Hope soltou um suspiro frustrada pelo que pareceu ser a décima vez somente naquele espaço mínimo de tempo em que tentava – sem sucesso – esperar ter alguma ideia sobre o que pintar aquele dia. Não estava conseguindo se concentrar e nem ao menos sabia o motivo.
A única coisa que sabia era que não aguentava mais ficar naquela casa isolada e não aguentava mais manter distância de Josie, mesmo sabendo que a culpa pela parte de estarem afastadas fora apenas sua. Contudo, achava que doze dias era suficiente, já a sua família e a Caroline que agora também se lembrava dela graças a sua tia Freya nem tanto.
Tinha noção de que eles somente queriam o seu bem, mas isso não tornava as coisas menos sufocantes ou fáceis de lidar.
A tribida ouviu alguém bater na porta de seu quarto e apenas murmurou um “ entra” auto o suficiente para que a pessoa do outro lado escutasse.
Ficou surpresa ao encontrar Kol entrando em seu quarto. Rebekah havia a avisado que ele tinha ido passar alguns dias com Davina.
A ruiva não iria negar que ficou decepcionada ao saber que ele tinha saído sem nem ao menos se desculpar, se despedir ou ter demonstrado alguma vontade de se explicar por ter praticamente a forçado a matar uma pessoa. Ao menos ela achava que o mínimo que ele podia fazer era dar um explicação, em seu ponto de vista, não estava sendo radical ou dura com ele, era só o necessário para que pudessem voltar a ser como eram antes, pois Hope não aguentaria manter aquela postura indiferente com seu tio por muito tempo.
Precisava dele ao seu lado tanto quanto precisava de Rebekah e Freya.
- Eu vou te treinar hoje, então... – Kol murmurou constrangido sem conseguir olhar diretamente para Hope.
- Não precisa fazer isso – A mais nova disse chamando a atenção do homem para si – Se não quiser.
Kol deu um sorriso desconfortável para a sobrinha e negou levemente com a cabeça.
Na verdade, quem deveria treinar Hope hoje era Freya e ele teve que fazer um grande esforço para faze-la ceder aquele dia para ele, pois segundo ela “ Amava passar um tempo com sua sobrinha favorita” mesmo que Hope fosse a única sobrinha que eles tinham e que a ruiva não tinha mais nenhum lugar para ir, elas iriam passar algum tempo juntas mesmo se não quisessem.
O que levava o Vampiro original a crer que a bruxa mais velha só estava fazendo isso para tortura-lo.
De qualquer forma, pareceu ser uma boa ideia treina-la, agora no entanto, com Hope o analisando de forma analítica...
- Por que acha que eu não quero treinar você? – Perguntou por fim se escorando no batente da porta
Hope cerrou os olhos em direção ao seu tio tentando entender suas intenções. Era mais do que óbvio o motivo, no entanto, a ruiva realmente achava que não precisava o lembrar de como ele tinha ido embora e a deixado ali pensando em mil e uma possibilidades sobre como deveria ter apenas matado o pequeno presente que ele trouxera, ou simplesmente o que ocorreria se tivesse cedido a sua vontade, ela teria mesmo coragem de se alimentar de uma pessoa a ponto de deixá-la sem sangue algum? Ela era capaz daquilo?
Até hoje não sabia a resposta e não tinha nenhuma vontade de descobrir
E além disso, não queria correr o risco de o acompanhar só para depois ter que dar de frente com suas possíveis vítimas. O que Kol fizera, apesar de ter boas intenções, foi c***l demais para que a mais nova simplesmente o pudesse o perdoar na primeira oportunidade que tivesse.
Não.
Ela não faria isso.
- Não acho que isso precise de explicação – Hope comentou dando de ombros deixando seu tio mais uma vez desconfortável e um tanto culpado.
- Você tem todo direito de estar chateada comigo – Kol começou de forma hesitante – Eu nunca deveria ter te submetido aquilo, mas o lado bom é que se vier comigo então estará livre de mim até o jantar
- Acha que é isso que eu quero? – Hope questionou com o cenho franzido e Kol apenas deu de ombros.
