Eduardo Narrando,
Eu não consegui dormi, e nem quis remédio pois eu tinha até uma preocupação que o remédio que estavam me dando era realmente para dormi ou para me matar mais rápido.
— Ficar ai de vigília não vai resolver nada, vamos morrer do mesmo jeito, nós subestimamos a minha prima, eu pensei que ela de fato era louca por você e que ao seu chamado ela estaria disponível, ela não vai deixar passar nenhum detalhe, pois ela é igualzinha ao meu tio fria e detalhista, ela realmente amou você isso ninguém pode negar, mas você matou esse amor junto com o filho de vocês, e foi ai que você de fato assinou a sua sentença de morte.
Eu nem me lembrava disso, foi meu avô que me deu aquele remédio, eu só segui as instruções dele.
— Realmente você foi um fantoche na mão dele, e agora eu também estou curiosa para saber o que mais ele fez as escondidas, ou o que fez com a sua ajuda sem que você percebesse, eu sabia que você era b***a mas não imaginei que seria tanto.
Como se você fosse de toda inteligente, só faz merda, agora me fala quem era o pai do seu filho?
— Você ué, posso ser doida mas era só com você que não usava proteção.
E porque tirou a criança?
— Tu não quis o filho da Milena por quem era apaixonado, vai querer meu que não sou nada para você.
Você é louca, não é possível.
— Para de Drama Eduardo, acorda vamos morrer a qualquer momento acha mesmo que eu estou preocupada com isso, o corpo é meu faço o que eu quiser.
Mas o filho era meu.
— Da Milena também era, e nem por isso você não pensou duas vezes antes de tirar ele do seu caminho. - Eu queria socar a cara dela, mas entrou uma enfermeira e aplicou um remédio na minha veia, e vi aplicando na veia dessa louca também, não demorou muito e eu comecei a ficar com sono e nem vi o exato momento que dormi, mas agora acordando sinto um cheiro estranho, meus braços e pernas estão presas e eu estou sentado, mas há algo nos meus olhos e por isso não consigo ver aonde estou, ouso passos e pelo barulho há mais de uma pessoa, escutei alguns barulhos de algo se quebrando, havia mais barulhos mas não conseguia descrever com exatidão o que era, parecia chaves algo de metal, escutei uma conversa baixa mas não dava para entender, escutava apenas os cochichos, de repente uma risada, aquela risada que eu conhecia muito bem.
Milena, é você?
— Em carne osso, e talvez com algumas cobras.
Foi você? Como pode ser tão baixa assim.
— Me poupe dessa sua conversa fiada, hoje você vai ter uma amostra gratis do inferno. - Ela tirou a minha máscara olhei rapidamente, nunca havia estado nesse lugar antes, um galpão sujo e com grandes poças de barro, olhei para o lado meu avô estava amarrado da mesma forma que eu, já a prima estava deitada, mas com os pés e mãos amarradas.
— Meu neto, me escuta precisamos sair daqui, essa louca vai nós matar mas antes vai te colocar contra, e você vai duvidar de tudo que eu fiz por você, não acredita nela.
Porque eu acreditaria nela, você é minha família eu jamais desconfiaria do senhor.
— Que cena mais patética, isso tudo é medo do seu querido neto te desprezar, assim como a sua filha o desprezou, e por esse motivo você matou o marido dela, ou tem medo que ele descubra que a mãe dele ta viva em uma clínica psiquiatra e não morta como você fez ele acreditar durante todos esses anos.
Isso é mentira ele não faria isso, fala pra ela vo, fala que você não fez isso.
— Ele não vai contar, pois isso não foi nada das atrocidades que ele fez, sua irmã que ele disse que foi mostra de bala perdida, foi encontrada e adivinha só, ela esta viva e foi vendida para um casal canadense que a adotaram, e quem fez toda a negociação o seu querido vovô.
Quem me garante que isso é verdade.
— Eu trabalho com provas. - Ela apertou um botão e logo apareceu uma imagem na parede, eu queria vomitar, eu não sabia que o homem que eu amo e que me ajudou a criar, era um monstro.
Olha pro vô, não acredita nela, eu jamais faria isso você sabe, ela quer te manipular é isso que ela quer.
Não preciso disso, até porque você se queimou sozinho, mas eu achei uma coisa bem interessante, tenho certeza que seu querido neto vai amar. - A imagem mudou e começou a mostrar o dia do confronto, o pai dela sendo morto o desespero em seu olhar aquela confusão, e ai ele apareceu segurando uma arma olhando com cara fechada para as pessoas, de repente meu pai apareceu na sua mira, ele me olhou e abaixou a cabeça, o estrondo foi alto uma sequência de 5 disparos, ele matou o meu pai e riu quando ele deu o último suspiro, saiu dali como se nada tivesse acontecido. A minha mente deu um nó, e eu não sabia o que fazer, quem era esse homem na minha frente e o que mais ele era capaz.
— Se decepcionar faz parte, isso não é nada ainda do que seu querido vovô é capaz, mas você nem vai ter tempo para descobrir, mas agora eu preciso saber o que vocês estavam planejando. - Ela me olhou perversa e apertou um botão aonde fez a cadeira dar um choque, era doloroso mas dava para suportar, porém ela foi aumentando e eu já não estava aguentando levar tantos choques.
— Aguenta Eduardo, você precisa ser forte, não deixa ela entrar na sua mente.
Eu queria acreditar nisso, mas as coisas estão ficando claras agora, quem é você de verdade porque tornou a minha vida tão difícil.
— Não acredita nela, eu não fiz nada de mais, agora você precisa confiar em mim, ela quer te manipular.
Você não vai me manipular, é você que ta fazendo isso, é você que ta destruindo tudo.
— Você esta enganado, eu estou concertando tudo, acredite se quiser mas eu fiz o que fiz pois era o certo, minha filha não ia ficar com um homem que não podia dar a ela um futuro descente.
Você é desprezível.