Evie chorava entre os braços de Harry, ele e Carlos tentava a todo custo acalmar a princesa, mas nada resolvia.
- A m*l vai me odiar - Ela se agarrava ainda mais no peito de Harry. As lágrimas desciam uma atrás da outra.
Carlos se aproximou a cutucou, Evie ergueu o olhar e com um lenço ele secou suas lágrimas. Evie tentava controlar o choro, mas realmente estava desesperada.
Logo Jay chegou explicando tudo. Com isso ela ficou um pouco calma, mesmo sabendo do risco de perder m*l.
- Quem diria - Jay disse - Ben um playboy daqueles. - Riu.
- Ele é legal pra alguém tão importante, seu jeito é como nós - Carlos disse.
- Não exagera - Jay ficou com uma expressão séria - Afinal, de que lado você está? - falou fuzilando com o olhar o filho de Cruela.
- Eu só acho ele legal - Carlos engoliu em seco. - E você Harry? Não disse nada sobre.
- Só estou pensativo. Descobrir quem é o meu pai - Ele suspirou. Deslizou a mão sobre o cabelo de Evie a fazendo cafuné. Ele até poderia jurar que ela ronronou como um gatinho feliz, sorriu com aquilo.
Jay empurrou Carlos e sentou na grande pedra que o menor estava, ficando de frente para Harry e Evie.
- Então, quem é? - perguntou Jay mordendo uma maçã mucha que tirou do bolso de sua jaqueta.
- James Hook... - Suspirou.
- Wow! Que irado - Carlos se levantou do chão impressionado com a notícia.
Evie riu. - Então você é um pirata falsificado - debochou.
Harry estava longe de ser comparado com um pirata. Harry era mais estiloso, mais "playboy".
- Ei! - Ele disse encarando a de cabelos azuis. Que sorriu, logo bocejou.
- Tô com sono - disse fechando os olhos.
- Quer que eu te leve pra casa? - perguntou acariciando o seu rosto.
- Não quero ver minha mãe - ela sussurrou. Ele a abraçou mais.
- Ora, Ora - Allison se aproximou - Se não é a traíra. - Evie ergueu a cabeça.
- Allison! Por favor!
- Não fui eu que trair os "amigos" - Fez aspas com as mãos - Harry - Olhou com fúria para o filho de Tremaine.
- Foi sem querer - tentou Carlos. Mas Allison o ignorou, como todos faziam.
- O que esperava com isso, blueberry? - debochou. Evie se levantou a encarando. Olho por olho. Dente por dente. - Acha que m*l vai te perdoa depois disso? Acha que ela vai te querer ao lado dela agora?
- Cala a boca - Evie rangiu os dentes.
- Você já não é nada para a m*l, nunca foi! - Allison sentiu o t**a que lhe foi arremessado ao seu rosto.
- Isso não vai ficar assim! - Antes de Allison avançar, Harry tirou Evie dali e Carlos segurou Allison. A trilha sonora do momento era a risada histérica de Jay.
Ben tomou banho e colocou a roupa que m*l lhe trouxe. Saiu do banheiro arrumando os cabelos com as mãos.
Mal estava encostada na cabeceira da cama, o caderno apoiado em suas coxas, ela desenhava algo, o círculo de pedras de Valente, aquela parte de força, de lenda, onde existem todo tipo de amor. Numa outra folha que estava sobre a cama ao seu lado, estava a floresta de Robin Hood, a sua sombra com o arco apontando para algo específico e misterioso, estava bem feito.
Ben sentiu o seu coração apertar, o rosto de m*l estava inundado por lágrimas, um choro silencioso, m*l movia sua mãos rapidamente, terminando o desenho. Logo puxou outra folha, desenhava Frollo, e o fogo, a silhueta de esmeralda estava flamejante, normalmente m*l desenhava em preto e branco, mas ali, naquele fogo, havia uma cor forte em vermelho, fazendo o desenho ficar mais intenso, mais real.
- Mal... - O príncipe a chamou, baixinho, como um sussurro, havia preocupação em seu tom de voz, m*l ouviu o chamado dele, mas ignorou.
Ben foi até ela, não se opôs a sentar na cama, ajoelhou ao lado dela, o choro não parava, cada vez mais desciam lágrimas.
