Where is she

2552 Words
Josie Pov’s A primeira vez em que encontrei com Hope foi na biblioteca, a tribida se anunciava como Hope Marshall. Ela estava sozinha e parecia carregar o peso do mundo em seus ombros e estava extremamente concentrada no que estava lendo, por mais que tivesse muita gente conversando no mesmo lugar aquilo não pareceu a desconcentrar de modo algum. No momento em que eu coloquei meus olhos nela, senti cada célula de meu corpo se agitar e tirar os olhos dela fora quase impossível. Já Lizzie, por sua vez, pareceu não gostar de Hope em um primeiro momento. No entanto, isso mudou. Lizzie e Hope se aproximaram e como consequência eu me aproximei dela também. E isso teria sido maravilhoso se não fosse o medo de que Lizzie descobrisse que eu gostava de Hope. Se ela descobrisse, isso significaria que a chance de Lizzie tentar algo com a tribida era real – ao menos na minha cabeça. Foi quando seu pai morreu - foi assim que descobrimos que ela era uma Mikaelson - que ela se afastou de todos, exceto pelo meu pai. Lizzie ficou maluca com aquilo. Minha irmã achava que a tribida queria rouba-lo da gente e passou a não gostar mais de Hope e em qualquer oportunidade que tinha deixava isso claro. Então, ela se afastou de Hope e consequentemente, eu me afastei da tribida também. Eu queria mais do que tudo me aproximar dela novamente, mas a cada tentativa de me aproximar a Mikaelson me afastava. Levando isso em consideração, eu tomei uma das piores decisões de minha vida. Uma que me arrependo até hoje. Não sei quando as coisas começaram a dar errado. Talvez se eu não tivesse tido a brilhante ideia de me declarar para a ruiva ela ainda teria o desenho que havia feito com o pai, ela não teria perdido metade de suas coisas e eu não precisaria viver com a culpa e vergonha que veio após aquele incidente. Eu me arrependo de ter escrito um bilhete para ela me declarando e me arrependi mais ainda das consequências de minha covardia. Tentei queimar o bilhete, contudo, acabei colocando fogo no quarto. A pior parte disso é que eu tive que garantir que minha irmã não se aproximasse de Hope novamente e inventei várias mentiras. Mentiras essas que afastaria de vez Lizzie e Hope. Isso era bom. Mas não tive coragem de me aproximar da tribida novamente sem me sentir culpada. Eu me sentia horrível e isso só mudou quando eu a conheci. Penélope Park Eu ja tinha ouvido falar da fama dela. Ela era uma das maiores vadias da escola e Lizzie a odiava, o que me dava vários motivos para odia-la também, mas não foi isso que aconteceu. A bruxa conseguiu se aproximar de mim e eu não consegui afasta-la. Se eu tivesse conseguido, talvez tudo teria sido diferente. Não me arrependo de tê-la amado, contudo, a dor que senti ao ter quebrado meu coração acabou comigo de formas que eu não sabia que era possível. Ela era a namorada perfeita, sempre me colocava em primeiro lugar, sempre me fazendo surpresas inesperadas, suportava minha irmã, suportava as minhas crises existências e sempre estava ali comigo... até não estar mais. Nunca soube o motivo de ela ter terminado comigo. Foi tão repentino que minha mãe adiou uma de suas várias viagens para ficar somente comigo. Tudo doía. Meu coração foi quebrado pela primeira vez e eu não conseguia parar de pensar em todos os momentos em que ela estivera ao meu lado. Nunca fui eu mesma depois daquilo e nunca mais me aproximei de alguém novamente de maneira romântica. “ Vou acabar com ela por ter feito você sofrer” Lizzie dissera enquanto me segurava firme me impedindo de quebrar ainda mais. Depois de mais ou menos cinco meses consegui me sentir como um pouco mais comigo mesma novamente, no entanto, eu não conseguia me livrar de Penélope que decidiu fazer de seu novo esporte preferido irritar minha irmã. Hope entra nessa equação novamente no dia em que me pede ajuda para praticar magia negra. Um feitiço que eu tenho quase certeza de que ela poderia fazer sozinha – Não que eu estivesse reclamando. Lizzie ainda a odiava, mas fora a tribida que me defendeu quando minha gêmea tentou mês jogar debaixo do ônibus me culpando por toda a confusão que ocorreu no dia do jogo que tivemos contra o time da antiga escola que minha mãe estudou. Não escapei do castigo e agradeço por isso porque foi nesse dia em que finalmente consegui me aproximar de Hope novamente nos tornando amigas – a contragosto de Lizzie. A partir daí a história é longa, mas nos leva exatamente para o ponto em que me encontro agora: parada na porta do quarto de minha mãe. Fazia três dias que ela tinha chegado e dois dias em que eu não conseguia mais encontrar Hope. Não sabia o motivo e a única solução era pedir a ajuda da minha mãe como tinha programado desde o início. Bati na porta duas