Peter acordou um pouco confuso ao perceber que estava deitado em uma cama que não era sua, e com um corpo feminino nu e conhecido ao seu lado.
Sasha dormia apenas com os lençóis enrolados no seu corpo e de costas para ele.
Tentou levantar em silêncio para não acordá-la, mas foi inútil.
Sasha remexeu-se e bocejou, de repente os seus olhos abriram.
— Não estava pensando em ir embora antes do café da manhã, não é?
— De forma nenhuma.— disse com sinceridade.— Eu vou tomar banho.
— Ótimo.— ela chutou as cobertas.— Podemos fazer isso juntos.
Sasha revelou o corpo magro e pouco curvilíneo ao ficar de pé.
Peter não evitou olhá-la com admiração, Sasha era lindíssima. Aproximou-se dela com um sorriso de canto antes de puxá-la para um daqueles beijos matinais - que não costumavam ser muito agradáveis nos primeiros minutos, mas depois não era difícil de apreciar-.
Ele prontamente a carregou no colo para levá-la até o banheiro, os dois adentraram juntos o chuveiro.
Virou-a de costas para si enquanto beijava o seu pescoço. As mãos grandes dele passeavam pelo corpo magro. Primeiro subiu firmemente pela barriga marcada, depois, segurou os s.eios médios e firmes e os apertou com cuidado.
Sasha ofegou, as mãos dela pressionavam o vidro do box.
Ele a empurrou um pouco para trás de modo que Sasha inclinasse a coluna e arqueasse o quadril. Peter posicionou o seu m****o já rígido sobre a entrada da f***a dela, e o empurrou para dentro da carne macia. Uma das mãos masculinas subiu para o pescoço delicado, segurando o lugar de modo a apertar de leve.
Os sons dos gemidos de Sasha preencheram o ambiente, aquilo estimulou Peter a acelerar os movimentos que fazia com o quadril.
Ele permanecia um tempo parado dentro dela, de repente se movia com força, arrematando o seu s.exo para mais fundo.
A virou de frente abruptamente. Ficou bastante surpreso quando a sua vista embaçou por poucos segundos e no lugar do rosto da Sasha surgiu o rosto da Eleanor.
Era a segunda vez que aquilo acontecia, mas dessa vez Peter se deixaria levar. Não permitiria que Eleanor Lowell invadisse os seus pensamentos e controlasse o seu corpo daquela maneira.
Por que ele tinha que pensar no maldito nome daquela mulher até em horas como aquela?
Não deveria ter ligado ontem à noite, não poderia ficar alimentando aquele tipo de situação.
Ele a tirou de perto do vidro frágil e a encostou na parede abaixo do chuveiro. Ela ergueu uma das pernas - que Peter apoiou em um dos braços- para facilitar a outra penetração dele.
Sasha estava úmida o suficiente para ele se mover com facilidade, em alguns minutos os dois atingiriam o clímax juntos.
Eles repetirem a dose algumas vezes mais antes do café da manhã.
Sasha parecia feliz e bem disposta, Peter não estava tão indiferente aquela situação.
Por mais que insistisse em manter Eleanor na sua cabeça, Sasha era uma linda mulher. Qualquer homem ficaria extasiado na companhia dela.
A mesa do café da manhã foi montada por Sasha, e tinha uma variedade enorme de comidas que ela encomendou da padaria.
— Eu realmente evitei falar sobre assunto, mas confesso que estou morrendo de curiosidade.— disse Sasha, enquanto degustava um pouco da sua salada de frutas.
Peter a olhou com atenção, mas não disse nada. Esperou que a mesma prosseguisse com sua dúvida.
— O que realmente aconteceu entre a Eleanor e você?
Ele arqueou uma das sobrancelhas, nitidamente incomodado.
— Por que falar da Eleanor agora? Acho que esse assunto não cabe…
— Fizemos um acordo, Fernsby. Você me deu sua palavra de que seria honesto. Vai mesmo continuar negando que houve algo, quando na verdade a própria Ellie me confessou a verdade.
Peter engoliu em seco e Sasha percebeu.
— Eu a pressionei no estacionamento. Ela foi bem sincera ao concordar que estamos disputando o mesmo homem, e fez questão em ser clara de que vocês estavam juntos naqueles dias em que os dois sumiram para trabalhar “ homeoffice”.
— É verdade, estávamos mesmo juntos, não vou negar.— ele fez uma breve pausa.
Sasha não esboçou nenhuma reação.
— É bem complicado porque a Eleanor e eu nunca nos demos bem, no entanto, não sei o que aconteceu…
— Essas coisas não têm explicação, Peter, não se perturbe tanto. A atração vem de onde menos esperamos, por isso é tão perigosa, principalmente quando vem acompanhada de tensão s.exual.
— Não vai passar de um casinho de dias sem importância. Nós mesmos chegamos nesse acordo e percebemos como é arriscado continuar com isso. Nada vai me distrair do meu cargo, Sasha.
— Sim, é verdade, quase esqueci. Vocês estão competindo pelo mesmo cargo.
— Não só isso. Fizemos um acordo, aquele perder vai sair da fábrica.
Sasha arregalou os olhos.
— Então quer dizer que um de vocês vai abrir mão de um trabalho de gerações.