- Eu não sei o que você quer – Ele admitiu engolindo em seco e Hope riu sem humor. – Podemos ir apenas treinar? Você já está atrasada
- Contanto que não tenha nenhuma surpresa – Hope disse se pondo a analisar seu tio mais uma vez que sorriu de forma inocente e levantou as mãos em sinal de rendição
- Eu prometo
Não se dando muito por convencida Hope apenas assentiu deixando seu pincel e seu quadro intocado para trás e indo se arrumar para acabar logo com aquilo.
(...)
Depois do que pareceram três horas os dois estavam jogados na grama, não se importando com o fato de que provavelmente Freya os iria obrigar a tomar um banho assim que pisassem o pé dentro da casa.
A respiração ofegante deixava claro que o treino de hoje tinha sido bastante intenso. Decerto que isso se devia em parte por Hope ainda estar chateada o suficiente para querer soca-lo – Ou ao menos era o que o vampiro original suspeitava.
- Eu sinto muito – Ele murmurou após um tempo chamando a atenção da tribida para si – Eu tentei imaginar o que Niklaus faria e acabei me precipitando. O que eu fiz foi errado e eu não tinha direito, mesmo que fosse apenas para tentar te ajudar.
Hope pareceu ponderar por alguns instantes as palavras de seu tio e não conseguiu deixar de pensar que talvez, apenas talvez o seu pai de fato fizesse algo como aquilo se significasse que no fim ela iria estar bem.
Afinal de contas, ele arranjou alguém para ela torturar quando Hollow estava em seu corpo.
Contra fatos não há argumentos.
- Eu não quero que você tome decisões como o meu pai faria – Ela disse por fim - Até porque ele não tomava as melhores decisões do mundo
Kol não pode evitar deixar uma fraca risada escapar de seus lábios com o comentário de Hope.
- Isso é verdade
- E se você prometer não fazer mais esse tipo de coisa então sim, eu irei te desculpar
- Eu prometo – Ele exclamou rapidamente - Eu prometo o que você quiser.
A ruiva assentiu com um pequeno sorriso e voltou a encarar o céu.
Era estranho como toda vez sua mente em algum determinado momento sempre viajava para uma certa morena de olhos castanhos e em todas as vezes que isso acontecia ela sentia um sorriso bobo crescer em seus lábios. Sentia algo no fundo de seu âmago que por mais que soubesse o que era, ainda não estava pronta para admitir em voz alta, por mais que fosse uma certeza que se tornava cada vez mais difícil de se esconder.
Olhando agora, a ruiva simplesmente não conseguia entender como tudo parecia tão simples e tão complicada ao mesmo tempo. Não planejara sentir nada daquilo, até porque nunca pensou que Josie fosse se tornar tão importante a ponto de Hope sentir uma terrível dor no peito toda vez que ficavam muito tempo sem se falar e o pior de tudo: sabendo que a morena provavelmente ainda estaria com raiva dela.
E ainda no meio daquilo tudo tinha Landon.
Ela costumava o observar quando ninguém conseguia a ver e por isso, a ruiva sabia que ele estava ficando com uma garota que ela sequer se lembrava o nome, apesar de saber que ela estava no segundo ano.
Nos primeiros dias a Mikaelson achou que nunca seria capaz de esquece-lo até que simplesmente o fez.
Hope Mikaelson esqueceu completamente que a Fênix existia e ao contrário de seu pensamento inicial ela não havia morrido por isso como achou que iria acontecer. Não sentia amor por ele, nem ódio e qualquer outro sentimento que não fosse um carinho e empatia por tudo o que viveram juntos nos últimos meses, pois sabia que ele foi sim importante para o ponto onde chegou.
Gostando de admitir ou não, o rapaz tinha sido a única pessoa para quem Hope abaixara sua guarda depois de muito tempo afastando pessoas, mesmo que o sentimento que sentiu por ele nem chegava perto do sentimento que sentia por Josie.
- Você está pensativa – Kol comentou tirando a ruiva de seus devaneios
- Me desculpe – Ela sorriu envergonhada encarando seu tio
- Não precisa se desculpar – Ele sorriu de forma reconfortante – Apenas fiquei curioso, no que está pensando?