vezes ouvindo ela gritar um “entra” em seguida. Ela já estava preparada para dormir e me perguntei se não seria melhor eu voltar outra hora. Eu sabia que seu dia havia sido um tanto quanto cansativo. - Você parece preocupada – Minha mãe alegou me fazendo soltar um suspiro Ela bateu ao seu lado indicando que era para eu me sentar ao seu lado na cama e assim fiz. - É injusto eu não conseguir esconder nada de você - Isso é impossível, eu sou sua mãe – Ela disse divertida arrancando um sorriso fraco de mim Deus! Eu realmente sentia a sua falta. - Eu preciso que acredite em mim – Eu Murmurei tentando encontrar a melhor forma de contar toda a confusão em que me meti. Minha mãe assentiu e pacientemente esperou que eu contasse a ela e foi o que fiz. Não deixei nenhum detalhe de fora e ela me escutou atentamente. Não conseguia decifrar a sua expressão e essa foi uma das piores partes. Eu conseguia ler a expressão da Lizzie, do meu pai e em determinados momentos nunca conseguia ler a da minha mãe. Isso era no mínimo frustrante. - Eu acredito em você – Minha mãe disse calma - Você está falando sério? – Questionei incrédula Achei que iria ser preciso mais coisa para fazer com que ela acreditasse em mim. - Seu pai me disse que Malivore foi destruído, mas ele não se lembra como. Hope se sacrificar faz o total sentido. - Poderia ter sido o Landon – Sugeri, mesmo que soubesse que seria impossível Landon fazer uma coisa dessas. - Duvido muito – Minha mãe disse rapidamente e eu arqueei as sobrancelhas – Ele não me parece ser o tipo de pessoa que destruiria uma dimensão infernal - Justo – Respondi dando de ombros – O que vamos fazer agora? - Nós não vamos fazer nada – Minha advertiu e a olhei incrédula – Eu vou ligar para Freya para tentar fazer ela vir nos ajudar e você vai para aula e vai agir normalmente. - Mas mãe... - Josie, eu prometo que vamos fazer de tudo para tirar Hope dessa situação, mas preciso que mantenha as aparências e não deixar que ninguém desconfie que tem algo de errado por enquanto. Consegue fazer isso? Afirmei mesmo não concordando plenamente com a ideia de ir para a aula com Hope precisando de mim em algum lugar. Naquela noite não fui para meu quarto. Minha mãe deixou que eu dormisse com ela e pela primeira vez nesses dois dias sem a tribida eu consegui dormir. (...) Narrador Pov’s Foi impressionante a facilidade que a jovem bruxa deixou os estudos de lado e dormiu em cima deles. Sua cabeça latejava e seu corpo pesava mais do que ela podia suportar. Josie não saberia dizer onde, mas uma vez ela leu que não é o corpo que fica cansado e sim o cérebro, o que fazia tão sentido quanto qualquer outra teoria que já havia ouvido falar. Não soube por quanto tempo ficou adormecida, porém, quando Lizzie de forma impaciente a acordou, já era tarde da noite. - O que foi? – Perguntou rispidamente fazendo Lizzie revirar os olhos Adorava quem a sua irmã tinha se tornado, mas não poderia dizer que não sentia falta da antiga versão mais carinhosa de Josie. - Mamãe quer um jantar em família – Lizzie informou e Josie arqueou as sobrancelhas - Isso não pode ser sério – Josie resmungou já se levantando. - Seu humor está terrível ultimamente – Lizzie comentou e Josie deu de ombros Não tinha energia para aquela conversa, ou qualquer outra com a dor de cabeça que sentia. Sua mãe já estava sentada a mesa esperando por suas filhas. Aquele jantar poderia dar certo ou poderia dar muito errado. Como poderia explicar para Lizzie que teria que partir de novo se tinha acabado de chegar? Sabia que era preciso se quisesse ajudar Josie, mas ainda assim parecia uma tortura. Odiava ficar longe de suas filhas. - Só faltou o papai para a família estar completa – Lizzie falou animada. Caroline sorriu de maneira forçada. Esse ato não passou despercebido por Josie que franziu o cenho confusa. Algo definitivamente iria acontecer. - Um dia estaremos todos reunidos novamente – A mais velha afirmou, dessa vez, com um sorriso verdadeiro - Ou não – Josie sussurrou para si mesma se esquecendo que sua mãe tinha super audição - A fusão não vai acontecer, Josie – Caroline afirmou com firmeza Josie responderia se não fosse pelo fato de finalmente conseguir ver Hope novamente. A tribida estava com machucados em seu rosto e ofegante como se tivesse corrido por horas. Caroline notou o semblante preocupado no rosto de sua filha e seu olhar aflito olhando em um ponto fixo. Olhou na mesma direção e não encontrou nada. - Eu não estou me sentindo bem – Josie informou já se levantando da mesa – Eu vou para o meu quarto. Lizzie estranhou o comportamento de Josie, contudo, não disse nada. Apenas continuou a comer tranquilamente. - Josie deve ter dito isso para voltar a dormir – Lizzie comentou ao ver que