça agora. - Como recompensa, podem levar os uniformes para casa. - - Tem certeza? - Um funcionário perguntou surpreso. - Claro, ajudaram bastante hoje. - Brian confirmou. - Sim! - Stella comemorou. - Vejo vocês na segunda-feira. - Scarlet se despediu dos amigos de trabalho e melhores amigos. - Não vai trocar de roupa? - Stella perguntou botando sua roupa normal para ir embora. - Não, estou com preguiça. Preciso também cuidar de outro problema, até mais! - Scarlet fugiu do vestiário. Foi para sala de descanso e encontrou a criança dormindo. - Garoto. -Chamou suavemente. - Tenho nome. - Ele resmungou abrindo seus olhos azuis sonolentos. - Oh, me diga. - Scarlet disse sarcasticamente. - Jayden...- A criança murmurou com um rubor nas bochechas. - Até que combina com você, mas não vai me impedir de te chamar de garoto. - Scarlet gargalhou maldosamente enquanto Jayden fez beicinho. - Vamos, vou te carregar, está de noite. - Arrumou sua mochila nas costas. Jayden aceitou o colo, ainda estava cansado disso tudo. Scarlet deu um suspirou suave saindo da cafeteria, será uma longa noite. Nunca esperou que seu dia iria mudar tanto.
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