Narrado por Luiza
Nervosa. É como estou nesse exato momento. Esses jantares nunca terminam bem e essa não não vai ser diferente. Eu tô sentindo isso. Hayd ficou lá fora com outros funcionários da casa e eu entrei.
Meu pai e meus irmãos estavam tomando drinks na sala e mais uma vez eu me senti excluída.
- Boa noite. - Falei chamando atenção de todos.
- Boa noite, minha filha. - Meu pai fala vindo até mim e me dá um abraço bem apertado e logo em seguida um beijo na testa. - quer alguma coisa para beber?
- Só um martini está bom. - Falei educadamente e olhei para os meus irmãos.
- Boa noite, lulu. - Eduardo, o meu irmão do meio fala se levantando. Você está maravilhosa.
- Oque você quer?
- Não posso mais te elogiar irmãzinha?
- Fala logo. - Ela pega no meu braço e me puxa para o canto mais afastado.
- Hoje eu vou falar uma coisa para vocês, e vai ser um choque grande até mesmo pra você. Mais eu quero que fique do meu lado. Mesmo se não for a favor, ou não gostar, quero que fique do meu lado caso o papai fale algo.
- E por que você não pede isso pro Pedro?
- Ele vai reagir como o papai. Eu só posso contar com você, lulu. Por favor.
- Beleza. Mais como eu vou saber oque é?
- A meu amor, você vai saber quando for a hora. - ele fala e me puxa para o meio da sala onde meu pai já entrega a minha bebida.
Pedro nem falou nada e nem demora seu olhar em mim. Dês da noite em que ele me ligou pra falar dos nossos pais e eu joguei umas verdades na cara dele ele não fala comigo.
- Como você está, Carmem? faz tempo que não conversamos. - Papai fala se aproximando.
- Estou muito bem, pai. Na correria do trabalho mais estou bem.
- E o atentado que sofreu? quando iria me falar? - eu engulo seco. Como ele soube disso? Olho para os meus irmãos e o único que esboça alguma preocupação é o Eduardo.
- Eu não iria falar, pai. Vocês não precisavam se preocupar com coisas bestas. Eu já estou melhor e é isso que importa.
- Eu não entendo você, Camem. Você fala que quer que sejamos uma família unida mais é você quem foge de nois.
- O jantar não está pronto? eu estou com fome e não quero ter essa conversa.- Respondi sem encara o homem alto perto de mim.
- É claro que não. - Pedro resmunga se levantando e todos nois o seguimos para a cozinha.
O jantar foi tranquilo. A conversa durante o jantar foi calma e agora estamos na sala de reuniões.
- Juntei vocês hoje aqui, porquê é hora de conversarmos sério. - Meu pai fala enquanto balança seu copo de whisky. - Não é novidade que estou ficando velho, e com isso quero aproveitar bastante. Conversei muito com a mãe de vocês antes de por um fim em nosso casamento e conclui todos os papéis que precisava. - Enquanto meu pai falava, Eduardo parecia não se emportar com nada, ao contrário de Pedro que estava com um sorriso enorme no rosto.
- Luiza Carmem, por mais que não sejamos tão próximos, eu amo muito você e tenho orgulho da mulher que se tornou. Você é batalhadora, forte e é umas das pessoas que eu confiaria de olhos fechados. Foi vendo o seu trabalho e sabendo das suas capacidades que vi que a empresa Verly ficará em boas mãos. Você é a nova dona das indústrias Verity, Luiza Carmem. - Eu não tive nem tempo de raciocinar nada, quando o Pedro se levantou bruscamente e começou a gritar.
- Tá maluco? Eu, eu tenho que ser o dono daquela empresa. Eu que passei a minha vida toda, trabalhando e me dedicando por essa família. Sou eu que estou com você todos os dias e você vem aqui, fazer essa cena patética pra fazer que a Luiza vai ficar com a empresa? você tá ficando louco?
