Danilo
--- Julia, como assim você comprou e pagou pelo vestido? --- perguntei um pouco chateado, Julia nem sequer pediu minha ajuda para pagar pelo vestido.
--- Está bravo? -- ela perguntou, franzindo a testa.
--- Não estou bravo, Ju. Mas, eu pensei que você só tivesse ido ver e reservar o modelo, não que já tinha pagado por ele. Poderia ter pedido a minha ajuda.
--- Eu entendo o que quer dizer, mas eu gosto de pagar pelas minhas coisas.
--- Julia, é o nosso casamento. Poderia ter pedido a minha ajuda.
--- Você já disse isso. Olha, --- ela me abraça pela cintura e eu derreto --- Sei que quer ajudar, mas é só um vestido, tudo bem? Aliás, eu recebi um aumento de salário hoje. -- contou animada.
--- É mesmo? Que ótimo, amor.
--- Ele está bem satisfeito com o trabalho que tenho feito. -- ela me conta sobre a conversa que teve com o chefe.
--- Arthur é um bom chefe, apesar de ser bem exigente. Nós vamos na festa, não vamos? -- ela pergunta com os olhos brilhando.
--- Se você quiser que eu vou com você, eu vou. -- digo.
--- Lógico que eu quero que você vá! Você é o meu noivo! -- diz ela, contorcendo o rosto bonito.
--- O que devo vestir? -- pergunto.
--- Nada, agora você deve tirar. -- Julia vai tirando minha camiseta e jogando longe, eu a pego no colo e a carrego para o quarto com nossas bocas entrelaçadas.
--- Eu te quero tanto. -- ela diz com os olhos cheios de desejo.
--- Você já me tem. -- eu cubro seu corpo com o meu.
--- Eu te quero de todos os jeitos.
--- Então você terá. --- eu me ocupo em tirar lentamente cada peça de roupa do seu corpo, as mãos de Julia passeiam por todo o meu corpo, arranhando levemente as minhas costas.
--- Você é deliciosa. -- digo distribuindo beijos desde o seu pescoço até a sua barriga. Chego em sua i********e, que já está úmida de excitação e a tomo em minha boca. Julia se contorce, gemendo deliciosamente.
--- Ahh! Dani... -- ela se derrama em minha boca. --- Quero você dentro de mim agora.
Eu me posiciono e a penetro devagar, ela me puxa pelos cabelos me fazendo aumentar a velocidade.
--- De quatro, eu quero de quatro. -- ela diz, eu deixo escapar um sorriso e a viro de costas, voltando a penetrá-la com mais rapidez.
--- Você é uma menina má, Julia. -- digo em seu ouvido. Minha fala parece excitá-la ainda mais, ela começa a gemer mais alto.
--- Você gosta. --- ela diz, respirando com dificuldade. Logo em seguida, explodimos um contra o outro. Caímos na cama, suados e cansados, Julia se aconchega em meu peito.
--- A gente só melhora, né? -- eu dou risada.
--- A tendência é ficar ainda melhor, linda. -- beijo sua testa, quando olho para o lado, Julia já dorme profundamente. Acariciando sua barriga que ainda não aparenta gravidez, caio no sono.
Julia
Danilo ficou chateado comigo por não ter pedido sua ajuda na compra do vestido, minha intenção não foi chateá-lo, para ser sincera eu nem pensei na possibilidade dele pagar o vestido para mim. Eu sempre paguei minhas contas sozinha, mas de agora em diante devo compartilhar mais coisas com ele, afinal ele será o meu marido e pai do meu filho ou filha que está por vir.
Bom... e nada como uma boa noite de amor para desestressar e tirar toda a chateação das nossas mentes. Danilo é incrível na cama, desde que coloquei os olhos nele pela primeira vez naquele bendito ponto de ônibus, eu soube que ele deveria dar um show, e estava certa.
