Ethereum

1081 Palavras
Já havia escurecido a muito tempo, seguia o caminho sem pressa alguma, precisava de tempo para pensar no que ia fazer com Ethereum, eu precisa estar no chalé, para o selo que o aprisionava fosse quebrado com facilidade, quando o selo quebrar eu não tenho mais como voltar atrás, eu sabia que haveria grande consequência para o que eu iria fazer, libertar um demônio que odeia a humanidade na terra e sempre é uma péssima ideia.    Eu ainda lembrava com clareza, como ele lutou com toda sua força quando era apenas uma pré adolescente, por um golpe de sorte nós o vencemos, acho que minha sorte chegou ao fim naquele dia.      Eu conferi o gps, mostrando que faltava apenas poucos quilômetros para chegar ao antigo chalé da minha tia, sorri ao lembrar de tantas aventuras que passei ali. Isso me lembrava ainda mais de Aiden, era só por ele que eu estava fazendo isso. Mas eu sabia que a reação dele quando soubesse o que eu fiz, seria a pior possível. Entrei no pequeno caminho de terra que levava até o chalé, minha tia acabou se mudando dali quando outros demônios poderosos começaram a surgir no mundo, então agora seu chalé estava vazio, o que era ótima para mim, porque poderia ficar ali enquanto não me livrava de um certo demônio irritante, esconder meu segredo de todos, até estar pronta para falar a verdade, pode ver a entrada do chalé não muito longe. Estacionei o carro em frente ao chalé, sentindo minhas mãos trêmulas e suadas, eu espero que isso não seja um tiro pela culatra, eu esfreguei as mãos nas minhas pernas limpando o suor na calça. Por hora iria deixar toda a preocupação de lado, eu deixei o carro, pegando o celular no bolso, notando que o lugar estava ainda mais escuro sem o farol do carro, liguei a lanterna, a chave deveria estar escondida por ali em algum lugar. Sai a procura da chave, vendo debaixo do tapete, no meio das Pedras e dos gnomos de jardim, foi quando eu lembrei que a tia Rosalie, escondia uma chave reserva na pequena casa do pássaro. Fui até lá, conferindo o pequeno buraco que havia na casinha, peguei a chave, caminhando até a porta antiga de carvalho, eu lembrava dos inúmeros feitiços que protegiam ali, por isso não tinha certeza se funcionaria a invocação, eu empurrei a porta vendo que o chale continuava a mesma coisa só que um pouco mais empoeirada, muito empoeirado.    O chalé estava de certa forma em ordem, apenas a camada grossa de poeira era incômodo, depois de uma breve vistoria, eu tinha certeza que estava sozinha, por isso eu achei melhor para de enrolar, fui até o carro peguei o pequeno canivete que meu pai guardava no porta luva, com o canivete na mão e a outra o celular, eu caminhei de volta para o chalé.  Eu subi para o segundo andar, indo para o meu antigo quarto, eu não sabia ao certo o porque, mas algo me dizia para ir lá, quando cheguei na porta, eu abri, empurrando lentamente, uma energia estranha emanava do local, estava frio e sombrio, eu nem sequer lembrava ser assim.  Eu abri a galeria do celular, vendo o feitiço de invocação dele, respirei fundo, com o canivete eu risquei inúmeros símbolos no chão, todos eles desconhecido para mim, mas ao mesmo não estava escrito em outra língua, porque eu sabia muito pouco sobre as línguas demoníacas. Voltei os olhos novamente para a foto no celular, vendo as palavras em outra língua escrita em vermelho vívido, por sorte, eu conseguia ler mesmo sem entender o que dizia ali, a última coisa que eu tinha que fazer era deixar meu sangue cair sobre os símbolos amaldiçoados para o selo se quebrar, eu me preparei para fazer um corte em minha mão, pressiona o canivete contra a palma da minha mão enquanto lia o feitiço de formar um pouco embolada, afinal, eu não poderia dizer se realmente estava acertando a pronúncia, pode sentir repentinamente o ar ficar gélido, o suficiente para ver minha respiração, pode sentir a dor afligir minha mão, vendo o sangue fluir devagar, apertei deixando o cair sobre o círculo vendo o mesmo brilhar com um clarão. Pode ver as borboletas azuis saírem do clarão que havia no chão, eu levantei, me afastando do buraco que se abria lentamente, tudo ficou cinza a minha volta, as borboletas pareciam ainda mais azuis, eu pode ser a silhueta surgir do outro lado buraco que se abria, eu não conseguia ver direito, mas eu quase podia jurar que havia visto, Evan.  Repentinamente a silhueta sumiu, eu balancei a cabeça, afastando aquele pensamento sem sentido, não poderia ser, Evan, o buraco que havia no chão deixava o local cada vez mais frio, já podia sentir meu corpo c******r, mas repentinamente, eu senti os braços quente rodearem meu corpo, me apertando sem qualquer preocupação, eu por outro lado, m*l podia mexer meu corpo, fazendo ficar completamente apavorada.       – Oi, Three. Eu poderia conhecer essa voz em qualquer lugar, eu não pode virar meu pescoço como queria, por isso, ele tombou a cabeça para frente, encarando meu rosto, com um sorriso feliz, meu corpo trêmulo, Evan sorriu para mim, mostrando os belos dentes dele, ele se afastou de mim, indo em direção a buraco no chão.    – Evan? Ele olhou por cima do ombro, o sorriso em seu rosto se tornou perverso, eu não conseguia entender o que estava acontecendo ali, de repente uma forte energia deixou o buraco no chão, vindo em nossa direção, eu m*l pude respirar quando ela atravessou meu corpo, voltando para Evan.     – Three, sua cara está ótima, parece que você foi enganada.  Eu não podia acreditar, Evan se virou para mim, os olhos brilhando em dourado, o sorriso ficou ainda maior em seu rosto, vendo o desespero estampado em meu rosto, ele estalou os dedos, fazendo o ambiente voltar ao normal, o buraco no chão se fechou rapidamente. Ele fechou os mãos em punhos, respirando profundamente, ele comemorava isso era óbvio, eu deixei meu corpo cair, sentada sobre meus joelhos, eu o encarava.    –Surpresa! Ele gritou empolgado, minha cabeça girou, ele era o cara que havia me ajudado no meu primeiro porre, me consolou quando fui rejeitada, me levou na minha primeira festa de verdade, o cara quem eu havia tido a minha primeira transa, ele era o demônio que prometeu vingança e matar toda a minha família.
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