" Eu sei que nunca fui a mãe dos seus sonhos, mas você também nunca foi a filha dos meus sonhos. Quando você nasceu, você era toda a minha esperança, era a chave para a fortuna do seu pai, mas o i*****l ouviu a minha conversa com a sua tia Geórgia sobre eu sempre amar o Leonardo e querer destruir a Pamela, então como vingança ele me tirou do testamento e deixou tudo para você. De minha esperança, você passou a ser minha rival, uma rival muito carente e chorona, na qual era impossível eu amar... Nunca te amei, de fato, mas você um dia foi minha esperança. Essa carta não é um pedido de desculpas, não me arrependo de nada do que eu fiz, não me arrependo de não ter te amado, mas acho que você merece saber... Eu matei seu pai envenenado e fiz parecer que foi um ataque cardíaco, subornei o médico para conseguir isso, eu sei... Sou muito inteligente. Se quiser continuar a minha vingança contra a Pamela, talvez agora depois de morta possamos ser amigas, tenha uma boa vida, Hermione.
Beijos de sua querida e eterna mãe, Sabrina".
Lembro de como isso soou como mil facadas no meu estômago, minha mãe, que apesar de tudo eu amava, matou o meu pai. Novamente estou relendo esta carta, tenho feito isso por seis anos, e ela costumava ter um significado diferente para mim, eu precisava ser uma pessoa melhor, eu precisava ser diferente da Sabrina, mas agora quando a leio... Eu sei o que sinto, sinto ódio. Quando somos boas demais todo mundo tenta nos pisar, assim como minha mãe me maltratava, assim como a Penélope e aquelas outras amigas da Manuela tentaram fazer também. Saio do meu estado de transe quando sinto uma mão tocar no meu ombro, quase pulo de susto.
Hermione: O que você quer?
Pergunto agressiva.
Manuela: Estou preocupada com você, Hermione.
Hermione: Você? Preocupada comigo? Não me diga...
Manuela: Sem sarcasmos, Hermione... Eu não sou sua inimiga, eu realmente me preocupo com você.
Hermione: Você costumava ser minha melhor amiga, hoje em dia eu não sei o que você é.
Manuela: Você agrediu a Penélope, Hermione... Você nunca bateu em ninguém, o que está acontecendo com você?
Hermione: Eu aprendí a me defender, é isso o que está acontecendo.
Manuela: Essa carta da Sabrina está te deixando maluca... Você está se transformando nela, você está se transformando na sua mãe.
Como resposta a idiotice que Manuela fala, a dou um forte empurrão no ombro, fazendo-a cair sentada no tapete do meu quarto.
Hermione: Vai embora da minha casa, agora... Ou eu juro que eu mesma te tiro daqui.
Manuela: Você não quer me ouvir, está consumida pelo ódio.
Hermione: Vai embora, Manuela!
Grito, apontando para a porta do quarto.
Manuela: Tudo bem...
Diz minha prima, se levantando do chão.
Manuela: Já que você não quer me ouvir... Talvez escute outra pessoa.
Com passos lentos, Manuela finalmente sai do meu quarto, fechando a porta atrás de si.
...
Brenno: E por que você acha que eu sou a pessoa mais indicada para te ajudar com a sua prima?
Pergunta Brenno, tomando um milk shake, enquanto Manu apenas suspira e apoia o seu queixo na mão.
Manuela: Você pode pedir para o Colin ajudar a Hermione com isso, você é o melhor amigo dele.
Brenno: Você também é amiga do Colin.
Manuela: Mas sou prima da Hermione! Se eu for falar com ele, ele pode contar a ela e nós duas estamos brigadas.
Brenno: É só você pedir pra ele não contar.
Manuela: Brenno... Por favor, eu já tentei conversar com a Hermione e ela não me escuta.
Brenno suspira, tocando uma das mãos da Manuela.
Brenno: Tudo bem, Manu... Eu falo com ele.
Manuela: Obrigada!
Diz minha prima, levantando a mão do Brenno e deixando um beijo em sua palma. Nessa hora, Daniel, nosso professor de matemática, entra na sorveteria acompanhado por uma mulher de cabelos lisos e castanhos e uma pele morena de dar inveja, seu nome é Ágata, e ela é filha da madrasta da Manu.
Manu: Ágata...
Brenno: Olha a morena que o professor tá pegando...
Manu: Cala a boca, Brenno... Vamos embora daqui.
Brenno: Espera... Essa não é sua irmã ?
Manu: Ela não é minha irmã, é enteada do meu pai.