Hope não respondeu. Não sentiu que precisava já que suas bochechas começaram a corar sem que tivesse nenhum controle
- Josie? – Kol tentou adivinhar arqueando uma sobrancelha fazendo Hope corar ainda mais – Eu sabia! - Exclamou com um largo sorriso
- Por que vocês sempre acham que sempre que estou pensativa eu estou pensando nela? – Indagou arqueando uma sobrancelha
- Porque na maioria das vezes você está – Ele disse como se fosse óbvio fazendo com que Hope revirasse os olhos – Não acha que está na hora de resolver isso?
- Eu não posso sair daqui e...
- Não me venha com esta desculpa – Kol a interrompeu se sentando e Hope fez o mesmo – você só está adiando a conversa porque não quer encarar Josie agora e por isto fica dando desculpas. Mas não se esqueça de que você, Hope Mikaelson, continua sendo uma bruxa e não precisa realmente sair de um lugar para estar em outro.
- Projeção astral? – Hope sugeriu e Kol assentiu abrindo mais de seus sorrisos
- Projeção astral – Ele confirmou
(...)
Duas horas.
Duas horas de pura tortura estudando uma das matérias que mais odiava.
Deus! Como a obrigar a estudar feitiços defensivos continuava um ótimo jeito de sua mãe a torturar.
Bom, ao menos supostamente era para ela estar estudando, já que há aproximadamente quinze minutos tinha oficialmente desistido e agora estava dando tudo de si em sua performance de you belong with me da Taylor.
Sim, ela amava Taylor Swift, mas o que poderia fazer se era uma romântica incurável?
Talvez se não estivesse tão empenhada em sua performance teria notado quando Hope apareceu no canto do quarto.
A primeira reação da ruiva foi abrir a boca completamente surpresa por ver Josie pulando na cama cantando de forma empolgada.
A segunda reação foi sorrir largamente, pois aquela era a primeira vez em muito tempo em que via a mais nova daquele modo.
Era bom vê-la daquela forma. Para ser totalmente sincera, Hope estava hipnotizada assistindo aquela cena, poderia ficar ali por dias somente para poder gravar cada detalhe do sorriso da Saltzman que cantava a plenos pulmões mantendo seus olhos fechados na maior parte do tempo.
Quando Josie fez o solo de guitarra fingindo estar tocando o instrumento , Hope teve que dar o seu máximo para segurar a risada, pois não queria atrapalhar aquela cena que beirava a perfeição aos olhos da tribida
- Oh, I remember you driving to my house in the middle of the night I'm the one who makes you laugh when you know you're about to cry i know your favorite songs and you tell me about your dreams think i know where you belong, think I know it's with me – Hope cruzou os braços abaixo dos s***s sorrindo como uma i****a ainda maravilhada com a cena, esquecendo-se totalmente que ainda não havia anunciado a sua presença.
Quando Josie finalmente abriu os olhos no último refrão e viu que tinha uma pessoa ali fez a primeira coisa que veio em sua cabeça: se jogou para fora da cama e se escondeu embaixo dela como se sua vida dependesse disso.
Quase como uma criança faria.
Hope tentou.
Ela jura que tentou segurar a gargalhada, porém, foi praticamente impossível.
Josie sentiu seu rosto queimar de vergonha, mas quando ouviu aquela risada, a risada que tanto sentiu falta nos últimos doze dias , toda a sua vontade que tinha de passar o resto de sua vida mortal debaixo daquela cama desapareceu magicamente e ela se permitiu sair.
Hope continuava rindo jogando a sua cabeça para trás como uma criança faria e Josie quase se permitiu sorrir...
Bom, eu disse quase...
A morena pegou a primeira coisa que viu em sua frente e sem pensar duas vezes a lançou contra a ruiva, mas seu caderno passou direto a fazendo revirar os olhos.
Claro que ela não estava realmente ali...
- Que diabos, Josie!? – Hope exclamou com os seus olhos azuis levemente arregalados
Josie não pode deixar de reparar que os olhos da ruiva estavam mais claros do que dá última vez que se viram e...
