04° Noite e manhã do baile

1163 Palavras
Isis Eram três da manhã, quando eu desci pra baixo e fui pro lado de fora do baile. Até agora eu tô me perguntando oque que eu fui fazer lá, que eu não sei! Assim que sai dei de cara com dois caras. Eles não parecem ser daqui, e só subiram pra aproveitar o baile. Logo eles começam a pedir dinheiro, perguntam se eu tenho d***a e eu falo que não. Eles me presam na parede e naquela hora eu já fiquei nervosa. Comecei a empurrar eles, dei um soco em um deles, e logo dois vapores chegaram. Depois de um tempo o meu pai aparece, e eu só sei abraçar o mesmo. Percebi a presença do tal caveira quando o meu pai se afastou de mim, e depois de uma conversa com o meu pai, o caveira vai me deixar em casa. Logo ele chega com o carro e eu abraço o meu pai e entro. - Eu não sei onde você mora. - ele fala me olhando. - Pode subir a principal, aí tu entra na Figueira. - falei e ele seguiu. Eu estava com a cabeça encostada no vidro, e percebia o olhar dele sobre mim. - Tá querendo perguntar alguma coisa? - perguntei olhando para ele. - Você tá bem? - Estou sim! muito obrigado. - falei e ele assentiu. - você conhece meu pai a muito tempo? - perguntei. - uns onze anos eu acho. Por que? - Só pra saber mesmo. - respondi. - Tá menos marrenta agora. - ele fala e eu solto um sorrisinho. - Tô cansada. Não precisava ter se oferecido pra me trazer, eu iria ficar bem. - Te trouxe por consideração ao seu pai, por que eu não fui com a tua cara não sacou? - ele fala e eu abro a boca. - Cara, eu também não tinha ido com a sua cara. Mais só pelo fato de você ter sido sincero, eu meio que vou agradeçer essa carona. - falei e ele n**a com a cabeça. - Posso fazer uma pergunta? - faça. - falei simples - tu tem quantos anos? - Tá interessado em mim é? - falei e vi ele arregalar os olhos. - Dezoito! fiz tem um mês. - falei e ele sorriu de lado. - Novinha demais. - falou sorrindo negando. - Essa casa aí do portão preto com a planta na frente. - falei apontando para a casa e ele para na frente. - Está estregue, princesinha da favela. - Obrigado, escrotO do caralh0. - falei e ele me encara. - bem que teu pai disse que tu é complicada. - ele fala e eu me viro no banco ficando um pouco de frente para ele. - Então você e meu pai estavam falando sobre mim? interessante. Espero que ele tenha falado coisas boas. - falei sorrindo. - Só disse que você não é fácil. - Olha, eu vou entrando tá bom. Muito obrigado por me trazer. - De nada, princesinha. Se cuida viu. - ele fala e eu assenti saindo do carro. Falei com o vapor da segurança que estava do outro lado da rua, e entrei em casa. Subi para o meu quarto, tirei meus saltos, meu vestido, meus brincos e fiz um coque no cabelo. Tirei a maquiagem com demaquilante, e fui para o banheiro. Lá eu deixei a água cair pelo o meu corpo, e depois que eu saí, vesti uma roupinha leve e me deitei. Olhei as fotos que tirei antes do baile, e postei no i********:. E quando larguei o celular eu lembrei do caveira. A gente se esbarrando e trocando farpas, e poucos minutos atrás no carro, ele foi mais calmo. Ele parece ser uma boa pessoa, mais continua sendo um escrotO do c*****o. Acabei dormindo, e no outro dia acordei sentindo um carinho em meu cabelo e vi que era a minha mãe. - Qual é o motivo desse carinho? - perguntei com os olhos fechados ainda com sono. - Não posso mais fazer carinho na minha filha mais não? - claro que pode. E eu amo também. - falei dando um sorriso. - O Thomas me falou oque aconteceu ontem. Você está bem? - ela pergunta ainda fazendo carinho em meus cabelos. - Estou sim! eles queriam dinheiro pra comprar drOgas. Mais ai eu dei um murro em um, e empurrei o outro, e logo os vapores chegaram. - Graças a Deus, nada de pior aconteceu. - Mãe, aquele tal de caveira ele é casado? - Até onde eu saiba, não! por que dá pergunta? - Por nada. Só pra saber mesmo. Achei ele um gato. - falei e minha mãe sorriu. - Teu pai que não me ouça, mais ele é gato mesmo. - ela fala sorrindo e eu me levanto indo até o banheiro. - Que horas são mãe? - perguntei. - uma hora da tarde. A Cíntia já fez o almoço, e eu, sua irmã e seu pai já comemos. Só falta você. - ela fala lá do quarto e eu entro debaixo do chuveiro. - o papai já foi pra boca? - perguntei enquanto passava sabonete. - Acabou de sair. Foi vê os lucros dessa noite. - Vou já colar lá. - falei me enxaguando e me enrrolei na toalha e comecei a escovar os dentes. Entrei novamente no quarto, e minha mãe me encarava. - tu vai fazer oque na boca, Isis? - vou só colar lá, falar com o Fernando e ajudar o senhor terror. Amanhã a senhora tá livre? - Tô sim por que? - A gente vai sair amanhã de manhã beleza? vamos comprar os móveis para a minha nova casa. - falei me vestindo. - Tá bom então. Já que tu vai pra boca, manda o teu pai vim cedo pra casa. - ela fala saindo do meu quarto. - beleza coroa. - coroa é tua mãe. - ela responde e eu solto uma gargalhada. Vesti um short, um top, fiz um r**o de cavalo no cabelo, e desci pra cozinha encontrando a minha irmã lá. - Yaer, gata. - falei. - oi. - ela responde seco. - eu te fiz algo? - perguntei triste pela a forma que ela me respondeu. Eu sou muito apegada com a minha irmã. - Não! só não estou num bom dia. - ela fala com a cara enfiada em um livro da Colleen. - Quer desabafar? - Caralh0, Isis. Me deixa em paz. - ela fala saindo da cozinha e eu fico sem entender nada. Almocei rapidinho e fui pra garagem. Tirei a moto do meu pai, e muntei seguindo caminho para a boca. Chegando lá falei com os de plantão, e fui entrando na sala do meu pai. - me passaram o rádio dizendo que tu tava cantando pneu pela a favela, Isis. Te liga não viu. - ele fala e eu dou risada. E só aí eu olho para o canto da sala e vejo o tal caveira.
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