- Olha o seu tom, garoto. Te vendo desse jeito eu estou tendo a mais pura certeza de que a minha escolha é a correta. - Meu pai fala como se estivesse se controlando. - Agora cala a boca que eu ainda não terminei. Eduardo vai ficar com a Empresa de Nova York, eu tenho certeza de que você vai dá conta. - Meu pai fala dando um sorriso acolhedor para o meu irmão que não parece tão confortável.
- Eu quero te falar uma coisa, pai. Eu.....eu nem sei por onde começar mais é que....Bom, esse é quem eu sou e eu quero que vocês me aceitem como eu sou. Pai, Pedro, Lulu, eu sou gay. Eu sei que é uma surpresa, mais eu tinha que falar. E tudo bem que o senhor quiser me deserdar. Eu não vou mudar quem eu sou por herança nenhuma. - Silêncio. Todos nós seguimos em um silêncio, mais eu sabia que era hora deu agir, pois era sobre isso que o Eduardo falava.
- Pai, o seu filho acabou de falar uma coisa e eu acho que ele espera uma resposta.- Meu pai olha para Eduardo e abre um sorriso.
- Eu sei disso, meu filho. Eu não tinha certeza, mais suspeitava. E isso não me incomoda. Contando que seja o mesmo homem que é e cumpra com suas responsabilidades como eu te ensinei.
- estão todos ficando louco? - Pedro grita mais uma vez assustando todos. - Ele é um gay! como ainda pode querer ele na família? isso vai manchar a nossa reputação. A Luiza já tem a empresa dela, por que vai dá a Verly pra ela? Ela não merece nada do senhor, ela não lhe ajuda em nada! eu, eu sim, mereço tudo. Eu que estou do seu lado e resolvo tudo. Eu que não vou envergonhar a família.
- Cala a sua boca, Pedro. - Eu falei. - Respeito o Eduardo e o nosso pai.
- Cala a boca você. Por que não pega a duas coisas e dá o fora daqui? vai t*****r com o seu segurança, por que é a única coisa que você anda fazendo né.
- Chega. - Meu pai grita.
- Por que está fazendo isso comigo pai? - Pedro resmunga.
- Luiza conquistou tudo que sonhou por si própria. Eduardo mesmo com todas as dificuldade que teve e que tem, passou por cima do medo e confessou algo que eu queria que fizesse a muito tempo. Eduardo está trabalhando pra si mesmo, está seguindo a sua vida e eu sei que está noivo do nosso advogado. Ele e Luiza fizeram tudo para crescerem sozinhos. E você Pedro? você mandou uma garota abordar de um filho seu, só por que você não queria que manchaseem sua cara, seu filho da p**a. - Pedro parecia surpreso com a confissão. - Você está sempre me enchendo o saco e nunca faz nada pra crescer sozinho. Eu não te criei pra ser assim. Um interesso de m***a, um playboy que manda uma menina fazer um abort0. O Eduardo é mais homem que você. E é por isso que digo que você só irá ficar com 15% da empresa Verly, que fica em Boston. E encerramos esse assunto por aqui. - Meu pai se levanta e sai da sala e rapidamente Eduardo se levanta e me abraça de um jeito desengonçado. Eu me levanto, encaro ele e bagunço o seu cabelo.
- Parabéns, Dudu. Que você seja muito feliz.
- Obrigada, gata.
- Quero que me apresente esse seu noivo que papai falou.
- É claro. Um jantar talvez seria bom.
- Você deve está bem feliz né, Luiza? tirou tudo de mim! tudo que eu conquistei.- Pedro fala se levantando e encarando eu e o Eduardo.
- Eu não tenho nada haver com isso, Pedro. Essa foi a escolha do nosso pai.
- Você deve está satisfeita por me ver assim. Mais você vai se arrepender, Luiza.
- oque você queria que eu fizesse? essa escolha é dos nossos pais. É essa a nossa herança e você que foi burro por não construír nada por conta própria.
- Ela tem razão, Pedro. - Eduardo entra na conversa. - Você poderia ter conquistado muito coisa, mais se acomodou nas costas no papai.
- Essa empresa é minha! e vocês vão me pagar por não ficar do meu lado. E você Luiza, acho bom não fazer planos com aquele seu segurança. Ele é um estável que não tem nada de bom pra te oferecer.