Observei Debra sair rapidamente da sala, seguindo o garoto que a chamara. Secretamente, segui-os e me escondi atrás de uma parede de concreto no corredor. Foi então que testemunhei Debra dando tapas em todos — exceto em Dave.
Mas quando sua mão estava prestes a tocar o rosto de Tyler, ela congelou diante do olhar assassino que ele lhe lançou. "Nem pense em encostar em mim, ou vai se arrepender", Tyler advertiu com uma frieza que fez o ar gelar.
"Debra, chega!" Dave segurou seu pulso e a puxou para longe de Tyler. "Foi a Stella quem começou tudo."
As sobrancelhas de Debra se franziram. "Aquela v***a!"
Como Dave podia dizer que eu comecei, se foram eles que bloquearam meu caminho? Virei-me para ir embora ao avistar o Sr. Twain se aproximando. "Senhorita Hemmings!", ele gritou. Parei, pensando que se dirigia a mim, mas seu olhar fixava Debra. "O que está fazendo aqui? Volte para a sala agora! E vocês!", apontou para os garotas que haviam se envolvido na briga, "Comigo, para a sala da orientação!"
"Mas, senhor—", Justin tentou protestar.
"Cale a boca e me siga. Agora!", o Sr. Twain o interrompeu secamente.
Já estava de volta à minha carteira quando Debra entrou na sala, o rosto vermelho e um olhar mortal dirigido a mim. "Como você ousa!", ela gritou, dando-me um tapa no rosto. Ouvi o suspiro coletivo da turma enquanto me observavam. "Por sua causa, o Dave está na sala da orientação!"
Queria chorar, mas me contive. Não mostraria fraqueza diante de todos. "Eu não fiz nada, Debra", sussurrei. "Foram eles que me bloquearam no corredor."
"Chega!", ela gritou, cuspindo as palavras em meu rosto. "Não quero ouvir suas desculpas! Se o Dave for suspenso por uma semana, você está morta!"
"Senhorita Hemmings!" Não havíamos notado o Sr. Twain entrando na sala. "Detenção para você hoje! Ou prefere se juntar ao seu namorado na orientação?"
"Mas, professor, foi a Stella quem começou!", ela reclamou.
"Eu disse chega! De volta ao seu lugar, agora!" O Sr. Twain ignorou seus protestos e apontou para a carteira dela. Antes de se afastar, Debra derrubou meus livros da mesa no chão.
Ainda ouvia suas risadas, e as de Violet, enquanto recolhia meus pertences.
Na hora do almoço, passei pelo mural de avisos e parei para verificar anúncios. Um cartaz sobre uma viagem gratuita à Itália para os melhores alunos chamou minha atenção. Estava lendo os detalhes quando alguém parou ao meu lado — era Kiefer Sanchez, presidente do grêmio estudantil. Ele pregou uma lista dos "Dez Mais Populares e Dez Menos Populares", cobrindo o anúncio que eu lia.
"Ah, não… de novo não." Fechei os olhos, relutante em ver meu nome no topo da lista dos menos populares. Era uma preocupação anual. Tyler sempre usava isso para me provocar.
Lembro-me do meu primeiro ano aqui, tão ansiosa para ver meu nome entre os populares. Quando pensei que ninguém olhava, fui até o mural, passando os dedos pela lista, procurando meu nome. Vi "Tyler Lewis" no topo — era esperado, ele era literalmente tão atraente que parecia queimar ao toque. Examinei a lista até o décimo lugar e senti a decepção ao não me encontrar.
Estava prestes a verificar a lista dos menos populares quando uma mão grande a cobriu. Ao olhar para cima, encontrei o sorriso característico e os olhos azuis de Tyler. "Acha mesmo que estaria entre os dez mais populares? Continua sonhando, nerd!", ele disparou, indo embora rindo.
Agora, aqui estava eu novamente. Após quatro anos refletindo, aprendi a ver isso com positivismo. Quem se importava? Era apenas uma lista feita por alguns alunos e postada pelo grêmio como piada. Sarcasticamente, eu até deveria me sentir lisonjeada — caí do primeiro para o terceiro lugar na lista dos menos populares. Haha! Pelo menos não era mais a número um!
Mesmo assim, conferi a lista dos populares. Como esperado, Tyler estava no topo, como sempre, seguido por Mark e depois seus amigos. A ex-namorada de Tyler, Maxine, também estava lá, mas minha meia-irmã Debra não constava mais.
"Como esperado, cara!" Uma voz familiar ecoou atrás de mim, e eu congelei. Era Tyler. Dei um passo lateral lento, tentando escapar, mas paralisei ao sentir uma mão grande em meu ombro.
Droga!