Um gato. Não, não era um gato, era o mesmo gato de anos atrás que o infernizara. Giulia pedira a Cota que o levasse e deixasse na casa deles para quando chegarem, ele já estivesse os esperando.E foi exatamente o que ele fez, os esperava na sala. Sem reação, Samuel olhava estupefato para o animal, e só saiu do transe, quando ele miou e caminhou majestoso ao seu encontro, passando entre suas pernas. — O que achou? – Giulia esperava atrás do marido, sem ver sua expressão. — Giulia. Não entendo. — Lembra o que o Éber nos disse, insinuou? Sim, ele se lembrava. O terapeuta, depois de Giulia ter citado o assunto do gato e de Peace, havia dito que talvez isso se desse por ele nunca ter superado a perda do gato. Mas não era isso! Um gato, era a última coisa que ele teria, principalmente esse