✔3. O encontro com o pai

624 Words
✔3. O encontro com o pai: Finalmente Enrico criou coragem e voltou para casa, não poderia fugir para sempre de seu pai. Necessitava e precisava enfrentar a fera. Um segurança de Martín o levou até a entrada da residência dos Valli. Enrico entrou em casa tentando manter a naturalidade, imaginava ser recebido pelo pai com berros: “Enrico, seu irresponsável, não irá mudar nunca?” Dessa vez não foi assim. Ele observou a enorme sala vazia, tudo no devido lugar, o ambiente estava silencioso. Estranhou! Subiu para o seu quarto, tomou um banho rápido, vestiu uma bermuda preta e uma camisa polo branca, calçou seus chinelos, arrumou seus cabelos. Foi ao encontro do pai. Era melhor encontrar a fera logo do que fugir como um covarde, a merda já estava feita mesmo. Desceu para almoçar, encontrou seu pai saindo do escritório. O cumprimentou: _ Bom dia, pai! _ Bom dia, meu filho! Estranhou a calma e perguntou se estava tudo bem. _ Está tudo bem, pai? _ Sim! Por que não estaria? Coçou a cabeça, não estava acreditando que o pai não iria dizer uma única palavra sobre o ocorrido na madrugada anterior. Chegou a conclusão que sua mãe talvez já tivesse amansando a fera como sempre fazia. Massimiliano sentou em sua confortável poltrona, na sala. Enrico deitou-se no espaçoso sofá de cor cinza-claro que ficava logo à frente. Entraram em uma conversa aleatória enquanto esperavam Anna, avisar que o almoço poderia ser servido. Quando Anna, a governanta, avisou que o almoço poderia ser servido, quando eles desejassem, se dirigiram a sala de jantar, Enrico notou que sua mãe não estava presente. _ E a mamãe não vai almoçar conosco? _ Sílvia saiu para fazer compras. _ Ela adora fazer compras. Comentou. Massimiliano apenas sorriu, seu filho não imaginava que na realidade a mãe foi às compras para ele. Sílvia saiu de casa com a missão de comprar roupas para o filho. Para a sua nova fase. Depois do almoço, Enrico enviou mensagem para o amigo. _ Tá aí, cara? _ Pode falar. _ O coroa não disse uma única palavra a respeito do acidente. _ Se prepare, pois quando ele falar vai acabar com você. Duvidou, acreditava que a situação estava sob controle, que sua mãe o tinha ajudado como das outras vezes em que se meteu em problemas. Ela sempre dava um jeitinho de dobrar o pai. Mas quando a matriarca da família retornou, estranhou. As compras eram para ele. Comprou camisas, calças, gravatas, alguns pares de sapatos, entre outras coisas e ainda lhe informando que tinha encomendado alguns ternos. Sílvia estava toda animada no closet do filho, que não estava entendendo nada. Começando a ficar receoso. Uma ruga de preocupação surgindo em sua testa. _ Mãe, por que comprou roupas para mim? _ Enrico não atrapalha, depois conversamos. Agora preciso terminar de arrumar seu closet. Neste momento ela abre uma gaveta repleta de calcinhas, era a coleção de Enrico. Ele sempre ficava com as calcinhas das mulheres com quem transava. Ficou horrorizada. _ Por Deus, Enrico! _ Minha coleção mãe. Seu filho é... Ela o interrompeu, sabia que o filho não era nenhum santo e estava prestes a falar alguma besteira. _ Sem detalhes, por favor! Respirou fundo. _ Isso vai para o lixo!!! _ Mãe é minha coleção... _ Enrico Valli, não me interrompa mais e se retire. Eu e Anna precisamos terminar de separar estas roupas para doação. Como tudo estava estranho, seu pai não esbravejou como sempre fazia. As compras da sua mãe, que na realidade eram para ele. Preferiu sair e ficar na piscina aproveitando o restante do sábado. Começou a pensar que seu amigo estava certo. Estavam planejando algo para ele. Mas o que seria?
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