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O sorriso de Monaliza

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Monaliza, veterinária muda de cidade aopós uma tragédia familia e encontra um novo amor inesperado. Numa cidade pequena, onde não tinha pensado em ir, e encontrou Samantha, que fez nascer nela o desejo de ficar.

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Partida
Então era isso Monaliza fecha a última mala  e dá uma longa olhada em seu apartamento, aquele olhar de despedida com uma lágrima querendo nascer no canto dos seus olhos verdes.  Um suspiro… Passou a mão pelos longos cabelos o amarrou num rabo de cavalo, decidida pegou a mala fechou a porta e partiu. Entrou no elevador e coincidente encontrou dona Eleanor vizinha de longa data.  Oi menina, indo viajar? Adoro esta juventude sempre com as malas prontas. A velha senhora falava o que vinha na mente.  Ah não. sorriu sem vontade. Estou indo embora, fechei o ap e estou indo pro interior. Nova vida.  Como? Você morou aqui a vida toda, seus pais moraram aqui Por isso estou dizendo, vida nova. Estou deixando todo o passado aqui, quando estiver pronta volto pra revisitar. Até lá. Adeus,  A porta do elevador abriu e ela saiu como um furacão, detestava despedidas e dona Eleanor ia fazer ela chorar de verdade, não era grosseria, ela só não queria mais chorar, só tinha feito isso nos últimos meses. A doença da mãe sua melhor amiga, a morte repentina do pai e logo em seguida a morte da mãe, e no final nem foi a doença que a matou foi a tristeza e depois de muito chorar Monaliza resolveu mudar se não morreria de tristeza também.  Chegou no carro, uma ford vermelha abusada, como ela apresentava a todos, colocou a última mala na traseira, puxou a lona fez as amarrações e dando um tapa na lataria como se fosse um tapa nas costas. Se dirigiu à cabine, como passageiro ao seu lado um cooler com bastante água e uns refrigerantes, meta seguir viagem non stop, seria difícil bebendo tanto líquido rsss;  Muito bem Jandira, agora somos apenas nós duas. Jandira é o nome que ela deu a caminhonete,   Saiu do apartamento em Pinheiros bairro tradicional de São Paulo, mais uma lágrima teimosa, fez curvas rápidas direita e esquerda, passou rebelde em um sinal vermelho era manhã de sábado ainda com pouco movimento, ligou o rádio, qualquer estação estava tocando Air Supply, lonely is the night. - Aí ela gargalhou com ironia, - Sério? Esta é minha música de adeus? Mudou de estação e então sentiu satisfação… Born to be wild, do Steppenwolf. Música de estrada sem destino. Tudo bem ela tinha um destino, um endereço. Mas estava meio sem rumo neh, a música vinha a calhar.  Quando pegou a Rodovia dos Bandeirantes deu uma última olhada no retrovisor, buzinou para ninguém e respirou fundo. Ali se encerrava um capítulo em sua vida, e iniciava outro, o tentar fazer algo novo com a última integrante da família Prates.  Sempre foram os três, a mãe Esther Prates famosa arquiteta formada na USP e em atividade até os seus últimos dias e o seu pai Orlando Prates médico pesquisador no Hospital das Clínicas, que por conta do seu trabalho viajava muito, mesmo sendo muito dedicado a família em seus 28 anos de existência eram poucas as vezes que conseguia estar com a família reunida.  A vida dela também era corrida, recém formada em veterinária, tinha dois estágios e só os parou para cuidar da mãe, uma tarefa nada fácil já que a mulher não queria dividir este fardo com a filha.  Sempre foram amigas e confidentes, no minuto em que Monaliza se descobriu lésbica a mãe foi a primeira a saber, ao que disse a filha, “Só você não sabia” as duas riram juntas e se abraçaram, reconhecimento e respeito. Monaliza tinha 15 anos quando confessou a mãe sua paixão adolescente por Fernanda. A mãe a abraçou disse que o amor não era uma coisa fácil e pra ela seria uma batalha diária, pois a sociedade não entende um amor diferente. Mas que ela estava ao seu lado e apoiaria. E assim o fez, quando Fernanda foi apresentada a mãe foi bem recebida e as duas tinha uma vida tranquila ali no apartamento de Pinheiros.  Orlando amava a filha, apoiava mas não entendia esta forma de amar, não era contra, só não estava preparado, precisou aprender que existia sim uma forma diferente de amor e sua filha amava outra garota. Um homem tradicional, de família tradicional tendo que mudar os seus conceitos e o fez porque amava a família, amava a filha e adorava ver a felicidade em seu rosto.  Essas lembranças vinham a Monaliza enquanto ela dirigia a 100 km pela rodovia, esta era a menor velocidade que ela conseguia, nunca dirigiu de vagar.  Não era uma viagem muito longa, se dirigia a Bauru, onde tinham uma propriedade um haras que veio com a herança, era seu presente de formatura. Sua segunda paixão eram os cavalos, por isso se formar em veterinária, estava indo muito bem após a formatura, fazendo especializações e no dia da formatura, enquanto seus amigos ganham carros e viagens ela recebeu das mãos de um procurador um envelope pardo.  Já não tinha mais espaço para chorar, ela já tinha chorado de felicidade afinal foram anos dentro da faculdade, chorado de tristeza, pois no seu momento de realização, seus pais não estavam ali, nem Fernanda, que já não era mais sua namorada e sim uma grande amiga, recém formada também, mas já uma jornalista correspondente no exterior. Abriu o envelope, dentro vários papéis, título de propriedade e ao que ela deu mais valor uma última carta da mãe. Ai não deu mesmo, ela lia cada linha carregada de emoção e chorava.  A mãe dizia sobre o seu amor infinito por ela, sobre a dor de estar só mas feliz por saber que a morte que a assombrava a levaria para mais perto do pai, seu grande e único amor,  Na carta ela falava do Haras, uma escolha de seu pai Orlando, que em uma de suas viagens para pesquisa, passou por Bauru e conheceu a propriedade, não teve dúvidas quando soube que estava a venda, precisava de reforma, mas isso não seria problema dinheiro eles tinham para isso.  Comprou, porteira fechada como eles falavam, chegou em casa, contou a Esther a sua traquinagem, ambos se abraçaram, ele mostrou as fotos da propriedade a mulher disse que já tinha falado com uma arquiteta da região pedido um laudo e indicações de reparo. Tudo detalhado.  E quando na formatura o presente seria entregue por eles.  No fundo era um duplo presente e Orlando sabia que talvez o entregasse sozinho, a esposa já estava bastante debilitada.  O  que ele não sabia é que morreria antes nesta mesma rodovia dos bandeirantes quando um caminhoneiro inconsequente tirou o carro dele da estrada, arremessando-o contra um poste.  Esther, dizia sentir muito que a filha recebesse os documentos por terceiros, mas Deus quis que a história fosse escrita desta forma.  Sabia que a filha estara lendo a carta com lágrimas, e disse estar tudo bem, desde que fossem as últimas lágrimas, ela tinha uma nova vida pela frente e deveria vivê-la. E era o que ela estava fazendo.  Secou as lágrimas, bebeu a última garrafa d’água, a natureza implacável avisou que nem mais um quilômetro, ela precisava urgente de um banheiro.

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