“ Foco, Josie! Você ainda está brava com ela, mesmo ainda não se lembrando o motivo agora” A morena exclamou para si mesma.
- Isso foi por ter sumido por doze dias – Josie esbravejou apontando o dedo de forma acusatório em sua direção e Hope cerrou os olhos em sua direção
- Isso poderia ter me matado se eu estivesse realmente aqui – Hope comentou de maneira dramática
- Você é um dos seres mais poderosos do mundo – Josie argumentou como se fosse óbvio – Tenho certeza que não seria um caderno que te mataria – Terminou de explicar seu raciocínio dando de ombros em seguida
- Você não tem como saber – Hope retrucou com um leve bico em seus lábios
“ Tão adorável “ Josie pensou consigo mesma se repreendendo em seguida impedindo que um suspiro escapasse.
Ficaram em um silêncio gritante por alguns instantes. O clima mudando drasticamente de descontraído para tenso, fazia as duas terem certeza de que precisavam se resolver o mais rápido possível.
- Josie... – Hope tentou, mas foi quase que imediatamente interrompida pela morena
- Você não pode me deixar uma única carta e depois simplesmente sumir me deixando com um milhão de perguntas não respondidas, Hope – Josie disse tentando esconder o quanto aquilo havia a deixado vulnerável.
Hope a conhecia no entanto, a conhecia o suficiente para perceber que tinha a machucado por mais que ela tentasse esconder.
- Precisávamos desse tempo, Josie – Hope disse sentindo seu coração apertar ao imaginar uma possível discussão com a mais nova.
- Você não tinha o direito de decidir isso sozinha – Josie retrucou com um tom de voz acusatório
- Você conseguiria olhar para mim da mesma forma que antes depois de tudo o que viu? – Hope questionou e Josie ficou em silêncio
Como ela deveria saber a resposta para aquela pergunta? Ver Hope daquele modo foi sim assustador, contudo, a morena sabia que todos tinham um lado n***o, incluindo a mesma que secretamente tinha medo de virar uma psicopata como o seu tio Kai acabou se tornando.
Aquele era um de seus maiores medos por mais que nunca fosse admitir em voz alta.
- Parece que nunca vamos saber agora, não é mesmo? – A mais nova praticamente sussurrou
Caíram em mais um silêncio desconfortável, desta vez, Josie fazia de tudo para evitar o olhar de Hope, pois sabia que se fizesse isso iria a perdoar por não ter deixado a explicar o motivo de ter beijado Rafael – apesar de saber que não precisa de uma explicação – a perdoaria por ter espancado o lobo, a perdoaria por ter ido embora e apenas deixado uma carta que não explicava muita coisa e a perdoaria por ter sumido sem dar nenhuma notícia a ela.
Parecia não ser muita coisa, talvez parecesse até mesmo que ela estivesse fazendo drama, porém, os últimos dias sem a ruiva foram horríveis.
Ela não conseguia dormir, pois descobriu tarde demais que havia se acostumado com o calor de Hope ao seu lado. Nesta parte, Lizzie fora essencial para que a morena conseguisse voltar a dormir depois dos três primeiros dias.
Rafael ainda estava tentando entender o que aconteceu e por esse motivo não deixava Josie em paz, que até agora conseguiu fugir do rapaz – com muita dificuldade - mas não sabia por quanto tempo iria aguentar aquilo.
Uma hora ela teria que explicar, apesar de que ela mesma não havia entendido totalmente o que havia acontecido.
- Eu não tinha nenhum direito de fazer você passar por uma situação dessas – Hope se aproximou hesitantemente – Eu não tinha nenhum direito de exigir uma explicação por algo que eu não tenho nada a ver e eu não tinha o direito de bater nele...
- Hope... – Josie tentou a interromper
- Me deixe falar – Hope pediu quase em suplica e a mais nova assentiu – O que estou tentando dizer é que eu sinto muito por tudo e eu espero que possa me perdoar porque eu não sei viver em um mundo em que você me odeie
- Eu não te odeio – Josie disse franzindo o cenho confusa -É isso que você acha? Que eu odeio você?
