The Mikaelson Family

2770 Palavras
Flashback on Josie sentia vontade de gritar. Não se permitiu desmoronar até que se encontra-se em um lugar mais afastado em que tivesse a certeza de que ninguém iria aparecer ali, sabia que provavelmente Lizzie a procuraria, mas o que podia fazer? Já era a segunda vez em apenas uma semana que brigava com Penélope e ainda tinha que lidar com a culpa que a acompanhava a todo lugar por ter colocado fogo, acidentalmente, no quarto de Hope. A pior parte é que ela era covarde o suficiente para não conseguir manter uma conversa com a ruiva depois de tudo. Definitivamente a morena sentia como se tivesse estragado tudo. Ela se sentou e escondeu o rosto em seus joelhos deixando que tudo o que estivesse a sufocando saísse. Precisava mais do que ninguém daquele tempo sozinha, todavia, nada colaborava para que as coisas dessem certo para ela, não é mesmo? Josie percebeu tarde demais que as roupas de Hope estavam ali jogadas em algum canto, o que só podia significar que a ruiva apareceria ali há qualquer momento. Arregalando os olhos assustada com esse pensamento, a morena se levantou, mas fora tarde demais já que ela ouviu Hope gritar surpresa no momento seguinte. A única coisa que a morena conseguiu fazer foi se virar tão rápido quanto Hope achou uma árvore para se esconder. Ambas sentiam o rosto queimar em constrangimento dificultando que qualquer uma tivesse coragem de dizer algo - Será que... – Hope começou limpando a garganta em seguida – Será que pode jogar as minhas roupas? – Questionou constrangida - Ahn... - Josie murmurou avoada gesticulando com as mãos – A roupa... claro – Disse sem graça e finalmente conseguiu se situar e fazer com que seu corpo obedecesse. Imaginar Hope nua atrás daquela árvore não facilitava em nada sua situação no entanto. Josie deixou a roupa ao lado de onde Hope estava e voltou para o lugar em que estava esperando pela ruiva. Claro que simplesmente poderia sair correndo dali sem nem ao menos encarar a tribida, porém sabia que se fizesse isso teria que cuidar de Lizzie e lidar com a fúria de Penélope. Lidar com Hope parecia ser uma opção melhor no momento, não iria negar. - Pode se virar – A tribida informou ainda sentindo suas bochechas coradas. Josie imaginou que não estava tão diferente assim. - Eu não... não sabia – Josie tentou explicar nervosa começando a gesticular com as mãos novamente – Achei que não teria ninguém aqui - É exatamente por isso que Alaric deixa eu correr por aqui – Hope explicou e Josie apenas assentiu não sabendo mais o que falar. A possibilidade de enfrentar a fúria de Penélope estava se tornando cada vez mais atrativa, talvez estivesse errada afinal. Talvez Hope seja um de seus problemas mais difíceis de lidar no momento. - Eu acho melhor eu ir – Murmurou por fim pressionando seus lábios em uma linha fina - Pode ficar – Hope a tranquilizou com um sorriso claramente forçado – Eu já estava indo dormir Sem dizer mais nada, Josie apenas se permitiu observar Hope voltar para a escola. Flashback off Hope acordou e, desta vez, não havia nenhum m****o de sua família a observando dormir como haviam feito nos últimos cinco dias desde que chegaram ali. A ruiva tinha quase certeza de que eles tinham concordado em fazer algum tipo de revezamento quanto a isso. No entanto, ela não iria reclamar. Sabia que não estava em posição para fazer tal coisa. Se levantou de sua cama notando que já estava atrasada para o café da manhã em família que sua tia Freya tinha intimado toda a família a ter ao menos uma refeição juntos. A última vez que Hope havia decidido ignorar isso, sua tia havia reclamado por um período indeterminado de tempo chegando a pegar mais pesado do que necessário no Frei o de Hope. A partir desse dia, a tribida aprendeu que não deveria desobedecer qualquer ordem da bruxa mais velha. Não pode