Isis
- Nossa! não sabia que você estava com alguém. Me desculpa Pai. - falei e o mesmo solta uma sorriso negando.
- bom dia. - falei com o caveira.
- Bom dia.
- Vou saindo tá, pai. Mais vou está por aqui na boca. Qualquer coisa me chama.
- Filha, você chegou em uma boa hora. Acompanha o caveira, até onde será a escolinha, por favor.
- beleza. - falei e meu pai abre um sorriso e me abraça.
- Pois vamos logo, que eu tenho mais oque fazer. - o tal caveira fala e eu já fecho a cara. Ele pega uns papéis, e sai da sala. Eu dou tchau para o meu pai, pego uma Arma e saio indo atrás do caveira. Vejo que ele já está dentro do seu carro e entro. Eu falo um ponto para ele, e logo ele começa a seguir o caminho.
A janela do carro estava aberta, e eu passava falando com todo mundo , e eles pegavam em me gritavam de volta. Eu amo tanto esse morro,que vocês nem imaginam.
- Quase tinha esquecido que eu estou andando com a princesinha da favela. - ele fala meio com deboche.
- isso mesmo,meu amor. Você está andando com alguém muito amada.- falei sorrindo e ele me olha sério.
- se acha demais tú né. - ele fala sério
- É aqui. - falei apontando para o local e ele para o carro.
Eu desço do carro, abro a porta com a chave que o coroa me deu, e entro com o caveira. Ele começa a andar por todo o local e ficou avaliando tudo. Eu subo para o andar de cima, e ele vem atrás de mim.
- Da pra fazer muita coisa aqui. Os alunos menores podem ficar na parte de baixo, e os maiores ficam aqui em cima. Assim não vão correr risco de acontecer acidentes, pois os pequenos são destraidos demais.- falei e ele ficou me encarando.
- Ainda tô avaliando o local. Para de fazer planos para algo que você não sabe se vai dá certo. - Ele fala e escutar aqui me deixou com raiva.
- Isso aqui são para as crianças, cara. Você prefere que elas crescem nas ruas, e entra pra esse vida errada e perigosa? Que comecem a usar drogas, e descer o morro pra fazer assalto? Pra mim, é melhor eles está aqui dentro, aprendendo pelo o menos como se faz um cálculo e como se lê. Ou melhor, para serem alguém de alto escalão e mostrar que mesmo sendo cria de favela, não se torna oque todos falam. E esfregar na cara daqueles playboys de m***a, que todo mundo é capaz, até os favelados. - falei irritada e ele me encarava.
- Tá muito estressadinha você. - ele fala bem sério.
- E você não se emporta com nada. - falei dessa vez triste. -Você tem filhos? - pergunto
- Não! - ele responde sério.
- Olha, eu só peço que pense nessas crianças. Por favor. São muitas crianças que estão nas ruas do morro jogadas, pois os pais são viciados ou estão trabalhando. Eles precisam de um lugar. E aqui está ótimo. Tem uma cozinha ali, dá pra preparar lanches para eles, e vão ter um bom ensino. O povo desse morro é minha família, meu pai quer fazer tudo, e a gente só precisa da sua colaboração. Por favor.
- você está implorando minha ajuda, princesinha da favela?
- estou pedindo para pensar nas crianças. Só isso.- falei e voltei a olhar para o local. Eu já estava saindo do cômodo,quando eu volto para olhar a vista, e me esbarro no caveira que já estava atrás de mim. Nosso rosto ficou bem próximo um do outro, e a gente se encarava. Esse homem é muito lindo, mais oque tem de bonito de tem arrogante. Eu virei as costas para ele, e desci a escada até o andar de baixo.
- Terminou de vê o local? - perguntei e ele assentiu saindo. Eu tranquei o portão, e ele andou até o carro e algumas crianças se aproximaram de mim.
- Tia, tia. Você tem doce hoje?- Uma delas pergunta, enquanto outras me abraça.
- Hoje a tia está sem. Mais da próxima eu trago, combinado?
- sim. - todas respondem juntas.
- Agora eu tenho que ir. Mais tarde eu venho aqui . - falei, e andei até o carro. Assim que eu entrei o caveira segue caminho de volta para o morro, e fomos o caminho todo sem falar absolutamente nada. Quando chegamos, eu desço do carro, e vou até o Fernando que está vendendo drogAs e eu encaro o caveira enquanto ele entra na sala do meu pai.
- Tá tudo bem? - o Fe( Fernando) pergunta.
- Aquele caveira que me irrita. Só espero que ele autorize a obra. Cara b****a - falei com raiva e ele sorriu.
- Se ele pelo menos sonhar que tu tá chamando ele assim, ele te mata. - fe fala sorrindo.
- i****a, que não tem nada pra fazer e fica atrapalhando o sonho dos outros. - falei p**a.
- Mais ele é um gostosã0 né, Gata. - ele fala sorrindo.
- vou falar isso bem daí, pro seu boy. - falei e ele ficou sério.
Fiquei algumas minutos ali conversando com o Fernando e vi o caveira saindo da boca. Me levantei e entrei na sala do meu pai.
- yaer coroa? vai dá certo?
- Ele disse que vai vê aí. - ele fala acendendo um cigarr0.
- Mais que cara i****a. Mesmo se ele não colaborar a gente vai fazer né?
- Não sei, Ísis. Tu sabe como funciona as paradas.
- Eu queria deixar a cara desse homem igual pineira. Esse cara é insuportável. - falei e ele começou a sorrir.
- Ele é gente boa, filha. Se você conhecesse ele, você iria saber disso.
- Tô afim de conhecer não! com o pouco que ia vi, eu já quero é m***r ele. Olha, eu vou pegar os pacotes, e vou vender no beco viu.
- Tu tá maluca filha da p**a? Eu já falei que não quero tu vendendo drogAs por aí não, caralh0. Vende aqui dentro, por que eu tô vendo, e tem gente por perto. Agora ir pra beco não vai não. Deixa eu sonhar contigo fazendo isso, que eu te quebro.
- Fofo como uma mula.Eu ia com o Fernando. Mais quer saber? eu vou e pegar o meu dinheiro, e vou comprar as coisas da minha casa. - falei e a feição dele mudou. - Já vou tá? te vejo mais tarde. Te amo pai. - falei abraçando ele.
- também te amo, minha filha. - ele fala triste, e eu sigo para fora da boca. Subi na moto, e fui pra casa, e entrei gritando a coroa.
- mãeeeeeeeeeeeeeeeee.
- Oi Isis.
- Se arruma, vamos compras as coisas hoje logo.
- Por que mudou de ideia?
- tô sem nada pra fazer. Yaer? a senhora vai?
- vou só me arrumar aqui. - ela fala entrando no quarto, e eu vou para o meu . Eu começo a tomar banho, e os meus pensamentos vão no caveira. Aquele cara i****a. Pensei também na minha irmã. Será por que ele tá assim comigo? Decidi ir no quarto dela, e abri a porta bem devagar. Lá estava ela, sendo seu livro, enquanto comia uva.
- Eu vou sair com a veia, quer vim junta? vamos comprar as coisas pra minha casa nova. - falei e ela me olha.
- Não quero ir, Obrigada. - falou voltando a lê seu livro.
- Quando eu chegar, a gente vai conversa tá? odeio te vê agindo assim comigo. Agora eu já vou. Te amo e se cuida. Falei e voltei pro meu quarto.
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dia 23/08/22