- Meu amor... - Soltou sem perceber, sem dar conta do peso daquelas palavras para a garota.
Então o olhar de Ben desceu para o desenho, agora ele podia ver melhor, franziu o cenho e logo arregalou os olhos, não era tinta, nem cor de lápis. O vermelho era sangue, que escorria hora lenta e hora rápida dos punhos da garota. Ben tirou o lápis e o caderno de m*l, ela permaneceu calada, sem o olhar.
Com todo o cuidado, o príncipe levantou a barra da jaqueta de m*l, fechou os olhos em seguida.
- Quem? - Sua voz saiu trêmula, ele sabia a resposta. m*l tentava parar de chorar, mas aquilo queimava, a dor era insuportável, doía intensamente, nunca sentiu algo do tipo antes.
- Malévola - pronunciou o nome da grande vilã entre soluços pelo choro.
- Aqui tem algo para cuidar desse ferimento? - m*l negou com a cabeça.
- Vamos lá em casa logo que eu faço um curativo.
Os dois saíram escondidos do castelo de Barganha, encapuzados.
O mercado estava vazio, completamente vazio, isso só podia significar uma coisa, Malévola esteve ali e não fazia muito tempo...
Assim que eles chegaram ao castelo, eles subiram para o quarto, ambos tiraram o capuz e Ben ajudou m*l a atirar o seu casaco, ela soltou um gemido de dor pelo tecido arrastado sobre a sua ferida. Ele ajudou m*l a lavar aquilo com água e sabão, depois ele passou uns líquidos do qual a garota desconhecia, logo passou uma pomada e colocou gases e enfaixou, prendendo com uma tira de fita, m*l suspirou com um certo alívio.
- Está mais calma? - Ele deslizou a mão pelo rosto de m*l, a olhando nos olhos, ela confirmou com a cabeça, encarando o olhar do rapaz. - Quer descansar? - A de cabelo púrpura não respondeu, o príncipe sentiu o medo da garota e também sentiu uma aflição por aquele medo ser da própria mãe.
Benjamin pegou seu celular da escrivaninha e colocou uma música calma e relaxante, era clássica, o piano com o violino, m*l gostou, se arrumou entre os braços do monarca como um gatinho indefeso. Ele fez cafuné na garota e logo ela dormiu, parecia que o dia seguinte seria agitado... bem agitado...
Na casa de Jafar, estava reunido os quatro vilões mais lendários daquela ilha, pelo menos os mais conhecidos e poderosos.
Em um canto a senhora de todo o m*l permanecia em pé, Diablo como sempre em seus olhos, seu olhar firme permanecia autoritário e fitava a Rainha Má com desprezo, a muitos anos atrás, aquelas duas vilãs haviam tido uma briga grandiosa para liderarem a Ilha dos Perdidos, Malévola como sempre havia ganhado. A segunda briga delas foram por causa das filhas, ainda crianças. Mas o m*l humor e fúria de Malévola permanecia o mesmo.
Rainha Má mantia uma postura digna da realeza, ela estava sentada na poltrona do grande vilão de Aghabam, sem se importar com a reclamações dele sobre a poltrona ser do rei da casa, ela apenas riu, debochando do vilão e o chamou de infantil.
Cruela estava no sofá conversando com um de seus casacos de pele, era meio estranho de se ver aquilo ao vivo. Jafar estava ao seu lado, ainda discutindo com Rainha Má.
Malévola berrou impaciente, assustando o trio de vilões.
- As pessoas morriam de medo só de ouvirem nossos nomes! - Gritou enquanto andava em círculo em volta da trindade - Durante vinte anos eu procurei uma saída desta ilha! Durante vinte anos evitaram a nossa vingança! - Ela parou e apontou para a Rainha Má - Contra a Branca de Neve e aqueles anões terríveis! - A mãe de Evie fez uma cara de nojo. - Vingança contra Alladin e aquele Gênio! - Jafar se levantou impaciente resmungando. - E vingança contra todos os dálmatas - Apontou para a Cruela rindo - Que escaparam das suas garras.
- Mas não pegaram o bebê - Ela riu mostrando seu cachecol de pele de animal - Não pegaram o bebê! - Ela riu histérica.
