Capítulo 4

1731 Palavras
Penélope: Então quer dizer que você se afastou da sua prima mesmo? Manu: Sim... Ela acha que foi você quem jogou aquela tinta verde. Penélope: Eu acho que ela está com ciúmes da nossa amizade, você tem várias amigas e ela só tem você. Manu: Sim, mas chegar ao ponto de te acusar daquela barbaridade... Te conheço há anos, eu sei que jamais faria algo assim. Brenno: Olá gatinhas... Diz Brenno, deixando um beijo na bochecha da Manu.  Amanda: Não vimos o Colin. Brenno: Eu não perguntei por ele. Amanda: Mas ia. Brenno: Vim porque queria ver a Manu...  Penélope: Brenno... Pare de perder tempo, a Manu não quer saber de você, não é Manu? Amanda: Nem de você ou de nenhum outro garoto, sabemos que ela está apaixonada por alguém que com certeza não é daqui.  Manu: O que? Pergunta minha prima, assustada. Brenno: Sabe, Penélope... Se eu quisesse saber do Colin perguntaria a Hermione, ele está interessado nela então procura sempre se manter por perto. Penélope: O Colin é muito caprichoso e a Hermione é só mais um capricho dele. Brenno: Nunca o vi tão empenhado em um capricho, ele saiu correndo da festa da Rebecca por ela, e depois... Penélope: E depois o que?  Brenno: Eles foram juntos tomar um milk shake na esquina da casa da Vanessa. Amanda: Vanessa? Mas o que a Vanessa tem a ver com... Como uma resposta para a pergunta de Amanda, chego no colégio acompanhada por Vanessa e duas de suas amigas: Carol e Sofia. Passamos pela minha prima e o seu grupo de propósito, olhando com provocação, no momento tudo o que sinto é ódio, até mesmo pela Manu que me deu as costas no momento em que eu mais precisava do seu apoio.  Sofia: Eu acho um desperdício uma menina gente boa como a Manu andar com aquelas serpentes. Carol: Será que ela é tão boa assim? É aquele ditado... Cada qual com seu igual. Vanessa: Não pega pesado, Carol... É prima da Hermione. Hermione: Tudo bem, Vanessa... Em qualquer outra época eu teria defendido a Manu, mas hoje em dia eu não sei quem ela é. ... Sempre que era aula de matemática a Manu sentava na frente, era notável a forma em que ela olhava o professor Daniel falar. Na hora que ele começou a distribuir as provas surpresas a primeira que ele entregou foi a dela, e falou olhando-a nos olhos. Daniel: Você tirou um 9... É incrível como você melhorou. Manu: É... Eu sempre tirava seis ou sete, obrigada professor. A verdade é: A Manu quase quis tirar uma nota baixa para ver o professor Daniel por mais tempo na recuperação.  Daniel: O mérito é todo seu, continue se esforçando... Você é uma aluna brilhante. Manu ficou tão emocionada que as palavras não saíram, ela está apaixonada, como ela está apaixonada... Mas será que é atrevido demais tentar ter o amor do professor correspondido?  Daniel: Parabéns, Hermione... Você tirou 10.  Seguro a minha prova, apenas dando um sorriso ao professor como resposta. No momento em que ele sai da minha frente para continuar distribuindo as provas, dou de cara com a Manu. Ela não desvia o olhar como sempre faz quando quer mostrar desdém, ela permanece me encarando como se quisesse me pedir desculpas ou ao menos se reaproximar, mas sou eu quem olha para o lado, ainda estou muito magoada com ela.  ... Na hora de ir para a próxima aula, antes de deixar a sala, Manu teve uma ideia que na sua cabeça parecia extraordinária. Ela deixou que todos os alunos saíssem, fingiu demorar mais do que o normal para guardar os materiais e se aproximou do professor. Daniel: Oi, Manu... Posso te ajudar? Ah, ele poderia ajudar de várias maneiras que não envolvessem apenas uma sala de aula. Manu: Ah... O senhor dar aulas particulares? Daniel: Hoje em dia mais não, por quê? Manu: Meu pai queria um professor que me ajudasse com matemática, eu pensei no senhor. Daniel: Posso falar com seu pai, sem problemas... Adoraria te dar aulas extras. Manu: Bom... Fala comigo mais tarde, eu te passo o número dele. Daniel: Claro, falo sim. Manu apenas sorriu e saiu da sala de aula, o sabor da vitória é incrível.  ... Penélope: Colin, espera!  Penélope apressa os passos, conseguindo alcançar Colin antes que ele entrasse na quadra de basquete. Colin: Oi, Penélope. Penélope: Eu queria muito pedir sua ajuda, eu tirei três em matemática e eu preciso recuperar a minha nota... Colin: Por que não fala com o Daniel? Ele não vai se importar de ficar até um pouco depois do horário para te ensinar.  