Episódio 16

1098 Palavras
Milena Narrando, Observar o mundo do Eduardo se desmoronar estava sendo muito prazeroso, ao mesmo tempo que ele se negava a acreditar ele queria pari para cima do seu avô, coloquei imagens da sua mãe na clínica e da sua irmã com a sua nova família, um vídeo bem íntimo dele com uma ex namorada do Eduardo, ele em um encontro suspeito com a milícia e com dono de alguns morros vizinhos, essa era a parte mais engraçada, pois eram todos meus aliados e me comunicaram de imediato o que estava acontecendo, mostrei também fotos dele com alguns colegas de faculdade do Eduardo aqueles que ele não se da nada bem, ou seja seu querido vovô queria os inimigos por perto, mas qual era o intuito de tudo isso, ele queria assumir o meu comando, me matar se vingar do meu pai em mim, muitas perguntas estavam na minha mente e não conseguia chegar a nenhuma conclusão. — Parem com essa briga i****a, vamos todos morrer mesmo, conta logo Eduardo o plano desse velho, pelo menos uma vez na vida toma as rédeas da situação. Boa priminha, sendo sensata pelo menos uma vez na vida. — Cala boca, você ta sem moral comigo desde que me contou que tirou meu filho. - Ok ouvir isso doeu pois mexeu em uma ferida que eu sei que jamais será cicatrizada, o filho dela era importante mas o meu não, fui tomada por uma raiva que não sabia que existia em mim, destravei a arma e acertei nos dois joelhos dele, vi a perna se quebrar pelo empaqueto e ele me olhar assustado gritando de dor, e isso era música para os meus ouvidos, liguei as cadeiras e a maca e os três tomaram um choque, Eduardo estava perdendo muito sangue e apenas me olhou vago e disse o que eu queria ouvir. — Ele queria vingar a sua vó, ela o rejeitou no passado e ficou com o seu melhor amigo casou e teve filhos, na cabeça dele ele merecia viver aquela vida e jurou vingar a sua vó por ter tornado a vida dele desagradável por muitos anos, ele iria matar ela, assim como matou o seu avô. - Eu apertei e a cadeira dele deu outro choque mais forte, o velho começou a espumar pela boca mas ele não morreria agora, foi colocado ele dentro de um bloco transparente com mais duas cobras essas que continha veneno mas não era algo fatal, a primeira picada foi logo no pescoço e outra no braço, me assustei com a porta se abrindo e minha vó passando com uma .40 na mão. — Esse velho asqueroso eu terei o prazer de matar, eu ouvi tudo como pode matar seu melhor amigo, isso tudo porque levou um fora? Graças a deus eu nunca aceitei ficar com você, frouxo merecia ter morrido a anos atrás mas eu vingarei meu marido e meu filho, pois eles confiaram em um verme como você, mas eu ando com meus olhos bem abertos e com uma mira inabalável. - E foi só ela terminar de falar que uma sequência de 23 tiros foram escutados da cabeça a virilha vários buracos ficaram a mostra, a boca foi bastante atingida 7 tiros, eu olhei pra ela rindo e negando com a cabeça. — A voz dele me irritava, eu em agora vou tomar a minha cervejinha. - Eu queria rir mas não deu nem tempo, minha prima que estava deitada começou a sangrar e foi levada novamente para o PA, pelo visto o aborto clandestino que ela fez estava lhe trazendo alguns danos, foi feito uma cirurgia de emergência, o utero foi retirado mas a hemorragia eles não conseguiram estancar, fazendo assim ela vir a óbito duas horas após retornar para a unidade, ali eu entendi que a lei divida existe, era um inocente que ela tirou e pagou o preço. Tem coisas na vida que não temos controle, mas podermos seguir o caminho aonde a razão é a nossa melhor aliada, Eduardo permaneceu no galpão sangrando e com duas cobras a solta, olhando seu avô morto bem ao seu lado, certamente sua mente começou a viajar por muitos momentos da sua vida, aqueles momentos aonde ele fazia planos de um futuro tranquilo e faceiro, aonde os planos de conclusão da faculdade era a maior prioridade, eu poderia poupar a sua vida, se houvesse um real arrependimento, mas ele não se importou se os meus sentimentos fossem feridos e muito menos se o que ele fazia estivesse errado, ele sabia que era errado, mas mesmo assim ele continuou e se dedicou por anos a fazer todas as vontades do seu avô, ele poderia não saber o que ele fazia as escondidas, mas as ordem e pedidos eram claros, ele sabia muito bem o que estava fazendo. Sendo assim ele não tera um final diferente, eu segui até o galpão ele estava com uma cobra enrolada no pescoço pronta para atacar, ele me olhou mas não tinha nenhuma arrependimento ali. — Quem vai acabar com isso primeiro, você ou a cobra? Está de bom humor para quem vai morrer. — Minha vida já acabou, não faz mais sentido nem a dor me importa mais. Mas eu vou te dizer uma coisa, eu nunca fiz planos futuros com você, eu queria ir para longe de toda essa merda que é o comando, sempre soube de tudo mas eu só desejava ir embora daqui, seguir a minha vida abrir meu consultório e esquecer que um dia você e toda essa família passou pela minha vida. Se sabia de tudo, deveria ter sido mais esperto, poderia ter ido embora, mas escolheu ficar e sabia de todas as consequências, a lei do comando é a voz da comunidade, você desrespeitou todas as leis aqui. — Não me importo, não sou de todo ingênuo como esse pessoal pensa, eu quero mais que eles se explodam, nunca gostei de morar aqui detesto esse lugar, seu comando sua família e você, eu detesto você. Todo sentimento é recíproco, só que a diferença é que eu vou continuar viva. — Tavez você fique viva por mais alguns dias, ou talvez você morra na próxima esquina. Ao contrário de você, eu sei quem entra e sai do meu morro, e principalmente quem está de corja com outro morro, e isso inclui sua namoradinha e seus leais amiguinhos. — O que vai fazer. Eu, ainda não sei, e talvez você não esteja vivo para ver eles sentadinhos do seu lado. — Você vai morrer Milena. Não antes de você querido.
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