- CHEGA!! - Gritou - Temos Auradon na palma das nossas mãos. O herdeiro deles está aqui e não podemos deixar isso passar - Ela lançou um vaso de vídeo que estava no balcão próximo a porta, no mesmo instante em que ela foi aberta, revelando um Jay meio chocada de chegar em sua própria casa e quase ser ferido.
Assim que ele viu aquele quarteto reunido, percebeu o erro que havia cometido, de voltar para a própria casa.
Malévola sorriu maléficamente para o rapaz. - Estávamos a sua espera, JayJay - debochou.
A porta do quarto do herdeiro de Auradon foi agredida por um barulho inesperado. m*l acordou num susto, Ben encarou a porta e logo olhou para m*l. Ela se levantou indo até a porta, ele a segurou pela cintura.
- Deixa que eu vou - sussurrou. m*l confirmou com a cabeça, ele se levantou indo até a porta, sua mão foi de encontro a maçaneta, antes de abrir, encarou os olhos verdes da garota, ela movimentou os lábios em um "vai" e ele abriu e olhou para a pessoa.
Mal deu um longo suspirou de alívio.
- Allison - Ben relaxou. A garota a sua frente riu.
- Assustados? - entrou no quarto sem um prévio convite. - m*l, precisamos conversar - Ela se jogou no sofá.
Mal arqueou uma das sombrancelhas - Sobre? - Perguntou se levantando, indo ao lado da garota.
- Queria saber o destino de Evie.
Ben fechou a porta e se juntou com as garotas, sentou ao lado de m*l, envolvendo seus braços em volta dela, a mesma encostou-se no rapaz, ignorando os pensamentos de Allison.
- Que destino? - Ela franziu o cenho.
- Ah, qual é m*l. Evie traiu todos nós. Não acredito que vai deixar ela passar ilesa. - A de capuz cruzou os braços.
- Eu me resolvo com ela depois, ela errou e sabe disso, Evie não é burra. Mas creio que você quer algo a mais, não veio atrás de mim apenas para falar da Evie. - m*l a fitou com o olhar.
- Só sinto a sua falta - encarou Ben enquanto tentava controlar o sorriso.
Mal ergueu o olhar. - Tá sentindo falta do que?
- Lembra de- - Iniciou.
- Essa história vai longe - m*l deu um sorrisinho.
- Vou preparar um chocolate quente para nós - sorriu Ben e se levantou saindo do quarto.
- Se lembra de quando você foi dormir na casa de Evie, éramos pequena e Evie ainda tinha um pouco de medo de você.
- Como posso esquecer daquela noite? - m*l riu. - Estava contando uma história de terror e a azulada estava morrendo de medo, aí você apareceu atrás dela e a assustou, ela saiu do quarto gritando histericamente. - As duas gargalharam lembrando do momento.
- Ela sabe?
- Eu nunca contei - m*l riu mais. - Afinal - parou de rir - Desde quando tem esse poder?
- Acho que desde que minha mãe morreu...
- No dia que nos conhecemos?... - Allison arregalou os olhos.
- Você lembra?! - Sua boca ficou entreaberta.
- Como esquecer? - tocou suavemente o queixo de Allison.
Ben voltou com uma bandeja, as canecas cheias com chocolate quente.
- Ui! - Allison pegou a caneca que o príncipe a ofereceu.
Mal se concentrou no aroma doce de sua caneca.
Ben se ajeitou ao lado das garotas.
- Então Mal... - Allison tomou um gole do seu leite quente. - Como se lembra do dia exato que nos conhecemos?
Mal segurou a mão de Ben sem perceber. - Dylan... - disse e logo saboreou da sua bebida doce e quente.
- Você sempre acaba falando esse nome... mas quem é Dylan? - Eles deram um gole junto em suas canecas.
- Dylan foi o meu melhor amigo... - A de cabelo púrpura encarava o nada.
- O que aconteceu com ele? - Ben ousou perguntar.
Mal encarou Ben, os olhos da garota se segurava para não chorar. - Ele foi para Auradon... - Uma lágrima desceu.
Ben sentiu seu coração apertar, pois fazia poucos dias que recebeu uma carta de seu pai dando a data da sua volta para Auradon, Benjamin ainda não havia escrito a carta de resposta, não conseguiu, não conseguia pensar na possibilidade de contar para m*l. Pensou em contar a Harry, mas não teve chance.