deixar de estranhar quando não encontrou ninguém na cozinha da casa de campo em quer estavam. Franziu o cenho confusa - Gente – Gritou mais não houve respostas. “ Okay, isso está no mínimo estranho” Hope pensou consigo mesma seguindo para fora da casa ficando parada na varanda. Assim que pousou seus olhos na cena a sua frente sentiu seu coração parar e sua respiração ficar presa na garganta. Todos estavam desacordados e o único pensamento que teve foi que todos estavam mortos, sentiu suas pernas falharem, mas não se permitiu deixar-se cair. Soltar um suspiro de alívio foi inevitável quando notou seu tio Kol se mexer e levantar um tanto desnorteado com as mãos na cabeça - Graças a Deus!- Hope sussurrou para si mesma sentindo seus batimentos cardíacos voltarem ao normal ao ver que Rebekah e Freya fizeram o mesmo logo depois - Que diabos, Freya! -Kol exclamou irritado – Não tinha um jeito mais fácil de fazer isso? - Você acha que se tivesse eu já não teria feito antes? – A bruxa questionou revirando os olhos. Pela conta efetuada pela ruiva der cabeça demorou aproximadamente dez minutos para que Freya e Kol parassem de discutir e mais cinco minutos para que todos ali notasse a presença de Hope que apenas observava a cena em silêncio tentando se recuperar do susto que havia levado ao encontrar todos os seus tios desacordados ao mesmo tempo em lugar pouco convencional para dizer o mínimo. Contudo, ela não soube interpretar o olhar de nenhum deles e muito menos o sorriso de todos ali ao encarar a mais nova que se sentiu estranhamente constrangida por estar sendo o centro das atenções naquele momento. Ainda mais por não saber o motivo daquela atenção repentina. Rebekah foi a primeira a fazer algum movimento, indo até a sobrinha e a abraçando o mais forte que conseguia. Hope não saberia explicar como acabou sendo envolvida em um abraço em grupo, mas não iria reclamar, pois fazia muito tempo que tudo o que quis fora somente aquilo vindo de sua família. - Nós conseguimos nos lembrar de tudo – Freya explicou quando eles resolveram deixar a garota respirar. Hope arregalou os olhos totalmente surpresa. Definitivamente não esperava por isso. Não agora e nem tão cedo. - Como? – Foi tudo o que conseguiu fazer com que saísse de sua garganta e Rebekah mostrou um frasco que ainda estava em suas mãos - Nós não fomos somente buscar as suas coisas, Hope – A vampira original começou a explicar suavemente – Fomos buscar algumas coisas para Freya que encontrou para fazer uma espécie de poção para reverter o efeito de Malivore. - Vocês se lembram de mim – Indagou esperançosa - Sempre nos surpreendendo, pequena Bruxa – Kol comentou dando a certeza que Hope precisa, pois a única pessoa que a chamava assim era ele. Sem se conter, Hope se jogou no braço de seu tio e logo estavam todos se abraçando novamente. - O que você fez foi uma loucura – Rebekah a repreendeu enquanto ainda no abraço Hope se soltou do abraço e após pensar por um tempo e ainda que timidamente disse: - Vocês sempre me ensinaram que família é sempre e para sempre. O pessoal daquela escola era como a minha família e eu não podia deixar que algo acontecesse com eles quando a solução para todos os problemas estava bem ali. - A partir de hoje nada de bancar a heroína, okay? – Freya questionou com um pequeno sorriso no rosto e Hope assentiu ainda não acreditando que sua família finalmente se lembrava da existência dela. (...) Depois daquele momento em família simples, todos decidiram ir tomar café, pois não haviam tomado esperando a ruiva acordar. Contudo, Hope conseguiu sentir o cheiro de sangue de longe e de forma quase imediata sentiu seus caninos crescerem e seu estômago roncar. A tribida cobriu sua boca com a mão na tentativa de esconde-los, porém, nem preciso dizer que foi uma tentativa inútil e desnecessária de esconder aquele