Penélope: Eu não consigo aprender com aquele professor, o acho insuportável... Colin: Sei... Penélope: Depois do treino poderíamos ir na minha casa... O que você acha? Podemos estudar juntos como antigamente e até assistir um filme depois. Colin: Sinto muito, Penélope, não vai rolar... Eu vou sair com a Hermione. Penélope: Ah... Colin: Tenho que ir, não posso me atrasar, até qualquer dia. Diz Colin, dando de ombros e caminhando em direção a quadra. Penélope: Vagabunda... Sussurra Penélope para si mesma. ... Vanessa falou com a professora de educação física para me colocar no time das líderes de torcida, e eu estou me preparando para começar os ensaios. Estou no vestiário, me olhando no espelho enquanto arrumo meu cabelo. Como sempre demoro no banho, falei para as meninas começarem a se alongar antes, pois iria no encontro delas depois. Nesse momento chega Penélope, já vestida, e posso ver pelo espelho a forma em que ela me olha e caminha na minha direção. Consigo me virar a tempo antes que ela me ataque pelas costas e ficamos frente a frente, bem próximas. Penélope: Você não vai querer declarar guerra a mim, Hermione. Hermione: Eu não sei se percebeu... Mas eu não tenho medo de você.  Penélope: Eu vou fazer da sua vida um inferno se você ficar no meu caminho. Hermione: E eu vou te devolver mil vezes pior o que você me fizer... Eu sei do seu envolvimento naquele lance da tinta verde, pode aguardar que a minha resposta vai ser pior.  Penélope: Não sei se percebeu, mas eu já ganhei... A única pessoa que era sua amiga está do meu lado... A Manu. Hermione: Bom... Eu tenho o Colin, acho que você não saiu ganhando tanto assim, querida. Penélope: Filha da... Hermione: E eu fiz uma troca boa... Perdi a Manuela, mas ganhei a Vanessa, a Sofia e a Carol... Pode ficar com a minha prima.  Dou o sorriso mais debochado que posso e desencosto da pia, tentando caminhar para longe da Penélope, mas ela segura o meu antebraço com tanta força que quase o arranca. Penélope: Você é só mais uma que o Colin vai usar e jogar fora,  e no final de tudo ele vai voltar para quem realmente ama... Eu!  Puxo o meu braço bruscamente, voltando a ficar na mesma posição de antes.  Hermione: Ninguém nunca te apresentou algo chamado dignidade... E outra coisa chamado amor próprio? Essa sua perseguição está ficando ridícula, você é patética, Penélope.  Como resposta a minha ofensa, a Penélope acerta um forte t**a contra o meu rosto.  Penélope: Isso é só uma amostra do que vai te acontecer se você continuar a se meter comigo.  Quando a Penélope vira as costas para sair do banheiro, eu a seguro pela nuca e a empurro de costas contra a pia. Aproveitando a deixa, acerto dois tapas contra o rosto da Penélope, a fazendo quase cair no chão pelo tamanho da força que não economizo.  Penélope: Eu vou te m***r! Penélope grita, praticamente voando em cima de mim. Nós duas rolamos pelo chão e a Penélope consegue ficar por cima, acertando vários tapas contra os meus antebraços, os uso para proteger o meu rosto.  Penélope: Não adianta, querida... Eu vou enfiar a sua cara na privada! Elevo o meu quadril com toda a força que consigo, fazendo a Penélope voar para a frente. Agora sou eu quem me jogo por cima dela e sento nos seus braços, acertando seis fortes tapas no seu rosto. Penélope usa da mesma tática que eu e levanta o seu quadril, eu apenas caio para o lado, pois estava segurando a gola da sua blusa. Como não pode acertar o meu rosto, a v*******a me segura pelos cabelos, e aperta o meu couro cabeludo com tanta força que eu sinto como se estivesse ficando careca. A minha reação é cravar todas as minhas unhas na mão daquela cretina, aperto sua pele com tanta força que sinto a temperatura quente do sangue da Penélope penetrando as minhas unhas. Penélope solta um grito de dor e solta os meus cabelos, então aproveito para segurar os braços dela e a obrigo a levantar do chão, lançando o seu corpo contra um dos armários. Aproveito que a ruiva psicopata ainda está caída ao chão e volto a segura-lá pela nuca, apertando-a com muita força, e obrigando-a a sair do chão. Penélope tenta lutar para se soltar de mim, mas eu entorto um dos braços dela as costas, a imobilizando. Penélope: Me solta! Eu vou destruir você como um inseto, pode ter certeza!  Hermione: Cala a boca, p*****a!  Digo, caminhando com ela em direção a privada, mergulhando o rosto da mesma no objeto. Hermione: O que acha de provar um pouco do seu próprio veneno? Penélope: Socorro!  Novamente mergulho o rosto dela na água da privada. Hermione: Acho que isso vai ser bom para diminuir o seu fogo! Novamente, mergulho o rosto da Penélope contra o vaso sanitário e a puxo de uma só vez para cima, jogando-a contra a parede e acertando mais três tapas contra o seu rosto.  Hermione: So não te dou uma surra maior porque estou atrasada para o treino, mas saiba que isso não é nem metade do que você merece! Manu: Que gritaria é essa aqui?  Pergunta minha prima, que chega acompanhada da Amanda.  Penélope: A sua prima me bateu! Ela está ficando louca, Manuela! Hermione: Como não me importa o que essas duas pensam sobre mim, conta a versão que você quiser. Digo, passando entre Manuela e Amanda, esbarrando nas duas com bastante força.  " Não posso acreditar... A Hermione é igual a mãe dela, a Hermione é como a Sabrina" pensa Manuela, antes de abraçar a Penélope que estaria ensopada e chorando.
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