Mal olhou para Allison com um sorriso de canto e voltou a encarar o nada.
- Até onde eu lembro, eu e Dylan sempre fomos melhores amigos, Dylan não é filho de um grande vilão, nem cheguei a conhecer seus pais, que por acaso minha mãe os matou. Dylan foi criado por um senhorzinho até que simpático, mas aí, ele morreu, uns dizem que foi de morte natural, outros dizem que foi Malévola que o matou. Aí recebeu um convite para ir a Auradon, pelo menos foi o que ele me disse. E desde então, nunca mais eu o vi, Malévola não me deixou ir vê-lo na noite de sua partida, nem sei se ele está morto ou vivo... - Lágrimas escorria pelo rosto da garota, silenciosas como o choro anterior. Os olhos de Ben também estavam lotados de lágrimas.
- Eu sinto muito... - Allison sussurrou. Se arrependendo de ter feito m*l se lembrar daqueles momentos.
- O Dylan morava aqui... - Olhou para Ben e logo voltou a olhar o nada. - Nós costumávamos vir no porão daqui, está cheios de contos, pegavamos um e corríamos para a sala, jogados nos pufes, liamos sem preocupação alguma. - m*l deu o último gole em sua caneca e se levantou colocando na cômoda. Ainda de pé, m*l voltou a falar. - Jamais vou esquecer da nossa última conversa, estávamos num lugar claro da ilha - Ela fitou Ben, ele se lembrou do local que ela o levou, belo demais para aquela ilha. - Estávamos debaixo de uma árvore onde as folhas havia caído. Deitados ali, Dylan me fez um pedido do qual eu tenho feito.
- Qual foi o pedido? - Ben engoliu em seco.
- Nunca mudar a minha maneira pela minha mãe e jamais esquecer o valor que há em uma amizade sincera... - m*l secou suas lágrimas - Assim que saímos daquele lugar, virando a esquina, Malévola nos separou com os seus capangas que mais se parecem com javalis. E desde então eu nunca mais o vi...
Allison largou sua caneca vazia no chão e foi até m*l a guiando para o sofá.
- Eu e Dylan, já apanhamos muito de Malévola, a ponto de nem conseguimos andar no outro dia... iam de chicote a madeira com pregos...
- Mal... - A voz de Ben quase não saiu.
Mal segurou forte na mão de Ben, o olhou no fundo dos olhos.
- Nós não somos ruins, nós apenas nascemos assim. - m*l olhou para Allison e deu um sorriso sincero. Voltou a olhar para Ben. - Por isso quero que amanhã mesmo vamos em busca do cetro de Malévola, o olho de dragão, ela pode ou não confiar em você depois disso... - Ela encarou o chão. Mas logo tomou a postura novamente e olhou para a garota ao seu lado. - Por isso sei que não foi a intenção de Evie de contar para a Rainha Má, vou conversar com ela e vê o que realmente aconteceu. Você sabe como a Evie é, ainda se deixa levar pelos sentimentos.
- E qual é o problema? - Ben enxugou as suas lágrimas.
- Ben, eu te amo, mas aqui na ilha não há espaço para um sentimento tão forte como o amor.
Mal sentiu a suas bochechas queimarem. Allison ficou boquiaberta, m*l realmente falou que ama o monarca. Ben a abraçou, sem prévio aviso, sorriu e sentiu outro tipo de lágrima escorrer.
- Eu te amo, sempre amarei. - disse sorrindo.
- Então Jay - a vilã o apertou o ombro. - Estamos de acordo? - sorriu.
Jay respirou fundo, Rainha Má, Cruela e seu pai o encarava sorrindo.
- Eu não sei... - Confessou em modo de negação.
- Amizade não é algo eterno - Cruela ousou falar.
- E tem várias quedas, essa será apenas uma de muitas - Rainha Má riu sendo acompanhada por Malévola.
- E pense nas conquistas. Nos tesouros! - Jafar despertou a sua própria ambição novamente.
- É só questão de fazer ou não fazer... - Malévola passou suas unhas pela nuca do garoto.
- Okay! Okay! - Aceitou se levantando da cadeira. - Posso ir para o meu quarto?