pequeno fato que ocorria com cada vez mais frequência. Freya sorriu culpada para a sobrinha mostrando o copo de sangue em suas mãos e Hope a encarou confusa com vinco de preocupação em sua testa. - Nós conversamos e achamos que deveria começar a inserir em sua alimentação– A bruxa informou estendendo o copo para a mais nova - Eu não quero – Hope protestou fazendo Kol revirar os olhos. Ele sabia que aquilo iria acontecer, por isso ignorando aos pedidos das irmãs ele tomou suas próprias providências. - Hope – Rebekah começou escolhendo bem as palavras – Eu preciso lembrar que agora seu lado vampiro está ativado? Você precisa de sangue e continuar negando isso só está te prejudicando - Eu não quero – Hope protestou de maneira mais firme desta vez recebendo um olhar frustrado de Freya Kol Mikaelson observava a cena em silêncio e assim que Hope se sentou a mesa para tomar seu café da manhã ele resolveu colocar seu plano em ação. O vampiro original assobiou chamando a atenção de todos ali na mesa e logo um humano apareceu. Não precisava ser nenhum gênio para saber que ele havia hipnotizado o pobre coitado - O que está fazendo? – Rebekah questionou apreensiva para o irmão alternando o seu olhar entre Hope e o original - Nós tentamos do jeito de vocês – Kol disse se levantando e indo até o estranho – E não deu certo - Kol – Freya advertiu e ele apenas deu de ombros Antes que pudessem dar algum sermão, o vampiro original mordeu o pescoço do humano arrancando um pedaço de pele deixando que o sangue saísse livremente. - Você não tem muita escolha – Ele disse por fim olhando diretamente para Hope que mantinha seus olhos fechados com força – Como você se negou a tomar de um copo então agora terá que tomar o sangue dele - Eu disse que fazer isso com ela estava fora de cogitação – Freya interviu segurando nos ombros da sobrinha que parecia fazer um esforço fora do normal somente.para que continuasse na mesma posição - Klaus faria a mesma coisa – Kol se defendeu obrigando o homem a se ajoelhar – Ela precisa de sangue, quanto mais ela resistir, mais vai ser pior - Ele tem um ponto – Rebekah defendeu a atitude do irmão a contragosto. - Tia Freya, me tira daqui – Hope pediu engolindo em seco e a bruxa apenas assentiu guiando a garota para fora dali. Rebekah fitou Kol que parecia fugir do olhar de sua irmã como o d***o foge da cruz. E não é como se a intenção do vampiro original fosse machucar Hope de alguma forma, pois tudo o que queria era ajudar a sua pequena bruxa. Na cabeça dele, ele e apenas fez o quer provavelmente Klaus teria feito – ou pelo menos era o que achava. O mais novo dos originais se lembrava de como Kalus ajudou a menina quando Hollow estava no corpo da sobrinha e apenas queria fazer o mesmo. Tudo o que ele queria era que Hope ficasse bem. - Você não ouviu nenhuma palavra que eu e Freya dissemos? – Rebekah questionou enraivecida tentando controlar o tom de voz. Kol não respondeu no entanto. Já estava se sentindo m*l o suficiente. - Você vai pedir desculpas ainda hoje, Kol – A vampira original impõe e apenas observa Kol assentir antes de fincar seus dentes e tirar a vida do homem. – E se livre desse corpo. (...) Freya observava Hope pintar distraída a tela a sua frente. Aquela certamente era uma de suas cenas favoritas, sempre foi e talvez sempre será. A bruxa mais velha já perdeu as contar de quantas vezes ela simplesmente se sentava na cama da ruiva e a observava pintar concentrada. Mas, na opinião de Freya, as pinturas que ela fazia quando a ruiva estava distraída era quando ela fazia seus melhores quadros. Neste exato momento por exemplo, a loira poderia apostar que Hope não tinha a menor ideia de que estava desenhando os olhos de uma certa morena que havia ficado na Salvatore School. - Você sabe que uma hora ou outra terá que ceder, Não é? – Freya perguntou após ter