"Maldição! Quando será que colocaram esse estimulante na minha comida?", pensou Wesley, enquanto a água fria corria para a banheira.
Assim que se despiu, entrou na água, fechando os olhos na tentativa de recuperar o fôlego. "P***! Devo estar ficando louco!"
O CEO pegou o sabonete e tentou se lavar. No entanto, o desejo dentro dele era forte demais para ser contido. Mesmo após se esfregar vigorosamente, o calor em suas veias não diminuía, e a ânsia por uma mulher se tornava ainda mais avassaladora.
"Não aguento mais!"
Wesley saiu da água e se secou rapidamente. Sem vestir uma única peça de roupa, dirigiu-se à mulher que dormia na cama.
"Desculpe, moça. Mas você veio até aqui por vontade própria. Deve estar preparada para as consequências."
Com movimentos rápidos, Wesley removeu as roupas de Catalina, sem hesitar nem mesmo quando o vestido se rasgou ao meio.
As sobrancelhas da jovem se contraíram levemente enquanto Wesley começava a tocá-la. Sua mente subconsciente parecia se agitar toda vez que os lábios do homem encontravam sua pele. Mesmo adormecida, um pequeno gemido escapou de seus lábios.
O CEO ignorou completamente. Continuou a explorar cada centímetro do corpo da jovem, evitando apenas a área mais íntima. Enquanto podia, Wesley tentava conter seus instintos.
Porém, quanto mais o aroma natural de Catalina invadia seus sentidos, mais rápido seu coração batia. Cada vez que sentia a suavidade de sua pele, seu sangue parecia ferver.
"Aargh! Não dá mais!"
Wesley finalmente se rendeu ao desejo. Foi nesse exato momento que os olhos de Catalina se abriram.
Mesmo com a consciência ainda turva, seu cérebro registrou a dor. Ela fez uma careta e, instintivamente, tentou empurrar o homem para longe.
"Shhh... Volta a dormir! Ainda não terminei."
Wesley prendeu as mãos da jovem e acelerou o ritmo. Catalina mexia-se cada vez menos, seu corpo movendo-se no compasso imposto por ele, enquanto seus gemidos gradualmente se tornavam mais intensos.
Irritado, Wesley finalmente silenciou a boca da garota com um beijo. Ele não percebeu que aqueles sons abafados eram um protesto silencioso - o lamento de uma jovem que perdia seu bem mais precioso. Ele não hesitou em continuar até que os efeitos do estimulante finalmente se dissipassem.
"Engh..."
Catalina acordou com seu próprio gemido. Após piscar algumas vezes, seu rosto se contorceu de dor. Seu corpo doía, especialmente onde o CEO havia se movido repetidamente.
"O que aconteceu?" A garota revirou os olhos e suas pálpebras congelaram ao encontrar os braços que a envolviam firmemente.
"O que... o que foi que aconteceu?"
Ela se sentou e olhou ao redor, buscando as evidências da noite anterior.
Um colchão desarrumado, roupas espalhadas pelo chão, marcas íntimas por todo seu corpo, e... um homem dormindo nu ao seu lado.
Os lábios de Catalina tremeram de raiva.
"Seu depravado! Não bastava destruir minha casa? Ainda teve que tirar minha inocência? Por que não me mata de uma vez?"
A garota desferiu socos descontrolados. Não se importava se acertasse o rosto ou os ombros do CEO. Aquele homem merecia todo tipo de castigo.
"Ei..."
O homem que acabara de despertar franziu a testa. Não aceitava ser atacado daquela maneira.
Com força, Wesley agarrou os pulsos de Catalina e a imobilizou novamente.
"Pare!"
"Me solta! Um homem como você merece ser punido!"
Catalina continuou se debatendo, enquanto lágrimas escorriam de seus olhos vermelhos. Nesse momento, Wesley notou as marcas vermelhas no pescoço da garota. As lembranças da noite anterior invadiram sua mente. Em vez de soltá-la, o homem a silenciou e estreitou os olhos.
"Cala a boca!"
"Emh... emh!" Catalina continuou resistindo.
