Já fazia uma semana desde que Leila tinha visto seu marido. Durante essa semana, ela podia contar nos dedos as vezes que havia comido. Não havia flores, mas sempre tinham café da manhã e jantar. A geladeira estava sempre cheia, ela já tinha avisado ao entregador para parar de enviar comida ao apartamento deles. Não adiantava.
Seus dias passavam como um borrão. Ela vivia sua rotina como uma zumbi. Acordar, ir para o escritório. Banho e repetir. Hoje era a primeira vez que fazia algo fora da rotina. Esperava obter algumas respostas. Se não de Kelvin, então de Amara.
Leila apertou o botão no elevador. Já passava dez minutos do fim do expediente, a maioria dos colegas já tinha ido embora. O elevador parou no andar de Kelvin, ela agarrou a bolsa com mais força e percorreu a curta distân