Sábado de manhã, aproveito para dormir até tarde e me preparar psicologicamente para o jantar de hoje a noite com Ana e Jeff. Gostaria de ver uma prévia de como seria a reação deles e dependendo do resultado, pensaria direito se é uma boa ideia trazê-los aqui. Contudo, não tem como, já está combinado e ficaria chato cancelar o jantar agora.
Acordo com o barulho do liquidificador vindo da cozinha, Danilo já deve estar se aventurando com as suas receitas, espero que ele tenha feito suco de laranja, eu estou com desejo. Me levanto e vou até o banheiro fazer minha higiene, ainda de pijama, vou até a cozinha e me alegro ao constatar que meu noivo fez suco de laranja.
--- Bom dia, meu lindo professor. -- digo beijando sua boca, mordiscando seu lábio inferior.
--- Bom dia, gostosa. Você tem que me chamar assim quando estivermos na cama, você já me deixa e******o logo pela manhã. -- ele sussurra em meu ouvido, fazendo minha pele se arrepiar.
--- Juro que não foi minha intenção, mas vou me lembrar disso. -- digo rindo.
--- Está com fome? -- ele diz colocando o suco sobre a mesa.
--- Morta, como adivinhou que eu estava com desejo de tomar suco de laranja?
-- É sério? É o seu primeiro desejo na gravidez, amor. Graças aos deuses, eu resolvi fazer suco de laranja hoje. -- ele diz, aliviado. -- eu rio.
--- Pois é, ainda bem. Vou tomar um copo bem grande. -- digo me sentando, ele se senta também.
--- É hoje, então? -- ele pergunta e eu sei que ele está se referindo ao jantar.
--- É sim. Você tá bem com isso?
--- Estou ótimo, não vejo a hora de podermos abrir nosso relacionamento para todo mundo.
--- Eu também, mas ainda vamos ter que esperar passar esse ano letivo pra isso.
--- Eu sei, vai passar depressa, você vai ver. -- ele aperta minha mão sobre a mesa.
Depois do café, Danilo avisou que iria sair para comprar os ingredientes para o jantar e eu aproveitei para ligar para a minha mãe e avisar sobre a data do casamento.
O telefone tocou algumas vezes, antes de ser atendido.
Ligação on:
"Alô? Julia? Minha filha, eu estava mesmo pensando em ligar para você. Como está? Está se cuidando? E Danilo como ele está? Como está a vida de vocês?" -- minha mãe disparou inúmeras perguntas.
"Oi, mãe. Eu estou bem, Danilo também, estou me cuidando muito bem e nossa vida vai bem também. Como estão todos aí? Papai está bem? Alex já retornou para Londres?"
"Estamos todos bem, Alex já voltou, mas prometeu retornar a tempo para o seu casamento. Aliás, já marcaram a data?"
"Liguei exatamente para falar sobre isso, mãe. Já marcamos a data, será daqui a dois meses. Ainda não fizemos os convites, mas assim que fizermos, vou enviar para vocês e Alex."
"Minha filha, somos família, não precisamos de convite."
"Eu sei, mãe. Mas eu gosto de convites e vou enviá-los. Acho de bom tom. " -- escuto ela rir do outro lado da linha.
"Você é quem sabe, Ju. Seu pai está me chamando, preciso desligar, se cuida, manda um beijo para o meu genro."
"Vou mandar, mãe. Fala pro papai que liguei, estou mandando um beijo e um abraço bem apertado. Amo vocês."
"Amamos você, querida."
Ligação off.
Eu desligo o celular, ouço Danilo chegar com as compras e corro para ajudá-lo.
--- Comprou tudo, amor? -- pergunto, tento pegar algumas sacolas de suas mãos, mas ele as levanta para o alto, impossibilitando.
--- Nada disso, estão pesadas. -- ele diz, colocando-as em cima do balcão.
--- E o que tem?
--- Você não pode pegar peso, amor, está grávida. -- eu sorrio.
--- Tudo bem, não quero te contrariar. O que vai fazer para o jantar?