- Vai! Vai! - Malévola o expulsou.
Ele saiu apressado e ouviu o quarteto de vilões comemorando.
O filho de Jafar só pensava em uma coisa: Como avisar m*l, sem o corvo perceber?
Enquanto isso... Ao norte de Auradon. No palácio que Aurora e o Príncipe Philip chamavam de lar.
- Você sabe que n******e ficar aí pra sempre! - Lonnie puxava a coberta da princesa.
- Posso sim! - Audrey puxava a coberta novamente.
- Audrey! - Lonnie a repreendeu.
- Lonnie! - Audrey fez birra.
- Olha... - Lonnie se sentou ao lado da princesa - Logo Ben irá voltar...
- Ele não respondeu a carta do Rei Adam, e se aconteceu algo com ele? - Audrey abraçou o travesseiro.
- O Ben está bem. - Lonnie a abraçou de lado. - Agora se você não levantar dessa cama, vou ser obrigada a jogar um balde de água gelada em você - sorriu pensando na ideia maravilhosa que acabou de ter.
- Pensando bem, é melhor um banho na banheira do que na cama. - Disse se levantando e indo até o banheiro - Pega uma roupa pra mim? - pediu já dentro do banheiro.
- Pode deixar - falou indo até o closet da princesa. - Layla conseguiu mandar uma carta a Ben, mas não sabe se ele já recebeu.
- Como ela conseguiu? - Audrey gritou de dentro do banheiro.
- Layla tem suas artimanhas - ambas riram.
Somente o Rei Adam tinha o endereço da moradia do príncipe na ilha. Mas Layla tinha seus truques e conseguiu o endereço do seu melhor amigo.
De volta ao castelo onde Ben e m*l estava, Allison foi embora deixando os dois sozinhos.
Eles desceram para o hall de entrada, iam ao portão dar uma olhada. Mas m*l pediu para Ben ir e trazer uma caixa, que estaria escrito seu nome e o de Dylan, ela não queria descer ali após tantos anos. Sentia que era melhor não ir.
Mal se sentou no sofá esperando, mas a porta foi novamente agredida, a jovem de cabelos púrpuras se levantou indo até a porta, abrindo-a, logo Benjamin apareceu com a caixa.
- Correspondência para Benjamin.
Ben deixou a caixa no chão e foi ao lado de m*l, assinou o comprovante de entrega e pegou a correspondência.
Mal fechou a porta, Ben se jogou no sofá sorrindo, a garota a sua frente arqueou a sobrancelha.
- É da Layla. - disse sorrindo. - Ela é minha melhor amiga, filha da Branca de Neve.
Mal se sentou ao seu lado. - O que ela escreveu? - perguntou curiosa.
- "E aí Florian - m*l riu e Ben revirou os olhos. - Saudades de você, espero que você esteja vivo ou eu vou te m***r! Seu projeto de realeza - Ué, pensou Ben. - Você recebeu a carta de seu pai - A voz de Ben foi morrendo.
- Com a data da sua volta?" - m*l leu o restante e logo olhou para Ben. - Porque não me contou?... - A voz de m*l quase não saiu.
- Eu não quero voltar... - Ben abaixou a cabeça.
- Você precisa Ben - m*l não o olhou. - É o seu reino... O seu país... Seus pais e seus amigos estão lá...
- Mas o meu grande amor está aqui - Ele segurou na mão de m*l. - Não quero ir sem você.
- Se você me ama mesmo, você vai ir, porque eu quero o seu melhor, sei que em Auradon você estará seguro. - Ela acariciou o seu rosto.
- Se eu for... Farei de tudo para tirar você daqui - Ele segurou em seu queixo docilmente.
Mal sorriu. Aproximou seus lábios dos dele e lhe deu um beijo, lento, do qual pode apreciar a maciez de sua boca. A garota sentiu a força de sua magia correr por suas veias, mas disfarçou. Ben ainda não poderia saber quem era seu pai...
Ultrapassando a Floresta, entrando na Zona Proibida e desviando de todos os obstáculos, na área mais fria do sub-solo daquele castelo, o cetro brilhou, clareando todo o cômodo. E aquele brilho intenso só significava uma coisa... Não foi apenas o cetro que havia despertado...