Caroline havia ficado preocupada – Tenho certeza de que ela está bem - Vocês parecem um pouco afastadas uma da outra – Caroline comentou e Lizzie deu de ombros - Josie deixou claro que queria sair da minha sombra depois que Penélope foi embora – Lizzie explicou com pesar – Vou dar o espaço que ela precisar para ela descobrir quem é sem mim Caroline sorriu orgulhosa. Com certeza aquilo era um progresso em relação a Lizzie. - Estou orgulhosa de você – Ela disse e Lizzie deu um pequeno sorriso - Josie parece se distanciar de mim a cada dia que passa – Lizzie confessou de forma triste - Sua irmã está passando por uma fase difícil – Caroline disse suavemente – Tente entender - Eu também estou passando por uma fase difícil – Lizzie retrucou incrédula – Acabei de descobrir que uma de nós duas vai morrer. Eu vou morrer porque Josie já demonstrou que é mais forte do que eu. Nós deveríamos ficar unidas, mas ao invés disso ela faz questão de me afastar. Caroline suspirou. Não podia falar sobre Hope, pois sabia que Josie não tinha falado para ninguém além dela por um motivo. No entanto, não podia deixar que Lizzie pensasse que o problema era ela quando aquela não era a verdade. - Converse com ela – Caroline aconselhou – Tenho certeza de que tudo vai ficar bem. As duas terminaram a refeição em silêncio enquanto a vampira tentava encontrar a melhor forma de contar a sua filha que precisava ficar uns dias fora sem a fazer perder o controle. Lizzie sempre exigia um pouco mais de cuidado e dessa vez, Alaric e talvez até mesmo Josie não estariam aqui para ela em um de seus episódios. Essa era a parte que mais a preocupava. - Eu vou precisar fazer uma viagem – Caroline disse apreensiva e Lizzie a olhou com a expressão confusa - Isso não faz sentido – Ela disse olhando incrédula para a mãe – Você acabou de chegar - Eu sei, mas... - Papai está cuidando da fusão, você não precisa mais ir embora – Lizzie respondeu. A bruxa sentia que estava perdendo o controle aos poucos e respirou fundo. Não podia se permitir perder o controle tão facilmente, ela precisa aprender a lidar com situações daquele tipo. - Se não fosse importante sabe que eu não sairia do seu lado – Caroline assegurou e Lizzie negou com a cabeça - A única coisa que eu sei é que prefere fazer mil viagens do que ficar comigo – Lizzie esbravejou se levantando deixando uma Caroline atônita para trás. (...) Josie observava Hope dormindo tranquilamente em sua cama. Os ferimentos da ruiva já estavam se cicatrizando a deixando mais tranquila, mas ainda assim, continuava preocupada. Não haviam trocado nenhuma palavra desde de que a Mikaelson aparecera novamente. Ela não queria forçar a barra então apenas a deixou descansar. Não ter ideia do que tinha acontecido a deixava atordoada, mas ao menos saber que agora ela estava bem a deixava um pouco mais calma. Depois do que pareceram horas ouviu batidas na porta e sem nenhuma pressa abriu a porta encontrando sua mãe parada na porta com a expressão cansada. - Sua irmã vai precisar de você – Foi tudo o que ela disse antes de entrar no quarto. Josie fechou a porta e encarou sua mãe intrigada. Caroline ficou em silêncio por um tempo pensando no que Lizzie dissera e engoliu a seco. Não poderia se dar ao luxo de desabar justamente quando Josie precisava dela agora. Talvez fosse um pouco injusto que para ajudar Josie teria que desapontar Lizzie, mas sabia que era necessário e estava se agarrando a isso para tomar as decisões necessárias. - Eu vou precisar viajar – Caroline informou passando as mãos nervosamente pelo seus cabelos. – Preciso viajar para New Orleans para falar com a Freya. Josie se sentiu culpada. Ela já tinha umas noção de que sua mãe já havia dito isso a Lizzie e que sua reação talvez não tivesse sido uma das melhores. - Eu sinto muito por isso, mãe – Ela disse sincera – Não teria te metido nisso se não fosse realmente necessário Caroline deu um sorriso vacilante e assentiu. - Quando você vai? – Josie questionou - Hoje mesmo – Caroline respondeu e a morena a olhou surpresa Sua mãe tinha chegado ontem e por sua causa já tinha que ir em mais uma viagem. Lizzie deveria estar péssima - Cuide de sua irmã - A vampira pediu Antes de sair Caroline a abraçou e deixou um beijo casto em sua testa. Josie se aproximou de Hope novamente e observou maravilhada a garota dormir. Seus machucados já estavam curados. Saber que não poderia proteger a jovem tribida deixava Josie assustada. Não gostava da hipótese de quer poderia perder Hope a qualquer momento. Pensar nisso fazia com que algo em seu estômago afundasse. - Vai dar tudo certo – Murmurou para si mesma ignorando qualquer indício de que a levasse a acreditar no contrário
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