A sorte da minha liberdade

23° Episodio

Narrado por Pesadelo

Quando a Luara saiu pra atender o celular eu fui atrás e fiquei escutando. Então quer dizer que a Luara ia sair amanhã? inda mais com aquele cuzã0 do apelão. Me bateu uma raiva na hora que eu só puxei o celular dela e taquei no chão. Falei algumas coisas lá que eu nem lembro mais e sai de casa. Peguei a moto e fui em direção a boca. Olho pelo retrovisor e vejo o canivete vindo atrás. Se o Canivete vim com lição de moral hoje ele ganha o dele.

Cheguei na boca sem falar com ninguém. Os cara já sabiam que eu não estava bem, então nem vinherem me pertubar. Na hora que eu entro na minha sala o canivete entra atrás.

- Qual foi do surto porr@? -canivete pergunta.

- Também não sei.- falei acendendo um esqueiro.

- Eu tenho um palpite. - Canivete fala e eu nem olho para ele.- Eu chamo isso de ciúmes.- quando ele fala isso eu encaro ele serinho.

- Ciúmes? ciúmes de quem? da Luara? eu conheço ela só tem um mês canivete. Eu nunca namorei ou gostei de alguém, mais até onde eu saiba, ciúmes a gente sente quando gosta da pessoa.- falei isso e escuto ele soltar uma risada alta.

- Um mês é tempo suficiente pra você se sentir avontade com alguém e não querer que ela se afaste. Olha pesade, eu nunca vi você se aproximar de ninguém, do jeito que você se aproximou da Lua. Eu sei que você gosta de estar com ela. Não estraga tudo! isso que você sentiu hoje foi ciúmes. E se você não tomar cuidado com ele, tu vai afastar a mina de tu.- ele fala e pela primeira vez, eu escutei cada coisinha.

- Valeu mano.- falei e encarei ele.- Olha, eu sei que você acha que eu não ligo ou não te considero da família. Mais tu tá errado! eu só não sou de demostrar como tu. Mais quero que saiba que tu é meu irmão e nada vai mudar isso.- falei aquilo e o arrombad0 começa a sorrir mais uma vez.

- Tô te falando que tu tá apaixonado pow. Luara tá te mudando. Nunca na tua vida que tu iria falar umas coisas bonita dessa. Mais tamo junto irmão- ele fala

-Essa parada de ciúmes é estranho né? sempre achei besteira essa porr@.- eu falei.

-A gente sente quando temos medo que perder a pessoa que é importante. Mais é como eu te falei. Isso pode prejudicar muito as coisas. Por que o ciúmes faz nós agir pela raiva. E na hora a gente nem percebe a m***a que pode fazer. E tu fez m***a hoje. Você precisa conversar com a Lua. Ela ficou assustada pra p***a. Tu fez ela lembrar do pezã0. - ele falou aquilo e meu peito apertou. Eu não queria que minha menina lembrasse daquele filho da p**a.

- Eu vou tentar ajeitar as coisas com ela. Mais antes eu tenho que fumar mais uns dois cigarros.- eu falo e ele assente.

- Canivete, e se ela não me desculpar? - eu pergunto.

- Tu fez m***a, mostra que se arrependeu e espere o tempo dela.

-Eu gosto de tá com ela, mano. Ela é cheirosa, divertida, mó linda. As vezes ela vem com brincadeira que eu fico put0 na hora mais depois a gente tá de boa sabe. Isso tudo é novo, mais até que é bom.- falei e comecei a pensar na minha morena.

- Tô vendo que Luara que colocou uma coleira.- ele fala e eu olho puto pra ele. - Vai deixar as put@? - ele pergunta e eu paro pra pensar. Cara, eu sempre vivi na cach0rrada. Eu acho que não é agora que eu vou mudar.

- p*****a é minha religião meu irmão.- falei e ele me olha sério.

- Então, como você é da p*****a, não vai implicar com a Luara quando ela estiver conhecendo alguém. Tu acabou de confessar que tá gostando da Luara, mais não quer dá o braço a torcer por medo.

- Tu quer oque canivete? que eu peça ela em namoro? em casamento? te liga parceiro.- falei já put0.

- Não, mais se você tá gostando dela, respeita a mina. Ele é zica e tu sabe disso.Mais se tu for ficar de vacilão com ela, eu prefiro que ela invista no apelão.- Quando ele falou aquilo eu senti uma raiva subir pelo meu corpo. Levantei da cadeira, sai da boa, peguei minha moto e segui rumo a goma da minha mãe. Cheguei lá e o pessoal já vem de tiraçã0 com a cara de vagabund0. Canivete aparece e fica me xingando lá e eu grito que só queria falar com a Lua. Na mesma hora ela aparece e ao vê ela me bate uma calma. Ela aceitou falar comigo e o canivete me deu um toque.

Eu só queria passar a tarde de boa com ela, e quando chegasse a noite, durmir sentindo seu cheiro. Mais ela não quis o mesmo. Ela disse que iria passar essa noite aqui na casa da minha veia e eu fiquei na neurose. Sai de lá igual um louco e fui pra minha casa. Lá eu tomei um banho e me deitei.

A cama estava com o cheiro dela e então eu acabei durmindo. Acordei já era a noite e então eu senti como se a casa estivesse vazia. Não tinha as músicas da Luara tocando, nem ela dançando, e nem o cheiro de comida. Ali eu me toquei que eu tô sim, gostando na Luara. E isso é muito, mais muito estranho, por que eu só conheço ela a um mês. Como é possível você se apegar a uma pessoa em um mês?

Fui pra cozinha e esquentei uma pizza que estava lá. Peguei um refri, o copo e então comi ali, sozinho.

Olhei pra o celular e lembrei que tinha quebrado o da Luara. Liguei pra um vapor que anda no asfalto e mandei ele comprar um celular e trazer pra mim o mais rápido. Subi pro andar de cima e tomei um banho. Passei um rádio para os vapores perguntando se estava tudo ok, e ele disse que sim. Algumas viaturas tinham passado na frente do morro, mais não deram nada não.

Eu fiquei lá na sala esperando o parça chegar e quando ele me entregou eu agradeci e subir o morro indo até uma lanchonete. Comprei umas parada lá pra Luara e desci pra casa da minha veia.

Chegando lá eu comprimento o vapor que tá na segurança escondida e entro. Minha mãe estava na sala assistindo e me olha com um sorriso.

- Eu sabia que você iria vim.- ela fala e dá um beijo na minha testa. - ela tá no quarto. Cuidado com oque você fala tá filho. Ela é sensível.- ela fala e eu assinto.

- Pode deixar coroa. Dei folga pro gemim hoje. Mais tarde ele passa aqui.- falei e ela sorri. Bati na porta do quarto e escutei a voz doce da minha gata.

- Pode entrar.- eu entrei e quando ela me olha se senta na cama.

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