NARRADO POR LUIZA
"TRÊS MESES DEPOIS"
Embora eu tivesse muito trabalho, sempre estava a disposição para o Hayd e nosso relacionamento. Porém ter algo sério com alguém que nunca teve algo sério é complicado.
Hayd passa o tempo todo falando que não me merece, que não sabe como me amar e que tem medo de me magoar. Eu já conversei com ele, deixei claro que ele é ótimo, mais a insegurança dele está atrapalhando. Eu recomendei ele procurar ajuda no psicólogo da marinha ou qualquer outro e ele se afastou de mim, pois tirou suas próprias conclusões e distorceu tudo que eu disse.
Eu amo o Hayd. Eu realmente amo o Hayd e embora nunca tenhamos falado isso um para o outro eu sei que ele me ama também. Tudo que ele passou na infância, na marinha e durante toda a sua vida, deixa ele vulnerável e eu não consigo ajudá-lo.
Estamos distantes a dois dias pois estamos em uma viagem minha de negócios e não tivemos tempo de conversar, mais eu não aguento viver assim com ele. Eu quero ajudá-lo e deixar claro que ele não precisa se preocupar pois eu não vou a lugar nenhum.
(....)
Depois de nove horas de vôo de volta para casa, tive um jantar com a minha mãe e descobrir que ela está saindo com um cara vinte anos mais novo. Descobri também que ela está indo viajar para o Brasil e que não tem data prevista pra voltar. Quando cheguei em casa, com o segurança da minha mãe, Hayd estava lendo um dos meus livros e aquela cena aqueceu o meu coração.
Tirei o casaco, deixei ele junto com a minha bolsa sobre a mesa e andei até ele. Me sentei no espaço perto de sua cintura e ele larga o livro sobre o peito e me encara.
- Boa noite, meu bem.
- Me desculpe.- ele já foi falando.- Eu sei que estou sendo complicado e que você não é obrigada a aguentar tudo isso, mais é que eu não sei se consigo. - Ele fala e se senta no sofá. - Luiza, eu tô com medo. Depois que começamos a namorar eu tô tendo mais medo do que nunca. Tenho medo de que algo aconteça com você, tenho medo que encontre alguém melhor, tenho medo de que me deixe. Eu não sei como é um namoro. Nunca tive um exemplo de como é amar alguém ou ter um relacionamento saudável. p***a, é tão complicado essa m***a.
- Mais eu estou aqui com você, Hayd. Eu não quero que se afaste, quero que converse comigo. Não precisa ter medo de nada! estamos nessa junto, meu bem. Eu e você.- Coloquei a minha mão sobre a sua e comecei a fazer um carinho ali.
- Você é uma mulher incrível, sabia? - Ele fala aproximando o rosto do meu, e passa a mão ao redor da minha cintura. - Que bom que você é a mais paciente daqui.
- Eu sou a calmaria somente em certos pontos .
- Obrigado, Luiza. Obrigado por ser essa mulher que você é!
(......)
Na manhã seguinte meu celular não parava de tocar por nenhum minuto. Eu estive em três reuniões pela manhã e somente agora vi que era meu pai.
Mais tarde teremos um jantar em família e eu não estou nem um pouco feliz com isso. Odeio ficar muito tempo com eles.
- Está tudo bem? - Hayd pergunta assim que entro no carro.
- Vou jantar mais a família Carmem Verly, mais tarde. - ele dá partida no carro e me olha de relance.
- Quer fugir?
- Eu queria, mais é meio que obrigatório.
- Podemos falar que você está doente. Ou que teve que viajar derrepente.
- por mais que eu queira fazer tudo que você me indicou, é melhor eu ir logo e me livrar.
- Sua mãe vai está lá?
- Não sei! provavelmente não, já que ela e o meu pai não estão se entendendo. Ela está com outra pessoa e vai viajar.
- Vai passar em algum lugar?
- Marquei horário na depiladora e quero que você vá no supermercado para mim.
- Comprar oque?
- Meu período menstrual vai começar daqui dois dias e as coisas lá de casa acabaram. Compra chocolate, absorvente interno, remédio para cólica, bolsa de gelo, e compra um macarrão instantâneo.
- Esse último está fora da lista. É um veneno puro, Luiza. Não vou deixar tu comer essa m***a e se m***r.
- Só um, amor. Eu gosto do sabor e me ajuda a ficar calma.
- Isso é um veneno.
- Mais é um veneno que me deixa feliz e você não quer me ver triste né?
- Você fica chata demais nesses dias. Fica pior que criança. Nunca me esqueci do dia que você me fez rodar a cidade quase toda pra ir atrás de um bolsa de gelo dos Minions. Aquela p***a nem existia, Luiza.
- Eu juro que tinha visto em algum lugar.
- Nos seus sonhos.
- Você é um velho rabugento.- falei fazendo bico. As vezes nem parece que tenho vinte quatro anos.
- Eu só sou sete anos mais velho que você.
- Um velho! - Resmungo e o descarado abre o sorriso de deixar qualquer mulher de perna bamba.
- Sou um velho, mais você não reclama quando estou dentro de você. Ou quando estou chupand0 você. E com você gemendo meu nome fica difícil acreditar que você tem preconceito contra gente mais velho.
- Você. Não. Presta! - Falei bem devagar de um jeito provocativo.
- E você gosta, minha linda. - ele olha para mim, dá uma piscadinha e volta a olhar para a pista.
Ela me deixa no salão, e tenho certeza que vai ao supermercado mais perto só para não me deixar sozinha.
Quando já é sete horas eu já estou dentro do carro para ir ao encontro da família furacão e a única coisa que me acalma e o carinho que Hayd deixa em minha mão.
- Você vai se sair bem, gata. E por mais que você esteja deslumbrante, não vejo a hora de encerrar a noite deixando você sem nenhuma peça de roupa e com essa b****a gostosa na minha cara. Vou ter que aproveitar muito esse final de semana, já que semana que vem o mar vermelho desce.
- Eu te odeio. - falo envergonhada.
- Eu sei que não.- ele me dá um beijo e abre a porta do carro.
Partiu reunião da família Carmem Verly.
Capítulo postado dia 27/02