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Não tenha medo do Escuro

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Blurb

Em um sótão esquecido, Anna descobre um antigo porta-joias, desencadeando uma conexão sombria entre as famílias dela e dos gêmeos Samya e Samuel. Enquanto mergulham nas memórias do passado, segredos ocultos emergem, ameaçando suas vidas e sanidade. Enfrentando a presença perturbadora de Sarah, um espírito assombrado, eles desvendam um enigma mortal que atravessa gerações. Agora, presos num jogo perigoso entre a luz e a escuridão, devem tomar decisões cruciais para sobreviver. O destino das famílias está entrelaçado, e somente juntos poderão desvendar os segredos trancados nas profundezas do porta-joias. Prepare-se para uma jornada aterrorizante, onde passado e presente se entrelaçam numa batalha pela própria alma.

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O Início do Pesadelo
Enquanto o sol da primavera se punha, eu estava sentada no topo da colina observando as nuvens se movendo e revelando as estrelas escondidas. O céu se coloria em um tom cor-de-fogo, que se observado atentamente dava a sensação de estarmos sendo engolidos por uma fogueira infinita. Mais um dia totalmente tedioso estava chegando ao fim e eu não sabia que rumo tomar em minha vida. Olhei as horas no relógio e, suspirando profundamente, levantei lentamente e comecei a caminhar de volta para casa. Chutando pedrinhas no caminho, eu observava as pessoas rindo e conversando como se não houvesse nenhum problema no mundo. Meu nome é Anna Smith, tinha 17 anos na época e estava prestes a me formar no ensino médio. No entanto, diferentemente da maioria das garotas da minha idade, eu não estava empolgada com a formatura, muito menos com o baile que viria a seguir. Além disso, cada menina precisaria de um par, e eu não era muito popular. Na verdade, por ser tão impopular, acabei me tornando conhecida como "Srta. Ninguém", um apelido "carinhoso" que a turma me deu quando cheguei à escola. Há três meses venho passando por isso. Meu único amigo, por azar do destino, morava a quilômetros de distância e a única forma de conversarmos era pelo tal "Skype" ou às vezes pelo "Facebook" (nunca fui muito fã de tecnologia, comecei a usar mais quando fui embora). Somos amigos desde que nos conhecemos, íamos juntos para todos os lugares, mas infelizmente minha família acabou se mudando de cidade, o que nos separou. Desde então, essa era a única forma que tínhamos de conversar. Continuando a história, eu morava em um bairro simples de Seattle, onde a maioria dos moradores já se conhecia. Como meus pais trabalhavam o dia todo, eu ficava sozinha em casa na maior parte do tempo. Por isso, preferia passar o tempo contemplando a escuridão que tomava conta da rua quando chegava da escola. Ao chegar em casa, tirei meus sapatos no hall e corri até a cozinha para pegar um copo d'água. Ao apertar o interruptor de luz, percebi que a eletricidade havia falhado. A escuridão repentina era assustadora. Foi aí que comecei a ter algumas sensações estranhas. Você sabe quando está sozinho e sente que alguém está te observando, mesmo que saiba que não há ninguém ali? Era essa mesma sensação que eu estava tendo naquele momento. Eu liguei a lanterna do meu celular e fui pegar água no filtro. Fiquei parada por alguns segundos, talvez fosse coisa da minha cabeça. Estava virada de frente para a bancada, que ficava bem ao lado da pia, quando comecei a sentir uma leve presença. Já estava suando frio. Então, criei coragem e abruptamente, virei para trás, mas não havia ninguém ali, apenas um pequeno pedaço de papel "manchado" com o que parecia ser sangue, no chão. O papel estava meio amassado e continha uma mensagem. Eu, como a curiosa que sempre fui, peguei o papel e abri-o. Ali dizia apenas, em letras grandes: "SEU FIM ESTÁ PRÓXIMO". ******** Havia um corredor à minha frente, tão escuro que eu mal conseguia ver meus próprios pés. Eu corria desesperadamente, tentando encontrar o seu fim, mas parecia não haver nenhum. À medida que eu corria, os quadros nas paredes pareciam se contorcer e me encarar fixamente com olhos psicodélicos. Eu tentava ignorá-los, mas a sensação de ser observada me perseguia implacavelmente. De repente, algo começou a se formar no final do corredor. Uma porta, brilhando em uma luz fantasmagórica. Eu acelerei meus passos, ansiosa por escapar