Brenno: E isso não é o mesmo?
Manu: NÃO!
Brenno: Por que está tão nervosa?
Antes de se sentar em uma das cadeiras, Ágata se aproxima da mesa de Manu, segurando uma das mãos do Daniel.
Ágata: Oi Manu... Que coincidência te encontrar aqui.
Diz a garota, piscando um dos olhos para sua meio-irmã após analisar Brenno.
Manuela: Esse é Brenno, meu amigo.
Ágata: Sei...
Daniel: Oi, Manu... Oí, Brenno
Brenno: E aí, professor.
Ágata: O Dani me contou sobre ser seu professor particular, não fazia ideia que seu pai estava atrás de um, eu mesma poderia ter indicado ele.
Com certeza o que a Manu quis dizer foi: E eu não fazia ideia que você namorava o meu professor, mas no lugar disso, ela falou:
Manuela: É... Acho que ele não viu necessidade em comunicar.
Ágata: Vou levar o Daniel para jantar conosco hoje, na casa da sua avó.
Manuela: Na casa da vovó Luisa?
Ágata: Sim, é aniversário dela, esqueceu?
Manuela: Claro que não.
Ágata: Vou anunciar o nosso namoro e aproveito para falar com o seu pai sobre o Daniel ser teu professor particular, o que acha?
Manu: Acho uma ótima ideia, Ágata... Eu... Eu preciso ir, vamos Brenno.
Diz Manuela, pegando seu milk shake que estaria em cima da mesa e saindo às pressas para fora da sorveteria. Brenno se despede do professor e de sua namorada, e corre atrás de Manuela, que já estava quase atravessando a rua.
Brenno: O que deu em você? Pensei que simpatizasse com o Daniel.
Manuela: Sim... Sim, eu simpatizo, só que...
Brenno: Só que você não o quer como cunhado.
Manuela: Não, Brenno... Eu não quero o Daniel como cunhado.
Brenno: Eu sei que deve ser estranho ter o seu professor frequentando a sua casa, mas...
Manuela: O problema não é esse, Brenno! Eu gosto do Daniel, eu sou apaixonada por ele, eu gosto dele desde que chegou na escola.
...
Vanessa: O que você tá fazendo aqui?
Pergunta Vanessa, surpresa, ao encontrar Arthur parado na porta da sua casa.
Arthur: Não vai me convidar para entrar?
Vanessa revira os olhos, indo para o lado de fora de sua casa, uma área externa que ficava próxima à piscina, algo parecido com uma varanda, fechando a porta atrás de si.
Vanessa: Se contente em eu não mandar te expulsarem, foi aquela vaca que te mandou aqui, não foi? Sempre suspeitei que você era p*u mandado da Penélope.
Arthur: O que você quer com a Hermione?
Vanessa: Como assim o que eu quero? Acha que eu sou feito vocês? Eu me aproximo das pessoas por empatia e não por interesse.
Arthur: Eu sei que você odeia a Penélope porque ela tirou o seu título de rainha do baile.
Vanessa: Eu tenho desprezo pela Penélope pela mentira que ela inventou de mim, uma mentira que me difamou até hoje!
Arthur: Sei...
Vanessa: Sério que você vai se prestar ao papel de capanga da Penélope? Sinceramente, Arthur... Pensei que fosse amigo do Colin.
Arthur: Eu gosto da Penélope e não estou fazendo nada escondido do meu amigo, não... Eu sei que ela inventou aquela mentira...
Vanessa: Ela tem obsessão pelo Colin, pra que você se presta a isso?
Arthur: Eu sempre fui apaixonado por aquela garota!
Vanessa: Você gosta de alguém que só te usa?
Arthur: Ela não me usa, eu vim aqui porque eu quis!
Vanessa: Você veio aqui para agradar aquela v*******a!
Arthur: Vanessa...
Vanessa: Arthur... Arthur, me escuta... Tenha amor próprio, isso vai ser a salvação da sua vida.
Arthur: Eu só estou tentando, nunca vou saber o resultado se não tentar.
Vanessa: Bom... Boa sorte, espero que você acorde a tempo.
Arthur: A tempo de que?
Vanessa: A tempo de não ter virado o cavalinho da Penélope.
Diz Vanessa, entrando na sua casa e batendo a porta, praticamente na cara do Arthur.
Arthur: Você não respondeu minha pergunta!
Arthur acerta um t**a na porta, mas acaba se conformando que a Vanessa não vai abrir e vai embora para casa.
Arthur: Garota irritante.
Diz, ao longo seu percurso.