a certeza de que tinha dado tempo suficiente para que a Hope conseguisse processar tudo. A ruiva suspirou largando o pincel e encarando a sua tia – pelo que parecia ser a primeira vez desde que foram para o quarto. - Você não entenderia – Hope expôs com um sorriso triste no rosto desviando o olhar para a sua tela novamente Agora, se lembrando de todas as manias garota, Freya tinha certeza de que havia algo errado. Hope nunca conseguia esconder algo dela por muito tempo e ela ficava feliz que isso ainda continuava intacto na relação que tinha com ela. Sempre considerou Hope como um a filha e sentia que tinha falhado com ela por causa do que aconteceu em Malivore. - Tenta me explicar – Freya pediu - Eu sei que eu tenho que beber sangue – Hope começou a explicar indo se sentar ao lado da tia – É só que eu... – A mais nova hesitou e Freya segurou em sua mão para lhe passar algum tipo de segurança – Eu amava meu pai, mas eu sei todas as coisas que ele fez e eu só não quero... - Acabar como uma versão de Niklaus Mikaelson? – Freya sugeriu e viu sua sobrinha assentir E de repente tudo fez sentido. Hope não queria acabar se tornando a pior versão de Klaus e tinha medo que se começasse a beber sangue isso iria acontecer. - Isso não vai acontecer – Freya assegurou - E como você sabe? – Hope rebateu se levantando da cama – Eu amava meu pai, mas não é como se eu não soubesse de tudo o que ele fez, de todo mau que já causou... Eu só... me tornar só mais uma maldita versão desse lado dele me assusta mais do que eu gostaria de admitir – Hope confessou sentindo seus olhos marejarem por finalmente estar colocando seus receios para fora. - Hope, eu entendo o seu medo, mas você precisa beber sangue se quiser manter o controle sobre si mesma. Eu não sei se você percebeu, mas a falta de sangue está começando a te afetar, você está irritadiça, agressiva e se quisermos evitar que você se torne uma versão de seu pai eu temo que este seja um dos jeitos de evitar isso – Freya disse tomando cuidado com as escolhas de palavras – E você pode ser filha do Klaus, mas também é filha de Hayley Marshall e ela foi uma das melhores pessoas que já conheci. - Eu não... Não vou precisar beber sangue de nenhum humano, certo? – Hope indagou ainda insegura. - Não – Freya garantiu se permitindo dar um pequeno sorriso – Trouxemos bolsas de sangue para você e Caroline disse que vinte ensinar a entrar na antiga dieta de Stefan Salvatore - Sangue animal soa ainda pior que sangue de pessoas – Hope disse com uma leve careta arrancando uma pequena risada de sua tia. - Com sorte você não vai precisar tomar todo dia então... – Freya disse dando de ombros e Hope assentiu se sentindo realmente aliviada por aquilo. – Mas mudando de assunto – A bruxa mais velha disse com um sorriso sugestivo no rosto e Hope franziu o cenho confusa com a repentina animação de sua tia. – Quer me falar sobre o motivo de ter pintado os olhos de uma certa Saltzman? Hope sentiu seu rosto queimar com o comentário de Freya. Colocou suas mãos no bolso da calça nervosamente se sentindo extremamente sem graça. - Não é nada demais – Hope disse limpando a garganta e Freya gargalhou com a reação da mais nova – Apenas me lembrei dela hoje e... bom... – Ela terminou de falar apontando para o quadro recém terminado. - Você fica toda fofinha quando o assunto é a Josie – Freya comentou - Tia Freya – Hope resmungou escondendo o rosto nas mãos sentindo seu rosto queimar novamente – Você tem mesmo que fazer isso comigo? - Eu sou sua tia Hope – Ela disse levantando as mãos em sinal de rendição – É meio que meu trabalho. Hope revirou os olhos e abraçou sua tia. Definitivamente sentia saudades de momentos como aquele e não poderia estar mais grata por sua família finalmente se lembrar de toda a sua existência.
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