"Eu disse para calar a boca!" O homem, que nunca tinha gritado assim com uma mulher, esbravejou.
A garota, que nunca tinha sido repreendida daquela forma, encolheu-se imediatamente. Sem conseguir controlar sua respiração ofegante, Catalina encontrou o olhar do homem, carregado de ódio.
"Estou cansado dessa sua encenação!" Wesley disse com raiva. A garota abaixo dele franziu a testa.
"Até quando vai fingir ser vítima? Na verdade, é você que está causando todos os problemas", ele continuou, pegando um celular da mesinha de cabeceira.
"Olha aqui! Leia!"
A mensagem ameaçadora apareceu na tela. A testa da garota se franziu ainda mais. "O que é isso?"
Wesley riu secamente.
"Então ainda vai continuar com essa farsa?"
"Que farsa?"
O punho do CEO bateu no travesseiro ao lado da cabeça de Catalina. A garota soltou um pequeno grito e fechou os olhos.
"Admite! Você usou sua casa para bloquear nosso projeto e agora está tentando me enganar. Qual é seu verdadeiro objetivo? Quem está por trás de você?"
A garota balançou a cabeça. "Não entendo nada do que você está dizendo."
"P***! Você ainda n**a com todas as evidências? Como essas pessoas saberiam dos seus movimentos se você não estivesse envolvida?"
"Eu também não sei", Catalina respondeu com voz trêmula. "Por que continua me acusando? Foi você que errou comigo! Quer fugir da responsabilidade?"
O suspiro de Wesley foi de desdém.
"Responsabilidade? Que responsabilidade? Esqueceu? Foi você que veio até aqui, até este quarto. Não foi enviada para servir aos meus desejos? Ou será que foi você que me deu alguma coisa?"
As mãos de Catalina se cerraram com força. Seu ódio pelo CEO havia atingido o limite.
"Você é um monstro", murmurou a garota, sem forças para levantar a voz.
"Não me chame de monstro! Eu baixei a guarda e caí numa armadilha. Agora me diga! O que você quer? Espalhar na mídia que foi estuprada pelo CEO da NexaCore?"
Catalina de repente cuspiu no rosto do homem. A boca que não parava de falar calou-se subitamente.
"Quantas vezes tenho que dizer? Não estou fingindo. Vim aqui porque você destruiu minha casa. Se soubesse que iria fazer isso comigo, nunca teria vindo."
As sobrancelhas de Wesley se ergueram, incrédulas.
"O que você acabou de dizer? Inocência?"
O homem se levantou e removeu o cobertor. Catalina imediatamente abraçou os joelhos, protegendo-se.
"Olha só! Como uma mulher inocente não sangraria na primeira vez?"
Os olhos de Catalina se arregalaram surpresos. Ela não entendia completamente aquela situação. Seus lábios apenas tremeram, sem saber o que responder.
Vendo que a garota permanecia em silêncio, os lábios de Wesley se curvaram em uma expressão de vitória.
"Ainda pode negar?" Ele provocou, erguendo uma sobrancelha. Após um suspiro de satisfação, balançou lentamente a cabeça. "Acho que não."
Sem dizer mais nada, Wesley dirigiu-se ao banheiro. Havia muitas coisas para esclarecer.
Assim que o CEO saiu, a cabeça de Catalina afundou em desespero. As lágrimas, finalmente liberadas, começaram a escorrer, lavando seu coração ferido.
"Por que esse homem é tão c***l comigo?"
Depois de enxugar as faces, ela esticou as pernas para alcançar o vestido no chão. Assim que seus pés tocaram o piso frio, ela desabou.
"Ai!"
Catalina pressionou o local que mais doía. Após morder o lábio inferior para suportar a dor, esticou o braço e pegou o vestido.
Ao perceber que a peça estava reduzida a trapos, começou a chorar novamente. Mesmo sem conseguir se lembrrar de tudo o que acontecera, sabia que havia sido horrível.
"O que vou vestir agora?" Catalina suspirou, apertando os restos do vestido entre as mãos.
"O que vou fazer agora?"
A garota só conseguia chorar.