Hope não respondeu e aquela foi a confirmação que Josie precisava para ter certeza de que a ruiva achava que ela realmente a odiava
- Por Deus, Hope! – A morena disse se aproximando da projeção astral da Mikaelson. Se ela estivesse realmente ali, Josie poderia apostar que conseguiria sentir a respiração dela se misturar com a sua – Eu nunca seria capaz de odiar você. Sim eu fiquei com raiva, e até mesmo chateada, mas odiar você... odiar você soa como um crime que eu não seria capaz de cometer.
E naquele momento Hope sentiu todas as moléculas de seu corpo praticamente suplicarem por um beijo que sabia que não aconteceria agora.
- Nós estávamos presos na teia daquela aranha gigante – Josie começou a explicar de repente se afastando da mais baixa para ir se sentar em sua cama – Eu não tinha magia então tive que sugar, mas minhas mãos estavam presas e então beija-lo para sugar a magia foi a única ideia plausível que eu tive na hora.
Hope se sentiu uma i****a e se odiou ainda mais pela cena que havia causado.
- Eu... Eu sinto muito – Foi tudo o que saiu da boca da Mikaelson que parecia constrangida demais para formar alguma fala coerente.
- Por que bateu nele? – Josie indagou já tendo uma leve ideia, todavia, queria ouvir da boca da própria tribida e não ficar formando mil teorias em sua mente.
- Tenho a impressão de que você já sabe – Hope disse sentindo suas bochechas corarem
- Me diga – Josie pediu suavemente
- Ciúmes – Hope confessou tão baixo que a morena teve que fazer um esforço para escuta-la com clareza.
- Se estava com ciúmes então isso implicaria que você sentisse algo por mim além de amizade – Josie constatou mordendo os lábios nervosamente e sentindo seu estômago revirar como louco.
Hope não soube decifrar a expressão de Josie, não queria admitir nem mesmo para si mesma, no entanto, naquele momento ela se sentia a beira de um ataque de pânico somente em pensar na possibilidade de ter assustado Josie de alguma forma.
Por mais que não tenha falado nada demais...
Ambas caíram em um silêncio gritante mais uma vez, em que nenhuma das duas realmente sabia o que fazer.
A ruiva respirou fundo uma, duas, três vezes até finalmente tomar a decisão de se aproximar da morena e se ajoelhar em sua frente. Se estivesse ali, talvez tivesse coragem o suficiente para tirar a mecha teimosa que cobria levemente seu rosto e se tivesse sorte teria arrancado um sorriso de Josie.
- Seria tão r**m assim eu ter sentimentos por você? – Hope questionou insegura.
A mais alta poderia jurar que aquela foi a primeira vez que a viu se permitindo demonstrar qualquer insegurança que tivesse.
- Claro que sim – Josie murmurou de forma óbvia – Você é Hope Mikaelson, sempre foi a personificação de um amor impossível para mim – A morena confessou se sentindo repentinamente constrangida ao admitir aquilo em voz alta.
Hope arfou surpresa. Definitivamente não estava esperando por isso.
- Você era aquela garota da escola que todo mundo quer, mas ninguém pode ter, pois você nunca deixava ninguém se aproximar – Josie continuou com o pingo de coragem que ainda lhe restava – Até o Landon chegar e conseguir a proeza de se aproximar e acho que esse foi o único momento que eu senti inveja dele. – A morena sussurrou a última parte olhando no fundo dos olhos azuis que passou a amar secretamente ainda quando tinha apenas 14 anos.
Hope parecia estar processando tudo, por isso, a vontade que Josie sentiu de simplesmente se esconder em algum lugar que a tribida não fosse a achar foi ignorada momentaneamente.
Seria muito infantil de sua parte se ela fizesse isso? Bom... ela esperava que não.
Todavia, o momento que esperou por praticamente todos os dias desde sua pré-adolescência aconteceu, o momento que ela estava esperando, mas que o havia descartado totalmente depois de ter colocado fogo no quarto da ruiva acidentalmente, seus maiores desejos foi realizado por um simples pedido vindo da boca de Hope:
- Você quer ir a um encontro comigo?