— E eu vou fazer de tudo para que essa pessoa não seja eu. A Eleanor é minha inimiga, Sasha. Não foram esses dias que vão mudar isso. Sinceramente? Posso te afirmar que para mim não tem importância nenhuma.
— Tem certeza do que está dizendo, Peter?
— Claro que sim.
— Eu não sei. Só acreditarei quando chegar o momento de você descartar a Eleanor de vez. Até lá, vou continuar com a hipótese de que essa mulher mexe profundamente com você.
…
Semanas depois
O ar parecia rarefeito desde que Ellie havia colocado aquele vestido vermelho de festa.
Ela estava deslumbrante naquele modelo de seda, acinturado, com a saia solta e as alças finas.
Foi a primeira a chegar na festa para recepcionar cada um dos convidados, Peter chegou logo depois dela trajado em um smoking incrível.
Lado a lado, um não conseguia parar de admirar o outro. Os olhos de Peter captaram a pulsação nervosa na lateral do pescoço esguio. Se não estivessem em público, ele beijaria bem aquele lugar que ainda pulsava.
— Nervosa?— Murmurou Peter.
— Do que está falando?— ela perguntou, impaciente.
— Não adianta negar o que o seu próprio corpo insiste em acusar. O que foi? Está com receio de ter feito uma péssima decisão com a sua inclusão social?
— De forma nenhuma. Olhe como eles são carismáticos e lindos.— Ellie observou os três convidados especiais com curiosidade.
Nina, Victor e Theresa, os representantes do público com poder aquisitivo menor.
O novo público que Ellie queria conquistar.
— Não se comparam a Sasha Thompson.
— Sim, claro. O meu trabalho com eles é estritamente profissional. Nenhum para na minha cama no final do dia.
— Se continuar assim, vou achar que está com ciúmes.— Provocou Peter, inclinando o tronco na direção dela.
Ellie rapidamente se afastou dele para ir até os seus três convidados de honra.
Ela pediu que o fotógrafo fizesse fotos deles. Fotos que promoveriam a imagem dos três nas redes sociais da fábrica.
Tornou-se a se aproximar do Peter em seguida, apenas para dar um rápido comunicado:
— Eu vou te provar que os meus três representantes são tão bons ou até melhores do que a sua Sasha. Sabe porque, Peter? Porque são pessoas como eles que representam as pessoas como elas são. Pessoas normais, de carne e osso, sem vida perfeita. Pessoas das quais você nunca poderá vestir a pele, porque não passa um mimado que sempre foi superprotegido a vida inteira.
Ela foi embora logo após esbravejar com ele.
Peter permaneceu quieto, apenas a observando. Sasha chegou pouco tempo depois.
— É impressão minha ou vocês estavam discutindo?
— Apenas provoquei a Eleanor quanto os representantes dela.
— Eu gostei da ideia dela. Achei ousada, diferente, inclusiva.
— De que lado você está, Sasha?
— Primeiro passo para chegar a vitória, meu amor… Não subestime o seu inimigo e nem menospreze os feitos dele. A Eleanor é boa nisso, e se você não abrir os olhos, ela vai acabar te passando a perna.
Peter olhou mais uma vez na direção da outra, percebendo algo estranho.
Um convidado havia acabado de chegar e foi diretamente cumprimentá-la.
Ellie o recebeu com simpatia, com aquele sorriso lindo que iluminava os seus olhos dourados.
Peter prontamente reconheceu aquele rosto fortemente familiar.
— Alex? É o meu primo Alex que está ali!
— Bonito… E parece interessado na Eleanor.— Observou Sasha.
Alex beijava o dorso da mão dela. Seus olhos verdes e fortes não perderam a atenção nos dela. Aquele sorriso de flerte era inconfundível, Ellie também percebeu as intenções dele.
— Eleanor Lowell… Como esses anos te fizeram bem.
A mulher estreitou os olhos, ainda não o havia reconhecido.
— Não lembra de mim? Vou te dar uma pista. Eu sempre ia com o meu tio e o meu primo para SunFlowers do Sul, para a propriedade do seu pai.
— Alex? Alex Fernsby.
— O próprio.— ele deu mais um daqueles sorrisos.
Um sorriso largo, com aqueles dentes brancos e perfeitamente alinhados.
— Há quantos anos não te vejo? Você estava morando fora da Inglaterra, não estava?
— Estive uma boa temporada na Suíça, Alemanha, outra nos Estados Unidos. Sabe que eu sempre amei viajar.
— Eu era criança a última vez que te vi.
— E se tornou uma mulher extremamente encantadora e não apenas pela beleza. Que ideia maravilhosa essa mudança que você está promovendo na Dynasty.
— Fico muito feliz que você pense diferente do quadrado do Peter.
— Pelo visto, o meu primo e você continuam com as rusgas de sempre.
Ellie chegou a abrir a boca para responder, mas Peter chegou justo na hora.
— Na verdade, são as nossas rusgas que deixa o ambiente corporativo mais interessante. Afinal, ideias diferentes se complementam.
— Nem sempre, primo.
— Neste caso, sim.— Retrucou Peter.
Alex esticou a mão na direção dele.
— É muito bom te ver depois de todos esses anos, Peter.
Antes de apertar a mão do mesmo, Peter olhou friamente na direção dela.
— Seja bem-vindo de volta, Alex.