desse lugar assustador. Mas quando me aproximei, percebi que não estava sozinha. Lá estava uma silhueta sinistra, bloqueando a minha saída. Tentei desviar, mas alguma força invisível me arrastou para aquele local. A figura se aproximou de mim lentamente, e eu congelei em terror. Não parecia humano. Sua mão esticou-se para mim, unhas compridas e afiadas rasgando minha pele enquanto eu tentava gritar, mas minha voz não saía. Por fim, consegui forçar um grito: — SOCORRO! Mas a mão fria e morta continuou a me tocar, me puxando para mais perto. Debati-me com todas as minhas forças, tentando escapar do seu aperto mortal. — Anna, filha! Acorde! Abri os olhos, ofegante, e olhei ao meu redor. Era apenas um pesadelo. Minha mãe estava lá, tentando me acalmar. Eu estava suando frio e tremendo, ainda sentindo a sensação de suas unhas frias rasgando minha pele. Mas eu sabia que não era apenas um pesadelo comum. Aquela presença sinistra ainda estava por perto, esperando para me aterrorizar novamente. — O que aconteceu, minha querida? — indagou minha mãe preocupada. — Acho que...foi só um pesadelo. Estou bem, mãe. Não se preocupe... — respondi ofegante, tentando me acalmar. Ela me abraçou carinhosamente, deu um beijo na minha testa e saiu do quarto. Foi o pesadelo mais real que já tive. Olhei para a escrivaninha, e lá estava aquele papel bizarro que encontrei na cozinha. "Deve ser alguma pegadinha de um vizinho maldoso ou algum tipo de “trote” para a garota nova", pensei, tentando encontrar uma explicação lógica para o ocorrido. No entanto, estava redondamente enganada. Meu braço doía intensamente e, para minha surpresa e medo, notei que ele estava sangrando. Havia marcas agressivas de unhas que pareciam ter sido feitas por alguém ou algo com uma força descomunal. O terror se apoderou de mim quando percebi que aquilo não era um sonho, mas sim algo muito real. ******** Eu tentava encontrar uma explicação para o que havia acontecido, mas nada fazia sentido. Precisava esquecer esse assunto, pelo menos por enquanto. Com uma faixa enrolada em meu braço, desci as escadas e encontrei meu pai na cozinha. Ele estava sentado à mesa, imerso em seu computador. Parecia nem ter notado minha chegada. — Oi, pai! Tão concentrado assim no trabalho? — Eu disse. — Oi, filha. Na verdade, perdi a noção do tempo. — Ele respondeu, sem tirar os olhos da tela. Consultei o relógio na parede e vi que passavam das 9 da noite. Meu pai finalmente percebeu que meu braço estava enfaixado. — O que houve com o seu braço? — Ele perguntou preocupado. — Ah, nada demais. Só uma contusão na educação física. — Eu respondi rapidamente, tentando esconder o machucado e me retirando da cozinha. Decidi então subir as escadas para tomar um banho e relaxar um pouco após um dia estressante. Estava na metade do caminho quando as luzes começaram a piscar de maneira frenética. Entrei em pânico e comecei a gritar: "PAI! PAI!" Mas o silêncio era ensurdecedor. As luzes se apagaram completamente, deixando-me presa na penumbra e incapaz de me mover do meio da escada. Tentei desesperadamente gritar por ajuda, mas ninguém respondeu. Meus olhos se fecharam em agonia, esperando que aquilo fosse apenas outro pesadelo. — Por favor, acorda. Por favor, acorda... — eu implorei em desespero. Quando finalmente abri os olhos, tudo estava de volta ao normal, mas eu ainda estava no meio das escadas. Papai continuava trabalhando no computador, parecendo não ter ouvido meus gritos de socorro. O medo ainda me dominava, deixando-me em dúvida se tudo aquilo foi apenas fruto da minha imaginação ou algo muito mais sinistro estava acontecendo. — Pai, o que foi isso agora? — O que foi isso o quê, Anna? — ele respondeu com indiferença. — Esse apagão que teve agora! O senhor não viu? — Eu não vi nada, filha. Talvez tenha sido só a sua imaginação. — E me lançou um olhar desconfiado. Eu não sabia o que pensar. Tinha certeza de que as luzes haviam piscado, mas talvez meu pai estivesse certo e eu estivesse confundindo as coisas. Subi as escadas em silêncio e fui para o meu quarto. Fiquei olhando para a tela do meu notebook por um tempo, pensando se deveria tentar novamente ligá-lo. Decidi arriscar e apertei o botão para ligar. A tela ficou preta por alguns segundos antes de uma mensagem assustadora aparecer em letras garrafais vermelhas: VOCÊ NÃO DEVERIA ESTAR AQUI.

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