--- Estava pensando em fazer algo simples. O que seus amigos gostam de comer?
--- Ana e Jeff são pessoas simples, então, não sei ao certo. Sempre vi eles comendo fast food. Ah! Ana come bem!
--- Quer dizer que ela é boa de boca. --- ele diz, eu olho brava para ele.
--- Não gostei disso, professor Danilo. -- ele ri.
--- Amor! Foi jeito de falar, juro que não teve malícia na minha frase, me expressei m*l. -- ele se defende.
--- Sei...
--- Eu quis dizer que ela tem um bom apetite, foi isso, come bem, como você disse.
--- Tudo bem, eu entendi. Só está brincando com você, bobinho.
--- Menina má. Então, o que sugere para o jantar?
--- Eu sugiro algo simples e gostoso. Macarrão com queijo e vinho tinto. -- ele ri.
--- Macarrão com queijo? Tem certeza? -- eu penso por um minuto.
--- É... Talvez, macarrão ao pesto, filé e vinho tinto.
--- Gostei, então farei esses pratos. Quer me ajudar?
--- Claro, amor. --- começo a esvaziar algumas sacolas e encontro várias barras de chocolate e me recordo na hora da cena no elevador e sorrio sozinha.
--- O que foi? -- ele pergunta se aproximando.
--- Você comprou chocolate! -- digo, feliz.
--- Comprei, você gosta, não é? Eu também gosto.
--- Sabe do que eu lembrei? -- digo.
--- Sei, eu me lembro toda vez que vejo um chocolate. -- ele ri.
--- Não faz ideia, do quanto me ajudou naquele dia.
--- Você não faz ideia do quanto mudou minha vida. -- ele segurou meu rosto e me beijou com ternura.
Passamos o dia na cozinha preparando os pratos, comendo chocolate... entre beijos doces e amassos na bancada, conseguimos terminar o jantar. Agora, é só tomar um banho, me arrumar e esperar os convidados chegarem.
Enquanto Danilo terminava de ajeitar tudo, aproveitei para tomar um banho demorado, lavei o meu cabelo e hidratei minha pele. Vesti um vestido médio, ombro a ombro florido e uma sandália de salto médio, finalizei meu cabelo e o deixei solto, fiz uma maquiagem leve e passei um perfume.
--- Nossa, achei que não tinha como você ficar mais linda, amor. -- disse Danilo, me envolvendo em seus braços.
--- Imagina, estou tão simplesinha. -- disse com timidez.
--- Você fica linda de qualquer jeito. Vou tomar um banho agora. Que horas são? -- ele pergunta.
--- São 19h00. Você tem meia hora para se lavar e se aprontar. -- digo, olhando no relógio na parede.
--- Certo, já volto. -- ele me beija e sai.
15 minutos depois, ele surge lindo de morrer. Esse homem ainda vai acabar comigo.
--- Um verdadeiro Deus da beleza. -- eu digo, ele ri. --- Você tá muito gato! Estou até com ciúmes da Ana te ver assim. -- digo fazendo biquinho.
--- Deixa de ser boba! Você sabe que eu só enxergo você na minha frente. -- ele diz, roçando sua barba por fazer na pele do meu pescoço. Ele está incrivelmente belo, seu cabelo castanho escuro grosso, cai um pouco sobre os olhos, despenteados. Ele está usando uma calça jeans, camisa social com as mangas puxadas até o meio do braço, com alguns botões abertos, simplesmente não consigo parar de admirá-lo.
--- Você é perfeito, sabia? -- digo, ficando de frente pra ele, ele me puxa pela cintura.
--- A única perfeição aqui, é você. -- ele me pega pela nuca e me beija, devorando minha boca, sinto minhas pernas querendo ceder, quando ele introduz sua língua na minha boca, numa dança e*****a.
A campainha toca. Meu coração erra uma batida.
Nos entreolhamos e nos damos conta: Chegou a hora.